Jornalista e agitador cultural, mostra porque é feliz Um homem “sem rosto”, odiado por pessoas que aparecem ou temem aparecer nas denúncias em suas matérias, é sempre recebido com honras pelo público telespectador e ouvinte. Este contraste é uma das marcas da trajetória profissional e pessoal de Giovani Grizzotti, Repórter Farroupilha da Rádio Gaúcha de Porto Alegre e repórter especial da RBS Em um contexto onde o sonho é expor a imagem nas mídias, ele busca a discrição. Evita fotos e o foco das câmeras de televisão. É o instinto de preservação da vida… Na pequena Capão da Canoa, à beira mar do litoral gaúcho, onde iniciou a vida como repórter, nas horas vagas era vendedor de milho verde na praia e pintor de móveis em uma pequena marcenaria da família. O contato com o público consumidor serviu para nortear o rumo do profissional da comunicação. Já em Porto Alegre, passou a dedicar-se em tempo integral ao jornalismo e à cidadania. Por sua “onipresença” na mídia e no cotidiano da população, há quem duvide da hipótese de ele sair de férias. Mesmo sem interromper o ritmo da atividade, este homem sem o rosto exposto na mídia é um expressivo agitador cultural. Antes de ganhar o mundo, é necessário conhecer onde vivemos Não há quem não conheça seu trabalho nos mais de 1.500 CTGs (Centros de Tradição Gaúcha) instalados no Rio Grande do Sul e nos quase três mil em funcionamento em vários estados brasileiros. Artistas gaúchos, por sua influência, têm conquistado fama nacional e ganham estímulo para a consolidação da carreira, indo até além dos limites do mercado interno. Giovani diz que para sermos do mundo, primeiro, temos que ser regionais, parafraseando o pensador russo Tolstoi, para quem só é possível ser universal aquele que conhece bem a sua aldeia. Em plena era da globalização, rebate críticas de que o nativismo gaúcho seja um movimento puramente local. Quando está pilchado (usando botas, chapéu, esporas, lenço no pescoço, bombacha e outros acessórios típicos da vestimenta tradicional gaúcha), o visual mostra o cidadão militante da causa nativista. Ele é o gaúcho que se agiganta na defesa da cultura do seu Estado, na difusão da Revolução Farroupilha e no registro dos desdobramentos desta atitude libertária, que considera como um fato histórico fundamental para ajudar a incutir em todo o País o desejo de independência em relação ao domínio estrangeiro. Famoso por reportagens especiais e de grande repercussão em programas como o Fantástico, da Rede Globo, poucos conhecem sua imagem. Em compensação, as matérias com a assinatura de Giovanni Grizzotti fazem a diferença no velho e bom feedback, pois a opinião pública reage e a maioria das irregularidades que aponta no rádio e na televisão se transforma em ações do Ministério Público. Em boa parte isso resulta na necessidade de que seja testemunha nos tribunais e também já lhe rendeu processo. Prudente, Giovani sabe dos riscos inerentes ao seu trabalho. Tanta vivência justifica o máximo de cuidado na apuração do farto material com potencial para ser noticiado. Nada o surpreende e, em igual proporção, tudo sugere desconfiança diante dos fatos. A desconfiança, aliás, é característica da reportagem investigativa. No seu caso, porém, o rótulo não cabe. Giovanni Grizzotti nunca se classifica como investigativo, porque acha obrigatório para todo jornalista ir fundo na análise das informações, principalmente quando sem esse esforço não seria possível divulgar com credibilidade determinado fato de relevante interesse público. Imagine uma redação atual de qualquer meio de comunicação. As pessoas estão sentadas, enquanto a matéria-prima das notícias flui via internet, telefone ou outros recursos que proporcionam praticidade e “fixam” os jornalistas nas cadeiras. Por razões assim não há mais o tête-à-tête com entrevistados e Grizzotti se nega a integrar esse cenário, defendendo a curiosidade e a disposição em não reproduzir, apenas, os dados oficiais que chegam até os veículos. Nativista apaixonado pelo jornalismo Ainda que a fonte seja velha conhecida – e há casos em que a informação vem de pessoas com quem trabalhou, tem ou teve amizade, não importa… –, o curioso repórter checa, confere, desconfia… Foi como ocorreu sua iniciação na reportagem policial e