Morreu na noite dessa quinta-feira (30/6) no Rio de Janeiro o jornalista e escritor Arthur José Poerner, um dos grandes nomes da resistência à ditadura militar, sobretudo no Correio da Manhã e no Pasquim. O velório e sepultamento serão nesta sexta-feira (1º/7).

Arthur é bacharel em Direito e fez pós-graduação em Comunicação. Destacou-se na imprensa brasileira fazendo resistência à ditadura em Correio da Manhã e Pasquim. Foi o mais jovem brasileiro a ter os direitos políticos suspensos por dez anos, em 1966.

O jornalista foi preso em 1970 e obteve asilo político na Alemanha. Em 1984, retornou ao País, como editor de Cultura da TV Globo. É membro titular do Pen Clube do Brasil e integrou o Conselho Deliberativo e a Comissão de Ética dos Meios de Comunicação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 2000, foi condecorado com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. E em 2005 recebeu o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro.

Como aluno de Direito da Faculdade Nacional, participou ativamente do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (Caco), fazendo a ponte entre o Correio da Manhã e os estudantes. Na literatura, também fez resistência à ditadura: Em 1968, publicou O Poder Jovem, sobre a participação política dos estudantes brasileiros. A obra foi um dos 20 primeiros livros a serem proibidos em todo o território nacional.

Com informações da ABI.

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