Depois de abrir concorrência para agências de publicidade, há cerca de um ano, a Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão do Ministério da Saúde, lança agora uma licitação para serviços de comunicação corporativa.
Sob a direção de comunicação de Isabella Eckstein , a ANS destinou uma verba de mais de R$ 4 milhões, para relacionamento com a imprensa, criação de materiais de comunicação corporativa e conteúdo multimídia. A ANS aceita propostas até 24 de abril. A dica é de Márcio Ehrlich, na Janela publicitária.
Está nascendo este ano um novo curso de pós-graduação em Jornalismo, de período integral, assinado pelo Insper, instituição reconhecida pela excelência dos cursos em várias disciplinas. Ele tem como coordenador João Gabriel Santana de Lima, ex-diretor de Redação de Época e Época Negócios, que tem uma larga vivência na grande imprensa e na própria universidade.
Atualmente trabalhando paralelamente em um novo projeto da operação digital do Estadão, ele se vale de seus estudos e pesquisas para unir prática e ensino nos dois universos em que transita. “Pesquisei para o curso novos modelos digitais e simultaneamente estou aplicando no Estadão algumas coisas que aprendi aqui; e estou trazendo para o Insper algumas coisas que pesquisei lá. É a popular via de mão dupla”, diz sobre essa dupla jornada.
João Gabriel recebeu Jornalistas&Cia para falar desse novo trabalho que está iniciando no Insper e sua confiança é um testemunho da crença no fortalecimento do Jornalismo de qualidade e diferenciado.
Jornalistas&Cia – Qual o nome e como surgiu a ideia do curso?
João Gabriel – Ele se chama Programa Avançado em Comunicação e Jornalismo do Insper. A ideia
nasceu em 2017, após visita de alguns diretores do Insper à Universidade de
Columbia, nos Estados Unidos. E nasceu com o objetivo de focar na prática da
profissão e nas transformações em curso, subordinado ao núcleo do curso de
Políticas Públicas
J&Cia – Alguma razão especial para essa subordinação?
João Gabriel – Esse núcleo foi criado com o objetivo de
formar profissionais para melhorar a gestão pública e, a partir daí, provocar
impactos positivos na sociedade. No mesmo espírito, o Insper considera que o
bom Jornalismo pode ajudar a melhorar a qualidade da democracia brasileira. Com
a decisão tomada, fizemos estudos em algumas universidades norte-americanas
para saber como elas estão se aparelhando para atender às novas demandas do
mercado.
J&Cia – Todos sabemos dos desafios e dificuldades para se construir uma
carreira no Jornalismo. Como vocês veem essa questão?
João Gabriel – Há duas coisas muito centrais no nosso
curso. Antes, as pessoas entravam em Jornalismo pensando em fazer carreira em
algum veículo. Hoje o foco é uma carreira em reportagem, fruto de um novo
ambiente jornalístico: há as empresas de legado, mas também muitas startups de Jornalismo e profissionais
atuando como empreendedores, criando negócios. J&Cia é um deles. Nos
Estados Unidos esses dois últimos são muito comuns. Por isso partimos para um
curso contemplando essas duas vertentes.
J&Cia – O que você chama de mídia de legado?
João Gabriel – No Brasil, as grandes empresas, como
Estadão, Folha, Globo, Record… Esse termo popularizou-se nos Estados Unidos
para indicar os veículos tradicionais, cuja credibilidade repousa no fato de
estarem aí há muito tempo. Só que lá há também grandes veículos jornalísticos
que não são de legado, como Vox, Maxis, que não têm 100 anos; mesmo caso do
Brasil, onde temos Nexo, Jota, Poder360, que já nasceram nesse novo ambiente.
Daí a nossa crença de que o universo jornalístico vai ser cada vez mais
diversificado e que o jornalista precisará estar preparado para atuar em
qualquer uma dessas áreas. Diferentemente de anos atrás, quando buscava fazer
carreira. Para além disso, o jornalista atua cada vez mais em áreas de comunicação
de empresas e de governos. Elaboramos o curso para atender a essa variedade de
demandas.
J&Cia – Qual a principal pegada do curso?
João Gabriel – O coração de todo curso de Jornalismo são
as técnicas e os princípios jornalísticos. Hoje, mais do que nunca, os
princípios são decisivos. Embora uma relação ética e transparente com o leitor
sempre tenha sido importante, hoje, por causa desse modelo de negócio, em que
predomina a assinatura, isso é primordial. Então, o nosso é um curso de
pós-graduação lato sensu, muito forte
em princípios e técnicas de Jornalismo, mas que tem também um tronco digital –
o aluno vai aprender a trabalhar muito com novas formas de apuração, base de
dados, minerando dados em diversas plataformas; na edição, terá de saber contar
histórias em diversas plataformas (texto, vídeo, podcast, storytelling e
uma mistura de tudo isso); e entender cada vez mais o leitor por meio de métricas.
J&Cia – E em relação ao empreendedorismo?
