Após a decisão unânime e a declaração dos profissionais do Diário de S.Paulo sobre o Estado de Greve no último dia 19/7, o jornal pagou os salários atrasados, referentes a junho. A decisão havia sido tomada pelos trabalhadores em assembleia convocada pelo Sindicato dos Jornalistas, realizada na hora do almoço, em frente à sede do jornal, na capital. Mesmo com o acerto do pagamento atrasado, aproximadamente 45 jornalistas participaram de outra assembleia, em 22/7, quando ficou decida a manutenção do Estado de Greve até que a empresa aceite negociar outras pendências, como vales-refeição atrasados desde março, irregularidades na declaração do Imposto de Renda e no repasse do FGTS. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, outra reclamação dos profissionais é que, de modo ilegal, a empresa também tem filmado, fotografado e feito listas de presença com os nomes de quem participa das assembleias, como forma a intimidar os profissionais e impedir qualquer organização. Segundo os próprios jornalistas, editores falam em voz alta na redação que quem participar das reuniões será demitido. “Os editores já deixaram claro que haverá retaliação e gritam que Sindicato não dá emprego para ninguém. Mas tem gente deixando de vir trabalhar porque não recebeu vale-transporte”, afirmou um dos profissionais ouvidos pelo Sindicato.
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