Marcelo Moraes retorna à sucursal do Estadão nesta 3ª.feira (13/12) para assumir a Chefia de Redação do jornal. Ele substitui Rui Nogueira, que deixou o cargo depois de cinco anos e meio de casa. Marcelo já atuou na sucursal entre 2004 e abril deste ano quando foi transferido para São Paulo para trabalhar como editor-executivo de Produção. No caminho inverso, Melchíades Filho regressará em março a São Paulo, para um período de seis meses em que dará aulas na USP, orientando jovens repórteres de São Paulo e tocando um projeto para o jornal. Durante sua ausência, o secretário de Redação Igor Gielow assumirá o comando da sucursal. Em setembro de 2012 retorna à Capital Federal e reassume o posto. Ainda por lá, registro para a saída da repórter Ana Flor. Ela estava havia cinco anos na empresa, sendo o último em Brasília. Acertou com a Reuters e começará nas próximas semanas na agência, também na cobertura de Política. Quem também deixa a casa é Leandro Colon, que estava há quase três anos no jornal. Ele aceitou o convite do editor-executivo Sérgio Dávila para ser repórter especial da Folha de S.Paulo a partir de janeiro. Também fazendo caminho inverso, Eduardo Cucolo, que cobria Finanças pela Folha e teve sua vaga congelada, despediu-se do jornal na semana passada. A convite do Estadão assumiu na Agência Estado o posto de Fábio Graner, que seguiu há poucas semanas para a assessoria de Guido Mantega, no Ministério da Fazenda.
Vencedora de quatro “Essos” lança página para imagens jornalísticas
A designer Renata Maneschy (O Dia), vencedora de quatro Prêmios Esso na categoria Criação Gráfica – Jornal acaba de lançar no Facebook a página Design 2000, que permitirá aos usuários o compartilhamento de links, trabalhos e ideias sobre ilustração, infografia, fotografia, tipografia e jornalismo.
Segundo Renata, “existia uma carência de informação deste meio e a grande vantagem desta rede social é que num só lugar você consegue visualizar links, vídeos, imagens e textos, além da possibilidade de comentar e compartilhar os posts”.
Portal dos Jornalistas – Como surgiu a ideia de montar este espaço no Facebook?
Renata Maneschy – O Design 2000 existe desde 1999, quando criei uma lista de discussão para tentar unir os profissionais de design editorial, principalmente os que trabalham em jornais. As pessoas tinham uma carência muito grande de informação: “qual o tamanho da equipe dos outros jornais?”, “como é a negociação de espaço?”, “o design influencia nas vendas?”, “como é o processo de criação de cada um?”, etc. Essas e muitas outras questões foram colocadas na lista e debatidas, assim como também a possibilidade da criação de uma associação, ideia que não foi adiante por uma série de fatores. Ao longo dos anos, as pessoas foram interagindo cada vez menos, então vi no Facebook uma possibilidade de retomar essa troca entre os profissionais.
PJ – Que tipos de benefícios você espera que essa página irá trazer ao meio gráfico?
Renata – Uma das coisas que faz parte do trabalho do designer é a pesquisa de referências, ver o que o mundo está produzindo. Não só designers, mas fotógrafos, artistas, escritores e, no caso específico do design editorial, ter acesso a diversas fontes de notícias e ver como os leitores reagem a cada uma delas. É como uma pesquisa de opinião instantânea e constantemente atualizada. Essas ferramentas são fascinantes pela rapidez com que proporcionam esse acesso e também pela diversidade de fontes.
