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quinta-feira, março 28, 2024

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Lúcio Flávio paga indenização a herdeiros de C. R. Almeida

Fruto de uma “vaquinha” entre amigos e simpatizantes, Lúcio Flávio Pinto pagou na semana passada R$ 25.116,75 aos sucessores e herdeiros do falecido Cecílio do Rego Almeida, dono da Construtora C. R. Almeida. No ano 2000, o empresário cobrou a reparação do dano moral que alegou ter sofrido porque Lúcio o chamou de pirata fundiário em artigo publicado no seu Jornal Pessoal, um quinzenário alternativo que escreve sozinho desde 1987, em Belém. Em 1999, Lúcio denunciou que Cecílio havia se apropriado de quase cinco milhões de hectares de terras no vale do rio Xingu, no Pará, além de minérios e outros recursos naturais. Embora a Polícia Federal tenha comprovado o crime (não prendeu o empresário porque a pena  prescreveu), Lúcio foi condenado a pagar a Cecílio indenização de R$ 4 mil (em valores da época), que, corrigidos, alcançaram mais de R$ 25 mil. “Eu podia continuar a recorrer, como fiz ao longo de mais de dez anos”, afirmou ele em nota, na qual resume o caso e que pode ser conferida em http://migre.me/dJHD2. “O último recurso, do qual podia lançar mão, era uma ação rescisória, que praticamente reiniciaria o processo. Mas achei que o cinismo, a injustiça e o propósito deliberado de me atingir exigiam uma resposta mais contundente, à altura do surrealismo da situação. Decidi não recorrer mais”. Na nota, em que mostra que a Justiça do Pará o condenou por uma denúncia que a Justiça Federal considerou procedente, Lúcio afirma que quando viu seu último recurso ser indeferido por mera formalidade lembrou-se de uma capa do Estadão de 1973, 40 anos atrás: “Os censores do governo militar vetaram notícia sobre a renúncia do ministro da agricultura, Cirne Lima, em protesto contra medidas inspiradas por seu colega da Fazenda, Delfim Netto. No lugar da matéria entrou um anúncio da Rádio Eldorado, que dizia apenas: ‘Agora é samba’. Achei que no meu caso valia essa reação. Desisti de recorrer. Convoquei amigos e simpatizantes para uma ‘vaquinha’ que se espalhou pelo País. Felizmente conseguimos arrecadar o suficiente para pagar a indenização absurda e aviltante. Quitado o encargo, convido meus leitores a participarem de uma nova rodada, agora para as manifestações daqueles que também acham que a situação merece uma resposta. Este é meu convite: vamos mostrar à Justiça do Pará que se ela reprime a verdade, nós a exaltamos. E estamos dispostos a pagar qualquer preço para fazê-la prevalecer sobre o absurdo do poder absoluto”.

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