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segunda-feira, abril 29, 2024

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Flávia Junqueira, do Extra, é ameaçada após reportagem investigativa

A repórter Flávia Junqueira, do jornal Extra, foi ameaçada por João Maurício Gomes da Silva, o Janjão, na última 6ª.feira (9/5), por assinar reportagens em que ele é apontado como suspeito de corrupção nos Correios. O carro do jornal – em que Flávia estava acompanhada pelo fotógrafo Fábio Guimarães e o motorista Bruno Guerra – foi seguido e abalroado duas vezes pelo de Janjão, que chamou a repórter pelo nome, indicando a quem se destinava a ameaça. A equipe registrou o caso na 32ª Delegacia de Polícia, na Taquara, Zona Oeste do Rio. Nesta 3ª feira (13/5), após as ameaças, o jornal publicou na capa uma chamada para o prosseguimento da série de reportagens, desta vez assinada por todos os profissionais do Extra e do Expresso – repórteres, editores, fotógrafos, diagramadores e diretores dos jornais – para mostrar que “a luta contra a corrupção não é trabalho solitário de um repórter, mas dever de todo jornalista”. As fraudes nos Correios, no valor de R$ 15 milhões, vêm sendo investigadas por Flávia desde agosto do ano passado. Na manhã da 6ª.feira, a equipe cobria uma operação de busca e apreensão, realizada pela Polícia Federal na casa do acusado. O suspeito estacionou seu automóvel de modo a impedir a movimentação do carro de reportagem, mas o motorista do jornal conseguiu sair de lá. Vendo isto, Janjão bateu no carro do jornal. A equipe deixou o local, e Janjão a seguiu, jogando seu carro contra o do jornal, na estrada de Curicica, ainda na Zona Oeste. O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio emitiu nota de repúdio e enviou ofícios ao Ministério da Justiça, secretarias da Comunicação Social e dos Direitos Humanos, Secretaria-Geral da Presidência da República, Governo do Estado do Rio, Secretaria de Segurança Pública e ministérios públicos estadual e federal, reivindicando providências imediatas para garantir uma investigação rigorosa do caso. Representante da ANJ considerou o fato da maior gravidade e duplamente condenável: “Primeiro, porque é uma agressão, e segundo, porque há, claramente, uma intenção de constranger a jornalista, assustá-la para tentar influenciar na cobertura e evitar que informações cheguem aos leitores”.

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