Memórias da Redação ? O foca
Plinio Vicente da Silva (pliniovicente@oi.com.br), colaborador assíduo deste espaço, manda de Roraima uma homenagem a Zequinha Neto, falecido no último mês de outubro, aos 53 anos. O foca Ainda sobre a morte, aqui em Boa Vista, do jornalista José Aparecido da Silva, o Zequinha Neto. Nascido em Socorro e criado em Jundiaí, ambas no interior de São Paulo, trocou a Terra da Uva por Roraima, onde veio ser correspondente do Estadão, JT e Agência Estado e mais tarde professor da Universidade Federal. Companheiro e amigo leal de muitas décadas, não tive a oportunidade de prestar-lhe uma homenagem, mesmo que post mortem, o que faço neste texto simples, ainda que tardio. Nos meados dos anos 70 do século passado circulava em Jundiaí pelas mãos de Sandro Vaia, Ademir Fernandes (já falecido) e Sergio ?Serron? Rondino, o tablóide semanário Jornal de 2ª. De linha editorial agressiva, mandava o cacete no então prefeito, Íbis Cruz. Tanto bateu que ele acabou cassado. Com justiça, pois o alcaide carregava nas costas um monte de acusações, a maioria por corrupção. Repórter iniciante, Zequinha Neto, pelos testemunhos da época, revelou-se já nos primeiros dias um foca desses que nenhum chefe gosta de receber para adestramento, como contam os fatos que descrevo aqui. A edição fechava na noite de quinta-feira, rodava na sexta e era distribuída no final de semana. Esse fluxograma dava à redação todo o tempo necessário para montar boas matérias. Numa dessas quintas-feiras, já no meio da tarde, Zequinha foi ao estádio Jaime Cintra cobrir o treino do Paulista, principal time de futebol da cidade. Para sua surpresa os jogadores estavam todos sentados do lado de fora do campo, nas arquibancadas, conversando. Iniciante, ainda tímido, perguntou a um deles se o treino já tinha acabado. A resposta foi de que não houve treino. Motivo: o elenco estava em greve por falta de pagamento dos salários. Zequinha parou, pensou e concluiu: ?Putz! O que eu faço agora? Vou voltar pro jornal sem material. O Ademir vai me arrancar o couro…?. Voltou, ficou por ali caçando mosca até que lá pelas cinco da tarde, Ademir, o fechador, vendo que o foca não tirava o traseiro da cadeira, gritou: ? Zequinha, cadê a matéria do Paulista? Você não foi cobrir o treino? Ele se levantou, foi até a mesa do chefe, estufou o peito e mandou: ? Não tem matéria. ? E por quê não tem matéria? ? Porque o time não treinou. Risonho como sempre, semblante que mantinha mesmo diante das situações mais difíceis, Ademir segurou o ombro de Zequinha, colocou-o contra a parede e, sem deixar morrer o sorriso, esgoelou, para satisfação de todos os que já esperavam pelo desfecho e assistiam divertidos toda aquela cena: ? E por quê não houve treino? ? Os jogadores disseram que não iam treinar porque o pagamento dos salários está atrasado há três meses. Depois de toda a cena, ilustrada por uma encenação que os colegas mais velhos já conheciam de sobra, Ademir soltou Zequinha, voltou-se para o Sandro, que já não conseguia ver aquilo com a seriedade que deveria mostrar o dono do jornal, e perguntou-lhe: ? E agora, Sandrão? O que vamos fazer? Se quisermos publicar matéria do Paulista nesta edição vamos ter que entrevistar o foca… No começo deste ano, quando fui fazer uma palestra para os alunos de Jornalismo do Zequinha na UFRR, lembrei desse episódio. Quando estava quase concluindo ele me aparteou, olhou para a classe e sentenciou: ? Jamais sintam vergonha de errar. A primeira coisa que aprendi ao passar por essa experiência foi: quando um fato subsequente, imprevisto, impede que o anterior aconteça, ele passa a ser a matéria. Para ilustrar melhor, Zequinha lembrou a história do repórter enviado a uma cidade do interior para cobrir a visita do presidente da República, que fora inaugurar uma obra. Lá pelas 8 da noite, à beira do deadline, e sem a matéria do cara, o editor ligou para o hotel e conseguiu falar com o repórter: ? Cara! Cadê a matéria sobre a visita do homem? ? Olha, chefe, não teve inauguração e, portanto, não tem matéria. O prédio pegou fogo e o presidente voltou para Brasília. Foi mais ou menos grave, morreram apenas dois trabalhadores da limpeza, mas o presidente e a comitiva toda saíram ilesos… Para encerrar: apesar da bronca, Ademir acabou entrevistando o foca e o Jornal de 2ª daquela semana saiu com uma bela matéria sobre a greve dos jogadores do Paulista e o treino que não houve. O suficiente para que Zequinha sobrevivesse na profissão e para que, no futuro, ele se tornasse um exigente amestrador de focas aqui em Roraima.
