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Llorente & Cuenca anuncia novo posicionamento global

José Antônio Llorente
José Antônio Llorente

LAos 24 anos e iniciando contagem regressiva para o jubileu de prata, a Llorente & Cuenca tem na América Latina seu principal mercado depois da Espanha, onde fica a sede. E, na América Latina, Brasil e México dividem a liderança do continente, com desempenhos muito similares.

Numa de suas frequentes vindas ao Brasil, seu fundador e presidente José Antonio Llorente recebeu em 28/3 os editores de J&Cia Wilson Baroncelli e Eduardo Ribeiro, no escritório da agência, para falar do desempenho, do novo posicionamento de mercado do grupo e das perspectivas para 2019. Segundo ele, a empresa evolui para antecipar-se aos desafios do atual contexto volátil, incerto, complexo e ambíguo no qual vivemos, e sua nova marca – LLYC – e a proposta de valor estão alinhadas à visão de que o cenário exige soluções cada vez mais eficazes, criativas e sofisticadas (veja nota ao final da entrevista).

A LLYC iniciou sua trajetória no Brasil há dez anos com um escritório no Rio de Janeiro, sob direção de Thomas Traumann, que viria a ser secretário de Comunicação e porta-voz do Governo Dilma Rousseff, e consolidou-se com a abertura de escritório em São Paulo, onde em novembro de 2015 adquiriu o controle da S/A Comunicação, de Marco Antonio Sabino, hoje dirigindo a Comunicação da Prefeitura de São Paulo, na equipe de Bruno Covas.

Com faturamento de R$ 18 milhões, ocupava em dezembro de 2017 o 18º lugar no Ranking das Agências de Comunicação do Anuário da Comunicação Corporativa. Posição que deve melhorar em 2018, pois seu faturamento cresceu 30% em relação a 2017.

Confira a íntegra da entrevista

Jornalistas&Cia – Sabemos que vocês têm novidades para apresentar esta semana. Mas antes gostaríamos que nos falasse do desempenho da Llorente y Cuenca, no ano passado e para este ano.

José Antonio Llorente – Fomos muito bem no Brasil. A equipe de liderança aqui fez um trabalho muito bom. É bem verdade que não temos contas do setor público, que foram bastante prejudicadas e cujas perspectivas não são boas. Mas nossa meta é fechar este ano no mesmo patamar de crescimento de 2018.

J&Cia – O crescimento foi bastante expressivo (30%???). Você diria que foi o maior da história da agência aqui?

Llorente – Não diria o maior. É provável que no começo os crescimentos tenham sido maiores. Mas foi o maior dos últimos três anos, isso com certeza.

J&Cia – E a ideia é repetir, mesmo com o cenário meio incerto?

Llorente – Sim. Porque, mesmo incerto, o cenário já é melhor para os negócios. A expectativa empresarial é melhor. O discurso do governo é coincidente com o desenvolvimento dos negócios. Não vou falar de política, mas tem que acontecer e a expectativa é boa. Os empresários internacionais olham o Brasil como um mercado de oportunidades que está no caminho certo, com privatizações, cultura empresarial, reformas em curso. Se acontecerem, vai melhorar. Se não…

J&Cia – O que vocês estão projetando para este ano em termos de investimentos?

Llorente – Penso que nossa indústria está num momento muito bom, mas delicado, porque o desafio é grande. Nossa profissão precisa de uma renovação profunda, entender como a sociedade atual caminha e qual é o patamar de desenvolvimento e consolidação da opinião pública. Os mecanismos são hoje diferentes do que eram.

J&Cia – Para onde você acha que apontam as transformações?

Llorente – Para uma imbricação muito grande da tecnologia. Nossos maiores investimentos globais são nessa área, englobando treinamento e formação de pessoal, investigação de novos desenvolvimentos, novas ferramentas que serão utilizadas na solução de problemas de comunicação…

J&Cia – Em suma, tecnologia.

