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quinta-feira, julho 10, 2025

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Gazeta de Bebedouro completará 100 anos de circulação em junho

Gazeta de Bebedouro completará 100 anos de circulação em junho
Reprodução/Facebook/Gazeta de Bebedouro

A Gazeta de Bebedouro, cidade do interior de São Paulo, celebrará 100 anos de circulação em 6 de junho. Criado quando Bebedouro completava 40 anos, o jornal impresso foi testemunha e protagonista da história da cidade. O aniversário marca a renovação de seu compromisso em trazer informação ao povo bebedourense.

Fundado em 1924 pelo comunicador e político Lucas Evangelista, inicialmente como um órgão oficial do Partido Republicano, o veículo tornou-se independente somente posteriormente. Ele circulava aos domingos e contava com colaboradores como Elizário de Vasconcelos, Leal Filho, Eugenio Silva, Estácio Caldeira Cardoso e José Evangelista, seu filho. Permaneceu sob o comando de Lucas até sua morte, em 1940.

Em 1943, a Gazeta passou a ser comandada por José Caldeira Cardoso, mais conhecido como Juca Caldeira, juntamente com sua esposa e escritora Sarah Pacheco Cardoso. Durante 45 anos, ele não só utilizou o jornal como uma ferramenta de informação, mas também como um meio de prestar serviços à população.

Entre eles, a criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionias (Apae) de Bebedouro. Em entrevista a J&Cia, Sarah Cardoso, filha de Caldeira e atual diretora, contou sobre o surgimento da ideia: “Nós temos uma relação muito próxima com nossos leitores. Lembro de quando ele recebeu um grupo de pais de alunos portadores de deficiência, eles desejavam a ajuda do jornal para criação de uma Apae na cidade e meu pai abraçou a missão”.

Juca formou um grupo que se dedicou à obtenção de um terreno e promoveu campanhas para adquirir o material de construção da instituição, da qual foi presidente até seu falecimento. Durante sua gestão também colaborou na reforma de uma praça, que culminou na criação da Fonte Sonoro Luminosa Gazeta de Bebedouro, batizada em reconhecimento à sua participação.

Sarah tomou posse após a partida do pai e apesar de trazer mudanças, manteve a cultura de proximidade com o leitor. “Introduzi outras retrancas e a Página Dois. Ela é composta por colaboradores especialistas de Bebedouro, eles nos procuram e se oferecem para publicar artigos, é muito bacana”, explica. “Em 2012, criamos o site e logo depois a assinatura digital. Atualmente somos uma publicação bissemanal, com entre 8 e 12 páginas”.

Questionada sobre a sensação de dar continuidade ao legado da família, ela declarou ser um privilégio: “É um prazer enorme poder documentar a história da nossa cidade e ver o resultado do nosso trabalho após a publicação de cada edição”.

Para celebrar o aniversário, será realizada uma comemoração em 6/6, às 20h, no Teatro Municipal de Bebedouro. Na ocasião, a equipe do jornal revelará os bastidores da redação e outras surpresas.

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Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal abriu as inscrições para a quarta edição do Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal. A iniciativa valoriza conteúdos que abordem a saúde de crianças e adolescentes. Podem concorrer reportagens e materiais publicados de junho de 2023 até 26 de julho de 2024, data final para as inscrições.

Podem participar profissionais, estudantes, entidades governamentais e da área de saúde que não sejam comerciais. O prêmio distribuirá R$ 92 mil entre os vencedores das categorias profissionais: Texto, Áudio, Vídeo e Redes Sociais. Estudantes concorrem em Texto e Audiovisual.

Este ano, os segundos lugares também passarão a ser premiados, sendo o primeiro lugar com R$ 12 mil e o segundo, R$ 5 mil. Já os alunos em primeiro lugar recebem R$ 8 mil, e R$ 3 mil ao professor orientador; o segundo, R$ 4 mil, com R$ 1.500 para o professor.

Mais detalhes e inscrições aqui.

