Ruy Castro estreou em 25/9 na Rádio MEC um programa semanal de seis episódios sobre samba-canção que leva o mesmo nome do livro que lançou no ano passado, A noite do meu bem (Companhia das Letras). Com roteiro da esposa, Heloísa Seixas, também jornalista e escritora, vai ao ar aos domingos, às 20h, na frequência FM 99.3, e às 22h, na AM 800, além de ficar disponível no site da emissora. Ao repórter Maurício Meireles, da Folha de S.Paulo, Ruy disse que “a série é sem entrevistas e sem conversa fiada, a não ser as minhas falas, contando histórias e ligando as músicas. Os programas serão um maravilhoso vitrolão”. Segundo Meireles, não é a primeira vez que Ruy trabalha em rádio. Nos anos 1980 escrevia e produzia programas sobre música americana na Eldorado, de São Paulo, mas não os narrava porque o diretor artístico dizia que ele não tinha voz. A Rádio MEC, a propósito, celebrou seus 80 anos neste mês de setembro. Foram muitos eventos: o primeiro, Tiradentes cultural, ocupou a praça de mesmo nome com apresentações de música, no primeiro sábado do mês. Depois, foi uma semana de debates ao vivo na Livraria da Travessa, no Leblon, com mesas dedicadas aos temas: música clássica, educação, universo infanto-juvenil, artes, e MPB. No espaço cultural da empresa (rua da Relação, 18) houve a mesa-redonda Café acervo traz histórias das Rádios MEC e Nacional, tendo como destaques a história das emissoras e reflexão sobre os desafios do rádio na era da informação. Para encerrar a programação, a orquestra Petrobras Sinfônica dedicou aos 80 anos da emissora uma apresentação no Theatro Municipal.
Paulo Romariz segue para a Visa e Karin Suzuki o substitui na Speyside
Após quatro anos na Speyside Corporate Relation, período em que atuou como gerente de Comunicação liderando a equipe durante gerenciamento de crises institucionais dos setores de energia, tecnologia, mineração e farmacêutico, Paulo Romariz despediu-se da agência para assumir o posto de gerente de Comunicação Corporativa da Visa. Antes da Speyside, consultoria de comunicação global que está no Brasil há sete anos e é focada em empresas multinacionais que querem ampliar sua atuação e relação no mercado brasileiro, Paulo passou pelo Grupo Pão de Açúcar e pelas agências Fonte e Alfapress. Dentre suas primeiras atividades desenvolvidas no novo posto, está a divulgação do canal oficial de relacionamento com a imprensa da companhia no twitter, o Visa News Brasil (@VisaNewsBR), que traz conteúdo dinâmico e atualizado sobre as últimas novidades da empresa.
Jornalistas&Cia – Um jeito menino de celebrar a maioridade
Um sobrado na rua Humberto I, na Vila Mariana, em São Paulo, viu nascer as primeiras edições do FaxMOAGEM, em setembro de 1995. Vinte e um anos depois, é em outro sobrado, agora na Pompeia, de onde partem as edições de Jornalistas&Cia para todo o Brasil e exterior, levando informações do mercado jornalístico e da comunicação corporativa para mais de 35 mil profissionais (o dobro, nos especiais, como este, de aniversário).
E se nas primeiras edições éramos dois (para texto e arte), hoje somos 14, cuidando não só de nossas duas newsletters (a outra é o J&Cia Imprensa Automotiva), mas também do Portal dos Jornalistas (e sua e-letter diária), do site Mais Premiados, do Ranking Os +Premiados da Imprensa Brasileira e do Prêmio Os +Admirados da Imprensa (já em três versões), além do apoio às várias premiações que contam com a nossa participação.
Essa equipe se amplia quando a ela acrescemos as dezenas, centenas de colaboradores que nos apoiam cotidianamente com informações e mesmo escrevendo as divertidas ou dramáticas histórias do Memórias da Redação. Aliás, a desta edição é de autoria do mentor de J&Cia, José Hamilton Ribeiro. Foram imensas as transformações no jornalismo nesse período. E continuarão a ser. Cronistas das mudanças, somos também por elas atingidos.
Há que falar das reinvenções e também vivenciá-las. Assim tem sido. E esperamos que continue a ser. Sabemos que novos espécimes estão germinando em solo fértil nesse novo jornalismo que começou a ser desenhado a partir da revolução da tecnologia e das transformações do comportamento humano, inclusive em relação ao consumo de informações. E sabemos também que muitos desses espécimes vingarão e serão referências na nova oresta que, dentro de dez ou 15 anos, se mostrará bem diferente da atual.
Estar dentro dela é nosso objetivo, nossa aposta. Mas enquanto o futuro não chega, celebremos o presente, trocando presentes. O presente de aniversário de J&Cia ao mercado é a deliciosa história em quadrinhos que mostra de um jeito singelo, lúdico e bem-humorado a trajetória desses 21 anos, nos traços de Gilmar e Fernandes.
