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domingo, junho 22, 2025

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Jaime Klintowitz deixa Veja

Com mais de 40 anos de profissão, quase 23 deles em Veja, Jaime Klintowitz resolveu que era hora de parar e no último dia 5/5 oficializou a saída da revista e tem agora planos fora do jornalismo. Editor executivo da publicação havia 15 anos, vai tirar um período sabático de lazer e convívio com a família (acaba de tornar-se avô) e depois se dedicar a projetos pessoais, que incluem possivelmente um segundo livro – o primeiro, A História do Brasil em 50 frases, recém-publicado pela Leya, já está na segunda tiragem. Antes de Veja, teve passagens por Folha de S.Paulo, IstoÉ e sucursal paulista do Jornal do Brasil. Na revista, segundo apurou o Portal dos Jornalistas, não deverá ser substituído, já que a equipe que estava a ele subordinada foi redistribuída por outras áreas. Ainda por lá, uma equipe de 20 profissionais (editores, repórteres, fotógrafos e cinegrafistas) da revista deixou São Paulo em 6/5 para percorrer 12 estados, a fim de produzir uma reportagem multimídia que visa mostrar um Brasil de empreendedores. As principais matérias produzidas na expedição estão sendo publicadas no impresso e no site da Veja, onde é possível acompanhar o trajeto em um mapa interativo, com fotos e vídeos.   Leia mais + Saída de Monica Gailewitch de Nova provoca dança de cadeiras na Abril + Airton Seligman volta à Abril como diretor de Redação da VIP + Caco de Paula é o novo gestor do projeto Educar para Crescer, da Abril

José Marques Melo lança Teoria e Metodologia da Comunicação

O professor emérito da USP e fundador da Intercom José Marques de Melo lança Teoria e Metodologia da Comunicação: Tendências do Século XXI (Paulus), livro em que narra didaticamente as tendências das ciências da comunicação no século XXI. Na obra, o autor faz uma revisão dos desafios enfrentados pelas ciências da comunicação em Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra e Itália, aprofundando o conhecimento sobre os reflexos conceituais, políticos e tecnológicos nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Ele autografa o livro a partir das 10h, no Centro Cultural da Intercom (rua Joaquim Antunes, 711). Outras duas obras dele escritas em parceria circulam atualmente: Jornalismo Científico: teoria e prática (Intercom), com José Hamilton Ribeiro, e Economia Política da Comunicação: Vanguardismo Nordestino (Massanana), coletânea organizada com Patricia Bandeira de Melo. Leia mais + Diretora da CBN faz nova incursão na literatura infantil + O Ato e o Fato, de Cony, ganha releitura + Em São Paulo, Audálio Dantas e Tiago Santana lançam Céu de Luiz

Repórter Brasil: imprensa falha ao retratar tráfico de pessoas

Um estudo que integra o projeto de cooperação técnica entre o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e a Secretaria Nacional de Justiça concluiu que os textos jornalísticos não retratam de maneira adequada o problema do tráfico de pessoas devido à sua complexidade e à falta de informações sobre o assunto.

A pesquisa, realizada pela ONG Repórter Brasil, analisou 665 textos publicados em jornais na imprensa entre janeiro de 2006 e julho de 2013. Leonardo Sakamoto, presidente da ONG, afirmou, em reunião realizada esta semana na Câmara dos Deputados, que alguns conceitos são divulgados imprecisamente, por exemplo os de que o tráfico é sempre para o exterior e que afeta só mulheres e pobres.

Outro ponto constatado pelo estudo é que a mídia ainda é muito pautada pelo Poder Público. “A mídia não desenvolve pesquisas e investigações com frequência, mas acaba sendo pautada pela agenda do Judiciário, do Executivo, do Legislativo e da Polícia”, declarou Sakamoto. Entre 2005 e 2011, 475 pessoas foram traficadas no Brasil. O CNJ reconhece, no entanto, que o crime ainda é pouco registrado pelos órgãos de enfrentamento e que, por isso, os números podem ser maiores. Veja o guia

Grupo Ecorodovias lança página de notícias e serviços

O Grupo Ecorodovias (Ecovias, Ecopistas, Ecocataratas, Ecosul, Eco101 e Ecovia) lançou no final de abril um portal com notícias e informações das estradas em que está presente nas regiões Sul e Sudeste do País. O Viaje com a gente reúne informações sobre os principais eventos e destaques dos Estados de Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, atualizado diariamente com notícias de turismo, cultura, lazer, esportes, entre outras. O projeto tem comando da diretora de Comunicação Maria Clara Cabral (ex-Folha de S.Paulo e Exame), que assumiu o posto em novembro do ano passado. Ela conta com o apoio da MassMedia, de Bianca Neves e Daniela Rezende, para a produção de conteúdo, que tem ainda na equipe os repórteres Pablo Marques e Luana Ferrari.