Llorente – Sim. Nossa equipe de base tecnológica deve crescer muito. Em termos globais, nossa área de maior crescimento em pessoal será a de TI. Teremos mais engenheiros do que nunca. Porque consideramos que quaisquer que venham a ser as soluções de comunicação daqui para a frente, elas terão uma base tecnológica. Por isso já estamos incorporando várias dessas ferramentas.

J&Cia – Você tem ideia de qual é atualmente a dimensão dessa área na empresa?

Llorente – Vamos dizer assim: em termos de oferta, a tecnologia está em todos os nossos componentes. Em termos de talentos, diria uns 20%, mas chegará a 50% em três anos. Vai mais do que dobrar. Mas a questão não é visualizar isso; o problema é fazer.

J&Cia – Ao fazer essa projeção você está olhando ao redor, para a concorrência?

Llorente – Sim, claro, acompanho de perto o nosso setor. Holmes Report, PR Week publicam rankings todos os anos. Por ali dá para saber as empresas que têm crescimento, projetos. Mas é uma mudança que precisamos fazer ao mesmo tempo em que mantemos o negócio tradicional. Como se diz na indústria aeronáutica: é preciso trocar os aviões, mas eles têm que continuar voando. Com o detalhe de que as agências maiores têm mais dificuldades para evoluir; as mais flexíveis, com maior capacidade de renovação, têm mais facilidades.

J&Cia – A Llorente y Cuenca está em qual posição no ranking mundial?

Llorente – Entre as 50 primeiras.

J&Cia – E como estão as projeções para a América Latina?

Llorente – Também muito boas. Projetamos um crescimento constante e significativo. Mas não dá para ignorar que o nosso negócio é muito afetado pelo câmbio. Por exemplo: as companhias que trabalham no Brasil sofreram no último ano na conversão de seus resultados em dólares ou euros, porque o câmbio foi afetado. Mas, no geral, creio que a América Latina tem um ótimo potencial e terá um grande desempenho.

J&Cia – Depois do Brasil, em qual país vocês são mais fortes?

Llorente – No México. Mas similar ao Brasil, que é nosso segundo mercado, depois da Espanha. México é o terceiro, mas muito parecido com o Brasil.

J&Cia – E Portugal?

Llorente – Portugal é um mercado muito bom, mas é um país com apenas 11 milhões de habitantes.

J&Cia – Como vocês trabalham o intercâmbio das equipes? Há um fluxo de brasileiros indo para fora, de estrangeiros vindo para cá?

Llorente – Valorizamos muito a diversidade. Por causa de nossa expansão geográfica, muitos de nossos clientes pedem projetos que são desenvolvidos em diferentes países, diferentes culturas. Nossa organização é muito aberta, flexível e sensível quanto à questão da diversidade. Temos várias técnicas para fazer isso, várias políticas. Uma é integrar equipes multipaíses para desenvolver projetos. Elas estão muito acostumadas a trabalhar em conjunto com Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha e Portugal. Para outros projetos, a integração é de México, Colômbia e Brasil. Isso é parte da rotina. Temos esse intercâmbio em praticamente todos os escritórios. Mas devo ressaltar que essa diversidade já é uma realidade, independentemente de intercâmbio. Temos aqui no Brasil, por exemplo, espanhóis, argentinos, chilenos, colombianos, venezuelanos. Alguns vieram da Llorente y Cuenca, outros já viviam aqui. Muitas pessoas imigram e tiramos proveito disso porque estamos interessados nessa multiculturalidade para desenvolver os nossos trabalhos. Pode ser que uma empresa exclusivamente brasileira não queira um colombiano que mora aqui há sete anos, mas para nós é interessante. Um profissional que conhece os costumes colombianos e brasileiros.

Bete Lima – Fernando García, que é nosso diretor de Consumer Engagement, é espanhol, viveu dez anos no Peru e está conosco aqui há um ano e meio Então, tem muita experiência em três mercados.

Llorente – Diego Olavarría, que é nosso diretor de Digital, é chileno mas mora em São Paulo há quase 20 anos. E há outros exemplos. O componente multicultural, multirregional é muito valioso para nós.

J&Cia – Agora que temos um amplo panorama da empresa, podemos falar das novidades?