E o presente do mercado a J&Cia, além de cada um dos quase 70 mil leitores (que são nossa razão de existir), é a presença das 36 empresas, entidades e agências que apoiaram a edição, valorizando-a, engrandecendo-a. Um brinde à maioridade!
Jornalistas&Cia 1.070 – Edição especial de 21 anos
Boris Casoy sai da Band e segue para a RedeTV
Após quase nove anos na Rede Bandeirantes, Boris Casoy deixa a emissora e vai para a RedeTV. A informação é de Flávio Ricco, do UOL. De acordo com Ricco, Boris está com tudo acertado para ser o âncora principal do Rede TV News já na primeira quinzena de outubro. Apesar da afirmação do colunista, a emissora diz preferir manifestar-se apenas depois do encerramento de contrato de Boris com a Band, nesta sexta-feira (30/9). À coluna, Casoy declarou que a saída “foi de comum acordo, da maneira mais amistosa possível”. Seu substituto na bancada do Jornal da Noite, até segunda ordem, será Antonio Pétrin.
Américo Martins volta para Londres e para a BBC
Américo Martins, que em fevereiro deixou a Presidência da EBC, embarca na próxima semana para Londres, onde assume o recém-criado posto de Editor of Global Partnerships da BBC.
Volta, assim, à capital inglesa e à emissora pública em que esteve por 13 anos, nas funções de diretor da BBC Brasil e de editor-executivo para o continente americano. Regressou ao Brasil em 2010 para comandar o Jornalismo da RedeTV, em que ficou até seguir para a EBC, em 2015.
Ao Portal dos Jornalistas, disse que ficará baseado em Londres mas correrá o mundo, pois será uma espécie de publisher das parcerias da BBC: “Vou atuar na produção de documentários especiais com parceiros em todos os mercados, em todas as mídias, defendendo os padrões editoriais e interesses comerciais da BBC. É uma área de muitas oportunidades, pois a empresa produz materiais em 38 diferentes idiomas. Espero fazer bons acordos também aqui no Brasil”.
Tales Faria deixa o site Os Divergentes para atuar em Poder 360
Tales Faria deixou Os Divergentes, que criou em abril passado com Helena Chagas, Andrei Meireles, Ivanir Bortot e Orlando Brito, e começou no site Poder 360, de Fernando Rodrigues, ainda em construção. Enquanto isso, atua como editor do Drive Poder 360, newsletter que Fernando distribui para empresas de porte.
Formado pela UFRJ, Tales foi vice-presidente e publisher do iG, colunista, repórter, diretor e editor de alguns dos grandes veículos de comunicação do País, como IstoÉ, O Globo, Folha de S.Paulo e JB. Ganhou diversos prêmios, entre eles o Jabuti, na categoria Livro Reportagem, com Todos os sócios do presidente, sobre o impeachment de Fernando Collor de Mello.
Estadão cria editorias Redes Sociais e Audiências
Com uma aposta cada vez maior em conteúdo multiplataforma e respaldado no fato de ser o veículo com o maior engajamento da internet brasileira segundo o índice Torabit, o Estadão criou duas editorias com vistas aos conteúdos em plataformas digitais: Redes Sociais e Audiências, ambas subordinadas ao editor executivo de Conteúdos Digitais Luis Fernando Bovo. Sob o comando de Gabriel Valente Pinheiro, a editoria de Redes Sociais tem como objetivos estabelecer e implementar estratégias para fortalecer a presença dos conteúdos do jornal nas mídias sociais, intensificar interações com leitores, ouvintes e telespectadores, bem como disseminar pela redação processos que norteiam essas plataformas. Já a missão da editoria de Audiência, que tem Ricardo Navas Lopes como editor, é monitorar o alcance dos conteúdos do jornal nas plataformas digitais, e criar e implementar ações com as demais editorias para fortalecer a disseminação digital da produção jornalística. Gabriel já cuidava de redes sociais no jornal. Segundo Bovo, o que fizeram foi lhe dar o status de editor e transformar Redes Sociais, antes um apêndice da home, em editoria mesmo: “Agora o Gabriel vai ser responsável por toda a nossa política de redes sociais, divulgando boas práticas, indicando como e o que fazer e analisando os dados de todas elas”. Navas, antes responsável por campanhas digitais no Departamento Comercial, foi transferido para a Redação, no time da gerente de Tecnologia de Conteúdo Luciana Cardoso, que responde por métricas, SEO e desenvolvimento. “Agora ele passa a responder a mim e terá o desafio de, junto comigo, construir essa função, que não existe na casa”, diz Bovo, acrescentando que ele terá dois papéis fundamentais: analisar a audiência do conteúdo em todas as frentes (site, redes sociais, vídeos etc.), identificando o perfil dos públicos e cruzando com o conteúdo que cada um deles consome; e captar quais assuntos estão despertando interesse, não apenas do público do Estadão, mas da web como um todo, e oferecer o que o jornal está produzindo. “Hoje já fazemos um pouco esse trabalho, mas ele não é sistematizado”, afirma. “Na web, os interesses aparecem e desaparecem com muita rapidez. Por isso é importante identificar logo e aproveitar cada uma dessas ondas para trazer a audiência para o nosso conteúdo. Ele vai trabalhar diretamente com a home page, com as editorias, com o editor de Redes Sociais, com o time de métricas e com o pessoal de SEO. Nossa intenção, ao ter nessa função alguém que não é jornalista (ele é publicitário), é trazer uma visão mais aberta, mais solta, mais voltada ao leitor. Ele não terá um papel de produção de conteúdo, mas de timoneiro, de sinalizar para onde a audiência está indo e levar o conteúdo até ela. Vai nortear a produção, não produzir”.