Leia também: VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) anunciou nesta segunda-feira (20/5) os 25 finalistas do VII Prêmio de Jornalismo em Seguros. Foram ao todo 306 trabalhos inscritos que passaram por análise criteriosa dos membros do Comitê de Seleção do prêmio.

Os finalistas serão agora avaliados pela Comissão de Julgamento, que elegerão os vencedores em cada uma das cinco categorias, além do Vencedor Geral do Prêmio. A cerimônia de premiação está marcada para 11 de junho, na casa de espetáculos Blue Note, em São Paulo.

Confira a lista completa os finalistas:

 

Mídia Impressa

Adriana Cotias (Valor Econômico) – Previdência atrai R$ 12,7 bi em ano de saques em fundos

Ana Luiza Serrão (O Povo) – Com reservas de R$ 1,4 trilhão, setor de seguros pode baratear crédito mais que consignado no Brasil

Carol Kossling (O Povo) – Longevidade, sustentabilidade e ESG: os novos olhares do mercado de seguros

Rafael Walendorff (Valor Econômico) – Cálculo reforça potencial do seguro paramétrico

Sérgio Tauhata (Valor Econômico) – Catástrofe climática se torna cada vez menos previsível para seguradoras

 

Webjornalismo

Cristiane Noberto (CNN Brasil) – Com oferta de seguros, setor privado busca alternativas para minimizar perdas de imóveis por mudanças climáticas

Fabiana Cambricoli (Estadão) – Plano de saúde: fazer botox e pedir nota de consulta sai do bolso de todos, diz diretora de entidade

Gustavo Rossetti Viana (Valor Econômico) – A difícil tarefa de traçar um mapa de riscos de eventos climáticos

Luanna Mikaelle (Insurtalks) – Seguro Prestamista pode ser solução para o desafio do acesso ao crédito pela população 70+

Nathália Larghi e Marcelo D’Agosto (Valor Investe) – Com cenário favorável e competição, mais fundos de previdência voltam a superar inflação

 

Audiovisual (Rádio e TV) 

Aline Albuquerque (TV TEM/TV Globo) – Governo altera previdência privada para atrair poupadores

Andrielli Zambonin, Evandro Zucatti, Fabian Londero, Fernando Basei e Paulo dal Bello (NSC TV/TV Globo) – O papel do seguro rural diante de prejuízos no campo com desastres naturais

Joab Alves (TV Asa Branca/TV Globo) – Cresce busca por seguro veicular

João Paulo Seabra (Rádio Cultura FM) – Série de 4 reportagens especiais sobre o mercado de seguros no Brasil

Vinícius Rangel (Rede Massa/SBT) – Mulheres no trânsito: instrutora cria curso para ajudar motoristas a perder o medo de dirigir

 

Imprensa especializada do setor de seguros 

André Felipe de Lima (Revista Apólice) – A crise mora ao lado

Caroline Rodrigues (Revista Cobertura) – A vilania da fraude na Saúde Suplementar

Denise Bueno (InfoMoney) – Seguro de responsabilidade civil de executivos vive novo dilema com decisão de Toffoli

Kelly Lubiato (Revista Apólice) – Um mundo de oportunidades se abre aos 50+

Sergio Vitor Guerra (Revista Seguro Nova Digital) – As vozes que ecoam do topo

 

Categoria especial Prudential ASG & Seguros

Daniela Frabasile (Site B3 Bora Investir) – Como as mudanças climáticas afetam o setor de seguros?

Helio Marques (Revista Seguro é Seguro) – O que a metodologia ESG tem feito a favor do comércio, setor de serviços e órgãos governamentais

Jamille Niero e Dhiego Maia (InfoMoney) – Falta preparo ao Brasil para enfrentar fenômenos climáticos cada vez mais extremos

Rosana Hessel (Correio Braziliense) – No setor de seguros, elas conquistam mais espaço

Sônia Araripe e Antonio Carlos Teixeira (Plurale) – Business 20: o Seguro, a Agenda ESG e o G20


Abertas as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo

Abertas as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo

Estão abertas até 1º de outubro as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo. Promovido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a iniciativa visa reconhecer reportagens sobre o setor de árvores cultivadas e o meio ambiente.

