Segundo
o site Fiquem Sabendo, entre junho de 2017 e maio de 2018, mais de 73 mil documentos foram colocados sob sigilo pelo governo brasileiro, mas há
pouca transparência em relação aos motivos dessa classificação. Por esse motivo, os jornalistas do site se
propuseram a hercúlea tarefa de revelar qual o teor de documentos que tiveram o
sigilo levantado nos últimos anos – e descobrir qual a justificativa dada por
funcionários para reservar essas informações do olho público.
Com o Projeto Sem Sigilo, eles vão se debruçar sobre
informações que estavam classificadas como “reservadas” – o nível mais baixo de
sigilo, que garante cinco anos de segredo. Para ter acesso a esses documentos,
é necessário fazer numerosos requerimentos à administração pública por meio da
Lei de Acesso à Informação (LAI), ministério por ministério, segundo o Fiquem
Sabendo. Os jornalistas voluntários também vão requisitar os Termos de
Classificação de Informação (TCI), em que o governo explica a razão para tornar
informações secretas.
Fundado por Léo Arcoverde, o Fiquem Sabendo também montou uma campanha de crowdfunding para cobrir alguns custos da operação. Com a contribuição mensal, pretende pagar um estagiário e um advogado para dar suporte aos jornalistas. Além de revelar documentos anteriormente sob sigilo, o grupo quer trazer mais conscientização a respeito da transparência no Brasil. Outro projeto que o Fiquem Sabendo tem é a newsletterDon’t LAI to me, com dicas sobre a Lei de Acesso à Informação.
Estão abertas as inscrições para o 9º Curso Estado de Jornalismo Econômico, mais conhecido como Foca Econômico, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). O curso tem duração de três meses, de 8/4 a 5/7, em período integral.
O processo seletivo tem duas fases. A primeira é online e os candidatos devem enviar seus currículos e justificativa de interesse no curso pelo site de inscrição, além de fazer provas de português, inglês e conhecimentos econômicos. Entre 19 e 21/3, os selecionados devem fazer provas de conhecimentos econômicos e português, e escrever uma reportagem sobre economia.
Estudantes do último semestre de jornalismo ou profissionais que se formaram há dois anos podem se candidatar ao treinamento até 13/3 pelo site.
O repórter André Azeredo deixou a TV Globo e seguiu
para a RecordTV, onde em breve passará a apresentar o SP no Ar, diariamente, das 7h às 8h50. Azeredo surpreendeu os
colegas de trabalho ao anunciar sua demissão em 4/3, em pleno plantão de Carnaval, após ter
trabalhado no sambódromo de São Paulo na sexta e no sábado.
Segundo o site Notícias da
TV, do
UOL, Azeredo terá um enorme desafio: colocar a Record na competição
pela liderança do Ibope em São Paulo em uma faixa muito disputada. Na primeira
hora, irá concorrer diretamente com o telejornal que o projetou, o Bom Dia São Paulo. Bruno Peruka, que há
um ano comanda o noticioso da Record, continuará apresentando o Balanço Geral Manhã, das 6h às 7 horas.
Nascido no Rio de Janeiro há
36 anos, aos 17 mudou-se para Porto Alegre e estudou Jornalismo na PUC-RS, onde
formou-se em 2005. Trabalhou na Band, de 2005 a 2006, e na RBS, entre 2006 e
2015. Ainda em 2015, mudou-se para a Globo em São Paulo
Foram divulgados nesta quarta-feira (6/3) os
finalistas da edição 2019 do TOP Mega Brasil, premiação realizada pelo quinto
ano consecutivo pela Mega Brasil em parceria com a Maxpress.
Classificaram-se para a final, que destacará
os TOP 10 Nacionais – categorias Agências de Comunicação e Executivos de
Comunicação Corporativa – 102 profissionais e 79 agências. E para os TOP 5
Regionais: Centro-Oeste – 21 executivos e 14 agências; Nordeste – 19 executivos
e 15 agências; Norte – 5 executivos e 12 agências; Sudeste – 69 executivos e 47
agências; e Sul – 22 executivos e 17 agências.
O segundo turno já foi iniciado e se estende
até o próximo dia 19/3. Podem votar jornalistas e profissionais de comunicação
corporativa e áreas afins cadastrados no mailing da Maxpress. Para se cadastrar
basta encaminhar e-mail para o endereço [email protected].
O colégio eleitoral abrange perto de 54 mil nomes.
A festa de premiação está marcada para o dia
29 de maio, no encerramento do 22º Congresso Mega Brasil de Comunicação,
Inovação e Estratégias Corporativas, em São Paulo, no Centro de Convenções
Rebouças.
Com apresentação de Patrícia Lapuente e produção de Bruno Dornelles, o programa do Coletiva.net Tendências: Comunicação e Notícias já está no ar semanalmente na rádioweb e/ou. A iniciativa tem como base as publicações do selo Tendências, editado pelo portal há dez anos.