João Gabriel – Esse é o outro lado forte do curso. Os
profissionais vão precisar cada vez mais entender o negócio jornalístico, seja
para montar sua própria empresa, seja para trabalhar numa startup. Fizemos uma pesquisa junto a startups e apuramos que os jornalistas que nelas trabalham já sabem
quanto vale o conteúdo que produzem e o que fazer para comercializá-lo. E
achamos que esse tipo de profissional também é cada vez mais valorizado
inclusive na mídia delegada.
J&Cia – Seriam então três os pilares do novo curso?
João Gabriel – Não. Temos um quarto e último pilar, sobre
fundamentos, inspirado em Columbia. Teremos nele matérias que não são sobre
Jornalismo ou teoria da comunicação, mas que abordam conhecimentos importantes
para o jornalista e que inexistem na graduação, casos de ciência política,
economia, história e políticas públicas. Vamos, é claro, aproveitar o
diferencial do Insper nessas áreas, com professores como o economista Marcos
Lisboa e o Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do bolsa-família, que darão
aulas no curso.
J&Cia – Quando ele começa?
João Gabriel – Em 20 de julho. Terá duração de um ano, em
período integral, e vai se passar dentro de uma redação, com todos os
conhecimentos que citei sendo aplicados no dia a dia do trabalho jornalístico.
Será direcionado a recém-formados em Jornalismo ou em início de carreira, e
também a formados em outras áreas que pretendam exercer o Jornalismo.
J&Cia – Vocês não pensam em ter também cursos de especialização com duração
menor?
João Gabriel – Sim, sobretudo para jornalistas que já
estão no mercado, em meio de carreira… várias coisas vão sair. Já fizemos
alguns deles no ano passado, como de Economia para Jornalistas, com Marcos
Lisboa. Temos seis previstos para este ano. Tendo demanda, faremos.
J&Cia – Como será contemplada no curso a vertente da comunicação empresarial?
João Gabriel – Nosso objetivo é formar profissionais para
o mercado, mas não apenas jornalístico, e sim de comunicação de forma geral. E
falo isso porque nossos alunos estarão aparelhados para fazer planejamento
estratégico de comunicação, comunicação empresarial e assessoria de imprensa.
Quem aprende a criar conteúdo e a entender a audiência no nível de excelência
que esse curso vai proporcionar também estará preparado para atuar nessas
outras áreas.
J&Cia – Sabemos que a profissão vem encolhendo e que as agências de
comunicação cada vez mais contratam profissionais de outras áreas que não o
Jornalismo. Vocês fizeram alguma pesquisa para definir o público-alvo?
João Gabriel – Fizemos um levantamento de outros cursos
de pós-graduação e nenhum tem essas características. Mas a decisão do Insper de
criar o curso tem a ver um pouco com essa questão do impacto. Temos clareza de
que essa é uma profissão que vem encolhendo, embora isso não queira dizer que é
definitivo. Visitei redações em seis países, tanto pelo Insper quanto pelo
Estadão, e notei que começa uma virada. O Jornalismo diminui de tamanho porque
seu grande financiador, a publicidade, migrou para outros meios. Desde 1850 o
Jornalismo era um agregador de comunidades e angariava a publicidade de quem
queria falar com elas. Hoje há milhares de outros agregadores. A nossa
avaliação de negócio é que o Jornalismo enfrenta um período de crise porque
perdeu publicidade e por não saber quais seriam suas novas fontes de receita.
Agora a gente vê jornais recuperando receitas e audiência a partir do momento
em que se fixaram no modelo mais voltado para o leitor e para assinaturas,
principalmente digitais. Por isso, acreditamos numa recuperação.
J&Cia – Essa é a sinalização?
João Gabriel – Sim. Em alguns países os jornais já estão
voltando a dar dinheiro. O novo modelo de negócios tende a crescer, o que não
acontecia até três ou quatro anos atrás. Nós, e inclusive o pessoal do Google
com que conversei há alguns dias, acreditamos que essa virada tem se dado em
função do ingresso de profissionais com esse novo perfil nas redações.
Profissionais que o pessoal do Google chama em tom de brincadeira de
unicórnios. São jornalistas que têm técnicas e princípios rígidos, mas são
capazes de ler métricas, apurar e editar em linguagem digital e a empreender,
descobrindo novas maneiras de atingir o leitor e de fazer negócios. Nós
queremos colaborar com essa virada colocando esses unicórnios no mercado.
J&Cia – Essa nova mídia que chega, sem a interferência da publicidade,
teoricamente tem uma independência maior. É uma vantagem sobre as grandes
empresas, principalmente familiares?
João Gabriel – No modelo jornalístico clássico, a
publicidade é sempre separada do conteúdo editorial. A não ser em casos em que
o vício se sobrepôs à virtude, vamos dizer assim, o próprio modelo da imprensa
liberal – que é o modelo americano, anglo-saxão – não tem a interferência da
publicidade no conteúdo editorial. O famoso Igreja-Estado. Se no modelo
clássico não poderia haver essa interferência sob pena de perda de
credibilidade, hoje então não se fala disso, porque o principal negócio da
mídia em muitos lugares já não é a publicidade – embora no Brasil ainda seja,
mesmo que em queda. Na Economist, por exemplo, 65% do faturamento vem das
assinaturas digitais. Todos os veículos caminham para isso.