J&Cia criará centro de memória e ranking de prêmios jornalísticos
A Jornalistas Editora, que edita Jornalistas&Cia, Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva e este Portal dos Jornalistas, está criando um centro de memória de prêmios de jornalismo, material que será também a base para a criação do Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros, nas vertentes Todos os Tempos (Geral e Regional) e Ano de 2011 (também Geral e Regional). Simultaneamente, publicará um ranking dos mais premiados veículos de comunicação do País (tendo como base apenas os prêmios de imprensa), nas mesmas vertentes (Todos os Tempos ? Geral e Regional, e Ano de 2011 ? Geral e Regional). O trabalho está sendo desenvolvido pelo Instituto Corda, dirigido por Maurício Bandeira, que organizou os indicadores setoriais do Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e o novo sistema de avaliação do Congresso Mega Brasil de Comunicação. O Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros é inédito e adotará como base cerca de 60 prêmios de jornalismo, entre os mais importantes do País (gerais, segmentados e regionais, além dos internos dos mais importantes veículos do País). Ele será publicado na última edição do ano, de Balanço, que circulará em 21 de dezembro.
Paulo Cruz deixa o Correio do Estado
Paulo Cruz (67-9902-2700 e veiculosms@gmail.com), editor do caderno Automóveis do Correio do Estado/MS, deixou o jornal após quase 11 anos de casa e nos próximos dias define seu novo destino profissional. Por enquanto, dedica-se ao programa Autonews, que ganhará no início de 2012 novos quadros, cenário e espaço, inclusive com a possibilidade de ser veiculada também no Estado do Mato Grosso pela Band ? atualmente, vai ao ar no Mato Grosso do Sul pelo SBT. No Correio, não há previsão de substituto para o cargo e as matérias do caderno passaram a ser elaboradas pela equipe geral de redação. O caderno, que circulava com oito páginas sempre às 6ªs.feiras, agora sai aos sábados, com quatro páginas, junto com os classificados. O jornal, que no próximo ano vai completar 58 anos, prepara uma ampla reforma visual, inclusive com mudança para o formato tabloide.
Bi no Jabuti, Laurentino Gomes escreverá 1889 nos EUA
Laurentino Gomes (ex-Abril) vencedor do 53º Prêmio Jabuti, categoria Livro do Ano em Não Ficção, com 1822 (Nova Fronteira), obra já vencedora na categoria melhor livro-reportagem, embarca no próximo dia 27/12 para os Estados Unidos com a mulher e sua agente literária. Durante um ano eles vão levar uma vida de estudantes, morando em um alojamento no campus da Penn State ? a Universidade Estadual da Pensilvânia ?, situado na pequena cidade de State College, a duas horas de Nova York e a três da Filadélfia. Laurentino vai aproveitar para terminar a pesquisa de 1889. Para isso, já encaixotou os mais de cem livros que ainda tem que ler sobre o tema. Voltarão para Itu, onde moram atualmente, só em dezembro de 2012. Se tudo correr bem, trará na bagagem a nova obra praticamente pronta. A seguir a entrevista que ele deu ao Jornalistas&Cia, em sua última edição (824) Jornalistas&Cia ? Quantos exemplares foram vendidos até agora de 1822, nos diferentes formatos? E qual a contabilidade do 1808? Laurentino Gomes ? Somados, os dois livros já venderam 1,2 milhão de exemplares no Brasil e em Portugal. Lançado em setembro de 2007 na Bienal do Rio de Janeiro, 1808 tornou-se o livro brasileiro recordista no ranking dos mais vendidos da categoria não-ficção. São 187 semanas na lista até agora. O recordista anterior era Estação Carandiru, do dr. Dráuzio Varella, com 160 semanas. Sozinho, 1808 já ultrapassou a marca de 800 mil exemplares vendidos, em 27 edições consecutivas. 