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Memórias da Redação ? Um texto para Beluco

Em homenagem a Antônio Beluco Marra, que morreu em 2006, Malena Rehbein reproduz texto que escreveu naquela época sobre o amigo, que completaria 73 anos esta semana. Os dois trabalharam juntos em duas passagens na assessoria da Presidência da Câmara: nas gestões dos ex-presidentes Aécio Neves e de Severino Cavalcanti. Malena atualmente está na Secom da Câmara dos Deputados. Um texto para Beluco Pediram-me para escrever um histórico de Antônio Beluco Marra, grande amigo e companheiro de trabalho, que faleceu na manhã deste 12 de julho de 2006. Texto institucional, embora um pouco pessoal. Tarefa árdua para quem nunca escreveu obituários na vida e há pouco sabia da morte, ainda que esperada, do amigo. Tarefa cumprida, a dor volta. Beluco não combinava com textos institucionais. Ele odiaria o texto que escrevi. Para ele, faço então agora uma descrição minha sobre estar em sua companhia, usufrui-lo, observá-lo. Dos 66 anos de Beluco, compartilhei apenas dos últimos seis. Os outros 60 soube pela boca dele, em inúmeras conversas, regadas a vinhos – que ele escolhia como quem busca pérolas – e comidas que, vamos confessar, na maior parte das vezes eram criticadas por ele. Exigente esse Beluco. Beluquinho. Antônio. Tony. Já vi chamarem-no de todas essas formas. Embora muito simples em várias coisas, principalmente no amor pelas pessoas, Beluco tinha um jeito de “sabichão” muito engraçado. Como sempre sabia de muitas coisas dos bastidores, formulava pensamentos que se tornavam verdadeiras convicções, pelas quais ele argumentava em qualquer conversa. Talvez porque realmente tenha vivido muito… Das histórias do antigo MDB à atual crise política, sempre fazia conjecturas, orgulhava-se de saber detalhes, sem nunca deixar de se chocar com as atrocidades que lhe apareciam aos olhos ou chegavam aos ouvidos. Nunca perdeu a delicadeza, embora não lhe faltasse jamais a malícia. Beluco não era muito afeito à burocracia. Perdia-se em leituras, gostava de escrever (odiava revisar e ater-se a detalhes gramaticais), mas que não pedissem para gastar tempo administrando coisas. Quantas discussões tivemos por causa disso… – Beluco, você é o chefe desse negócio aqui –, dizia eu. – Oh, alemãzinha, você está na TGB? (nunca entendi porque ele chamava TPM assim) –, desdenhava ele. Sua liderança era diferente. Um palpite seu, um texto, uma estratégia transformavam o resto em nada. Ele ainda conseguia fechar algumas 6as.feiras dançando tango na sala. Sim, claro, depois de almoços antológicos no Francisco, aonde íamos porque o vinho era bom, mas a comida, obviamente, ruim. Jamais esquecerei uma frase de Beluco que, para mim, caracterizava sua capacidade de amar: “Quando estou com alguém (ele teve vários casamentos) tenho o maior prazer em voltar para casa”. Parece pieguice, mas ele nunca deixou de ter prazer de voltar para lá. Nunca foi daqueles jornalistas de trabalho-boteco-trabalho. Boêmio, sim. Mas conseguiu a façanha de fazer de sua família uma colcha de ex-mulheres, três filhos, netos e afilhados convivendo em uma harmonia que eu jamais conheci. Danado esse Beluco. Romântico e, segundo ele mesmo, como bom italiano, bastante ciumento. Fascinado por música, tinha a maior coleção de jazz de Brasília. John Coltrane, Ornette Coleman. Os nomes dos dois sempre foram a senha para entrar no computador dele. Na verdade, escutava de tudo, desde que tivesse qualidade, advertia. Gostava de criticar muito do que era pop. Por isso, não me atrevi a pôr outra coisa para escrever este texto que não o CD do Antônio Agri que ele me trouxe da Argentina. Como convivíamos muito no dia a dia, só hoje me dou conta de que participei pouco dos seus finais de semana. Sei que ele adorava pegar um ônibus e passear pela cidade, ir a um sebinho de livros e música, que eu nunca soube onde ficava. Ultimamente também gostava de ir à Fnac. Sei que ficava muito com a família também. Como ele se deslumbrava com aqueles netos e sentia-se cheio de si com as demonstrações de carinhos deles! Também nunca abriu mão da companhia de sua gata. Lembro-me de uma vez em que a bichana sumiu por um mês, e não é que ele ficou deprimido?! Sempre soube que ele gostava de viver, mas confesso que tive a verdadeira noção disso quando passei a acompanhar sua luta contra o câncer. Cansou de fazer quimioterapia e ir trabalhar, agitadíssimo em função do efeito das drogas que lhe eram ministradas. Nunca falava da gravidade da doença. Estava sempre a duas semanas de voltar para o trabalho. Nunca voltou. Cansei de ensaiar um tango para tocar ao violino para ele, mas meu excesso de preparação retardou para sempre minha apresentação. Agora termino este texto, e ele não está aqui para me criticar. Mas, por via de dúvidas, apressei-me em fazer um que parecesse mais com ele. Por isso, uso suas próprias palavras – embora baseadas em um poema de Wallace Stevens –, proferidas no Natal de 2004, para dizer-lhe: “Você fez flores líquidas de luz se abrirem. Em nós”.