até hoje ele mantém o mesmo comportamento. Trânsito livre entre as autoridades e outras fontes de informação não o dispensa de evitar interferências capazes de causar prejuízos à veracidade na apuração dos fatos. O currículo profissional de Grizzotti registra 25 prêmios. O primeiro foi em 1978, quando recebeu o MP-RS na categoria Rádio. A partir daí sua galeria tem-se enriquecido com prêmios como ARI de Radiojornalismo, CNT de Jornalismo-Rádio, SETCERGS de Jornalismo Rádio e Televisão, Cláudio Abramo de Radiojornalismo, Press de Repórter de Rádio, Vladimir Herzog de Rádio, Embratel de Jornalismo Investigativo e Prêmio Esso Especial de Telejornalismo. Mesmo longe dos prêmios e das pautas, nos acampamentos, ouvindo vanerões ou churrasqueando com amigos do gauchismo, Giovanni não se desliga do espírito jornalístico. Há momentos em que o repórter é tentado a ser o artista. Enfim, é enorme sua intimidade com o palco e o mundo da arte e espetáculos musicais. Admite que sabe cantar, porém faz questão de falar de suas habilidades como profissional da comunicação e utiliza a experiência para atuar no papel de cidadão. Observa, analisa, aproveita o contato com a realidade das ruas e do campo no interior do Rio Grande do Sul e demais Estados onde há preocupação com a preservação da cultura. De vez em quando pode ocorrer algum “estranhamento”, se alguém percebe que ali está um repórter potencialmente em busca de informação para matérias motivadas por denúncias graves. Quando a missão não é uma reportagem, imediatamente ele procura desfazer equívocos. Esclarece seu papel de difusor das manifestações culturais sem, entretanto, deixar de demonstrar a grande paixão pelo jornalismo e por mudanças positivas na sociedade. As tradições gaúchas lhe proporcionam satisfação, complementada pelo fato de ser um comunicador com características especiais. ”Sou curioso, desconfiado, apaixonado e satisfeito”, se autodefine. “Não sou jornalista apenas porque desejo mudar o mundo. Sou jornalista porque assim eu sou feliz”, diz, com o orgulho de um profissional apaixonado pelo que faz.
Cícero Lima deixa a Duas Rodas e se associa à Infomotor
Depois de 15 anos na equipe da Duas Rodas, Cícero Lima despede-se da casa onde começou como repórter, passou a editor e ultimamente exercia a função de gerente de Conteúdo e Relacionamento, coordenando os prêmios Moto do Ano e Melhor Motociclista do Brasil. Ele associou-se a Aldo Tizzani e Arthur Caldeira, na Infomotor Comunicação Integrada, empresa responsável pela Agência Infomoto e pela revista bimestral Ordem de Serviço, que Cícero passa a dirigir. Em seu terceiro ano, a publicação é dirigida a vendedores e profissionais de pós-vendas das concessionárias de automóveis e motocicletas, em que chega gratuitamente via mailing. Cícero também atuará como diretor de Novos Negócios, elaborando soluções editoriais e promoções para empresas ligadas ao segmento de duas e quatro rodas. Os novos contatos dele são cicero@ordemdeservico.com.br e 11-2574-5640.
Editores convidados preparam especial de 35 anos do M&M
Celso Loducca, sócio-presidente da Loducca, Fernando Chacon, diretor de Marketing do Itaú Unibanco, e Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina, aceitaram convite para uma missão diferente: atuarem como editores do especial de aniversário de 35 anos do Meio&Mensagem, que circulará em 15 de abril. Loducca colabora com seus insights e coordenação junto a Alexandre Zaghi Lemos, editor de Comunicação do M&M; Chacon atua na editoria de Marketing com o titular Jonas Furtado; e, em Mídia, Hohagen trabalha ao lado de Rodrigo Manzano. Todos coordenados pela editora-executiva Lena Castellón e pela diretora de Redação Regina Augusto. Além das matérias normais da semana, todas as editorias trarão reportagens especiais, de profundidade, desenvolvidas especialmente para essa edição, a de nº 1.555. Também estão em produção matérias em vídeo e conteúdo extra para a internet. E a edição de aniversário vai marcar a estreia do aplicativo do M&M para tablets de plataforma Android e Apple. Ainda por lá, registro para a chegada das designers Camila Antunes Silva Costa e Denise Mota Tadei, em Arte, e das estagiárias Bruna Molina Correa (Online) e Aline Rocha Nascimento Silva (Comunicação).
