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quinta-feira, março 28, 2024

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Alberto Dines, 80 anos, entre amigos

Entre homenagens e intenso trabalho, Alberto Dines festejou com amigos, na noite desta 2ª.feira (5/3), na Cervejaria Nacional, em Pinheiros (SP), seus 80 anos de vida e 60 de Jornalismo, assim mesmo, com J maiúsculo. Perto de 150 pessoas lá estiveram, revezando-se entre as 19h30 e 1h da madrugada, para celebrar Dines, rememorar boas passagens da vida, reencontrar companheiros de anos e tantas jornadas e – vício do ofício – trabalhar. Tanto assim que, pouco antes de se despedir, o amigo Audálio Dantas – outro que está prestes a celebrar 80 anos de vida – acertou com Dines uma entrevista especial para a revista Negócios da Comunicação, que dirige. Entre as dezenas de amigos que por lá passaram estavam Armando Medeiros, Bernardo Kucinski, Caio Túlio Costa, Cida Damasco, José Santos, Juca Kfouri, Júlio Moreno, Lu Fernandes, Luciano Martins Costa, Lucila Camargo, Luis Nassif, Marili Ribeiro, Matinas Suzuki, Paulo Caruso, Ricardo Kotscho e Verónica Goyzueta. No próximo sábado (11/3), Dines se reúne com os amigos do Rio de Janeiro, numa festa organizada pelos ex-JB. A propósito, a Fapesp realizará no próximo dia 22/3 o seminário Conhecimento científico do jornalismo no Brasil: a contribuição de Alberto Dines, com as participações, entre outros, de Caio Túlio Costa, Carlos Eduardo Lins da Silva, Eugênio Bucci, Fernando Gabeira, José Marques de Melo, Luiz Egypto e Sérgio Vilas-Boas, além do próprio Dines. Das 9h às 18h, no auditório da entidade (rua Pio XI, 1.500). Confirmações de presença pelo www.fapesp.br/eventos/dines/inscricao. Mais informações no 11-3838-4176. Repercussões na imprensa Os 80 anos de Alberto Dines foram celebrados também com muitas entrevistas. Não é comum os jornais falarem dos profissionais, mas Dines marcou época. Como editor-chefe do JB durante 12 anos – onde entrou em 1962, logo após a reforma gráfica de Amilcar de Castro que veio a alterar o cenário do jornalismo brasileiro – consolidou a mudança e firmou o jornal no cenário internacional. Dirigiu a sucursal da Folha de S.Paulo no Rio e teve atuação no exterior. Em Portugal, como diretor do grupo Abril, lançou a revista Exame; foi professor na Universidade de Columbia, em Nova York, Estados Unidos. Escreveu cerca de 15 livros, entre eles Stefan Zweig e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras histórias da Inquisição em Portugal e no Brasil. Fundou e dirige até hoje o site Observatório da Imprensa, e faz o programa com o mesmo título no rádio e na televisão da Rede Pública. Ao Estadão, em texto de Eugênio Bucci, Dines afirmou: “No caso do jornalista, o caráter alimenta-se da independência intelectual e material, assim como se alicerça no cultivo da liberdade e do espírito crítico – portanto, ganha vigor com o passar do tempo”. As entrevistas exploraram não apenas a história pessoal, mas suas ideias sobre o futuro. Falando a Arnaldo Bloch, do Globo, e portando um iPhone, disse: “Sou um homem do papel. Preciso estar atento aos trinados, edito um site que envolve debate e muita discussão consultiva. Mas meu negócio são mesmo as folhas do jornal, tecnologia incomparável, pois a notícia é hierarquizada, editada. A internet está enlouquecendo e não consegue superar essa arrumação”.  

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