Lucas Ferraz lançou o livro-reportagem Injustiçados: execuções de militantes nos tribunais revolucionários durante a ditadura (Companhia das Letras), que investiga casos de assassinato de guerrilheiros suspeitos de traição, por parte das organizações a que pertenciam.
Na obra, o autor aborda quatro execuções de guerrilheiros que não resistiram à tortura dos órgãos de segurança da ditadura e forneceram dados que levaram à captura de companheiros. São eles Márcio Leite Toledo, Carlos Alberto Maciel Cardoso e Francisco Jacques de Alvarenga (mortos por companheiros da Ação Libertadora Nacional) e Salatiel Teixeira Rolim (executado por remanescentes do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).
O livro, baseado em uma pesquisa que Ferraz iniciou em 2007, com diversos documentos e entrevistas de ex-guerrilheiros, familiares das vítimas e militares, busca esclarecer como funcionavam as punições dentro dos grupos de luta armada, com o objetivo de contribuir para a documentação histórica dos “anos de chumbo” no Brasil.
Em entrevista ao Portal Imprensa, Ferraz contou que cobriu a Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, no último mandato do governo Lula, e a organização do acervo da repressão e da ditadura no Arquivo Nacional: “Essa experiência foi fundamental: Injustiçados é fruto desse período e do meu trabalho de repórter acompanhando esses temas”.
Confira a entrevista com Lucas Ferraz na íntegra.