O trabalho de sonhar grande
Cristiane Correa, ex-editora de Exame, lança Sonho grande – Como Jorge Paulo Lehmann, Marcel Telles e Beto Sicupira revolucionaram o capitalismo brasileiro e conquistaram o mundo (Sextante/Primeira Pessoa). A obra aborda a trajetória profissional dos sócios da AB-Inbev, que fizeram fortuna com um modo peculiar de gerir suas empresas. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, a autora conta sobre o que o que percebeu de diferente na trajetória dos três empresários, o processo de elaboração do livro, para o qual se dedicou integralmente, deixando de lado uma carreira de seis anos como editora-executiva da Exame: Portal dos Jornalistas – O que a motivou a escrever sobre a trajetória do Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira? Cristiane Correa – Cubro jornalismo de Negócios desde 1999 e, durante as matérias, comecei a achar que ali era uma cultura diferente, que havia algumas particularidades se comparada a outras culturas empresariais no Brasil. Uma cultura única e bem polêmica. Tem gente que adora, tem gente que detesta, mas eu achava que ela era única. Dava para notar que eles estavam se transformando em empresários de projeção global, então achei que a história merecia ser contada em livro. Portal dos Jornalistas – Quanto tempo durou a apuração para o livro? Cristiane – Mais de um ano. Tentei durante alguns poucos meses conciliar meu trabalho na Exame com a apuração do livro, mas vi que este me tomaria muito mais tempo do que havia imaginado. Desliguei-me da Exame e desde janeiro de 2012 dedico-me só ao livro, que terminei de escrever em janeiro passado. Portal dos Jornalistas – E o contato com eles? Houve abertura? Cristiane – Não. Eles são super-refratários à imprensa, super low profile… Eu tentava convencê-los a fazer esse livro desde 2007, e eles sempre falando que não era o momento, que ainda havia muita coisa para acontecer, que não gostavam de aparecer e tal… Aí, em 2011, depois de quatro anos tentando, cheguei à conclusão de que eles nunca seriam convencidos. E, do mesmo jeito que fazemos matéria por fora, comecei a fazer o livro por fora. Ao longo dos anos, falei algumas vezes com eles e usei algumas frases dessas conversas. Eles não fizeram entrevistas especificamente para o livro. Disseram: “Não podemos te impedir de fazer o livro, mas não vamos participar ativamente disso”. Portal dos Jornalistas – Houve algum tipo de restrição para que os funcionários concedessem entrevistas? Cristiane – Teve gente que eu procurei e me deu entrevista. Outros, não. Acredito que tenha ficado a critério dos entrevistados. Por exemplo, atuais funcionários de Lojas Americanas preferiram não falar. Na Ambev consegui falar com bastante gente. Portal dos Jornalistas – Em relação ao que acompanha da trajetória deles, qual característica em comum dos três – tanto de personalidade como de desenvolvimento de carreira – você aponta como diferencial para que eles tenham alcançado esse sucesso profissional? Cristiane – Os três são muito focados. São três caras simples e que pensam grande, característica que, inclusive, deu origem ao título do livro. O Paulo sempre repete essa história de que sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho. Eles têm sempre essa cabeça de pensar grande, mas não é uma coisa de megalomania. As coisas deles nunca foram do dia pra noite, são planos de longo prazo. É uma coisa muito focada, muito passo a passo, muito pé no chão e eles trabalham pra caramba! Também se preocupam com a questão de formação de gente. Há um grupo de executivos, muitos deles sócios, que está com eles há décadas. Isso é curioso porque hoje nas empresas brasileiras é muito comum ver um presidente ficar dois, três anos e trocar. As pessoas-chave nas empresas deles estão lá há muitos anos. Portal dos Jornalistas – Inclusive o próprio Marcelo e o Beto era funcionários do Lehmann… Cristiane – Exatamente. O Garantia foi fundado em 1971, o Marcel entrou em 1972, e ele era um boy de luxo. Entregava papel na rua, mesmo, e depois foi ascendendo no banco. Tinha essa coisa de todo mundo começar por baixo. O Beto chegou em 1973 e também não começou por cima, não começou em cargo de diretoria, mas não precisou entregar papel! Os dois foram subindo até chegarem a sócios. Portal dos Jornalistas – E essa cultura de começar por baixo ainda é aplicada na empresa até hoje? Cristiane – O Garantia era um banco com 300 pessoas. Hoje a AB-InBev tem mais de 100 mil funcionários. O começar por baixo hoje poderia ser traduzido de outra forma, que é o investimento que eles fazem em trainées. Eles continuam pegando gente jovem e formando. O grosso dos executivos foi formado internamente e passou pelo programa de trainées. Então, persiste essa coisa de pegar gente nova, recém-formada, dar aquele acabamento e formar com a cultura da empresa. SERVIÇO Livro Sonho grande – Como Jorge Paulo Lehmann, Marcel Telles e Beto Sicupira revolucionaram o capitalismo brasileiro e conquistaram o mundo, de Cristiane Correa Editora: Sextante/Primeira Página Número de páginas: 272 Preço sugerido: R$ 39,90 Trecho da obra disponível em pdf aqui.