Llorente – O que vamos fazer é um trabalho de rebranding da companhia, mas que tem embasamento no novo discurso do que fazemos, para quê estamos aqui. É um discurso mais focado nos clientes e menos em nós, nos desafios dos clientes, na expertise que desenvolvemos. Consideramos que isso tem a ver com que é a sociedade hoje. Antes, as empresas falavam e os demais escutavam, era uma ação unidirecional. Agora o mundo conversa. É mais um tempo de “nós” do que de “eu”. Hoje o nosso site é mais focado na Llorente y Cuenca: quem somos, o que fazemos, o que sabemos, onde estamos. O site e o novo approach para o mercado são mais sobre o que está acontecendo, o que você está sentindo no desenvolvimento do seu negócio, qual é o seu problema, quais são as soluções de que precisa, que experiência temos para contribuir. Programamos diversas ações para divulgar isso simultaneamente para toda a empresa.

J&Cia – Há quanto tempo essa mudança vem sendo desenhada?

Llorente – Há um ano. O último rebranding que fizemos foi há três ou quatro anos. Acho que foram quatro rebrandings na história da companhia, que completará 25 anos em 2020.

J&Cia – Vai marcar o início das comemorações?

Llorente – Não, ainda não temos um plano para isso. Não tem ligação. É uma reflexão sobre o mercado, qual o posicionamento do nosso negócio, mais focado em consultoria. Costumamos dizer que vivemos num mundo líquido. As fronteiras entre o que nós e outros fazemos não são muito definidas. Advogados incursionam na nossa área, nós incursionamos na área de publicidade, agora há essa interface tecnológica… é tudo muito transversal. Os clientes hoje têm a expectativa de que as empresas de consultoria olhem os problemas deles de forma global, não tanto em termos de estrutura, que busquem soluções de impacto nos negócios, sem a preocupação de que sejam para problemas de comunicação, estratégicos, de organização…

J&Cia – A propósito, como você vê a chegada de grandes consultorias financeiras, de auditoria, ao nosso mercado, até adquirindo empresas? Seria uma resposta a esse posicionamento?

Llorente – Acho positiva. Está dentro da mesma lógica transversal de enfrentamento da realidade. É normal que tenham a comunicação como parte da sua oferta de serviços. Pois o que fazemos é muito relevante. Para qualquer projeto ter sucesso ele precisa ser bem gerido em termos de comunicação. Comunicação no sentido amplo do termo. Então, são bem-vindas. Se fizerem um bom trabalho, ótimo. Mas o nosso diferencial é que temos expertise nisso, só sabemos de comunicação, estamos 24 horas por dia desenvolvendo projetos nessa área.

J&Cia – A partir desse olhar, como você enxerga o futuro dessa nossa indústria? Teremos empresas totalmente diferentes? Precisa de uma bola cristal? (risos)

Llorente – Não, não preciso. Sim, serão totalmente diferentes. Mas temos que estar preparados para isso. Porque as mudanças são muito rápidas. Vemos isso em outros setores. Hoje se pode escrever uma novela com inteligência artificial. Ela poderá, por exemplo, desafogar o trabalho de um juiz de primeira instância, que tem milhares de processos mais simples. Carrega o problema no computador, em dez minutos ele dá a sentença. Hoje, se você aluga um apartamento e não paga, o processo leva dois anos para resolver. Com a inteligência artificial, a solução sai no mesmo dia. Com o nosso trabalho será a mesma coisa. As máquinas vão localizar quem está falando o quê, a informação de que você precisa, qual é a opinião geral…

J&Cia – Você falou sobre os investimentos futuros na área de TI, mas a agência já tem um núcleo forte nessa área, decisivo para fazer esse acompanhamento, não é?

Llorente – Sim, claro. A ocupação de um dos nossos principais sócios é a inovação. Temos uma área de inovação na empresa, uma de tecnologia. Não vejo outro caminho. As empresas serão completamente diferentes. Porque para os clientes não importa se somos advogados, publicitários, comunicadores. O que eles querem são resultados.

Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo será entregue em 10 de junho

Vivi Bueno (esq.), Eduardo Ribeiro, Maria Luiza de Castro, Hamilton Almeida e Marcelo Hirashima
Vivi Bueno (esq.), Eduardo Ribeiro, Maria Luiza de Castro, Hamilton Almeida e Marcelo Hirashima

PAs equipes deste Jornalistas&Cia e do gabinete do vereador Eliseu Gabriel reuniram-se em 1º/4 para dar início aos preparativos da segunda edição do Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo, criado por lei da Câmara Municipal de São Paulo para homenagear os profissionais que atuam no rádio paulistano e a memória do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor do rádio e ainda um quase desconhecido no Brasil, sua terra natal. A cerimônia de premiação está confirmada para 10 de junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal.

São quatro as categorias da premiação: Melhor Âncora, Melhor Repórter, Melhor Comentarista e Melhor Programa, sempre em radiojornalismo. Em 29/4 começa a votação para livre indicação de nomes, que se estenderá até 13 de maio. A definição dos três finalistas de cada uma das categorias será feita em 20/5 por uma Comissão de Julgamento (a ser ainda criada), que se reunirá na própria Câmara. Os 12 finalistas receberão diplomas oficiais da instituição na solenidade de premiação, quando também serão anunciados os campeões das quatro categorias.

Guilherme Azevedo lança jornal de bairro online Ipiranga22

Logo Ipiranga 22
Guilherme Azevedo

Guilherme Azevedo, que criou e por dez anos comandou o site de jornalismo cultural Jornalirismo e que deixou o UOL em janeiro, acaba de lançar Ipiranga22, jornal de bairro online para o Ipiranga e região, zona sul de São Paulo. Segundo ele, a cobertura é dedicada a valorizar histórias de gente e de negócios, com uma pegada histórica e de preservação da memória.

“É a primeira vez que faço jornalismo de bairro e estou encantado com a experiência”, diz Guilherme. “É um jornalismo muito bem marcado, delimitado até geograficamente, com um sentido comunitário explícito. Algo que dificilmente sentimos quando trabalhamos numa grande empresa de comunicação. Sinto como se tivesse chegado ao mínimo múltiplo comum do jornalismo, a algo essencial, resultado de visão e ação depurada”.

Para fazer jus às suas origens, ele afirma que, além do espírito colaborativo e comunitário, o Ipiranga22 também se diferencia por sua ênfase em reportagem clássica e multimídia, com os pés na rua: “Os princípios da reportagem literária, do jornalismo exercido com lirismo e como arte, são parte da diretriz do jornal”.

A empresas e empreendedores locais interessados em divulgar produtos e serviços para o público-alvo, ele criou espaços dinâmicos de publicidade, como banners interativos e anúncios só de texto, “tudo por um preço acessível a todos os tamanhos e gêneros de negócios”.

Além de Guilherme, na coordenação editorial geral, o Ipiranga22 conta com a pedagoga e jornalista Ingrid Francini e o repórter fotográfico e editor de imagem Rogério Albuquerque (ex-Globo Rural e Época Negócios). A atualização do conteúdo é semanal. Mais informações pelos contatoipiranga22@gmail.com e 11-981-624-750 (WhatsApp).

Hermano Henning estreia na TV Guarulhos

Hermano Henning e Sergio Lessa
Hermano Herning e Sergio Lessa

Recém-contratado da TV Guarulhos, Hermano Herning estreou nessa segunda-feira (1ª/4) como apresentador do Espalha Fatos, programa que conduzirá em parceria com Sergio Lessa.

O novo telejornal é exibido de segunda a sexta, às 12 horas. Criado com a ideia de ser multiplataforma, também é transmitido ao vivo pelo site da TV Guarulhos, pelo portal próprio que leva a marca do telejornal para a internet e pelo Facebook, com lives via fan page do noticiário e pelas páginas dos apresentadores.

Posteriormente, as edições serão divulgadas em canal no YouTube. Com o formato proposto, Sergio Lessa e Hermano Henning devem interagir diretamente com o público espectador.