1822 já chegou pelo menos à metade disso, com cerca de 400 mil exemplares de venda. J&Cia ? Como anda a produção do 1889. Será esse mesmo? Já tem data para lançar? Laurentino ? Será mesmo 1889, sobre a proclamação da República. O plano é lançar em 2013. Essa é uma ideia que foi ganhando corpo desde o lançamento do primeiro livro. O objetivo é fechar uma trilogia com datas que explicam a construção do Brasil durante o século XIX, ou seja, 1808, ano chegada da corte de D. João ao Rio de Janeiro, depois 1822, data da Independência, e por fim 1889, que marca da proclamação da República. O estudo dessas três datas é fundamental para entender o Brasil de hoje. Estou no começo das pesquisas. A bibliografia mapeada até agora envolve mais de 150 obras sobre o tema. É esse o trabalho que me espera no próximo ano e meio. Nesses últimos meses, no entanto, já venci algumas etapas importantes desse percurso. Li 32 livros, incluindo toda a obra do mineiro José Murilo de Carvalho, talvez o nosso maior especialista em Segundo Reinado e nos primeiros anos da República. Também li A República não esperou o amanhecer, de Hélio Silva; As barbas do imperador, de Lilia Schwarcz; e História da queda do império, de Heitor Lira, entre outros estudos que ajudam a iluminar o início da nossa tumultuada vida republicana. J&Cia ? Pode nos antecipar alguma curiosidade que você já descobriu em suas pesquisas e que abordará no livro? Laurentino ? Uma conclusão inevitável até agora: a proclamação da República brasileira foi resultado mais do esgotamento da monarquia do que do vigor dos ideais e da campanha republicanos. Incapaz de se reinventar e promover as reformas necessárias para atender as novas demandas geradas pela realidade brasileira, o império sucumbiu na manhã do dia 15 de novembro de 1889 em um golpe militar improvisado, sem participação popular e sem qualquer reação do próprio D. Pedro II, que parecia aceitar o rumo dos acontecimentos de forma passiva e resignada. ?O povo assistiu a tudo bestializado?, escreveu o jornalista Aristides Lobo ao descrever os acontecimentos daquele dia no Rio de Janeiro. A própria ideia de República não estava madura e os seus articuladores tinham pouca noção a respeito do que fazer com o país que herdavam do imperador. A abolição da escravatura, no ano anterior, tirou a base de apoio que a monarquia desfrutava na oligarquia rural brasileira. Os republicanos, que até então conseguiam precário apoio nas urnas, encontraram nos militares o elemento de apoio que lhes faltava. Havia enorme descontentamento nos quartéis desde o final da Guerra do Paraguai. Oficiais e soldados consideravam-se injustiçados pelo governo do império. Nada disso, porém, teria funcionado em 1889 caso a própria monarquia já não estivesse corroída nas suas bases. O império brasileiro caiu inerte, incapaz de mobilizar suas forças e reagir contra o golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca. J&Cia ? Tem se dedicado apenas a escrever a próxima obra ou continua dividindo seu tempo em escrever e promover as edições lançadas? Laurentino ? A maratona de lançamentos de 1822 terminou há duas semanas. Foram 14 meses de viagens, nas quais visitei 80 cidades e participei de mais de cem eventos, incluindo palestras, aulas, feiras literárias e sessões de autógrafos. Desde que saí da Abril, em maio de 2008, já percorri 22 dos 27 estados brasileiros, além de dar palestras em Portugal, no Chile, no Canadá e em Belize. Mas agora chegou a hora de parar tudo e me dedicar ao próximo livro. No próximo dia 27, mudo-me para os Estados Unidos com a minha mulher e agente literária, Carmen.