J&Cia – Quantos alunos estão esperando angariar?
João Gabriel – Na primeira turma, uns 20 mais ou menos.
Depois vamos crescendo. Fizemos um planejamento para cinco anos. Temos
inclusive doações para conceder algumas bolsas. Como acontece em outros cursos
do Insper.
J&Cia – O que os levou a estruturar o curso em período integral?
João Gabriel – Visitamos diversas universidades
americanas. Lá, com algumas exceções, elas seguem o modelo da Columbia. Ela tem
dois tipos de curso: o integral, de um ano, e o de meio período, em dois anos.
Mas as referências que tivemos é que o integral de um ano é muito superior em
termos de aproveitamento do aluno. As medições que eles fazem mostram isso.
Resolvemos, portanto, partir para esse formato e avaliar se será compatível com
a realidade brasileira.
J&Cia – Qual o valor do curso?
João Gabriel – Recomendamos que os interessados confiram
no nosso site, porque há várias modalidades de bolsas. Mas
dado que temos como público-alvo alguém formado há pouco tempo, acreditamos que
talvez essa pessoa resolva investir num curso que vai fazer diferença. Isso
acontece nos Estados Unidos e trabalhamos com essa hipótese. É o que temos
agora.
J&Cia – O corpo docente já está definido?
João Gabriel – Além de mim, temos já dois professores
contratados: o Carlos Eduardo Lins da
Silva, que atuou na Folha, no Valor e tem uma carreira acadêmica
maravilhosa, que vai coordenar o eixo de técnicas e princípios; e o Pedro Burgos, uma referência em
Jornalismo de dados e digital no Brasil, que tem mestrado na City University of
New York (Cuny) e que vai coordenar a área digital. Vamos ter também um
professor da Cuny, Jeremy Kaplan,
dando aulas de empreendedorismo em Jornalismo num curso de curta duração antes
do início do programa, mais para formar nossos professores. O cientista
político Lucas Martins Novaes, que
passou a maior parte da carreira em Berkeley e na Universidade de Toulouse,
está voltando ao Brasil para ser uns dos coordenadores da área de Ciência
Política do Insper e vai coordenar o pilar de fundamentos. Já falei do Marcos
Lisboa e do Renato Paes de Barros. E estamos fazendo contato com outros do
mesmo nível.
J&Cia – Vai haver algum tipo de financiamento?
João Gabriel – Como falei, vamos ter bolsas. Temos vários
doadores. O Insper é uma instituição sem fins lucrativos e funciona mais ou
menos como uma universidade americana. Formatamos nosso plano de negócios e
temos contribuição de pessoas que querem ajudar a causa do Jornalismo como uma
das políticas públicas. Já temos uma pequena dotação que nos vai permitir dar
algumas bolsas para o curso. Mas não vamos deixar de fora um aluno muito bom
porque ele não pode pagar. Como numa universidade americana. Larry Page e
Sergey Brin, fundadores do Google, estudaram nessa base em Standord, uma
universidade muito cara. O Insper segue o mesmo princípio: não vamos deixar de
fora o próximo Carl Berstein porque
ele veio de uma família de agricultores pobres e não pode pagar.
J&Cia – Vocês vão também trabalhar os veículos, a exemplo do que faz o ISE,
para que banquem o curso para alguns de seus profissionais?
João Gabriel – Temos conversado com os veículos nesse
sentido, mas ainda não temos nenhuma parceria fechada. Estamos abertos a
negociações.
J&Cia – Aquele projeto que o Roberto
Civita estruturou na ESPM teve alguma influência na decisão de vocês?
João Gabriel – Não, mas essa é uma questão interessante.
O projeto do Civita era maravilhoso, mas diferente desse. Cheguei a dar algumas
aulas lá. O projeto dele era formar administradores para empresas
jornalísticas. Mas ele precisava de financiamento para funcionar, o que a família
decidiu não continuar fazendo. Roberto financiava com dinheiro próprio, como
pessoa física. Um dos coordenadores do curso era o Eugenio Bucci, que por acaso é meu orientador na USP, além de meu
amigo. Ele esteve aqui no Insper, colaborou informalmente conosco, deu-nos
várias dicas, inclusive sobre o projeto da ESPM, que de alguma forma inspira o
nosso eixo de empreendedorismo. Mas o nosso curso é mais amplo. Aquele era um
curso para formar gestores de Jornalismo, o nosso é para formar um jornalista completo.
J&Cia – Vocês terão colaboradores avulsos, para temas específicos?
João Gabriel – Sim. Como eu disse, o curso tem quatro
eixos. Na verdade, cinco, porque separamos apuração digital de edição digital.