Globo unifica áreas comerciais de TV, Globosat e Som Livre, com vistas à migração para o digital

Jorge Nóbrega (esq.), Eduardo Schaeffer e Carlos Henrique Schroder. Crédito: Fábio Rocha/Globo
Jorge Nóbrega (esq.), Eduardo Schaeffer e Carlos Henrique Schroder. Crédito: Fábio Rocha/Globo

A TV Globo lidera uma alteração na área comercial do Grupo Globo. As operações digitais da emissora, e mais as da Globosat e da Som Livre, passam a constituir uma única diretoria integrada de Negócios. O escolhido por Jorge Nóbrega, presidente executivo do Grupo, para pôr em prática o novo sistema é Eduardo Schaeffer. A nova diretoria vai atuar em conjunto com as equipes comerciais e de negócios da Infoglobo – jornais e revistas –, que já foram unificadas e têm seu próprio diretor com foco na área digital.

Schaeffer, engenheiro formado pela Mackenzie, tem pós na FGV. Está no Grupo Globo desde 2007, por último como diretor de Marketing e Projetos Digitais. Antes, esteve no Zap, de classificados de imóveis, e saiu após 13 anos, como presidente da empresa. Ele entra, no Marketing, no lugar de Marcelo Duarte que, depois de 30 anos na empresa, substituiu Willy Haas há dois anos. Agora, porém, mais que o marketing, o foco é na media tech, ou seja, tornar o grupo formado por empresas de tecnologia.

Isso significa, como afirmou o diretor-geral da TV Globo Carlos Henrique Schroder ao Meio&Mensagem: “Mais do que juntar equipes, estamos falando em capacitá-las com novos conhecimentos e habilidades específicas de Media Tech, sem abrir mão dos atributos que elas aportam individualmente. É um processo permanente e que acontece ao longo do tempo: preserva-se o que está certo, ao mesmo tempo em que se vai ajustando o modelo, em um processo ágil e veloz”.

E como, resumindo, Nóbrega disse ao Valor Econômico: “Hoje não importa só a qualidade do conteúdo, mas também a experiência do espectador: como consome, onde consome, associado a quê. […] Essa junção entre conteúdo e experiência ocorre por meio da tecnologia, o que está levando empresas de mídia a seguir nessa direção”.

Que as agências de comunicação estejam atentas

O objetivo imediato da mudança é oferecer mais informações para o anunciante e as agências de publicidade. O que sugere ser possível, também para as agências de comunicação corporativa, usufruir desse conhecimento para seus negócios.

Mantendo o foco em conhecer o consumidor de seus produtos, disse Schroder a O Globo: “Não é um conhecimento por amostragem, mas individual, de cada uma dessas pessoas. Para isso, é necessário ser um excelente gestor de dados e ter uma capacidade analítica muito forte”. Ele considera o conteúdo de qualidade oferecido como a principal diferença para obter tal base de informações, e completa: “Com dados, inteligência e métrica, consigo ajudar o mercado a entender melhor as pessoas”.

Essa mudança ocorre após o anúncio do projeto de unificação intitulado UmaSóGlobo, em meados do ano passado. Segundo Nóbrega, o grupo caminha para tornar-se uma empresa totalmente integrada, e poucas empresas de mídia no mundo apresentam características que possibilitem tal movimentação.

Estudo revela que brasileiros confiam mais no empregador que nas instituições tradicionais

Edelman Trust Barometer

Edelman Trust Barometer 2019 revela que ainda são instituições não confiáveis na opinião dos brasileiros o Governo, apesar de ter subido dez pontos em período eleitoral, alcançando 28% no nível de confiança (0-100), e a Mídia, que caiu dois pontos e agora está com 41%.

O estudo mostra também que as ONGs, cujo nível de 57% não oscilou no último ano, e as Empresas, que foram de 57% para 58%, são consideradas neutras no quesito. Mas seguindo forte tendência global, a figura do “meu empregador” subiu cinco pontos no País, alcançando a marca dos 77% e reinando como a mais confiável. De acordo com a pesquisa, instituições com níveis de 1-49 são consideradas não-confiáveis, de 50-59, neutras, e de 60-100, confiáveis.