Flávia Junqueira, do Extra, é ameaçada após reportagem investigativa

A repórter Flávia Junqueira, do jornal Extra, foi ameaçada por João Maurício Gomes da Silva, o Janjão, na última 6ª.feira (9/5), por assinar reportagens em que ele é apontado como suspeito de corrupção nos Correios. O carro do jornal – em que Flávia estava acompanhada pelo fotógrafo Fábio Guimarães e o motorista Bruno Guerra – foi seguido e abalroado duas vezes pelo de Janjão, que chamou a repórter pelo nome, indicando a quem se destinava a ameaça. A equipe registrou o caso na 32ª Delegacia de Polícia, na Taquara, Zona Oeste do Rio. Nesta 3ª feira (13/5), após as ameaças, o jornal publicou na capa uma chamada para o prosseguimento da série de reportagens, desta vez assinada por todos os profissionais do Extra e do Expresso – repórteres, editores, fotógrafos, diagramadores e diretores dos jornais – para mostrar que “a luta contra a corrupção não é trabalho solitário de um repórter, mas dever de todo jornalista”. As fraudes nos Correios, no valor de R$ 15 milhões, vêm sendo investigadas por Flávia desde agosto do ano passado. Na manhã da 6ª.feira, a equipe cobria uma operação de busca e apreensão, realizada pela Polícia Federal na casa do acusado. O suspeito estacionou seu automóvel de modo a impedir a movimentação do carro de reportagem, mas o motorista do jornal conseguiu sair de lá. Vendo isto, Janjão bateu no carro do jornal. A equipe deixou o local, e Janjão a seguiu, jogando seu carro contra o do jornal, na estrada de Curicica, ainda na Zona Oeste. O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio emitiu nota de repúdio e enviou ofícios ao Ministério da Justiça, secretarias da Comunicação Social e dos Direitos Humanos, Secretaria-Geral da Presidência da República, Governo do Estado do Rio, Secretaria de Segurança Pública e ministérios públicos estadual e federal, reivindicando providências imediatas para garantir uma investigação rigorosa do caso. Representante da ANJ considerou o fato da maior gravidade e duplamente condenável: “Primeiro, porque é uma agressão, e segundo, porque há, claramente, uma intenção de constranger a jornalista, assustá-la para tentar influenciar na cobertura e evitar que informações cheguem aos leitores”.

Auto Press cria revista digital, que é publicada no site Motor Dream

A Carta Z Notícias, agência que desde 1992 produz o noticiário semanal Auto Press, lançou em 9/5 a primeira edição da Revista Auto Press. Digital, estará disponível para ser baixada no site Motor Dream, também mantido pela editora, e poderá ser visualizada tanto em computadores quanto em smartphones e tablets.

A equipe é a mesma que já produz as matérias do Auto Press, coordenada pelos editores Luiz Humberto Monteiro Pereira e Eduardo Rocha, com o apoio dos repórteres Márcio Maio e Raphael Panaro. O conteúdo também não passará por grandes mudanças, abordando o mercado de carros, motocicletas, utilitários, vans, caminhões e ônibus. Sugestões do público podem ser encaminhadas pelo revista@autopress.com.br.