São o que chamamos de cinco objetivos de aprendizagem. No Insper tudo é muito
estruturado, queremos que fique bem claro aonde pretendemos que o aluno chegue.
Cada um desses objetivos tem um coordenador, mas ele não vai dar todas as
aulas. Por exemplo, o Lucas, que é o coordenador do eixo de fundamentos, vai
dar as aulas de Ciência Política, mas Economia vai ser o Marcos Lisboa. Da
mesma forma, quem for coordenar edição digital, se for um profissional de
vídeo, não vai dar necessariamente as aulas de podcast ou de visualização de dados, que deve ficar a cargo de
algum diretor de arte de jornal, e assim por diante. A ideia é agregar muita gente.
J&Cia – Pensam também em atividades complementares, capazes de atrair outros
jornalistas para o Insper?
João Gabriel – Uma faculdade de Jornalismo não é só um
curso; ela tem de ser um lugar onde se discute o tempo todo. Por isso, e vendo
a experiência de Columbia, iniciamos a estruturação de projetos de pesquisa,
área que o Carlos Eduardo vai liderar. Paralelamente, queremos convidar
jornalistas para falar de grandes matérias, furos de reportagem, no momento em
que forem publicados. Queremos que venham falar também de novas técnicas, novos
negócios. A ideia é discutir, trocar ideias e criar uma tradição, coisa em que
Columbia é forte. O tempo todo há jornalistas lá conversando com outros
jornalistas sobre coisas que dizem respeito à profissão. Isso é o que queremos
fazer no Insper.
Marco Nascimento está de volta à Record TV como responsável pelo Jornal da Record. Ele, que passou pela emissora no início da década, entre outras atividades foi chefe de Redação da Globo em São Paulo, dirigiu o Jornalismo do canal em Belo Horizonte e Maceió, além das TVs Gazeta e Cultura.
Nesta, nos anos 1990, foi responsável pelo lançamento de programas como Repórter Eco, Cartão Verde e Opinião Nacional. (Com informações do Telepadi, de Cristina Padiglione)
Por Cristina Vaz de Carvalho,
editora de J&Cia no Rio de Janeiro
Ao que tudo indica, esta será uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos na ABI. Até o momento, são conhecidas pelo menos três chapas: (1) a da situação, encabeçada pelo atual presidente, Domingos Meirelles, que tenta a reeleição; (2) uma de oposição, tendo à frente o vice-presidente Paulo Jerônimo de Sousa (Pagê), intitulada “ABI: Luta pela Democracia”; e (3) outra chapa liderada por Ivan Proença, ex-presidente do Conselho Deliberativo.
Os editais com as normas do processo eleitoral foram publicados no final de semana (24/3), no jornal Monitor Mercantil. A partir daí, os prazos começaram a serem contados, e vão até 5 de abril. As eleições estão programadas para 26/4, na sede da entidade, ou por voto eletrônico, no sitehttp://www.abi.org.br. Para votar, os associados precisam estar em dia com as contribuições. De um total de cerca de 1.800 membros, apenas 270 estavam inadimplentes no início deste mês.
Na semana passada (20/3) o presidente Domingos Meirelles comunicou aos associados que seria firmado convênio com uma cooperativa de crédito e com um plano de saúde para os filiados. Foi o que bastou para que a oposição protestasse, contestando até mesmo contratos de aluguel de espaços no edifício-sede. Na ocasião, o vice Paulo Jerônimo recorreu à Justiça para obter acesso à relação dos associados da entidade.
No mesmo final de semana (24/3) dos editais, o site da ABI publicou o texto Judiciário rasga estatuto da ABI e tumultua eleição, em que critica a decisão judicial em favor da oposição. Na segunda-feira (25/3) ocorreu a última reunião do Conselho Deliberativo antes das eleições. Houve ali manifestações contrárias, condenando o uso de canais oficiais para favorecer a situação.
Circulou também a minuta do programa de ação da chapa “ABI: Luta pela Demoracia”. Em quatro linhas mestras, destacam-se: (1) o retrocesso político ao redor do mundo; (2) a história de luta da ABI, desde a campanha “O petróleo é nosso”, passando pela resistência à censura, até os dias atuais; (3) considerações sobre os profissionais que dirigem a casa e os associados; e (4) comparações com outras entidades combativas. De um programa de 26 ações, constam diversas medidas corporativas, políticas e profissionais.
Como falta praticamente um mês para o pleito e os ânimos seguem exaltados, é de se esperar que haja novos embates entre os candidatos. Vamos acompanhar.
Renovação é maior entre os executivos, com 16
dos 29 eleitos estreando na premiação. Entre as agências, seis estão pela
primeira vez (três delas por terem mudado de nome)
Após dois turnos de votação por um colégio eleitoral integrado por jornalistas e profissionais de comunicação e áreas afins de todo o Brasil, a Mega Brasil e a Maxpress, parceiras na premiação do TOP Mega Brasil, anunciam as Agências de Comunicação e os Executivos de Comunicação Corporativa vencedores da edição 2019.