A atração sempre terá convidados que conversarão sobre um tema específico da semana, além de comentários de Tiba Tiburski, que integra a equipe das publicações desde a primeira edição, assinando o projeto gráfico.
Estão abertas as inscrições para mais de 200 bolsas dirigidas a jornalistas interessados em participar da 11ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, de 26 a 29/9, em Hamburgo, na Alemanha. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a conferência promoverá mais de 150 painéis de discussão, workshops e sessões de networking. O evento, oferecido pela Rede Global de Jornalismo Investigativo (GIJN, na sigla em inglês), pela associação alemã Netzwerk Recherche e pela Interlink Academy for International Dialog and Journalism, terá programação especial sobre documentários, estratégias de sustentabilidade, segurança e outros temas.
A bolsa de participação na conferência inclui passagens aéreas de ida e volta, hospedagem, transporte do aeroporto ao hotel, café da manhã e almoço nos dias de conferência e o jantar da cerimônia de premiação. Gastos diários com transporte e alimentação são de responsabilidade dos bolsistas, assim como taxas de visto e transporte do aeroporto no país de origem. Interessados podem inscrever-se até 5/5 por meio de formulário. Os selecionados serão notificados em 30 de junho. Mais informações no site da Abraji.
O Observatório
da Imprensa publicou em 19/2 novos dados sobre os desertos de notícias no
Brasil a partir do levantamento do Atlas da Notícia,
iniciativa para mapear veículos jornalísticos no território brasileiro e
fornecer dados a pesquisadores, empreendedores e jornalistas a fim de gerar
novos conhecimentos sobre jornalismo local no País. As repórteres Ana Terra Athayde e Elvira Lobato estiveram em Cidade
Ocidental – município goiano a menos de 50 km de Brasília, com 70 mil
habitantes – que não tem emissoras de rádio ou TV locais nem veículo
impresso com circulação, ao menos, quinzenal.
Em Cidade
Ocidental, elas encontraram uma situação que, certamente, se repete em outras cidades
do País. A presença de um único jornal impresso sem periodicidade definida e
dependente do poder público – o que inviabiliza a autonomia e editorial. E
canais de informações nas redes sociais que não seguem os protocolos
jornalísticos como checagem de fatos e busca dos diversos lados da história.
Num deserto de notícia fica mais difícil, como demonstra Elvira Lobato, a
população informar-se a respeito de decisões do poder público que afetam
diretamente o seu cotidiano.
As reportagens
em textos e vídeos reproduzem o modelo já publicado nas edições do Observatório da Imprensa no
final do ano passado, quando Ana e Elvira estiveram em Mariana (MG) e Arapiraca e Palmeiras dos Índios, em Alagoas. Na cidade mineira,
elas demonstraram como a imprensa local cobriu o rompimento da barragem do
Fundão, e nos municípios alagoanos a pauta foi a concentração dos veículos
informativos nas mãos de políticos e as ameaças e atentados contra jornalistas.
Segundo o OI, a
imersão em Cidade Ocidental revela novas faces da realidade do jornalismo local
no interior do País e, principalmente, os efeitos de sua ausência: “A pouca
distância entre o município goiano e a Capital Federal evidencia o contraste
que diz muito sobre o Brasil”, escreveu a equipe do OI na apresentação dos
dados. “No centro do poder todos os holofotes midiáticos; em Cidade Ocidental,
a ausência de uma mediação jornalística contribui para a propagação da
desinformação e da falta de uma cobertura crítica dos poderes e instituições”.
E prossegue:
“Com as reportagens de campo, o Observatório
da Imprensa, através do projeto Atlas
da Notícia, debruça-se sobre um tema pouco discutido: a realidade do
jornalismo – ou a sua falta – no interior do País. Num momento em que a
atividade vê-se desafiada a provar sua importância, é preciso olhar também para
essas comunidades em que o excesso de conteúdos a partir das redes sociais
estão dissociados da informação averiguada e contextualizada. Essa é,
sobretudo, uma questão de cidadania que se reflete, como os fatos o tem
demonstrado, no ambiente macropolítico”.
A segunda edição
do Atlas da Notícia é financiada
pelo Facebook.
O projeto está aberto a sugestões.
A cobertura
completa em Cidade Ocidental está nos seguintes links:
Segundo o site Scandinavian Way, da Imagem Corporativa, em 2018 os tribunais finlandeses começaram a condenar cidadãos envolvidos em ataques e intimidações online contra jornalistas, seja isolados, seja em campanhas coordenadas, de acordo com o International Press Institute (IPI), rede global de editores, repórteres e executivos de comunicação. Alguns especialistas, acreditam que as decisões estabelecem um novo precedente no país e poderiam ser um exemplo para o resto da Europa – e, quem sabe, do mundo.
