O Índice Chapultepec de Liberdade de Imprensa e de Expressão nas Américas, ranking elaborado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), registrou melhora na média dos 22 países analisados, com um aumento de 4,2 pontos. Mas alguns países tiveram resultados negativos, como Brasil, Argentina e México, que perderam pontos em 2021.

O pior resultado foi da Argentina, que perdeu 23,9 pontos no período de um ano, despencando da segunda para a 14ª posição. Na sequência vem o México, que perdeu 5,79 pontos e caiu da 11ª para a 16ª; e o Brasil, que, apesar de ter perdido 5,6 pontos, manteve-se em 19º lugar, à frente apenas de Nicarágua, Cuba e Venezuela.

No caso específico do Brasil, o relatório da SIP aponta que o País passa por um processo histórico de enfraquecimento das instituições democráticas, incluindo os meios de comunicação, acelerado após as eleições de 2018: “O então deputado federal Jair Bolsonaro, na época do Partido Social Liberal (PSL), venceu a disputa com um discurso de viés autoritário, sendo a imprensa um de seus alvos preferidos de ataques e ofensas”.

A SIP destaca também a difusão de fake news e do discurso de ódio no Brasil, que em boa parte das vezes relacionam-se a grupos direta ou indiretamente ligados ao Poder Executivo: “A ação sistemática é de grupos organizados para difundir a desinformação, controlar os fluxos de informação e incentivar a subversão da ordem democrática. A suspeita, sob investigação, é da relação entre grupos desse tipo e o Poder Executivo. É nesse contexto que devem ser vistas as ameaças do Poder Executivo e os episódios de agressão de Bolsonaro e seus aliados contra os jornalistas”.

Nas primeiras posições, aparecem Uruguai (1º), Chile (2º), Jamaica (3º) e República Dominicana (4º), sendo que esta última teve um aumento de 30,91 pontos, saltando da 14ª para a quarta posição em 2021. Confira o ranking completo.

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