Press-kit de 1976 com detalhes do lançamento do Fiat 147; catálogos do Mercedes-Benz 190E 2.3-16, com motor Cosworth, publicado em alemão três décadas atrás; acervo com fotos tiradas em 1961 na fábrica da Willys, em São Bernardo do Campo, onde hoje está instalada a Ford. Essas são algumas das raridades que o editor da Agência AutoData Marcos Rozen vem juntando há mais de dez anos e que desde março faz parte do acervo do MIAU, o Museu da Imprensa Automotiva. Divulgado por uma página no facebook (http://on.fb.me/13gyiy3), o espaço reúne materiais e arquivos como press-kits, press-releases, fotos, livros, catálogos, revistas, anuários e memorabilia. “Sempre que precisava produzir alguma edição ou reportagem especial contando a história de algum carro ou empresa, sentia falta de material da época para pesquisar. Há informações que muitas vezes você não encontra em lugar nenhum, como, por exemplo, quantos cavalos tinha um determinado modelo e em quais cores ele foi produzido. Foi em cima disso que surgiu a ideia de transformar em um museu esse acervo que eu vinha mantendo”, explica Marcos. Segundo ele, a principal diferença entre o acervo do MIAU e o Cedoc mantido pela Anfavea é que apesar de rico em publicações do setor, o arquivo da entidade não tem variedade de material de imprensa. Durante a catalogação e organização do arquivo, mais de mil itens foram registrados, número que já cresceu desde então com algumas importantes contribuições. “Desde o lançamento, recebi material do Ulisses Cavalcante, da Quatro Rodas; do Leandro Alves, da Ford; e do Sergio Duarte, da SD&Press, que foi quem me deu o press-kit do lançamento do Fiat 147, uma das raridades da coleção. Um fato curioso aconteceu outro dia, quando postei uma foto do release sobre a chegada da Land Rover ao Brasil: Flávio Padovan, presidente da empresa, disse que nem eles tinham esse material; aí mandei uma foto pra ele”. O arquivo é mantido na casa de Rozen, mas os profissionais que tiverem interesse em consultar as informações podem pedir gratuitamente pelo miau.museu@gmail.com, desde que com uma antecedência de 48 horas. Quem tiver algum material que seja relevante para a coleção e quiser doar para o acervo, Marcos explica que faz a retirada na Grande São Paulo e se responsabiliza pela postagem nas outras regiões do Brasil. Sem fins lucrativos, o MIAU solicita apenas que seja dado crédito nas matérias em que auxiliar a reportagem. Confira a seguir, parte do acervo do MIAU:
Memórias da Redação – Chapéu: Saudades
Esta semana abrimos espaço para uma homenagem de Igor Ribeiro (igorvribeiro@gmail.com) a Rodrigo Manzano, seu amigo, quase-irmão e companheiro de trabalho na redação do Meio & Mensagem, falecido em 20/7. Chapéu: Saudades Eu não conhecia os irmãos verdadeiros do Rodrigo Manzano. Mas não raro era confundido com um deles. Só no fim de semana passado, entre hospital e velório, entre amigos e familiares, pelo menos três pessoas pensaram que eu também fosse “Manzano”. Devo confessar que, dada a minha admiração pelo Rodrigo, isso muito me envaidecia. A gente não era exatamente parecido: sou muitos centímetros mais baixo, alguns quilos mais magro, cinco meses mais novo e muitos fios de cabelo mais careca. Mas havia certa lembrança física e, às vezes, nos divertíamos à custa disso. Na última ocasião, as vítimas foram as moças da revisão do Meio & Mensagem. Tão logo cheguei à Redação, ele me apresentou como irmão mais novo – eu consentia de pronto, já acostumado com a brincadeira. Algumas semanas depois, uma das revisoras foi perguntar ao Manza sobre um texto meu, mas ela havia esquecido do meu nome. Referiu-se como a reportagem “do seu irmão”. Pronto: Manza ficou preocupadíssimo com o rumo da brincadeira e me pediu para ajudar a desmentir. “Imagina, Igor, se isso chega no RH, vou ser demitido por nepotismo!”, disse. Eu ria. Adorava seu lado