Após receber a indicação, no primeiro turno, de mais de 500 nomes de executivos e 250 agências, e, no segundo, como finalistas, de 158 executivos e 103 agências, o TOP Mega Brasil destaca, agora, os vencedores dos TOP 10 Brasil e TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. São 29 executivos (20 mulheres e nove homens) conquistando as 35 premiações da final; e 27 agências, também para 35 premiações.
As estreias – No segmento de executivos a renovação foi a tônica: 16 dos 29 eleitos estão pela primeira vez entre os TOP; e, entre os demais, apenas nove venceram em 2018.
No segmento de agências, há seis estreias, três delas de agências que mudaram de nome – RPMA (fusão de RP1 e RMA), de São Paulo; ATCom (novo nome da Agência de Textos), da Bahia; e Re9 (atuava como filial da RP1 e ficou independente), de Brasília. As outras três são Vocali (SC), Amazona Digital (PA) e Caramelo (CE).
Campeões de frequência – Das mais de cem agências que já chegaram à final e, depois, à conquista do TOP Mega Brasil, seis estiveram em todas as cinco edições: ATCom/Agência de Textos (BA), Brava (BA), CDN (SP/RJ/DF), In Press Porter Novelli (RJ/SP), Proativa (DF), Temple (PA) e Martha Becker (RS).
Entre os executivos, apenas dois estiveram presentes nas quatro primeiras edições, Estela Matsumoto (Boticário) e Daniel Nardim (Governo do Estado do Pará). Ambos ficaram de fora este ano.
Empate no Sul – Entre os executivos TOP 5, do Sul, houve seis classificados, em vez de cinco, em decorrência de um empate.
Na relação a seguir, estão grifados agências e executivos que integram pela primeira vez a galeria dos vencedores do TOP Mega Brasil
Executivos de Comunicação Corporativa
TOP 10 BrasilSão Paulo prevaleceu, com seis indicações.
Bahia e Paraná emplacaram dois representantes cada. As mulheres foram
majoritárias, com sete indicações, contra três de homens. Cinco dos
vencedores estão pela primeira vez no TOP
Adriana Lopes
Martins (Uninter) – PR
Alexandre Scaglia (Amazon Web Services) – SP
Ayeska Azevedo
(Grupo Boticário) – BA
Bruno Rossini
(Netflix) – SP
Daniela Verhine
(Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães) – BA
Mariana Scalzo
(Grupo Boticário) – PR
Renato Delmanto
(Votorantim) – SP
Roberta Catani (Johnson & Johnson) – SP
Viviane Mansi
(Toyota do Brasil) – SP
Wanessa Scabora
(Coca-Cola Femsa Brasil) – SP
TOP 5 Região Norte
As mulheres prevaleceram no Norte, quatro do
Pará e uma do Amazonas
Alessandra Fonseca
(Unama) – PA
Elen Néris (Fiepa) –
PA
Luciana Marques (MAP
Linhas Aéreas) – AM
Mônica Alvarez
(Alubar) – PA
Rachel Magalhães
Pessoa do Nascimento (Mineração Rio do Norte – MRN) – PA
TOP 5 Região Nordeste
Também no Nordeste as mulheres deram um
banho, ficando com quatro das cinco indicações. E a Bahia mostrou sua força,
também com quatro das cinco indicações, restando uma para o Ceará
Ana Maria Rego
Xavier (Sistema Fiec) – CE
Ayeska Azevedo
(Grupo Boticário) – BA
Daniela Verhine
(Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães) – BA
Thais Leal (Shopping Paseo) – BA
Tiago Abelardo (Apae
Salvador) – BA
TOP 5 Região Centro-Oeste
O Distrito Federal ficou com quatro das cinco
vagas do Centro-Oeste. Ao lado do Sudeste, foram as duas únicas regiões onde os
homens foram majoritários, aqui vencendo por 3 a 2.