Senadora Marinor Brito e a instalação do Conselho de Comunicação
A senadora Marinor Brito (PSol-PA), que subiu à tribuna do Senado em 24/11 para anunciar que não mais daria pareceres sobre os pedidos de concessões e renovações de frequências de rádio, em protesto contra o fato de o Congresso Nacional não instalar o Conselho de Comunicação Social, falou a J&Cia em sua última edição sobre o assunto: Jornalistas&Cia ? O que muda na prática seu comportamento parlamentar em relação aos pareceres nas concessões e renovações das emissoras de rádio e TV? Marinor Brito ? Há muitos anos lutamos, em âmbito nacional, pela democratização dos meios de Comunicação no País. É parte dessa luta tentar criar mecanismos de controle social, de ampliação das oportunidades via rádios e tevês comunitárias, e de dar vez e voz ao povo. Esses instrumentos legais não vêm sendo respeitados pelas autoridades brasileiras, que preferem manter o sistema de comunicação monopolizado e dificultar qualquer controle social, além de criminalizar os movimentos sociais que atuam nessa frente. Normalmente, eu solicitaria um parecer técnico do Conselho, para depois relatar o meu voto nos processos de concessão pública. Como até o momento o Conselho não foi instalado ? apesar de eu já ter cobrado pessoalmente da tribuna do Senado e do presidente José Sarney providências para a isso ?, resolvi informar aos interessados que só vou liberar o parecer depois da instalação do Conselho. J&Cia ? Quais são os projetos que estão sob sua avaliação no Senado? Ao que consta, há um deles sendo finalizado pela senhora, que altera a competência e a composição do Conselho. Qual a finalidade dessas modificações? Marinor ? Há projetos de concessão de rádio e tevês comunitárias do meu Estado, o Pará, para dar parecer. Há também um projeto em andamento que prevê alterações na lei do Conselho, com o objetivo de ampliar a participação da sociedade e de garantir mecanismos de democratização na escolha das representações. J&Cia ? A senhora vê chances de o Congresso retomar o Conselho no próximo ano? Marinor ? No meu entendimento, o Conselho só será instalado a partir do ano que vem se conseguirmos aumentar os mecanismos de pressão junto aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Por aqui, comecei a fazer a minha parte. A frente parlamentar (N. da R.: Frente Parlamentar em Defesa da Democratização dos Meios de Comunicação) também pode exercer um papel importante nesse sentido. Vou sugerir à deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que coordena a Frente, que encaminhemos um pedido de explicações ao senador José Sarney e ao deputado Marcos Maia, presidente da Câmara, sobre o porquê da não instalação até agora do Conselho, ao mesmo tempo em que solicitaremos que isso seja feito imediatamente.
Folha anuncia correspondentes no Irã e Reino Unido
Samy Adghirni estreou nesta 3ª.feira (6/11) como correspondente da Folha de S.Paulo na capital iraniana, Teerã. Aos 32 anos, ele é o primeiro brasileiro a atuar como correspondente fixo no país. Filho de marroquino com brasileira, formou-se em Jornalismo pela Universidade Stendhal de Grenoble, na França, onde atuou em diversos veículos, como Rádio França Internacional, Rádio BMF, France Presse e Trax Magazine.
Também fez parte da equipe de Mundo do Correio Braziliense. Como repórter, cobriu conflitos em países como Egito, Líbia e Tunísia. Especializado em Oriente Médio e política externa, está na Folha desde o final de 2007. Na nova função, acompanhará política, cultura e sociedade iranianas, além de cobrir eventos em países vizinhos.
O jornal também está reabrindo o posto de correspondente-bolsista em Londres, que havia temporariamente desativado em março de 2010, quando para lá enviou, como correspondente sênior, o ex-secretário de Redação Vaguinaldo Marinheiro.
O primeiro ocupante do cargo, apontado pela Secretaria de Redação, será Rodrigo Russo. Com a decisão, Vaguinaldo regressa ao Brasil e aqui se junta à equipe de repórteres da Secretaria de Redação, já neste próximo dia 15 de dezembro.
Ângela Marsiaj deixa Diretoria Editorial da Abril Educação
Ângela Marsiaj, diretora Editorial da Abril Educação havia quase um ano, deixou a empresa e foi substituída interinamente Vera Ballestero, diretora-geral da Editora Ática e Scipione. Ângela foi repórter e editora na Folha de S.Paulo, e, no Grupo Abril, ocupou entre 1996 e 1999 o cargo de gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Novas Publicações, além de ter sido publisher do Núcleo Viagem. Também trabalhou na McKinsey & Company, na Procter e Gamble e foi diretora-geral da Júpiter Media Metrix. De 2002 a dezembro de 2009 foi sócia-diretora da Staeye, consultoria empresarial voltada a estratégia e posicionamento de empresas. Ainda na Abril Educação, segundo apurou este J&Cia, a empresa adiou por dois anos o projeto de construção de novo prédio na Marginal Tietê, em São Paulo, que abriga cerca de 700 funcionários.