Ariane Locatelli lança no youtube o canal Jovem de 30
O desemprego e a chegada aos 30 anos fizeram a jornalista Ariane Locatelli (ex-TV Globo e afiliadas) a repensar a vida e as perspectivas profissionais no jornalismo. Em função disso, lançou no youtube o canal Jovem de 30, no qual aborda os dilemas e reflexões típicos da idade, em conversas com pessoas comuns, que dividem suas experiências e falam das expectativas e da realidade de completar 30. A proposta é fazer vídeos semanais, com temas variados do universo da geração de 30, como estilo de vida, relacionamentos, carreira, comportamento, maternidade e saúde. “Eu pensava que aos 30 estaria estabilizada e feliz na minha carreira como repórter de televisão”, explica Ariane. “Batalhei muito para isso, tive bons momentos, mas não foi o que aconteceu. A mudança de década e as experiências que vivi me fizeram amadurecer e repensar o que é felicidade. Hoje me vejo num recomeço, em um namoro com a internet, apostando nesse relacionamento e aprendendo a empreender. Sem contar a sensação gostosa de autonomia e de poder colocar a minha cara em tudo o que faço. Gravar os vídeos, contar histórias de convidados, que também são minhas, e dividir com outras pessoas que estão no mesmo momento de vida me proporcionam uma satisfação que não tem preço”. Além do canal, Jovem de 30 tem uma fanpage no Facebook e, em breve, terá também um blog.
Procura-se jornalista censurado
Olga Khrustaleva, pesquisadora e doutoranda da American University, está buscando jornalistas e ativistas na América Latina que queiram partilhar suas experiências de censura na internet. O objetivo dela é mapear os tipos de censura da Internet na região e descobrir como jornalistas e ativistas estão mudando o seu comportamento por isso.
Olga é bolsista da Google Policy Fellowship, na ONG Derechos Digitales (Direitos Digitais), em Santiago, no Chile, que trabalha para o “desenvolvimento, defesa e promoção dos direitos humanos no ambiente digital”.
A primeira parte do projeto consiste em uma pesquisa anônima, disponível em Espanhol e Português, para jornalistas e ativistas que tenham vivido alguma forma de censura na internet. Isso inclui ameaças de violência, ações na Justiça, ataques de negação de serviço (ataques cibernéticos), entre outros.
Participantes da pesquisa também podem acrescentar outras ações que acreditem ser uma forma de censura, mas não estejam listadas. A outra metade do projeto é composta de entrevistas aprofundadas, realizadas por Khrustaleva. Há no formulário um campo para preencher com o e-mail, caso o participante queira ser entrevistado depois.
Ctrl+X firma parceria com startup dos EUA
A plataforma da Abraji Ctrl+X, que mapeia ações judiciais contra a divulgação de informações, começou a usar em setembro um sistema automatizado de coleta de processos contra jornalistas e empresas de mídia, que usa tecnologia de raspagem de dados em vários passos cedida pela empresa de tecnologia Parsehub.
Com a ajuda da equipe da empresa, a Abraji montou robôs que monitoram o sistema de acompanhamento de processos dos 27 TREs e do TSE. Os robôs vasculham e guardam ações que contenham termos comuns aos processos de retirada de conteúdo. As ações são então revisadas pela equipe do Ctrl+X e, caso de fato correspondam a processos de retirada de conteúdo, são catalogadas e cadastradas na plataforma.
Todos as semanas, os robôs vasculham mais de 20 mil processos em busca de informações relevantes. A propósito, novo videotutorial rápido da Abraji ensina como usar a plataforma Ctrl+X para fiscalizar os candidatos e partidos que mais entram com processos contra jornalistas e empresas de mídia contra a divulgação de informações.