Serão distribuídos R$ 36 mil em prêmios, juntamente com troféus e certificados, aos três melhores de cada uma das quatro categorias: Escrita, Rádio, TV e Veículo Setorizado. O primeiro lugar receberá R$ 4 mil, o segundo, R$ 2 mil, e o terceiro, R$ 1 mil. Haverá ainda quatro menções honrosas a reportagens regionais ou que tenham abordagem científica, que receberão R$ 2 mil cada.

A primeira edição do prêmio tem como tema O setor de árvores cultivadas como aliado no combate às mudanças climáticas. As produções submetidas devem ter sido publicadas pela primeira vez em 2024. Os finalistas serão divulgados em novembro.

Mais informações e inscrições aqui.

Leia também: VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

Intercept Brasil lança campanha para arrecadar fundos até fim de maio

O Intercept Brasil lançou a campanha S.O.S Intercept, com o objetivo de arrecadar R$ 250 mil até o final de maio para quitar dívidas, investir em projetos e continuar com seu trabalho de jornalismo investigativo e de denúncias de crimes.

Em texto publicado sobre o objetivo da campanha, o Intercept explicou que as mídias sociais e o Google reduziram o alcance de suas publicações, e o site enfrenta mais de duas dúzias de ações judiciai, que exigem muitos dos seus recursos. Além disso, as doações mensais de contribuidores reduziram-se significativamente. Como consequência, o Intercept está há meses com as receitas em queda.

“Imagine também quantos abusos, escândalos e crimes não serão denunciados e ficarão impunes se nosso orçamento continuar a diminuir ou, pior ainda, se o Intercept Brasil for forçado a fechar as portas?”, questiona a campanha. “O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. O Intercept Brasil é uma redação independente. Não temos sócios, anúncios ou patrocinadores corporativos. Sua colaboração é vital para continuar incomodando poderosos”.

Apoie o Intercept aqui.

A dor de cobrir a própria tragédia

A dor de cobrir a própria tragédia

Nas duas últimas semanas, em meio à tragédia que vive o Rio Grande do Sul, profissionais das mais diversas áreas têm se desdobrado para atender às necessidades de uma população atingida por um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. O jornalismo, em seu papel social de levar informações precisas e de qualidade, e de acompanhar e cobrar um trabalho efetivo das autoridades, também vem merecendo destaque especial neste processo.

Porém, conviver e acompanhar uma tragédia tão próxima como essa, na qual muitos jornalistas e empresas também estão entre os atingidos, tem seu preço. Conciliar o dever profissional com o lado humano, de quem está convivendo 24 horas por dia com a dor e o sofrimento, sejam próprios ou dos outros, tem levado muitos profissionais ao esgotamento físico e mental.

O jornal Zero Hora, em sua Carta da Editora, publicada em 3 de maio, trouxe alguns relatos de profissionais do Grupo RBS que estão atuando diariamente na cobertura das inundações. Os depoimentos reunidos pela editora de Opinião Diane Kuhn, reproduzidos a seguir, dão uma amostra do que tem sido esse desafio para os jornalistas gaúchos.

“Mais uma vez, foi preciso sair do estúdio, calçar as galochas e segurar a emoção para informar os gaúchos sobre uma tragédia climática. Agora, ainda pior… e, de novo, só buscar e transmitir notícias não bastou, foi preciso abraçar, consolar, dar forças e incentivar a fé em dias melhores.” ­– Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço

“Participar de uma cobertura como esta é estar próxima ao lado mais vulnerável do ser humano. Uma das coisas que mais me marcaram até agora foi o relato de uma mulher de São Vendelino que perdeu um filho e o marido soterrados. A angústia e o sofrimento eram nítidos, ao mesmo tempo que projetava um futuro incerto e a assistência aos outros três filhos.”Alana Fernandes, repórter da Redação Integrada de Caxias do Sul