De São Paulo à Cidade do México: uma aventura “Sobre Seis Rodas”

Mais de 25 mil km. Esta é a distância que três amigos pretendem percorrer em um trajeto da cidade de São Paulo à capital do México. O detalhe é que toda essa expedição será feita com bicicletas. Um dos donos da ideia é Felipe Fontes, estudante do último ano de Jornalismo da ECA/USP, ex-estagiário do SBT, e filho de Luiz Laerte Fontes, profissional com larga experiência no jornalismo, que por muitos anos atuou na Editora Abril, em revistas como Realidade, Claudia e TV Guia, e que atualmente produz publicações corporativas.

Ao lado dos amigos Marcelo Terreiro, cineasta, e Filipe Falcone, ele deverá partir de São Paulo entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, subir pelo litoral brasileiro rumo ao Nordeste, entrando na Amazônia e descendo pelo Pantanal até chegar ao Paraguai. De lá a aventura segue por Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e México.

Ao todo serão mais de 25 mil km em um tempo estimado de 12 meses de viagem. “Armados de bicicletas, barraca e câmeras, vamos documentar nossas passagens pelos mais diversos cenários. Perrengue a gente vai enfrentar e desafios vamos ter, mas poder conhecer de verdade a Amazônia e a América Latina faz com que essa seja a viagem das nossas vidas”, explica Fontes, que entre 2011 e 2012 já havia feito uma viagem parecida, porém mais curta, entre Barcelona e Atenas, em 45 dias.

A aventura, que está sendo planejada há dois anos, será registrada em um blog (www.ciclomundo.com.br), que deverá entrar na rede em breve, e pelo documentário Sobre Seis Rodas, que será produzido pela Raven Filmes. Para custear a compra de equipamentos para a filmagem do documentário, o trio está com uma campanha aberta no Catarse (http://catarse.me/pt/SobreSeisRodas), site de financiamento coletivo para projetos criativos, em que todos os apoiadores recebem recompensas, que variam de acordo com a quantia investida.

Interessados também podem contribuir doando equipamentos, acessórios ou adereços para bicicletas ou filmagens, estadias, alimentação, manutenção das bicicletas em alguns dos lugares por onde vão passar, além de estarem abertos a outros tipos de parcerias e propostas, incluindo frilas. Mais informações pelo ([email protected] ou 11-974-215-669.)

Aftermath Project oferece bolsa para repórteres fotográficos

O Aftermath Project oferece bolsa de US$ 20 mil para fotógrafos que trabalhem em situações de conflitos. A proposta é que os profissionais produzam imagens sobre o que é preciso para que as pessoas aprendam a viver de novo, reconstruir vidas destruídas e casas, restaurar a sociedade civil e tratar as feridas remanescentes da guerra, enquanto criam novos caminhos para a paz. Não há prazo específico que defina o pós-conflito, embora o projeto busque apoiar histórias que não mais estejam sendo cobertas pela grande mídia ou mesmo que tenham sido ignoradas. As inscrições seguem até 11 de novembro. Mais detalhes em no site do projeto.

Record lança R7 Triângulo

Depois do R7 Minas Gerais, na rede desde 2012, o Grupo Record lançou em 5/11 o R7 Triângulo, página de notícias exclusiva para aquela região. Este é o quinto portal regional do R7.com, que atualmente conta com bases também no Rio Janeiro, Distrito Federal e Bahia, esta última lançada em 21 de outubro. Sob o comando de Ari de Castro Jr., a redação do Triângulo, instalada em Uberlândia, produzirá noticiário local e contará com o apoio do conteúdo jornalístico da TV Paranaíba, afiliada da Record na região. “Escolhemos o Triângulo Mineiro por ser uma região estratégica não só para o País, mas para qualquer veículo que pretenda completa penetração nacional”, afirma Antonio Guerreiro, diretor Geral do R7. 