Ele narra a violência, respeita os pais, surfa e reza com os filhos
Ele narra a violência, respeita os pais, surfa e reza com os filhos …Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado… Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas… Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo… E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. (Trecho do poema O Tempo, de Mário Quintana, um dos autores favoritos de Cid Martins) Um ano antes de concluir o curso de Jornalismo, Cid Martins viveu um drama que indicou seu caminho como profissional. O pai, Aelson, perdeu a visão e passou a depender do rádio para ter acesso às notícias. Foi a deixa para que o jovem estudante prestasse mais atenção a um dos veículos de informação de maior credibilidade junto ao público brasileiro. Assim, estava reforçada a vocação para o radiojornalismo, onde ele inscreve seu nome entre os campeões na conquista de prêmios. Como trunfo para vencer na profissão, há um ensinamento que não veio da universidade nem das redações: Cid segue a orientação do pai e ouvinte número um. Dele, ouve críticas e sugestões e quem trabalha em rádio sabe o quanto os ouvintes são exigentes. Aelson recomenda ao filho ser antes de tudo uma pessoa, porque primeiro vem o ser humano, depois o profissional. Daí o seu cuidado na apuração dos fatos, já que nenhum furo de reportagem compensará o prejuízo eventual causado a uma pessoa. De dona Ivone, a mãe, veio a consciência que resulta no apego à família, à mulher e aos filhos. Casado com Verônica e pai de João Pedro (11) e Lorenzo (6), Cid fica permanentemente conectado para saber se está tudo bem em casa. Mesmo longe, é sagrado o contato. Foi assim, por exemplo, na cobertura da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, na fase de investigação sobre as causas do incêndio. Claro que há ocasiões em que a distância é um problema. Isso aconteceu durante a desocupação de um morro, no Rio de Janeiro. O clima era tenso nas horas que antecederam a expulsão dos traficantes e o início do processo de pacificação do Complexo do Alemão, mas nem por isso ele deixou de ligar. À noite, lá estava Cid Martins ao telefone, rezando e contando histórias para os meninos dormirem. Em sua opinião, isso é indispensável na formação da garotada e ele próprio, até hoje, não passa um dia sem falar com os pais. Quando cita livros favoritos, vêm à lembrança as mais recentes leituras onde se descreve o sonho de um mundo mais humano e socialmente justo, como O Exército de um homem só, de Moacyr Scliar; A cabana, de William Yong, em que o autor mostra o drama de um pai que blasfema contra Deus ante uma violência sofrida pela filha. Ou ainda Camilo Mortágua, de Josué Guimarães, cujo personagem central reflete sobre a luta de sua uma família que desde o início do Século XX enfrentou e venceu problemas causados por mudanças econômicas e políticas. Na poesia, um dos seus autores prediletos é o também jornalista e gaúcho Mário Quintana. Superar dificuldades é comum na vida de Cid Martins, a começar pela infância sem muitos recursos e os obstáculos para a conclusão do curso de Jornalismo. O excesso de trabalho influiu para tornar mais difícil comparecer às aulas e cumprir as tarefas como estudante. Se no início da carreira chegou a pular muro para fazer entrevista, hoje os desafios são outros. Sua palavra afiada mexe com pessoas e situações onde há perigo elevado à máxima potência. Quando pode, atenua o estresse fazendo yoga e se estiver em férias, desliga o telefone. Segue recomendações da esposa, que deixa bem claro: não faz questão de ter um marido herói; quer ter um bom pai para os filhos. Este personagem pleno de vida, que assegura gostar de lavar pratos e ajudar em outras tarefas domésticas, é também um galanteador. Gosta de lembrar que jamais esquece o modelo e a cor do vestido de sua esposa no primeiro dia em que se encontraram… Com os filhos, as horas de lazer incluem a procura pelas grandes ondas. Ele sai com a garotada para praticar surf. Vai cheio de disposição, mesmo se a praia escolhida estiver a 100 km de casa.