“Impressionou-me o choro das pessoas. A prefeita de Sinimbu chorou enquanto eu a entrevistava. O mesmo aconteceu com uma agricultora que viu as vaquinhas, todas com nome, serem levadas pela água. As vítimas não sabem como recomeçar a vida, não veem perspectiva. É uma tristeza sem fim.”Humberto Trezzi, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

“Em Candelária, o que mais dói é ver o drama daqueles que não têm notícias de seus familiares, daqueles que permanecem de plantão no local onde pousa o helicóptero, esperando para que o resgate chegue até seus familiares. Uma cidade sitiada e clamando por ajuda, mas que encontra esperança na força do seu povo.”Vítor Rosa, repórter da RBS TV

“Às vezes tenho a sensação de que o tempo parou. Nada que veio antes e nada que ainda virá parecem fazer sentido. Estamos vivendo um minuto após o outro. Tudo muda a todo momento! Nesse momento de tanta dor, só nos resta não perder a esperança de que um dia isso tudo vai passar. E essa tragédia vai ficar para a história.”Shirlei Paravisi, editora-chefe da RBS TV Serra

“O pavor de ter testemunhado uma mulher sendo levada pelo Rio Pardo, a alegria de saber que ela se salvou, poder lhe dar um abraço depois e ver o empenho do trabalho de bombeiros voluntários, da comunidade e de autoridades foram as coisas que mais me marcaram nesta cobertura em Candelária.”Paulo Rocha, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

Outro relato emocionante, este registrado ao vivo, foi do repórter Felipe Vieira, da Rádio Bandeirantes, que não conseguiu conter o choro ao relatar a abertura de um corredor humanitário para atender à população de Estrela, a 130 quilômetros de Porto Alegre: “Estão saindo um avião da GOL e um avião da Defesa Civil em São Paulo. Esses dois aviões vão descer em Caxias do Sul com alimentos, água, cobertores, colchões, medicamentos. Descem em Caxias, e está sendo aberto um corredor… (pausa com a voz embargada). Desculpem a emoção, mas é que a gente só ouve falar isso em guerra. Corredor humanitário. Está sendo aberto de Caxias até Estrela, no Vale do Taquari, porque não tem condições de acessar Estrela, que é um município a 130 quilômetros de Porto Alegre, estradas asfaltadas, duplicadas. As estradas estão interrompidas. Então a ajuda vai chegar via Caxias, em um corredor humanitário (nova pausa para choro). A gente se emociona, mas é desesperador…”

Leia a matéria completa na edição desta semana de Jornalistas&Cia.

Alexandra Moraes assume em junho o cargo de ombudsman da Folha

Alexandra Moraes (Crédito: Editora Lote 42)

Alexandra Moraes, atual secretária assistente de Redação da Folha de S.Paulo, assume em 3 de junho o cargo de ombudsman do jornal, em substituição a José Henrique Mariante. O mandato será de um ano, com possibilidade de renovação de um ano, em comum acordo com a direção de redação. Lívia Marra será a nova secretária assistente de Redação, em substituição a Alexandra.

Na Folha há 23 anos, Alexandra foi editora de Diversidade e Ilustríssima, editora adjunta de Especiais e Ilustrada e redatora da Primeira Página. Além de jornalista, é quadrinista, autora da tirinha O Pintinho, desenhada no Paintbrush, software da Microsoft. Os quadrinhos renderam três livros e têm mais de 40 mil seguidores nas redes sociais.

José Henrique Mariante passa a integrar a equipe de repórteres especiais da Folha, tendo como primeira tarefa a cobertura dos Jogos Olímpicos em Paris.

Foi dada a largada para a edição 2024 dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras

Eduardo Ribeiro, Oscar Luiz, a grafiteira Sheila Raiana, Marcelle Chagas e Rosenildo Ferreira (Foto: Fabio Risnic)

Celebrar a diversidade e a valorosa contribuição de homens e mulheres negras é sempre importante. Aliás, é vital. Afinal, apesar de este contingente representar cerca de 55% da população brasileira (segundo dados do IBGE), seu trabalho e sua trajetória nem sempre receberam o devido reconhecimento e valorização. Foi com este espírito que nasceu em 2023 o Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, iniciativa conjunta da newsletter Jornalistas&Cia, do portal Neo Mondo, do site 1 Papo Reto e da Rede de Jornalistas Pretos Pela Diversidade na Comunicação (Rede JP).