Novo projeto reúne história da F1 em enciclopédia digital

Entrou na rede o site Enciclopédia F1 Automotor, projeto das agências GRM e A2 com a AutoMotor Esporte, de Reginaldo Leme, que reúne um acervo com mais de quatro mil páginas contando toda a história da Formula 1, desde as corridas nas ruas e pistas de terra até os modernos circuitos e carros velozes da atualidade. “A obra é resultado de quase 20 anos de pesquisa e atualização”, destaca o editor Ludenbergue Góes. “Um trabalho que começou em 1996, quando lançamos a Enciclopédia da F1, o primeiro CD-ROM sobre esse esporte no Brasil e, certamente, um dos poucos existentes naquela época. Era uma cobertura completa de todos os aspectos do esporte a motor mais popular no mundo. Em 2000, empolgados com a bolha da internet, decidimos criar um site, atualizando todo o conteúdo do CD. Mantivemos a página até o fim daquele ano, quando decidimos desativá-la. De todo esse processo restou um amplo acervo, com conteúdo valioso para quem curte a Fórmula 1, e é esse material, atualizado e ampliado, que estamos apresentando agora”. Dentre os conteúdos estão a história do automóvel, desde a sua invenção, as primeiras fábricas e corridas, a descrição de todas as partes de um carro da F1, modelos antigos e recentes, detalhes dos circuitos, pistas e corridas, equipes antigas e atuais, o perfil e a carreira de mais de 120 pilotos, a rememoração de todos os campeonatos, desde 1950, além de estatísticas atualizadas a cada GP. Leia mais + Cycle World reforça equipe + Marcelo Monegato deixa o Diário do Grande ABC e começa no WebMotors + Motorpress anuncia mudanças e inicia novo direcionamento digital de suas marcas

Cycle World reforça equipe

A Cycle World, publicação da Editora Escala, acaba de reforçar sua equipe com as chegadas do editor Ícaro Bedani e do repórter de testes Lucas Paschoalin. Ícaro estava na equipe de reportagem do Jornal do Carro, do Estadão, e esta será sua segunda passagem pela casa, onde atuou como repórter da Car and Driver entre 2012 e 2013. Antes já havia passado pela revista Carro e pelo iG Carros. Parte da segunda geração de uma família de motociclistas, Lucas utilizará sua experiência como piloto para a realização de testes para a Cycle World.   Leia mais + Marcelo Monegato deixa o Diário do Grande ABC e começa no WebMotors + Motorpress anuncia mudanças e inicia novo direcionamento digital de suas marcas + Abordo Magazine passa a ser vendida também em bancas

Vaivém das Redações!

Veja o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Ceará:   São Paulo Após dez meses na equipe de atendimento da GE do Brasil, na Agência Ideal, Ana Fernandes está de volta ao dia a dia das redações como repórter e editora do Broadcast Político da Agência Estado. Antes da Ideal, ela foi repórter de Indústria e Infraestrutura no Valor Econômico e repórter do Sistema Globo de Rádio. Seu novo contato é ana.fernandes@estadao.com.   Distrito Federal Sílvio Ribas Nesta 2ª.feira (5/5), chegou transferida da TV Brasília a repórter Isa Stacciarini, para atuar em Cidades; pouco antes a editoria havia recebido o reforço de Tiago Soares; e Juliana Figueiredo e Rebeca Carvalho foram contratadas para Cultura. Gabriela Echenique começou na equipe da CBN Brasília, no lugar da repórter Ana Carolina Marchan, que deixou a rádio. Por lá também chegaram as estagiárias Jéssica Moura e Natália Zorzo. Rio Grande do Sul O telejornal SBT Rio Grande passou a ser conduzido a partir desta 2ª.feira (5/5) pelo apresentador Marcelo Coelho. Natural de Santa Maria, ele começou a carreira na RBS TV e, nos últimos 20 anos trabalhou como repórter e apresentador no Rio de Janeiro, atuando em SporTV, Record e SBT Rio.   Após cinco anos no Jornal do Comércio, o editor-assistente de Economia Leandro Brixius deixou a casa e começou em abril em Zero Hora, como editor do caderno ZH Dinheiro, publicação semanal focada em finanças pessoais e carreira. Seu novo contato é o leandro.brixius@zerohora.com.br.   Ceará Felipe Araújo deixou o comando da editoria de Cultura & Entretenimento de O Povo e partiu para novos projetos.   Alberto Bardawil resistiu a nova investida para vender a TV União. Lá, Luizianne Lins estreia programa jornalístico diário agora em maio. Leia mais + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações!