Folha seleciona repórteres free-lancers em 15 cidades do País
A Folha de S.Paulo abriu inscrições para formar um cadastro de repórteres free-lancers em 15 cidades de 13 estados, que receberão um treinamento básico sobre os procedimentos da Folha e poderão sugerir pautas, mas só serão acionados quando necessário pela coordenação da Agência Folha. Podem se candidatar profissionais de Barreiras (BA), Boa Vista (RR), Campina Grande (PB), Caruaru e Petrolina (PE), Juiz de Fora e Montes Claros (MG), Macapá (AP), Palmas (TO), Ponta Grossa (PR), Rio Branco (AC), Santarém (PA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES). Os candidatos devem morar numa dessas cidades ou em local de acesso rápido a ela, não ter nenhum vínculo com órgãos públicos, e ter experiência em reportagem em jornal (de preferência diário) ou revista informativa, na cobertura de política e de administração pública, boa cultura geral e disponibilidade para viagens. Curso de pós-graduação concluído ou em andamento e conhecimentos do Novo Manual de Redação da Folha são habilitações desejáveis. O processo de seleção inclui testes de conhecimentos gerais e específicos, português e regras de padronização estabelecidas pelo manual, além de entrevista. Interessados devem enviar currículo até 30/4 para treina@uol.com.br, escrevendo no campo Assunto a sigla C-1.217, além de um texto de no máximo 20 linhas explicando por que quer ser repórter colaborador da Agência Folha. O jornal informa que tanto o currículo quanto o texto devem ser inseridos no corpo da mensagem, e não como anexos, e que as inscrições fora desse padrão não serão consideradas.
Vaivém das redações!
Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais: São Paulo: Após cinco anos cobrindo Ciência e Tecnologia em Época, Peter Moon deixa a revista para um período sabático. Peter foi diretor de IstoÉ Online e editor de IstoÉ, e antes passou por IDG, Folha de S.Paulo e revista Brasileiros. Seus contatos são petermoon@yahoo.com e 11-97287-5050. Distrito Federal: Lula Marques, coordenador do Departamento de Fotografia da sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo, deixou o jornal na última 2ª.feira (1º/4). Em entrevista ao Portal Imprensa, ele afirmou que a sua dispensa não foi propriamente uma surpresa pelo fato em si, pois já convivia com essa possibilidade havia algum tempo, mas sim pelo “presente” que recebeu: afinal, estava completando 26 anos de casa no mesmo dia. Antes da Folha ele esteve por 11 anos no Correio Braziliense. Minas Gerais: Júlio César do Prado Domingos é o novo diretor de Jornalismo do Grupo Bandeirantes em Minas. Ele já passou por diversos setores do grupo, como produção, reportagem, edição e coordenação de Jornalismo na sucursal do Triângulo Mineiro, e agora será responsável pelo conteúdo produzido por Band Minas, BandNews FM, Metro e TVO (que transmite programação exclusiva de tevê em ônibus da capital). Kátia Máximo (31-2126-8022 e kmassimo@revistaencontro.com.br) substitui a Neide Magalhães, editora-chefe da Revista Encontro, nas férias desta.