Fazemos hoje (15/5/2024) o lançamento simbólico da edição 2024 do Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, cuja mecânica obedecerá ao mesmo ritual já consagrado em todas as iniciativas de Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas. Avançar nesta iniciativa sempre foi nosso desejo e o maior desafio. Afinal, sabemos que a perenidade não é uma característica marcante dos projetos comandados ou direcionados aos afro-brasileiros. Boa parte dos prêmios e homenagens surgem e se apagam rapidamente, por falta de patrocínio ou apoio institucional.

Sabemos que para estes brasileiros a jornada é sempre mais difícil. Contudo, o sucesso obtido já na primeira edição do Prêmio nos enche de esperança e nos alimenta da força para seguir adiante. “Desde o início, observamos uma forte adesão tanto dos participantes quanto do público jornalístico, evidenciando a demanda significativa e a lacuna a ser preenchida no cenário”, diz Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP. “Para a segunda edição, nosso objetivo é garantir que consigamos manter a mesma beleza e impacto, de forma sustentável, como alcançamos na primeira edição. Ao longo da história, muitos prêmios semelhantes enfrentaram desafios de sustentabilidade devido à falta de apoio das grandes empresas, destacando a difícil realidade que os projetos destinados a destacar figuras negras enfrentam. Estamos comprometidos em superar esses obstáculos e continuar valorizando e reconhecendo a excelência dentro dessa comunidade”.

Evento reuniu cerca de 200 jornalistas em São Paulo (Foto: Fabio Risnic)

O empenho dos realizadores está amparado em valores institucionais e no compromisso com a luta antirracista, como destaca Eduardo Ribeiro, diretor de Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas: “Desde 2021, quando tivemos a oportunidade de realizar o Censo Racial da Imprensa Brasileira, que constatou com evidências tudo aquilo que já intuíamos sobre a presença dos negros nas redações jornalísticas do País (ampla minoria), tínhamos a ideia de fazer uma ação ainda mais propositiva de realçar e valorizar a presença dos jornalistas negros e negras na imprensa brasileira”.

Eduardo conta que esse foi um dos mais concorridos prêmios organizados por Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas, desde 2014, quando as premiações começaram a ser realizadas. Outro dado que merece destaque é que as mulheres ocuparam a dianteira em todas as categorias. Para chegar aos 117 jornalistas classificados, foi indicado um total de 347 profissionais. Entre os finalistas, a predominância foi das mulheres, com 73 classificadas. O Sudeste foi a região com maior número de representantes no geral, 84, seguido de Centro-Oeste (13), Nordeste (10), Sul (6) e Norte (4). Já entre os profissionais de imagem, foram 107 indicações para chegar aos 15 mais bem classificados. Na eleição dos veículos, foram lembradas 194 publicações diferentes na soma das duas categorias: mídia geral e mídia fundada ou comandada por afro-empreendedores.

Homenageados – Foto: Fabio Risnic

Como vimos, os números demonstram que tanto os jornalistas quanto o mercado receberam muito bem a iniciativa. E, da nossa parte, não envidaremos esforços para surpreender a audiência. “A premiação que confirma o trabalho de jornalistas negros(as) e mídias negras em um país onde o racismo estrutural tem raízes profundas é muito mais do que apenas uma celebração de conquistas individuais”, diz Oscar Luiz, publisher do portal Neo Mondo. “Ela carrega consigo um significado simbólico que transcende o mundo do jornalismo e alcança o cerne da luta por igualdade e justiça racial. Em um contexto onde o racismo sistêmico permeia todos os aspectos da sociedade, incluindo a mídia, a consideração e a celebração de jornalistas negros(as) e mídias negras é uma forma poderosa de desafiar e questionar o status quo. Essa premiação não apenas destaca o talento e a dedicação desses profissionais, mas também confronta a narrativa dominante que muitas vezes marginaliza as vozes e perspectivas da comunidade negra”.