Televisa. No último sábado (20/7), enquanto Manza ainda lutava contra a infecção que enfraquecia seus órgãos, Ana Ignacio – amiga e repórter da época de revista Imprensa – falou que aquilo tudo era um drama típico, daqueles que nosso chefe adorava fazer. Dei um sorriso e, esperançoso, concordei. Manza foi embalado por uma corrente de amigos e familiares capaz de emocionar o mais cético dos pirronistas. Ele próprio tentou muito, mas não deu. Algo mais forte o chamou para espalhar sua candura e genialidade em outro lugar. Foram essas características que também fizeram dele uma das personalidades mais queridas do twitter brasileiro. Muita gente não sabia que o Senshô (@senshosp) também soltava pérolas com sua entidade “civil”. Como quando me perguntou, por cima da baia, “Como chama mesmo aquela coisa que jogador de futebol faz?”, querendo lembrar de “drible”. Ou quando falou que o bife do bandejão da firma estava tão duro que ele o havia apelidado de “Eike Batista”. Ou quando comentava, com os olhos cintilantes de desejo, sobre o programa da Nigella ou suas aventuras no Chi Fu. Manza era um universo. Ao mesmo tempo, uma criança e um idoso. Tal qual um meninão espontâneo, encenou certa vez uma dança, no meio da redação de Imprensa, que entrou para a história (comemorava a meta de um milhão de visitantes únicos do portal). Por outro lado, ao passar perto de sua casa dia desses perguntei, via SMS, se queria tomar uma cerveja, ao que respondeu: “Sou velho, Igor. Estou de pijamas, fazendo feijão, carne de panela e vendo Viola, Minha Viola”. Seus textos eram repletos dessas pequenas riquezas, sempre espirituosas e coerentes. Como na narrativa A flor do cafezal, que conta os bastidores de um programa de Inezita Barroso, com os casais de velhinhos se espremendo entre as fileiras do auditório da TV Cultura para dançar uma moda caipira, que o remetiam à infância no interior de São Paulo, em Tupã. Ou ainda o perfil que fez de Nina Horta, em que reparava na semelhança da estampa de sua camisa com as porcelanas azuis de seu jogo de chá. Seus relatos, assim como sua vida, eram feitos desses detalhes, dessas delicadezas. A isenção e a justeza de ideias também eram constantes, mesmo em viagem pela China para produzir seu célebre especial para a revista Imprensa, ao lado da fotógrafa Pya Lima. Não era segredo sua paixão pelo país, mas Manza não estava lá só para fazer o tour estatal, como já ficava implícito no título inaugural da série, Cobrir e descobrir. O especial Império do Meio é daquelas coisas que deveria ter ganhado muitos prêmios de jornalismo e ainda vai ser redescoberto (www.imperiodomeio.com.br). Uma experiência em que Rodrigo Manzano descortinou com elegância a muralha ideológica do gigante que toma o Oriente. Mas prêmios nunca foram a prioridade de Manza. Ele os ganhara, e muitos: pelo menos três troféus Sangue Novo, dedicados a estudantes de jornalismo paranaenses, quando ainda cursava Comunicação em Londrina; mais quatro na revista Imprensa – dois como repórter e dois como diretor Editorial (sendo um Anatec e um Marketing Best). Era orgulhoso deles, sim, mas sua missão era outra: adorava ser professor. Tudo o que aprendeu nas redações ensinou na Academia. Deu aula na Fiam, na PUC-Campinas, na ESPM. Nutriu, entre os alunos, o mesmo carinho e admiração que conquistou entre parentes, amigos e colegas. Defendia, com ênfase inclusive, maior aproximação entre redações e salas de aula. Mas que não viessem encher-lhe a paciência com pequenezas como a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, ao qual chamava de “pedaço de papel carimbado e assinado”. Era um defensor do estudo, dos bons cursos de Comunicação, mas não da politicagem e das benesses enviesadas que contaminavam as faculdades. Quem lhe enchesse a paciência mandava ver se não tinha “roupa para lavar”, como de costume. Outro de seus