Pesquisa conduzida por Ahmed El Khatib, professor e pesquisador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), apontou que 72% dos usuários do LinkedIn sofrem da síndrome do “medo de ficar de fora” (Fear of Missing Out, em inglês, ou FoMO). O estudo analisou o comportamento de 622 usuários brasileiros da plataforma para identificar “aspectos ocultos” da rede.

Segundo a pesquisa, este “medo de ficar de fora” faz com que os usuários acessem o LinkedIn de forma compulsiva, buscando incessantemente atualizações de empregos e oportunidades no mercado. Este acesso constante acaba expondo os usuários a uma grande quantidade de informações e comparações sociais com carreiras de outras pessoas.

“O LinkedIn, projetado para conectar profissionais, muitas vezes se transforma em uma fonte de pressão psicológica, exacerbada por idealizações constantes das carreiras alheias”, explica Ahmed. “Apesar de ser uma rede social voltada para o desenvolvimento de carreira, pode desencadear uma pressão psicológica significativa, quando usado de forma intensa ou descompensada”.

Além dessa comparação social com carreiras consideradas mais bem-sucedidas, a pesquisa identificou também o fenômeno de “perseguição corporativa”, no qual os usuários monitoram de forma frequente perfis alheios sem interação direta, motivados por uma busca de validação e atualização profissional.

Segundo o estudo, todas essas comparações sociais acabam aumentando os níveis de estresse dos usuários e acaba gerando uma espécie de “inveja” associada ao uso do LinkedIn, o que intensifica ainda mais esse “medo de ficar de fora” e as comparações constantes com outras carreiras. Além disso, a exposição constante a “carreiras ideais” e conquistas de outros aumenta sentimentos de inferioridade e prejudica o bem-estar psicológico dos usuários.

Leia a pesquisa na íntegra aqui.

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