Só com essa maior diversidade é que o jornalismo conseguirá ser também diverso em suas pautas, em suas equipes e em seu olhar da sociedade. Já podemos adiantar que, graças à parceria com a consultoria GSS Carbono, do Paraná, vamos mitigar todas as emissões geradas nas diversas etapas do Prêmio, tornando-o um evento carbono zero.

Eduardo Ribeiro, Oscar Luiz, a grafiteira Sheila Raiana, Marcelle Chagas e Rosenildo Ferreira (Foto: Fabio Risnic)

Esperamos encontrá-los novamente em novembro!

Agências de comunicação chegam ao seu primeiro bilhão de dólares e aos 20 mil empregos diretos

Agências de comunicação chegam ao seu primeiro bilhão de dólares e aos 20 mil empregos diretos

Foi lançada nesta quarta-feira (15/5), no programa Comunicação S/A, da Mega Brasil, ancorado por Marco Rossi, a versão digital do Anuário da Comunicação Corporativa, com 354 páginas e o apoio de perto de 80 organizações. Com ela o mercado celebra um feito histórico: pela primeira vez na história o segmento das agências de comunicação atingiu faturamento anual de1 bilhão de dólares. Em reais, as receitas de 2023 superaram os R$ 5,1 bilhões, com um crescimento nominal de 4,45% sobre 2022, desempenho ligeiramente abaixo da inflação oficial medida pelo IPCA, que foi de 4,62% no período.

Outro feito do setor deu-se na empregabilidade: as agências fecharam 2023 com praticamente 20 mil colaboradores diretos, atingindo também aí um patamar inédito na história da atividade.

Apoiada institucionalmente por Aberje e Abracom − entidades que, inclusive, assinam os editoriais ao lado dos editores −, a publicação reúne oito reportagens especiais:

  • Emergência socioambiental • COP30 já começou
  • Diversidade racial • O caminho é longo
  • Olhar comunitário • O ‘S’ do ESG
  • Fairplay em baixa • As concorrências multiplicam-se e desafiam o bom senso
  • Imprensa e RP • Bora lá fazer essa pauta?
  • Convergências e divergências • Relações públicas e marketing digital: unir para conquistar
  • A força do engajamento • Diz-me quem segues e eu te direi quem és
  • Desembarque programado • Expatriado sem romantismo

A reportagens são assinadas por Carlos Henrique Carvalho, Cristina Vaz de Carvalho, Fernando Soares, Lena Miessva, Martha Funke, Maysa Penna, Renato Acciarto e Rosenildo Ferreira. Adriana Teixeira, editora executiva, completa o time de profissionais convidados, que atuaram ao lado dos diretores da Mega Brasil Célia Radzvilaviez, Eduardo Ribeiro e Marco Rossi.

Ranking das Agências – quatro grupos superam os nove dígitos

O Ranking das Agências de Comunicação contou com a participação de 124 agências, 54 delas no segmento das grandes e médias e 70, no das agências-butique. A exemplo do ano anterior, quatro grupos superaram a marca dos R$ 100 milhões de faturamento, sendo que a agência líder pela primeira vez na história rompe o patamar dos R$ 500 milhões de receita.

Assessoria de imprensa continua o carro-chefe da atividade

Contando com a participação de 211 agências, a Pesquisa Mega Brasil, coordenada pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, sob a supervisão do diretor Maurício Bandeira, traz novamente uma série de indicadores setoriais que contribuem para jogar luzes na atividade da comunicação corporativa brasileira. Entre os produtos mais comercializados pelas agências no mercado, o mais antigo, Relacionamento com a mídia, contou com 77,7% de citações. Curiosamente, ele convive com um dos mais novos, Gestão de redes sociais, que foi o segundo, citado por 45% das agências. Corrobora esse resultado a indicação das três principais áreas em que foram feitas inovações em 2023: Redes Sociais, Mídias So­ciais (54,9%), Produção de Conteúdo (52,5%) e Mídia Digital, Marketing Digital (48,8%).