Reestruturação no Grupo Estado corta 40
O Grupo Estado anunciou na última 5ª.feira (1º/12) uma nova reestruturação editorial ? a terceira em pouco mais de um ano ?, envolvendo o corte de 40 vagas e a descontinuidade de três de seus tradicionais cadernos: os suplementos Feminino (de 1953) e Agrícola (de 1955) e o Caderno TV. O Feminino e o TV vão se despedir oficialmente dos leitores neste domingo, 11 de dezembro; o Agrícola deixou de circular no último dia 7 de dezembro. O número exato do corte não foi divulgado, mas é estimado em 40 profissionais. Foram quatro demissões e seis vagas congeladas no Jornal da Tarde e entre 20 e 22 demissões no Estadão, mais cerca 10 vagas eliminadas (três delas da Agência Estado). Anunciadas em sequência por Folha de S.Paulo (aproximadamente 40), Editora Globo (44) e agora Estadão (40), o corte total na imprensa paulista supera 120 vagas apenas neste mês. Dessas, há uma promessa da Editora Globo de que reporá 15 vagas, das 44 demissões que fez. Há rumores de que haverá ainda dois outros cortes importantes antes do Natal, um em São Paulo e outro em Brasília. O corte efetivado pelo Estadão foi o maior dos três que fez entre novembro de 2010 e agora. No primeiro, em 2010, foram dez demissões, cinco delas no Estado e cinco no JT, e entre os que saíram estavam José Carlos Cafundó, Moacir Assunção, Heraldo Vaz, Mariângela Hamu, Lúcia Camargo Nunes, Juca Varella e Josmar Jozino, entre outros. No segundo, em fevereiro deste ano, 22 pessoas deixaram o grupo, entre elas Paula Pacheco, Marcelo Auler (Rio), Claudio Augusto, Marcelo Hargreaves e Maria Fernanda de Andrade. Houve ainda um corte em maio de 2010, que atingiu a Agência Estado e o Arquivo, de onde saíram sete pessoas. Mas a empresa, à época, informou tratar-se de uma reestruturação para adequação de perfis profissionais e que as vagas seriam repostas. Desta vez, entre os que deixaram o jornal estão Roberto Godoy (repórter especial), Marili Ribeiro (Economia ? Mídia e Publicidade), Paula Sampaio (Metrópole), Leandro Costa (Suplemento Agrícola), Lucas Nobili (Caderno 2), Luiz Carlos Monteiro Oliveira, o Lucas (fechador da Nacional), Tatiane Matheus (Opinião), Ethienne Jacintho (caderno de TV), Ciça Vallerio e Ana Rita Martins Baptista (Feminino), Regina Cardeal (Agência Estado), Edson Maldonado (Diagramação), Patrícia Villalba (Rio), Rui Nogueira (Brasília, que pediu para sair e foi substituído por Marcelo Moraes), além dos fotógrafos Marcos e Ivan ? todos do Estadão. Também saiu Verônica Dantas (veronicadantas@uol.com.br e 11-8556-9749), ex-fechadora de Política do Estadão e que recentemente havia assumido como sub de Geral do JT. Outras que deixaram o JT foram Marici Capitelli (Geral), Marília Almeida e Eleni Trindade (Economia) e Tatiana Piva (Saúde e Educação). Houve ainda alguns remanejamentos internos. Havia semanas que o mercado já falava nas novas demissões no Grupo Estado. E isso se deu antes mesmo dos cortes anunciados pela Folha, o que motivou até uma piada irônica entre os jornalistas das duas casas: ?O Estadão demorou tanto a fazer seus cortes que acabou furado pela Folha?. De fato, as demissões da Folha pegaram a todos de surpresa, o que não ocorreu na Editora Globo, em que, com pelo menos dez dias de antecedência, já se sabia que viria um corte pela frente, embora muita gente nas redações da empresa afirmasse não saber, como testemunhou este J&Cia. Especialista em Defesa… ? Funcionário do Grupo Estado desde 1971, com um breve hiato quando atuou como diretor Editorial da RAC ? Rede Anhanguera de Comunicação, em Campinas, o ex-repórter especial Roberto Godoy (robertogdy@gmail.com