Hermano Henning

    Hermano Henning nasceu em Guararapes (SP), em 12 de outubro de 1945. Iniciou a carreira em uma rádio da cidade natal. Em 1965, mudou-se para São Paulo (SP) e trabalhou na rádio Difusora de Guarulhos (SP), ao mesmo tempo em que cursava a Faculdade de Direito de Guarulhos: formou-se na primeira turma da instituição de ensino. Cursou depois a Faculdade de Jornalismo Cásper Libero, em São Paulo, mas não chegou a concluí-la, porque conseguiu o registro profissional antes de terminar o curso, beneficiado pela legislação da época.

    Conseguiu uma vaga de repórter na revista Veja (SP) e passou a escrever também para o jornal O Estado de S.Paulo (SP). Em 1976, como enviado especial de Veja, viajou para acompanhar as eleições presidenciais na Alemanha. Naquele país, foi convidado a trabalhar paralelamente como locutor em português da Deutsche Welle, rádio de notícias sediada em Bonn (Alemanha), com transmissão para mais de 30 países em todo o mundo.

    Deixou a Veja em 1977 e foi convidado por Luiz Carlos Sá e Armando Nogueira (1927–2010) para ser correspondente internacional da Globo, baseado em Bonn e, depois, em Londres (Inglaterra). Nessa época, trabalhou ao lado do cinegrafista Mário Ferreira, com quem participou de coberturas marcantes, como a do enterro do ator e diretor Charles Chaplin (1889-1977), na Suíça, a do sequestro e execução de Aldo Moro (1916-1978) pelas Brigadas Vermelhas, na Itália, a da Revolução Iraniana de 1979 e a dos Jogos Olímpicos de Moscou 1980.

    Ainda na Europa, cobriu a morte do papa Paulo VI (1897-1978) e a eleição do pontífice João Paulo I (1912-1978), que morreu um mês depois. Em nova eleição, o Vaticano escolheu o polonês Karol Wotjlia, que adotou o nome de João Paulo II (1920-2005) em homenagem ao seu antecessor. Hermano Henning voltou à Roma a tempo de cobrir a primeira aparição pública do novo papa e conseguiu uma entrevista exclusiva, na qual João Paulo II saudou o Brasil e anunciou que faria uma visita ao País. A matéria foi exibida no Jornal Nacional e noticiada na primeira página de O Globo.

    No final da década de 1970, participou de outras coberturas internacionais importantes, como a da Guerra Irã-Iraque (1980-1988). Acompanhou o conflito, inicialmente, da cidade de Amã (Jordânia), depois em Bagdá (Iraque). Voltou para o Brasil no início da década de 1980, trabalhando durante um ano na redação do programa Fantástico.

    Em 1983, transferiu-se para a TV Aratu, de Salvador (BA). Logo depois, foi convidado pela TV Globo para participar de várias reportagens internacionais, como a cobertura da Guerra Civil em Angola (1975-2002), da Guerra das Malvinas (1982) e da primeira expedição brasileira à Antártida (1982-1983). Nessa última, acompanhado pelo cinegrafista Orlando Moreira, viajou durante dois meses a bordo do navio Barão de Teffé.

    Em 1989, transferiu-se para o SBT, sendo um dos responsáveis pela criação do escritório da emissora em Washington (EUA). Foi âncora do Telejornal Internacional. Três anos depois, voltou para a Globo, passando a trabalhar como correspondente em Nova York (EUA). Na época, participou das coberturas da morte de Tom Jobim (1927-1994) e do atentado de Oklahoma City (1995). Lançou o livro Via Satélite: Histórias de um correspondente internacional (Globo, 1996), com edição esgotada nas livrarias. Em meados da década de 1990, transferiu-se novamente para o SBT e voltou para São Paulo, onde apresentou o Jornal do SBT e, a partir de 2005, o Jornal do SBT Manhã.

    Paralelamente, em 18 de outubro do ano 2000, estreou como apresentador de programa de jazz no portal Usina do Som, conduzindo, três vezes por semana, o Big Bands, de 20 minutos, com clássicos dos anos dourados do jazz em gravações raras. No programa, falava também sobre as bandas mais importantes, comentando músicas e contando suas histórias. Desde 2009, apresenta o programa Horse Brasil, no Canal Rural: é um experiente criador de cavalos no interior de São Paulo.

    Em setembro de 2009, deixou a bancada do Jornal do SBT Manhã por alguns dias para fazer uma reportagem especial na Alemanha sobre os 20 anos da queda do muro de Berlim para o SBT Repórter. Ficou afastado da telinha entre junho e novembro de 2011. Retomou a apresentação do Jornal do SBT Manhã, até setembro de 2014, quando mudou para o Jornal do SBT e, depois, para o SBT Brasil. Deixou a emissora em fevereiro de 2017.

    Maratonista, participou de corridas nacionais e internacionais. É pai de dois jornalistas: Herbert, nascido em 1969, e André, em 1976.

     

     

    Atualizado em fevereiro de 2017

     

    Fontes:

    Arquivo HPress/Engel Paschoal

    J&Cia – Edição 567

    portaldosjornalistas.com.br/noticia/hermano-henning-reassume-em-jornal-sbt-manha-em

    portaldosjornalistas.com.br/noticia/jose-neumanne-pinto-contesta-versoes-sobre-sua-saida-sbt

    portaldosjornalistas.com.br/noticia/sbt-extingue-sbt-manha-hermano-henning-vai-edicao-da-noite

    portaldosjornalistas.com.br/noticia/dez-anos-mega-brasil-online-radio-da-comunicacao-corporativa

    memoriaglobo.globo.com/main.jsp?lumPageId=FF8080813B2DDA1D013B2E2530B920C0&query=Hermano+Henning