Sindicato dos Jornalistas-RJ escolhe assessor em seleção disputada

O Sindicato dos Jornalistas do Município tem novo assessor de imprensa. Bernardo Moura deixou O Globo nesta 5ª feira (7/11) e deve começar no novo posto na próxima semana. Bernardo era repórter de mídias sociais de O Globo desde 2011, e ali exercia funções de planejamento, edição e monitoramento nessa área. Ele começou em 2007 como estagiário e trainee na Infoglobo, foi repórter do Extra por dois anos e teve breve passagem pela Folha de S.Paulo até voltar à empresa.  No processo de seleção e definição do perfil do candidato, destacou-se o trabalho de Regina Lunière, que assessorou o Sindicato temporariamente desde a posse da nova diretoria, e deve seguir com a colaboração. A seleção foi rigorosa (e trabalhosa): a vaga foi divulgada no boletim eletrônico e nas mídias do Sindicato, como o site, facebook, twitter e, é claro, um intenso boca a boca. Como o salário era apetitoso, o Sindicato recebeu mais de 500 currículos em quatro dias. Destes, foram escolhidos 54 candidatos, e chamados para uma prova escrita a que compareceram 43 deles; cinco foram selecionados, até se chegar a Bernardo, depois de entrevista pessoal.

De papo pro ar ? Sobre biografias

Sobre biografias Lembro quando uma vez eu disse a Luiz Gonzaga, rei do baião, que iria escrever um livro contando a história dele e queria a sua presença na noite de lançamento; e ele, numa risada espalhafatosa, simplesmente respondeu: – Oxente, e eu mereço? Meio tonto com o que ouvira, respondi com um “claro”. Depois de nova risada, de novo ele: – Você ainda não conhece o livro O sanfoneiro do Riacho da Brígida sobre mim, que o paraibano Sinval Sá escreveu lá em 1966? Pois vou lhe mandar. E mandou, com uma enorme e deliciosa dedicatória. Não demorou e escrevi Eu vou contar pra vocês (Ícone Editora, SP, 1990), que lancei no extinto Teatro das Nações, na capital paulista, com a presença de vários grupos folclóricos e artistas de renome, como Inezita Barroso, que anos antes dividira com Gonzaga uma curta e concorrida temporada no Rio de Janeiro. O pomposo lançamento teve direito até a uma chamada da TV Globo, com o repórter Carlos Magagnini entrando ao vivo no meio da tarde.

TV Justiça inscreve para concurso de documentários

Estão abertas as inscrições, até 23/12, para o 1º Concurso de Documentários da TV Justiça. O edital, publicado no Diário Oficial, prevê a aquisição dos direitos de exibição de 52 produções brasileiras, pelo período de dois anos.

Os documentários devem ter de 20 a 59 minutos e tratar de temas que se enquadrem em pelo menos um dos quatro temas definidos pelo concurso: Direitos Humanos, Cidadania, Diversidade e Cultura. Cada um dos selecionados receberá um prêmio no valor de R$ 5 mil. Mais informações no http://bit.ly/H8g3H3.

Bom Dia agora é ?feito em casa?