contrastes fascinantes era a postura romântica em busca de um jornalismo inteligente e narrativo, porém em harmonia com os meios digitais, tablets, redes sociais. Em uma palestra que ele e eu fizemos na Intercom de Curitiba, em 2009, queríamos conquistar os jovens com nossa ideia de um mundo digital como redenção do jornalismo, com plataformas que substituiriam gradualmente o meio impresso, caro e poluente, e reinventariam a reportagem escrita e audiovisual. Apesar do interesse dos estudantes, o par de professores locais que nos recebeu ficou desconfiado e agarrou-se a pretextos antiquados, que não necessariamente tinham a ver com bom jornalismo. Mas a gente persistia, Quixote e Sancho, brigando contra moinhos de ventos, fosse lá, fosse em São Paulo, fosse em Brasília, em qualquer lugar. E depois nos divertíamos lembrando daquilo. Ele não ligava para elogios e ficava até um pouco tímido ao ouvi-los. Mas o atormentava ser mal interpretado. Não raro se irritava com a maldade anônima que atravessa os comentários de portais. Afinal, Manza era elegante mesmo quando defendia casos ou personagens controversos. Para ele, por exemplo, pouco importava a inflação ou a acomodação da base aliada em ministérios esdrúxulos: Dilma Vana era sempre aguardada para jantar. Se em um de seus diversos blogs expressasse sua admiração pela presidente – ou pela rainha Elizabeth, ou por Mao Tsé-Tung, ou pelo livre consumo de tabaco –, fazia-o com muita parcimônia e delicadeza. Ficava angustiado, portanto, se nesses mesmos espaços lhe respondessem com agressividade e grosseria. Passava a se achar culpado, incompreendido, equivocado, mas nunca injustiçado (ainda que na maioria das vezes o fosse). Pode soar estranho, mas essa angústia do Manza – que tem muito a ver com aquele drama citado pela Ana – era um de seus traços “adoráveis”, para usar outra expressão típica dele. Ou sua predileção por gim, especialmente o Bombay Sapphire. Ou suas havaianas guardadas dentro da gaveta da mesa do escritório. Ou sua preocupação, no bar, em levar alguma janta para o Esper. Ou as histórias da Socorro e dos lacinhos que espalhava pela casa. Ou as manhãs com Chopin, café e cigarro. Manza foi a criatura mais doce que conheci. Era tão gentil que se enrolava até para dar bronca nos funcionários. Sempre lembro do clássico caso em que lhe coubera a missão de demitir uma repórter e ele, cheio de hesitações e justificativas, acabou fazendo a criatura acreditar que estava sendo promovida. Simplesmente adorável. As reuniões de pauta com o Manza eram intermináveis e nada enfadonhas. Enchíamos a sala de lanches e gastávamos saliva. Além de Ana, no auge da Imprensa participavam dos convescotes Karina Padial, Luiz Pacete, Pamela Forti e Laura Cantal (no portal, estavam os valentes Thais Naldoni e Eduardo Neco). A gente fazia questão de sair daquela sala com ideias fantásticas para encher 60 páginas mensais. Podiam não ser as melhores pautas, podiam não ser as preferidas da direita, da esquerda e do Sinval Itacarambi Leão. Mas eram as ideias que, naquela tarde de reunião, consumiam tanto debate e tanta reflexão que seriam, inevitavelmente, convertidas em reportagens realizadas com prazer, empenho, raça, paixão. Isso era muito do Rodrigo Manzano. Não raro, numa das reuniões, procurávamos um nome que sintetizasse determinada ideia, aquela curta palavra que posteriormente reinaria como uma vinheta, ou chapéu, no topo do abre. Alguém citou “Saudades” e, naquela ocasião, ficou tão piegas que todos caíram na risada. Passou a ser uma piada interna, a partir de então, chamar de “Saudades” qualquer pauta para qual faltasse chapéu convincente. Nunca achei que veria esse momento, Manza. Mas o chapéu de todos os amigos que aqui ficaram finalmente virou “Saudades”. Vai ser difícil, impossível mesmo, tirar ele do topo das nossas páginas. Saudades de você, meu irmão.