Anderson Polarini
(Fibria/Suzano) – MS
Diego Recena
(Fecomércio) – DF
Fernanda Duarte
(Sweet Cake) – DF
Flávia Pascoal
(Hospital Brasília) – DF
Jorge Duarte
(Embrapa) – DF
TOP 5 Região Sudeste
As cinco indicações são de São Paulo e o
placar homens e mulheres foi também de 3 a 2 para eles. E quatro, dos cinco,
estão pela primeira vez entre os TOP da premiação
Bruno Rossini
(Netflix) – SP
Geraldo Magella
(Votorantim Cimentos) – SP
Marina Zveibil
(Amazon) – SP
Renato Delmanto
(Votorantim) – SP
Roberta Catani (Johnson & Johnson) – SP
TOP 5 Região Sul
Única Região em que houve um empate, daí ter seis
vencedores, o Sul deu a vitória a cinco mulheres e apenas um homem. O Paraná
ficou com três indicações, o Rio Grande do Sul com duas e Santa Catarina, com
uma. Dos seis TOP, quatro estão pela primeira vez na premiação
Adriana Lopes
Martins (Uninter) – PR
Carmem Murara (Grupo
Marista) – PR
Daniela Kraemer (GM
Mercosul) – RS
Mariana Scalzo
(Grupo Boticário) – PR
Pablo Perini (Casa
Perini) – RS
Romi de Liz (NSC
Comunicação) – SC
Agências de Comunicação
TOP 10 Brasil
Das dez agências campeãs, apenas três são de
fora do eixo Rio-São Paulo, uma do Sul, uma do Centro-Oeste e outra do Nordeste
AD2M Comunicação –
CE
CDN Comunicação – SP
FleishmanHillard –
SP
FSB Comunicação – RJ
Imagem Corporativa –
SP
In Press Oficina –
DF
In Press Porter Novelli – RJ
JeffreyGroup – SP
Página 1 Comunicação
– PR
RPMA Comunicação –
SP
TOP 5 Região Norte
Roraima e Amazonas se fizeram presentes com
uma indicação cada na Região Norte. As outras três são do Pará
Amazona Digital – RR
Eko – PA
Gaby Comunicação –
PA
Temple Comunicação –
PA
Três Comunicação
& Marketing – AM
TOP 5 Região Nordeste
No Nordeste prevaleceu o equilíbrio, com duas
vencedoras do Ceará, duas da Bahia e uma de Pernambuco
AD2M Comunicação –
CE
ATcom – Estratégia,
Relacionamento e Conteúdo – BA
Brava Comunicação –
PE
Caramelo Comunicação
– CE
Texto & Cia
Assessoria de Comunicação – BA
TOP 5 Região Centro-Oeste
A única agência de fora do Distrito Federal
está no Mato Grosso do Sul
In Press Oficina –
DF
Re9 Comunicação – DF
Proativa Comunicação
– DF
FSB Comunicação – DF
Contexto Mídia – MS
TOP 5 Região Sudeste
O Grupo In Press imperou, classificando três
das cinco agências vencedoras do Sudeste
FleishmanHillard –
SP
Imagem Corporativa –
SP e RJ
In Press Media Guide – RJ
In Press Porter Novelli – RJ e SP
RPMA Comunicação –
SP
TOP 5 Região Sul
Também aqui no Sul houve equilíbrio, com duas
indicações do Paraná, duas do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina
Central Press – PR
Enfato Comunicação Empresarial – RS
Martha Becker Comunicação – RS
Página 1 Comunicação – PR
Vocali – SC
Nos próximos dias a Mega Brasil iniciará a venda e reservas para o jantar de premiação, que será realizado em 29 de maio, no encerramento do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Informações pelo 11-5576-5600 ou eventos@megabrasil.com.br.
Com mais de 20 anos de experiência, Cristiane Santos é a nova diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer Brasil. Graduada em Jornalismo, é pós-graduada em Gestão Estratégica em Relações Públicas e Comunicação pela USP.
Cristiane iniciou a carreira na 3Com Corporation, em 1996, e em 2001 passou a atuar na Pharmacia, que foi adquirida pela Pfizer em 2003. Na empresa, atuou como coordenadora e como gerente de Comunicação Corporativa, até que, em 2009, passou a gerente sênior da área.
No mesmo período da pós do Insper, mas com apenas duas semanas de duração (22/7 a 1º/8), Alecsandra Zapparoli, ex-publisher e diretora de Conteúdo da Abril, marcará o início das atividades da sua empresa de mídia Galápagos Newsmaking com a Jornada Galápagos de Jornalismo, curso que busca repensar a lógica da produção, formatação e distribuição de conteúdo jornalístico, apostando em diversidade, regionalização, transparência, inovação, dados e, claro, pessoas.
Desde que deixou o cargo, há pouco mais de seis meses, ela começou a formatar a empresa por acreditar na necessidade de produção primária de conteúdo jornalístico, embora considere que sob o ponto de vista de modelo de negócio o momento seja altamente desafiador. Na prototipagem de alguns dos produtos, contou com a expertise em digital e mobile de Léo Xavier, atual CEO da Pontomobi, empresa da qual é fundador.
A primeira iniciativa da empresa, um curso gratuito de capacitação aberto a todas as pessoas que estão fazendo universidade ou têm diploma universitário com interesse em produção de conteúdo jornalístico (texto, vídeo, áudio, design, foto, programação, audiência e métrica), nasce com a premissa de compartilhamento de forças em prol de um objetivo comum: melhorar a formação de pessoas Brasil afora nas plataformas digitais, trazendo diversidade na produção, linguagem, pauta e, consequentemente, audiência.
Entre os parceiros que aceitaram compartilhar seu know-how estão Google News Lab, Twitter, AmazonKindle e Linkedin, entre outros. Também apoiam a iniciativa Ricardo Sales, do Mais Diversidade, e a empresa 2GetAmrop, rede global de busca de talentos, referência na área em disseminar a importância da diversidade no ambiente corporativo. “Criamos métricas para medir o impacto social do curso e aprimorá-lo ano a ano”, informa Alecsandra.