Oito anos após sua criação por J. Hawilla (Traffic e TV TEM) e pouco mais de um mês de sua venda à Cereja Comunicação Digital, os jornais da rede Bom Dia, do interior de São Paulo, são agora literalmente feitos em casa. A operação – inédita, até onde se sabe, mas cuja legalidade o Sindicato dos Jornalistas ainda avalia –, funciona assim: não existe mais redação, estrutura física, nas praças de Sorocaba, Jundiaí, Bauru, Rio Preto e ABCD. Os profissionais (três repórteres e um fotógrafo em cada uma) estão trabalhando em casa no regime de CLT, com jornada de 5 horas, contratados desde 16/10 (cumpriram aviso prévio trabalhado e depois foram recontratados). O fechamento segue na sede em São Paulo, com a supervisão de um editor (Wilson Gasino cuida de Bauru e Rio Preto, Eduardo Cerioni é responsável por Jundiaí e ABCD, e Marcelo Macaus fecha Sorocaba), paginação de diagramadores e tratamento de imagem. Todos os repórteres contam com computador da empresa e licença de uso do GN3 (um software de gerenciamento de conteúdo capaz de atuar em todas as mídias, impressas e eletrônicas). Os deslocamentos são feitos por táxi de cooperativas. E há ajuda de custo para ligações telefônicas. Trabalham feito correspondentes. De acordo com fonte da empresa, todas as pessoas que eram contratadas pela Traffic foram devidamente indenizadas: “O ex-proprietário havia garantido ao Sindicato dos Jornalistas estabilidade até o final do ano. Ou seja, mesmo quem saiu foi indenizado como se o vínculo fosse até dezembro. Foi um compromisso assumido pela Traffic. E sem pejotização, como apelou o Sindicato”. Guto Camargo, presidente da entidade, disse a J&Cia que a situação é inusitada e que ainda há questões nebulosas: “Uma coisa é o profissional trabalhar como correspondente, outra é a empresa terceirizar a produção do jornal. Também fomos informados de que há remanescentes da estrutura anterior que estão trabalhando sem nenhum contrato ou vínculo empregatício, num clima de total incerteza e de transgressão às leis trabalhistas”. Ele esperava esclarecer essas e outras questões numa reunião com representantes da Cereja marcada para a tarde desta 4ª.feira (6/11), na sede do Sindicato. A empresa, aparentemente, acredita na fórmula que idealizou para o jornal. Tanto que se prepara para lançar o Bom Dia Campinas. Ainda este mês. E no mesmo modelo. A conferir.

Edson Franco deixa IstoÉ para integrar nova estrutura no Terra

Edson Franco está de saída da Editora Três, onde era editor-executivo da IstoÉ Online e editor de Ciência e Tecnologia da revista IstoÉ, e chega ao Terra para assumir o recém-criado grupo Notícias, área que englobará as editorias de Economia, Tecnologia, Mundo, Brasil, Ciência e Educação. Além de garantir a integração dos colaboradores em São Paulo e Porto Alegre, ele será responsável por promover os conteúdos atuais, independentemente do formato em que serão publicados. Com passagens por Folha de S.Paulo, Galileu e Ele&Ela, sua chegada faz parte de uma restruturação no corpo editorial do portal, que visa a ampliar a produção de conteúdo unificado em diferentes plataformas, como textos, áudios, vídeos e fotos. “Vamos unir a estrutura técnica do Terra TV, consolidada há mais de uma década, ao espírito inovador da captação ao vivo via smartphones, por exemplo”, explica o diretor de Conteúdo Hélio Gomes. “Nosso objetivo é unir a alta definição com a urgência que vimos nas transmissões em tempo real das manifestações que varreram nosso País em 2013”. Na nova estrutura, o Terra passa a contar com seis gerências para coordenar toda a produção de conteúdo, nos mais diferentes formatos. Ao lado de Edson, também sob a direção de Hélio Gomes, estão ainda os gerentes Anderson Régio (Esportes), Fernanda Colavitti (Diversão e Vida&Estilo), Fábio Condutta (Arte), José Queiroz (Produção Executiva) e Lisiane Oliveira (Reportagem, Fotografia, Capa, Sucursais, Você Repórter e conteúdo para Digital Out of Home).

Ricardo Galuppo assume Diretoria de Jornalismo do Hoje em Dia

Ricardo Galuppo, que comandou o processo de criação e lançamento do Brasil Econômico, em São Paulo, e que até março passado era publisher do jornal, assumiu na semana passada a Diretoria de Jornalismo do Hoje em Dia, recentemente vendido pela Iurd/Record ao Grupo Bel. Mineiro de Curvelo, Ricardo começou na sucursal da Folha de S.Paulo em BH na década de 1980, depois transferiu-se para São Paulo, onde passou por Veja, Exame e Forbes Brasil até ser convidado para montar o Brasil Econômico, em 2009. Em seu primeiro editorial, no qual abordou os desafios de fazer jornal atualmente e as mudanças que ocorrerão no Hoje em Dia, ele ressaltou “a importância da integração entre o conteúdo impresso, a internet e outras plataformas. Em seu caso específico, o jornal Hoje em Dia tem a vantagem de contar com a experiência de seu acionista, o Grupo Bel – empresa mineira com mais de 50 anos de experiência no campo da radiodifusão e da tecnologia da informação”. Com ele chegou também Leandro Figueiredo, para a Diretoria Comercial. 

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