Paraense de Santarém, sociólogo pela USP, vencedor de dezenas de prêmios, incluindo Internacional Press Freedom Award, Colombe d’Oro per la Pace, Esso e Herzog. Desde 1987, o dono dessas credenciais – Lúcio Flávio Pinto – edita seu Jornal Pessoal, em Belém (PA), que agora busca ajuda para sobreviver. Na publicação conta apenas com a ajuda do irmão, Luiz Pinto, com ilustrações e edição; e de seu público, que compra o pequeno gigante jornal quinzenalmente nas bancas. Mas esse dinheiro há muito não suporta os (ainda que módicos) custos da operação do Jornal Pessoal: em torno de R$ 6 mil por edição. Com isso, o mais longevo veículo alternativo da imprensa contemporânea do Brasil provoca também um imenso sacrifício pessoal a Lúcio – de empréstimos a vários processos judiciais (quatro deles ainda em curso), passando por ameaças e agressões. Uma conta que não fecha. Na tentativa de equilibrá-la, ele lançou uma campanha de financiamento coletivo, via Kickante. A meta de R$ 160 mil garante por dois anos um sopro de vida ao guerreiro da Amazônia. Do contrário, o Jornal Pessoal encerrará suas atividades no início de 2017. E aí, vamos ajudar?