Marcas como Ambev, 99 e Nestlé são os primeiros patrocinadores e apoiadores da empreitada, que espera mobilizar milhares de candidatos com o potencial de impulsionamento das empresas de tecnologia. Do total de inscritos, 200 selecionados serão entrevistados preferencialmente em suas localidades e 30 farão a mentoria presencial de quinze dias em São Paulo, com todas as despesas pagas (estadia, deslocamento e alimentação). Os outros 170 também terão acesso ao material do curso via vídeo. As inscrições devem ser feitas pelo site do curso.
O conteúdo, presencial, em São Paulo, virará material online para ampliar a abrangência da mentoria, cuja curadora responsável é Giuliana Bergamo, jornalista, escritora e repórter especial do Prêmio Claudia (2015 a 2018). Ela atuará com Felipe Germano, que deixou a Superinteressante após três anos. Fazem parte da grade disciplinas e palestras sobre compromisso ético, checagem dos fatos, esclarecimento de notícias falsas, contranarrativa, podcasts, técnicas de entrevistas, edição de vídeos, empreendedorismo, tendências de comportamento da audiência e engajamento, entre outros temas.
A ideia, segundo Alecsandra, é que no final do processo boa parte do grupo se torne colaborador regular da Galápagos Newsmaking: “É uma forma de trazermos pontos de vista diferentes, revelar personagens desconhecidos e, claro, ajudar a Galápagos a ser sustentável, tendo uma rede de colabores de qualidade, mas que não precisem compor o custo fixo da empresa”.
Após formar a rede de colaboradores, Alecsandra lançará a DarwiNews, primeira marca da Galápagos. Com o slogan Só a diferença ensina e faz evoluir, a marca focará em temas sobre cidadania, incluindo aí cobertura de poder, diversidade, inovação e cultura. No portfólio haverá ainda três outras marcas: Sabor4Life, que acompanhará o fenômeno mundial da preocupação com a qualidade do que se come e o impacto disso na cadeia alimentar – do pequeno agricultor à indústria; FelizMente, que acredita que ter conhecimento para poder gerir a sua própria saúde é o melhor remédio para uma boa saúde mental e bem-estar; e PMEvolução, sobre empreendedorismo e iniciativas inovadoras no universo de pequenas e médias empresas.
“Todas as marcas terão como premissa apuração de qualidade, serviço, foco em vídeo e voz, não preocupação com audiência a qualquer custo e pontos de vista, sem estridência nem militância. Não acredito em jornalismo sem opinião”, diz ela. Para colocar o projeto de pé, Alecsandra tem buscado diversificação para financiá-lo, até que a Galápagos se consolide e ganhe engajamento. O modelo inicial e principal é o de patrono-fundador, para grandes empresas (as contrapartidas de investimento são desenhadas sob medida, especialmente na forma de produção de conteúdo proprietário, eventos, consultoria); e investidores na pessoa física que acreditam que informação de qualidade é necessidade básica humana.
“Queremos exercer o jornalismo sustentável, transparente e de credibilidade, criando uma empresa que inova nas formas de produzir e distribuir notícias, acredita nas pessoas, aposta na tecnologia, regionalização, diversidade e dados. E cumprir nossos propósitos e conceito de jornalismo evolucionário com leveza e, acima de tudo, ética”, completa.
Curso Estratégias
Digitais para Empresas de Mídia beneficiará também profissional sênior em
busca de recolocação
O Departamento de Comunicação do ISE Business School abriu nessa quinta-feira (28/3) as inscrições para o processo seletivo que concederá duas bolsas de estudo no programa Estratégias Digitais para Empresas de Mídia, uma das quais exclusiva para jornalistas em busca de recolocação.
Segundo o ISE, num momento em que os veículos enfrentam inúmeros desafios para atingir a sustentabilidade de seus negócios, a concessão das bolsas tem um duplo objetivo: em primeiro lugar, possibilitar a participação de um gestor que demonstre condições de multiplicar os conhecimentos obtidos no programa e, assim, contribuir para a renovação do setor. Outro objetivo é valorizar aqueles excelentes profissionais que perderam seus postos. Por meio do curso, pretende-se proporcionar uma mudança de mindset e a oportunidade de se capacitar em temas essenciais para compreender o novo ecossistema midiático. A entidade acredita que, dessa forma, aumentarão suas chances de reposicionamento nas redações ou em setores afins.
O curso, que há alguns anos vem centrando sua abordagem nos modelos de negócios para a monetização do conteúdo informativo, oferece uma profunda reflexão sobre as recentes transformações comportamentais e tecnológicas e seus impactos na mídia.
Temas como inteligência artificial, analytics, blockchain e inovação são apresentados não de maneira genérica, mas na medida em que vêm alterando os processos das empresas produtoras de conteúdo. Os profissionais interessados devem acessar bit.ly/EditalBolsa. Outras informações com Glaucia Noguera (glaucia.noguera@ise.org.br e 11-3177-8325 / 975-454-656).