Sobre os colaboradores: presença dos negros ainda não chega a 30%

As mulheres mantêm participação amplamente majoritária na composição da força de trabalho das agências no País, com 71,5% do total de empregados nelas. Na segmentação por raça/etnia, mulheres brancas predominam, com 50% de participação, seguidas por homens brancos, com 21,3%. Menos de 30% das vagas de traba­lho no setor são ocupadas por pessoas pretas ou pardas, que são maioria na população brasileira.

Jornalismo é a formação predominante entre os profissionais atuantes nas agências de comu­nicação corporativa, com 45,3% dos funcionários, sendo este, porém, o menor índice relativo já detectado na série histórica. Relações Públicas, com 11,2%, e Publicitários/Marketing, com 10,5%, são as duas formações que vêm a seguir.

Inteligência artificial chega quase como um tsunami no setor

Com apenas um ano de intervalo, a presença da inteligência artificial (IA) explodiu no segmento das agências de comunicação e o Anuário retrata de forma excepcional essa transformação − seja nos indicadores da Pesquisa, em que o tema já se mostra como um dos mais influentes na operação do dia a dia e no planejamento das agências, seja nos depoimentos e entrevistas, que acentuam a preocupação e os investimentos que já foram e continuarão a ser realizados com vistas a aprimorar, agilizar e melhorar a produtividade dessa cadeia.

Para se ter uma ideia, dentre as tendências tecnológicas e/ou de ne­gócios mais influentes no setor, a IA liderou a Pesquisa, com 73,9% de citações entre os entrevistados. As outras três indicações mais citadas foram Marketing de influência/Uso de redes sociais, com 36%; ESG/Pautas de sustentabilidade, com 28,9%; e BI/Análise de dados/Analytics/Big Data, com 25,1%. Esses re­sultados apontam para um setor que se mantém atualizado e participando do desenvolvimento de novíssimas tecnologias.

Confirmando essa perspectiva, 69% das agências pesquisadas indicaram ter feito uso de inteligência artificial nos seus processos de traba­lho no período. A área de Produção de conteú­do é a que mais demandou essa utilização: 77,9%. As outras áreas indicadas foram Relatórios, com 42,8%; Produção audiovisual, 32,4%; e Pesquisas sobre consumidores, 20,7%.

Vem aí também a edição impressa

Está marcado para 30 de maio o lançamento da edição impressa do Anuário da Comunicação Corporativa, em tiragem limitada, que poderá ser adquirida e retirada na Mega Brasil pelo valor de R$ 120. No caso de envio, o custo de postagem será de R$ 25,00. Informações com Bruna Valim (brunavalim@megabrasil.com.br) ou Clara Francisco (clarafrancisco@megabrasil.com.br).

Aqui o link para a versão digital, aberta e gratuita: https://www.virapagina.com.br/megabrasil/anuario2024/. Para consumir sem moderação.

Instituto do Coração lança prêmio de jornalismo de saúde

Instituto do Coração lança prêmio de jornalismo de saúde
Crédito: Lucas Vasques/Unsplash

Estão abertas até 16 de junho as inscrições para o 1° Prêmio InCor de Jornalismo em Saúde. A iniciativa do Instituto do Coração (InCor) valoriza reportagens que explorem avanços tecnológicos no campo da saúde, como inteligência artificial, telemedicina, dispositivos médicos conectados e análise de big data.

A premiação, com o tema Tecnologia na Área da Saúde: Avanços e Desafios, é dividida em quatro categorias: Texto, Áudio (rádio e podcast), Vídeo e Jornalismo Online. As produções submetidas devem ter sido veiculadas em canais e plataformas sediadas no estado de São Paulo.

Os finalistas serão anunciados em 2/8, e a cerimônia de premiação está programada para 29/8, no Anfiteatro do InCor. Interessados devem consultar o regulamento e realizar suas inscrições no site do prêmio.

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