Brasil Energia passa por reformulação
A editora Brasil Energia passa por uma reestruturação. A revista Brasil Energia foi desmembrada em duas. A tradicional mantém o título e a pauta de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Acrescenta ainda a cobertura das fontes renováveis, como eólica e solar; os consumidores, com foco em tarifas de energia elétrica e combustíveis; e eficiência energética. A que nasce agora, Brasil Energia Petróleo & Gás, destina-se ao setor de petróleo e gás natural, com foco em exploração e produção (E&P) e refino, tecnologia e fornecedores. Alexandre Gaspari assumiu a chefia de Redação das publicações – ele foi editor-executivo da antiga revista Brasil Energia e está na casa há 13 anos, desde a saída do Jornal do Brasil, em 2000. Felipe Grandin é o editor-executivo da nova Brasil Energia – vem do Jornal da Tarde e era, até então, editor-assistente da área de energia elétrica. Felipe Maciel, o editor-executivo da Brasil Energia Petróleo & Gás, há sete anos na empresa, era editor-assistente da área de petróleo e gás natural. Cinco editores dos produtos jornalísticos da empresa se tornaram seus sócios, entre eles Gaspari, Grandin e Maciel. Os outros são Carla Zacconi – responsável pela revista Brasil Energy e newsletter diária Brasil Energy Daily, na empresa desde 2004 – e Roberto Francellino, editor do portal EnergiaHoje, de notícias diárias, na Editora Brasil Energia desde 2003. Rosely Máximo já era sócia e se mantém como editora dos guias de negócios (petróleo e gás e energia), dos anuários (Cenários Petróleo e Gás e Energia) e dos mapas (Exploração e Produção, Refino, Gás Natural, Energia Elétrica e Fontes Renováveis), bem como do Banco de Dados Brasil Energia.
Especial Dia do Jornalista: Gosto para a ficção e olhos atentos à realidade
Miriam Leitão confessa não saber viver sem o jornalismo e no mesmo instante em que repete esta frase reforça o desejo de continuar investindo em sua carreira de escritora. Autora de obras de impacto como Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda, que em 2013 chegou à sétima edição estimulando reflexões sobre a história recente do País, a também escritora comenta seu fervor pela realidade. Nem por isso deixa de dar os primeiros passos na ficção – ela que tem como um dos ídolos o também mineiro Guimarães Rosa. Às vezes é preciso fugir de tudo e se abrigar na ficção, diz ela, que admite ter chorado de emoção em vários momentos em que escrevia a Saga. Também foi às lágrimas durante um programa na CBN, quando se relatava o caso de violência sexual sofrida por uma menina. Sensível e feminina, Miriam ajuda a expandir o território ocupado pelas mulheres no jornalismo. A suavidade no tom de voz e na abordagem dos interlocutores não anula o vigor com que conduz as entrevistas. Tem um estilo firme ao cuidar de temas que, às vezes, transcendem a política econômica e os negócios. Sejam líderes políticos, empresários ou pesquisadores, seus entrevistados são questionados de maneira incisiva. Quando se intensificou a discussão sobre a democratização do acesso às universidades públicas, garantindo vagas para os pobres, negros e índios, Miriam saiu em defesa das quotas. Ponderou tratarem-se de recurso eficaz, se mudado e aperfeiçoado. Condenou o racismo “à brasileira” e falou da necessidade da construção de um Brasil onde a elite tenha a cara do País. Ela é casada com Sérgio Abranches, cientista político, jornalista e escritor, que recebeu o Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Sustentabilidade como Personalidade do Ano em Sustentabilidade de 2011, seu parceiro inseparável em projetos e viagens pelo Brasil. Sérgio é uma das grandes personalidades do País na defesa do meio ambiente. Mãe, avó, dona de casa e, como todas as brasileiras, cuidadosa com as crianças, Miriam se emociona ao pensar sobre qual será o Brasil onde no futuro viverão cidadãos contemporâneos de Vladimir e Matheus, seus dois filhos, o enteado Rodrigo e os dois netos, Mariana e Daniel Militante política nos anos de chumbo, a então estudante Miriam foi presa e torturada. Eram tempos de ditadura militar. Criança em Caratinga, no interior de Minas Gerais, ela imaginava que, ao crescer, seria escritora e já se interessava por