Foram grandes a surpresa e a ansiedade que se espraiaram pela redação da revista Exame com a informação divulgada por Vanessa Adachi, do Valor Econômico, em 24/3, de que a publicação estaria sendo comprada pelo BTGPactual. Procurado, o banco, por sua assessoria, informou que não se pronunciaria sobre o tema, posição que se mantinha inalterada até o fechamento desta edição.
Escaldada pelos constantes boatos sobre o futuro da revista, a redação viu que desta vez o assunto vai além dos rumores, sobretudo pela fonte da informação.
A ansiedade e o nervosismo só diminuíram na segunda-feira (25/3), depois de uma reunião entre o diretor de Redação André Lahoz e Fábio Carvalho, novo controlador da Abril e, por extensão, da Exame. André convocou a equipe e reportou a conversa, respondendo também a perguntas. No geral, houve, segundo apurou este J&Cia, uma mensagem tranquilizadora de Fábio, ótimas impressões sobre o próprio e suas intenções para com a Abril, e também de sua disposição de dar uma solução para a questão das pendências trabalhistas e com frilas.
Sobre a venda propriamente dita para o BTGPactual, que seria um desejo de seu presidente e futuro maior credor da Abril, André Esteves, há uma questão legal que deixa a transação em aberto: o processo não pode ser de venda direta; tem de passar por um leilão, por imposição da lei da recuperação judicial.
Soma-se a essas informações uma outra, a de que o Fábio Carvalho deve assumir a Abril em poucas semanas, tendo em vista que estão sendo finalizados os últimos detalhes de contratos que envolvem o negócio, como a transferência para a Enforce, empresa controlada pelo BTG, da dívida dela com o trio de bancos Itaú, Bradesco e Santander.
A propósito, a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Estado de São Paulo marcou para 17/4 nova assembleia de credores para aprovar ou não o plano de recuperação judicial da Abril: será às 13h, no Clube Homs (av. Paulista, 735), na capital paulista, com cadastramento no local a partir das 10 horas. Se não houver quórum, a segunda convocação será no dia 24. A 2ª Vara, inclusive, publicou em 19/3 a segunda lista de credores da Abril.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, em tese, a listagem organizada pela Deloitte, consultoria que administra a recuperação, deve trazer a correção de valores nos quais os demitidos em massa pela editora apontaram divergências. (Veja +)
O Grupo Folha demitiu na semana passada 20 profissionais, pelo que apurou este J&Cia. Deixaram a empresa:
Na Folha: Alex Kidd (Arte), Angelo Dias (Arte), Estelita Carazzai (Curitiba), Felipe Gutierrez (Mercado Aberto), Fernando Sciarra (Arte), Fernando Tadeu (Ciência), Lucas Vettorazzo (Rio), Maria Luísa Barsanelli (Ilustrada), Rafael Gregório (Ilustrada), Sergio Rangel (Rio) e Vanessa Alves (Turismo), além de duas outras profissionais, uma delas da TV Folha.
Do Agora saíram sete colegas, entre eles o editor responsável Cesar Camasão, que estaria ainda negociando possível transferência na empresa, e Alberto Nogueira (Esporte).
Num caso à parte, também foi demitida Vera Lia Roberto, que foi secretária do falecido patriarca da família, Octávio Frias de Oliveira, e que estava na empresa há 40 anos. Uma curiosidade: em 23 de março de 1990, ela foi conduzida coercitivamente pela Polícia Federal que havia invadido o jornal com agentes da Receita por ordem do então presidente Fernando Collor de Mello a pretexto de uma diligência fiscal.
Em contato com a empresa em 22/3, a direção do Sindicato dos Jornalistas protestou contra as demissões, criticou a direção da Folha por não abrir qualquer canal de diálogo com os jornalistas e com o Sindicato, e reivindicou uma reunião para debater a dispensa coletiva. “Somos expressamente contra qualquer demissão, e é lamentável que as empresas mantenham seus resultados à custa dos assalariados e do próprio jornalismo”, afirma Paulo Zocchi, presidente da entidade. Como uma das medidas da reforma trabalhista foi acabar com a obrigatoriedade da homologação das demissões, o Sindicato informa que o jornalista que quiser conferir as verbas rescisórias pode contatar o departamento jurídico e agendar um horário pelo 11-3217-6299 ou juridico@sjsp.org.br.
O novo diretor de Redação Sérgio Dávila deu entrevista à ombudsman do jornal, Paula Cesarino Costa, publicada em 25/3, na qual reafirma várias informações que deu a este J&Cia. Em resposta à pergunta se poderia dimensionar os cortes efetivados durante a semana, Dávila afirmou que “o jornal tem por praxe não divulgar números dos ajustes que faz em seu pessoal. Mas sabe também que não existe Projeto Folha com empresa deficitária”.