Jornalista de Visão divulga ganhadores de bolsas
O Instituto Ling divulgou os vencedores da quarta edição do Programa de Bolsas de Estudos Jornalista de Visão. Para bolsa de mestrado com livre escolha, os selecionados foram Patrícia Gomes (Agência de Notícias Porvir), Bruno Boghossian (Folha de S.Paulo), Guilherme Nascimento Valadares (site PapodeHomem) e Daniel Trielli (O Estado de S. Paulo). Para a bolsa do CGEG-BRICLab Visiting Scholar Program da Columbia University, venceram Anna Virgínia Balloussier (Folha de S.Paulo) e Rodrigo Burgarelli (Estadão). Alana Rizzo (Estadão) e Paulo Justus (IstoÉ Dinheiro) ganharam bolsa para a School of Communication da IE Business School, em Madri, e poderão escolher um dos quatro cursos de mestrado oferecidos pela instituição. Para as bolsas do MA in Governance, Leadership and Democracy Studies do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, os escolhidos foram Geórgia Santos (Rádio Gaúcha) e Giuliana Miranda (Folha de S.Paulo). A apresentação oficial dos dez bolsistas será em 5/8, durante o café da manhã anual do Instituto Ling, no Hotel Intercontinental. O Instituto é uma associação criada em 1995 para apoiar pessoas com independência e excelência intelectual. Sheun Ming Ling e sua esposa migraram da China para o Brasil no início da década de 1950, estabelecendo-se no Rio Grande do Sul. Hoje, a família é controladora da Petropar, que opera nos setores de embalagens e reflorestamento. O Instituto lançou o Programa de Bolsas Jornalista de Visão em 2010, depois de estabelecer programas em diversas áreas do conhecimento.
Marcelo Leite volta às reportagens especiais da Folha de S.Paulo
Após dois anos e meio como editor de Opinião na Folha de S.Paulo, Marcelo Leite está de volta ao time de repórteres especiais, retornando aos temas ligados a Ciência, sua especialidade. No jornal desde 1986, foi também editor de Ciência, Internacional e Política, correspondente em Berlim, ombudsman e secretário-assistente de Redação. É autor de dez livros, entre eles Os alimentos transgênicos (Publifolha, 2000), Amazônia, terra com futuro (Ática, 2005) e Fogo verde (Ática, 2009). Para seu antigo posto foi promovido o editor-assistente Uirá Machado. Outra mudança no jornal envolve o também repórter especial Leandro Colon, anunciado esta semana como novo correspondente em Londres. A mudança passa a vigorar a partir de setembro e com ela a Folha decide pelo fim do posto de correspondente-bolsista naquele país. Ainda por lá, Diógenes Muniz saiu após quase oito anos de casa. Ele começou como repórter da Ilustrada, na Folha Online, e ainda no site foi editor-assistente de Ilustrada e Tec. Também foi editor de Multimídia da Folha e ajudou a criar a TV Folha, ao lado de João Wainer, onde ultimamente era editor-adjunto. A partir deste mês assume o posto de editor de vídeos na Veja SP.
De papo pro ar – Chave no chão
Faz tempo. Foi no teatro da União Municipal dos Estudantes no bairro do Bixiga, em São Paulo. No palco, Dominguinhos e outros músicos. Plateia lotada. De repente Dominguinhos ouve um som diferente e para de cantar, perguntando: – O que foi? O clarinetista Zezinho Pitoco, timidamente respondeu: – Foi a minha chave (do carro) que caiu. O público irrompeu numa gargalhada. N. da R.: Dominguinhos faleceu na tarde desta 3ª.feira (23/7), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado havia vários meses para se tratar de um câncer no pulmão. Seu corpo foi velado na sede da Assembleia Legislativa paulista e depois transportado para sepultamento em Pernambuco. Em http://bit.ly/13dCEpz, música que Assis Ângelo e Gereba compuseram para a garotada do Centro Educacional Unificado – CEU, de São Paulo. Dominguinhos gostou e gravou, mas não incluiu em disco.