Memórias da redação ? O pão dos anjos

José Maria dos Santos, editor e colunista no Jornal do Comércio, de São Paulo, novamente fura nossa pequena fila de colaborações com uma história que ele viveu com Dom Tomás Balduíno, bispo emérito da cidade de Goiás, falecido no último dia 2 de maio. O pão dos anjos Se não me falha a memória, o episódio, extremamente pungente pelas circunstâncias e bem-humorado no seu desfecho, se deu em setembro de 1999. Nós estávamos – Dom Tomás Balduino, que acaba de partir, frei João Xerri, ambos dominicanos, e eu – visitando um campo de refugiados no departamento de Chiapas, sul do México. Os dois religiosos levavam a solidariedade da província brasileira da ordem às comunidades de ascendência maia – comuns naquelas montanhas –, que estavam recebendo ataques sucessivos de milícias paramilitares.  A motivação desse genocídio fatiado tinha, simultaneamente, inspiração racista e a pretensão de promover retaliações contra o Movimento Zapatista de Libertação Nacional, que levava na sua bandeira a defesa das populações indígenas. O campo ficava a cerca de 30 km da cidade de San Cristóbal de Las Casas, que se tornou uma capital informal dos zapatistas. A Cruz Vermelha havia estabelecido com seus caminhões pesados um circulo protetor ao redor do terreno, à semelhança do anel de defesa criado pelos pioneiros norte-americanos com seus carroções, conforme nos mostram os filmes de faroeste. Quem já esteve num campo desses sabe da sua absoluta precariedade. Uma infinidade de tendas, erguidas com grosso plástico negro, pontilhava no terreno ondulado. As pirâmides maiores anunciavam algum recinto coletivo, tipo refeitório, posto médico ou apenas os sanitários, que consistiam num buraco aberto à flor da superfície. Nosso grupo foi recebido por um coral de indiozinhos que cantavam, marcando o ritmo no chão com os pés descalços, uma canção folclórica cuja palavra mais pronunciada era “bienvenido”. Vestiam pequenas batas de chita colorida. A apresentação era apoiada por três instrumentistas que portavam, respectivamente, uma guitarra, uma sanfona e um exótico guitarrón. Vinha a ser um gordo violoncelo, tocado com o bojo para cima, no qual o executante utilizava os dedos, como fazem os tocadores de harpa. Sugeria o clássico movimento do pizzicato utilizado eventualmente no violino e frequente no cello e no contrabaixo. Dom Tomás, com simpatia, associando a execução ao tamanho do instrumento, sussurrou-me tratar-se de um “pizzicatón”. Encerrado o sarau, fomos convidados a almoçar. Desisti de imediato, ao ver as mulheres preparando a comida – tortillas recheadas com feijão preto. Elas trabalhavam acocoradas na terra nua, ao ar livre, fazendo a massa de milho em cuias de madeira e assando em grandes pedras aquecidas, sem maiores cuidados com a higiene. Evidentemente, aqueles organismos já estavam vacinados contra infecções intestinais, mas, no meu entendimento, estávamos vulneráveis. Para não colocar cruamente o real motivo, pretextei convenientemente a Dom Tomás que deveríamos agradecer o convite e voltar para almoçar em San Cristóbal, argumentando que possivelmente iríamos tirar da boca de alguém o alimento que nos seria destinado, considerando a indigência do campo. Dom Tomás reagiu magnificamente. Levantou os dois braços em direção ao céu lembrando aquela figura do quadro Guernica. “José”, exclamou, “este é o ágape que o Senhor nos oferece. Este é o banquete que temos a graça de receber. Não podemos virar as costas para a mesa do Senhor”. Obviamente, fiquei mudo. Quem teria o atrevimento de rebater aquelas palavras? Naquele momento tive a clareza do que significa uma epifania. Havia tanta singeleza e dignidade na sua conduta que ainda hoje, ao recordar, fico comovido. E lá ficamos. Disfarçadamente, eu me livrei das duas ou três tortillas que me foram oferecidas. Satisfiz-me com um copo de Fanta laranja, que foram comprar às pressas para nos recepcionar. Mas Dom Tomás abençoou e saboreou as suas. Deve até ter elogiado. Na manhã seguinte, após o café da manhã no hotel, fui à sua procura no convento dos dominicanos – dominicos, como dizem na língua espanhola – onde estava hospedado, a fim de lhe comunicar a minha agenda do dia. Deveria visitar Ocosingo, uma das várias comunidades autônomas da região que não reconhecem o governo mexicano, controladas pelos zapatistas. Um frei veio à porta me comunicar que Dom Tomás não podia me atender. Inclusive, informou, havia cancelado seus compromissos pelo menos no período da manhã, até que melhorasse de uma indisposição que o havia acometido, à qual se referiu vagamente. Preferi não pedir detalhes, respeitando o recato que me fora sinalizado. Leia mais + Memórias da Redação – Sonhando com números + Memórias da Redação – Jânio e o estivador + Memórias da Redação – O dia em que Zé Wilker parou a Editora Globo

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