Uma das decisões mais recentes ocorreu em outubro, quando um tribunal regional finlandês condenou por difamação e incitamento à difamação três pessoas envolvidas em uma campanha de assédio online contra a jornalista Jessikka Aro. A decisão considerou ainda o agravante de anos de intimidação, ocorrida em vários canais. A jornalista, que trabalha na emissora pública YLE, é conhecida por suas reportagens sobre trolls russos, que ela começou a investigar em 2014. (Veja+)
Gilberto Menezes Côrtes anuncia parte dos pagamentos e expõe as dificuldades a J&Cia
Gilberto Menezes Côrtes
Desde o início de fevereiro, os profissionais do Jornal do Brasil decidiram entrar em estado de greve, ou seja, situação que alerta para a possibilidade de, a qualquer momento, ser deflagrada uma greve. Isso foi decidido em assembleia no Sindicato dos Jornalistas, como forma de reação ao atraso no pagamento dos salários de dezembro e janeiro.
A direção do Sindicato reuniu-se com os diretores do JB – presidente Omar Peres; vice-presidente editorial Gilberto Menezes Côrtes; vice-presidente administrativo Antonio Carlos Affonso; diretor de Redação Toninho Nascimento –, além da Comissão de Jornalistas, representando a redação. Peres reconheceu a dívida com os trabalhadores, mas argumentou não ser possível marcar uma data para saldar os atrasados, pois isto depende de vários acordos financeiros em andamento. Alegou que o atraso deve-se ao fato de ter precisado rever a sustentação do jornal, e mencionou ainda um agravamento da situação, com o bloqueio de contas para pagar ações judiciais da administração anterior.
No dia em que o JB fez um ano que voltou às bancas (25/2), Menezes Côrtesconversou com Jornalistas&Cia sobre a crise atual: “Estamos pagando uma parte esta semana. Menores salários, até R$ 3,5 mil, já foram pagos: dezembro, janeiro e 13º. Os atrasados de dezembro e janeiro estão programados. Dezembro será pago até terça-feira (26/2). A redação está trabalhando em sistema de rodízio, um dia de trabalho e um dia de folga.
“Há cinco meses o jornal vem dando prejuízo. Contávamos com o leilão de um imóvel na avenida Atlântica, mas ele não saía, sob alegação da retração do mercado imobiliário. Era para sair em novembro ou dezembro, mas parou por causa de burocracia de cartório. Agora, está para sair depois do Carnaval”.
Cronologia
dos contratempos
Menezes Côrtes prossegue: “Na ocasião do lançamento do jornal, contávamos com o caixa dos anúncios para fazer investimentos. Quando tínhamos esse primeiro caixa, logo em março de 2018, vieram advogados trabalhistas e pegaram cerca de R$ 200 mil. Perto da Copa do Mundo, estávamos com R$ 650 mil bloqueados. Uma das ações que nos levou quase R$ 250 mil era da Gazeta Mercantil! Isso nos tirou o que poderia ter sido investido na largada.
“O JB nunca conseguiu vender o que precisava vender. A venda de jornal em banca é uma tragédia em todo o Brasil. Em nosso caso, tivemos abortados nossos planos de investimento com essas ações da administração anterior. E dos R$ 650 mil que tivemos bloqueados, a grande mordida é dos advogados trabalhistas. Desse total, R$ 250 mil nem são do Jornal do Brasil! Digo que o JB não tem problema de pagar, tem problema de receber.
“O jornal é impresso e distribuído por O Globo, e até vende bem em banca, cerca da metade do que O Globo vende. Claro que sem contar os assinantes, os pacotes, nem se compara. O JB continua saindo, continua sendo um produto bom. Entrei no JB, pela primeira vez, em 1972. Já fui todas as coisas no jornal, essa é a quarta vez – até no tempo do Nelson Tanure fiz trabalhos para eles, chamado pelo RicardoBoechat e pela Sônia Araripe. Hoje, estamos todos na expectativa, lutando bravamente. Apesar de algumas pessoas só terem essa fonte de renda, vejo um espírito de equipe”.
Depois de oficializar no final de janeiro sua saída da GloboNews, onde comandava o Em Pauta, Sérgio Aguiar deve fechar nos próximos dias com o canal online de jornalismo MyNews, de Mara Luquet e Antonio Tabet.
A ideia é que ele ancore um jornal diário, com noticiário geral, a partir de abril. A atração seria comandada por Nelson Garrone, que foi diretor de Aguiar no Em Pauta, e totalmente produzida em um estúdio em São Paulo. Vale lembrar que MyNews já tem na grade um jornal diário de economia, ancorado por Thais Heredia. (Com informações de Flávio Ricco, do UOL)