Jornada da Juventude mobiliza seis mil jornalistas
Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro A vinda do Papa ao Rio, para uma semana inteira de eventos simultâneos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mexe com a vida da cidade e dá trabalho a uma multidão de jornalistas. Foram credenciados seis mil profissionais de 70 países, que têm à disposição dois Media Centers – em Copacabana, na Zona Sul, e em Guaratiba, Zona Oeste da cidade –, sob a coordenação de Benjamin Paz, gerente de Comunicação da JMJ. Em Copacabana, foi ampliada a estrutura montada inicialmente para a Copa das Confederações, nas instalações militares do Forte de Copacabana, ponto histórico e com vista de cartão postal do Rio. Funciona desde o dia 20/7 em mais de 3.600 m2, com as facilidades que se esperam: computadores, telefone, central de impressões e cópias, internet banda larga e rede WiFi, lanchonete. Quem entra e sai é vistoriado pela Polícia Federal. Um auditório com 350 lugares tem programação diária de coletivas, sejam religiosos que trazem números dos peregrinos que não param de chegar, por país, da hospedagem em casas de família, o legado social de muitas obras de caridade realizadas na ocasião, depoimentos em todas as línguas. E ainda as autoridades cariocas, informando mudanças no trânsito, esquemas de transporte, investimento em infraestrutura, facilidades disponíveis para a cobertura. Comparecem os órgãos federais, como Ministério do Turismo e Secretaria de Aviação Civil, entre outros. A segurança fica por conta do Exército, com reforço da Polícia Federal e da Gendarmaria do Vaticano, mas esses não dão entrevista. Três grandes bancos patrocinadores aproveitam a oportunidade para distribuir seus releases. Os eventos da agenda oficial do Papa são transmitidos ao vivo, em monitores espalhados pelo local. Além disso, está disponível uma estrutura para televisão, administrada pela agência New Source Globo em conjunto com a Associated Press, que presta serviços de personalização de conteúdo com stand-up positions e outros de broadcasting. No entorno, há por volta de dez salas privativas, para locadores como a tevê italiana RAI. Carlos Gutierrez coordena a sala exclusiva dos profissionais de mídias sociais, com seus cerca de 50 postos permanentemente ocupados por quem, mais do que acompanhar atividades reais, dedica-se à cobertura virtual. Em uma ala com acesso bloqueado, estão as salas das mídias privilegiadas, como a Rádio Vaticano, sob o comando do padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. A assessoria para a mídia católica – que se destaca com os canais Rede Vida e Canção Nova – funciona no centro da cidade, no Comitê Organizador Local (COL). Para a chamada “mídia secular”, a FSB montou uma equipe com 30 pessoas, tendo à frente Luciana Martinusso, chefe da conta da JMJ na agência desde o início do ano. As hard news estão concentradas na sede da FSB, com Mayara Feijó e Rennan Soares, entre outros, e as informações sao repassadas ao bureau do Media Center, que conta com Suzi Melo e Gonçalo Campos. Que sejam bastante abençoados, porque o trabalho é muito, e esses profissionais fizeram por merecer a indulgência.
Criação Gráfica e Fotografia podem concorrer em até três segmentos
Os trabalhos jornalísticos sobre Sustentabilidade que sejam ilustrados de forma atraente por uma boa criação gráfica ou boas fotografias poderão ser inscritos em até três segmentos do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade: nas próprias Criação Gráfica e Fotografia, que em conjunto formam o segmento Imagem (valendo R$ 6 mil cada); e na plataforma editorial em que foram produzidos (Jornal, Revista, Rádio, Televisão e Webjornalismo, que valem R$ 10 mil). Além disso, caso passem para a final e não sejam vitoriosas, também concorrerão em uma das categorias regionais Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul – cada uma valendo R$ 5 mil. O mesmo se dá para a categoria especial Água, que também poderá ter os trabalhos de Criação Gráfica e Fotografia inscritos de forma independente, podendo concorrer tanto nas categorias principais quanto nas regionais. A inscrição pode ser feita diretamente pelos profissionais de design ou de fotografia e os trabalhos serão analisados por jurados especializados. Fica aí a dica para repórteres e editores que se inscreveram ou vão se inscrever: avisem os colegas de Arte ou Fotografia sobre o prêmio e as múltiplas chances de vitória.