e 19-3342-2756 / 11-9265-2804) disse a este J&Cia que vai descansar este mês e só em janeiro tratará dos novos passos profissionais. Um dos únicos jornalistas brasileiros especializados na área de Defesa (terceiro maior orçamento do Governo Federal), Godoy ocupou até 2006 o cargo de editor-executivo, quando pediu para ser repórter especial. No Grupo Estado, além das reportagens e análises sobre sua área de especialização, que lhe renderam vários prêmios, entre eles um Esso, desempenhou várias outras tarefas, entre elas na TV Estadão, no Estadão.com e nas campanhas eleitorais, em que mediou vários dos debates organizados pelo jornal. …e em Mídia ?Marili Ribeiro (marilic.ribeiro@gmail.com e 11-9625-4402) estava havia 5 anos e meio no jornal e eram prioritariamente dela as coberturas de todas as pautas no campo da Propaganda, Marketing, Jornalismo e Comunicação. Ela esteve antes em Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, IstoÉ Senhor (com Mino Carta) e Agência Dinheiro Vivo, sempre atuando nas áreas de Economia e Negócios. Feminino ? Depois de nove anos na reportagem do Feminino, em sua terceira passagem pelo jornal, Ciça Vallerio (cica.vallerio@gmail.com) vai se dedicar ao mestrado e a frilas. Ela também esteve na revista Transamérica, no portal Cidade Internet, na Uma e na Quem, além de ter colaborado com Sexy e Claudia, entre outras. Comunicado ? Em comunicado dirigido à equipe de redação na última semana, o diretor Editorial Ricardo Gandour explicou as razões da reestruturação. O texto inicia informando que ?o equacionamento econômico das empresas jornalísticas tem exigido permanente revisão das estruturas de custos, em meio a um cenário de transição de mídias e receitas instáveis? e prossegue destacando que a empresa tem acompanhado ?a discussão mundial em torno dos modelos que permitirão sustentar o jornalismo independente e de qualidade? e que ?é imperativo assegurar condições para preservar e investir ? em conteúdos, em novas tecnologias, em melhor relacionamento com a sociedade?. Diz ainda a circular: ?Isso inclui fazer escolhas ? na estratégia, no portfólio de produtos, em processos e na alocação de recursos humanos e materiais?. Sobre o fim do Suplemento Feminino, explicou: ?Criado em 25 de setembro de 1953, o caderno foi concebido quando o restante do jornal se concentrava essencialmente no chamado hard news. Décadas depois, diversos cadernos e seções ao longo de todo o jornal contemplam temas como design e decoração (C2 e Casa), saúde (Vida), comportamento (Metrópole e C2) e orientações de consumo (Boulevard em Metrópole)?. Já sobre a descontinuidade do Agrícola, salienta: ?Diversas avaliações apontaram para perda de contexto do caderno, num jornal de notícias gerais. O caderno Economia & Negócios ampliará a cobertura dos agronegócios?. E arremata, esclarecendo o fim do caderno de TV: ?Aos domingos, a cobertura do mundo da televisão será transferida para o C2 Domingo, em seção fixa de duas páginas?. Gandour salienta ainda que ?ao realizarmos esse ajuste de configuração, vale lembrar que O Estado incorporou novidades nos últimos anos, ampliando sua oferta de conteúdos aos leitores e expandindo cadernos e equipes: os semanais Negócios, C2+Música e Sabático e os mensais Planeta e .Edu são exemplos?. A parte triste ficou para as duas frases finais: ?Ocorreram na data de hoje (5ª.feira, 1º/12) desligamentos de profissionais, tanto ligados diretamente aos cadernos que deixam de circular quanto em outras editorias e redações. Gostaria de reiterar agradecimentos aos colegas, desejando boa sorte em seus caminhos e esperando revê-los em projetos futuros?.