questões sociais. Sua opção como estudante era História, porém decidiu pelo Jornalismo quando entrou em uma redação. Virou repórter e há mais de quatro décadas desenvolve um trabalho premiadíssimo. Em 2013 recebeu mais uma vez o Prêmio Mulher Imprensa da Revista Imprensa e, como sempre faz nessas ocasiões, valeu-se do microfone e do direito à voz que essas iniciativas ensejam para denunciar a situação de vulnerabilidade das mulheres, sobretudo das meninas, que continuam às milhares sendo vítimas de crimes hediondos Brasil afora. Com os vários prêmios que conquistou ao longo da carreira, turbinados pelas conquistas consecutivas do Troféu Mulher e do Prêmio Comunique-se, Miriam está entre os dez mais no Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros de Todos os Tempos. Primeira profissional brasileira a receber o Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, conquistou também, entre outros, os prêmios Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ); Orilaxé, do Grupo AfroReggae; Ayrton Senna de Jornalismo Econômico; Camélia da Liberdade, do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas; e Jornalismo Econômico, da Ordem dos Economistas do Brasil. O Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, foi uma de suas mais recentes conquistas e veio com Saga Brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda. História contada por quem a vive Filha de uma professora primária e de um pastor presbiteriano, tem 11 irmãos em uma família habituada a vivenciar os anseios da população. Na prática do jornalismo econômico esta visão foi-se ampliando. Protagonista de um setor com prevalência de números, encontra razões para sensibilidade. O jornalismo econômico não deve ser uma coisa gelada… uma ata do Copom… explica a ex-menina tímida de Caratinga, na Zona da Mata mineira. Na cidade de onde saiu para ser personalidade nacional, o colégio em que estudou tem placa lembrando o orgulho em ser a escola da aluna ilustre. Durante uma festa em sua homenagem, Miriam relatou as dificuldades no início de carreira como jornalista-mulher. Alunos e professores manifestaram orgulho em tê-la como estudante. Para o público, seus momentos de enfrentamento da realidade são exemplos de determinação. E para quem acompanha sua batalha diária frente à realidade do País permanece, sempre, a expectativa de que ela continue a não gostar de sair em férias. A torcida é para que a compensação pelo estresse diário a impulsione para um intervalo dedicado à ficção. Fica-se à espera de livros como A perigosa vida dos passarinhos pequenos e A menina do nome enfeitado que ela já tem prontinhos…
Carplace completa sete anos e anuncia novidades
Ao completar sete anos de vida, o Carplace passa por uma profunda transformação, que envolve mudança em seu formato, nova parceria e reforços na equipe. Abandona o formato de blog, que lhe rendeu nesse período dois prêmios Top Blog, e adota o formato de um site tradicional, com conteúdo exposto em uma página mais abrangente. Com isso, firma parceria com o UOL Carros e passa a ter suas principais notícias, testes, avaliações e reportagens com chamadas na página do portal. “Essa mudança é reflexo do crescimento do nosso conteúdo”, explica o diretor executivo Fábio Trindade (fabio.trindade@carplace.com.br). “Desde outubro do ano passado, quando adquirimos um aparelho de medições da Racelogic, importado da Inglaterra, passamos a realizar nossos próprios testes de aceleração, retomada, frenagem e consumo, fornecendo novas formas de avaliação dos carros”. Outra novidade por lá foram as chegadas do fotógrafo Rafael Munhoz, que permitiu maior aprofundamento nos ensaios fotográficos, e de Rodrigo Lara (ex-UOL Carros e colaborador da Folha de S.Paulo), para atuar como editor-assistente, coordenando a área de notícias do site, além de colaborar com as avaliações e cobertura de eventos. O site também tem novidades na cobertura de assuntos relacionados a motos. Patrocinador do piloto André Veríssimo, atual campeão do Brasileiro de Moto 1000 GP, na categoria 600 cc, o Carplace Moto possibilitará a seus leitores acompanhar as provas deste ano em vídeos on-board e depoimentos do piloto. A seção passa a contar também com colaboração de Guilherme Silveira.