Aline Sordili passa a diretora de Operações do R7
Aline Sordili deixou o posto de diretora de Conteúdo R7 para assumir a recém-criada Diretoria de Operações do portal, que engloba projetos, produtos, arte, área administrativa, tecnologia e coordenação de vídeos. A Diretoria de Conteúdo passa a ser ocupada por Luiz Cesar Pimentel, que acumula o posto com a Direção de Redação. Aline começou a carreira em 1992 na Folha de S.Paulo, onde foi de estagiária a editora online. Passou por Reuters e UOL, respectivamente, como editora e gerente de Operações. De 2000 a 2009 trabalhou na Editora Abril, no início como editora online chegando a gerente de conteúdo e de produtos. Lá passou por Exame, Veja SP e Abril.com. Permaneceu na editora até 2009, quando migrou para o R7, também na gestão de Conteúdo. Ministrou disciplina de Gestão de Projetos de internet na Universidade Anhembi-Morumbi (2000 a 2003). É professora de Gestão de Conteúdo, Novo Marketing e Novos Consumidores no MBA do I-Group. Também ministra o curso de Gerenciamento de Portais e Comunicação Online, já realizado na ESPM e com turmas confirmadas para Cásper Líbero e FAAP. Luiz, que tem Mestrado em Jornalismo Internacional pela PUC/SP, começou ainda na graduação, na editora Trama. Teve passagens, entre outras, pelas redações de CartaCapital, Folha de S.Paulo, JT, Elle, Superinteressante e Trip. Em 2004, foi para o UOL como coordenador de parcerias de Conteúdo, posto que ocupou até 2008. Em seguida, passou por MySpace e Virgula até chegar ao R7, em 2009. Ao longo de sua carreira, participou de coberturas em Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Rússia, Polônia, China, Vietnam, Camboja, Equador, Índia, Nepal e Bangladesh. É autor dos livros Sem pauta – Reportagens, histórias e fotos de um jornalista pelo mundo (Seoman, 2005) e Você tem que ouvir isso! (Seoman, 2011).
Justiça do Rio anula eleição da ABI
A juíza Maria da Glória Bandeira de Melo anulou a eleição para a diretoria da ABI, realizada em abril passado. Seu argumento foi “a inadmissível desigualdade no tratamento entre a chapa da situação, Prudente de Morais, e a concorrente, Vladimir Herzog, (…) com o nítido propósito de afastar esta última da disputa”. A chapa de oposição, encabeçada por Domingos Meirelles, foi impedida de concorrer e entrou com uma ação para cancelar o processo eleitoral. Enquanto a ação era julgada, a eleição foi realizada sub judice, em 26/4, com chapa única, tendo à frente Maurício Azêdo. No processo, a chapa Vladimir Herzog alegava irregularidades na formação da Comissão Eleitoral da ABI, e a juíza determinou que fosse realizado o pleito em caráter condicional, até que a entidade apresentasse sua defesa. Na ocasião, fez a ressalva de que, se as acusações fossem acatadas, a eleição perderia a validade. O próximo passo será reunir o Conselho Deliberativo, para formar uma nova comissão eleitoral, que vai convocar eleições por meio de edital. Até lá, continua no cargo a diretoria anterior a essa disputa. Vale registrar que cabe recurso da decisão, segundo apurou Jornalistas&Cia.
Folha denuncia censura do facebook
A Folha de S.Paulo denunciou em suas edições de sábado (20/7) e domingo (21) a censura praticada pelo facebook a um texto noticioso que o jornal publicou na página que mantém na rede social e na qual tem 1,76 milhão de simpatizantes. O texto falava da manifestação de um grupo gaúcho criado para defender o passe livre e mostrava foto do protesto com pessoas nuas. O texto foi retirado do ar e o titular da conta suspenso por um dia. Em artigo na página 2, publicado no domingo e intitulado Facebook, ame-o ou deixe-o, o editor-executivo Sérgio Dávila mostra todo o inconformismo do jornal e, de certo modo, dos jornalistas contra a atitude autoritária e censória da rede social. Nele, Sérgio diz: “Não sou um ativista anti-Facebook. Sou ‘cidadão’ desde 2005, quando estudava em Stanford e a rede mal tinha evoluído de sua origem – ajudar nerds a classificar rostos (daí o “face” do nome) como bonitos ou feios. Mas tenho discutido aqui se devemos nos entregar a essa ‘rede social’ sem questionar suas práticas e sua ética. Como numa seita, muitos não querem nem ouvir falar disso”. No trecho final ele afirma: “Um apresentador de tevê que respeito insinuou que o ‘mimimi’ da ‘grande mídia’ com o Facebook era inveja. Uma amiga e ex-editora da Folha disse que, com tantas objeções, o jornal não deveria estar ali. ‘O espírito do Facebook é ame-o ou deixe-o?’, provoquei, citando um dos slogans da ditadura militar (1964-1985). Ela respondeu que, ‘se há tantas restrições sobre a postura empresarial das redes, me parece, sim, um ame-o ou deixe-o’. Não amo, nem deixo. E continuarei a questionar”.