O estudo, realizado globalmente pela Edelman, mede os índices de confiança no Governo, Empresas, ONGs e Mídia. Nesta edição, a pesquisa ouviu mais de 33 mil pessoas em 27 países, com o trabalho de campo realizado entre 19 de outubro e 16 de novembro de 2018. Mais informações com Isabela Galeote (11-3060-3102 e isabela.galeote@edelman.com)

Elas por Elas registra casos de feminicídio contados por profissionais de comunicação

Logo Elas por Elas

O Portal Metrópoles iniciou o ano com um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. O Elas por Elas conta histórias de todas as vítimas de feminicídio do DF.

Os perfis são escritos por mulheres jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas, com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres. O primeiro perfil foi contado pela editora do projeto Erica Montenegro. O segundo, em 24/3, por Carol Pires. Para os próximos já estão escaladas Ana Beatriz Magno, Juliana Nunes e Cristina Serra.

Até 22/3, 3.387 mulheres já haviam procurado delegacias de polícia para relatar casos de agressões. Este ano já foram registrados seis feminicídios e 16 tentativas. O Metrópoles propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no País.

Desde 1°/1, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados na região. Para a publicação, o mais importante é humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras. “Elas podem ser suas filhas, mães, irmãs, amigas, esposas. Elas, na verdade, podem ser você!”, finaliza o editorial de lançamento do projeto.

Lilian Tahan

Lilian Tahan, diretora-executiva do Metrópoles, falou a J&Cia sobre a iniciativa:

Jornalistas&Cia – Quando começou a veiculação do Elas por Elas? E como surgiu a ideia do projeto?

Lilian Tahan – Começamos no dia 1º de janeiro. Mas a ideia surgiu muito antes da virada do ano, no final de 2018, a partir da nossa percepção sobre o aumento dos casos de violência contra a mulher. São muitos, milhares, e estão fora do alcance de nossa produção diária de notícias. Se fôssemos nos dedicar a veicular todos os episódios, não faríamos mais nada. Essa certeza não nos impediu de buscar um jeito de reportar absolutamente todas as ocorrências, não importando o custo e o trabalho que essa decisão nos gerasse. O que poderia ser mais importante?

J&Cia – Sabemos que a maior parte da equipe do Metrópoles é composta por mulheres. Como o projeto impactou na dinâmica da redação?

Lilian – Houve uma pronta aceitação do projeto por parte das colegas. Sabíamos que a campanha nos demandaria muita energia de trabalho, mas sempre estivemos convictas da importância social que seria denunciar todos os dias, ao longo de um ano inteiro, as barbaridades que as mulheres passam no século XXI, mesmo acolhidas na capital de um país onde imagina-se que haja mais acesso à educação, às informações e, quando necessário, apoio do Estado. Assim, juntas, fizemos um mutirão para atualizar em tempo recorde o número de ocorrências dos atos violentos praticados contra as mulheres. Abrimos uma janela no site, em posição de destaque, justamente onde ficava um de nossos espaços publicitários mais rentáveis, para exibir esse contador da violência. Todas as vezes que alguém entra na home do Metrópoles é impactado por esse volume avassalador de vezes que mulheres do DF foram espancadas, quase sempre por seus próprios companheiros, com quem dividem a vida, os sonhos, a criação dos filhos.

J&Cia – A violência e os feminicídios são uma realidade cada vez mais frequente no País. Quais as razões de tantos casos surgidos em Brasília e no Entorno? Há políticas públicas de apoio a essas mulheres na capital do poder?

Carol Pires

Lilian – Se nem na capital do País estamos a salvo, onde estaremos? Essa conclusão é sintomática e nos leva à reflexão de como ainda estamos distantes de uma rede de proteção eficiente. Além do contador da violência e da publicação de matérias diárias sobre o assunto, tomamos também a decisão de enxergar, em profundidade, a história daquelas mulheres que morreram vítimas de feminicídio. Em menos de três meses, morreram seis mulheres. Se o Estado não é capaz de deter homens assassinos, quem poderá? Como os nossos braços seriam insuficientes para contar todos os episódios de agressões, decidimos estender a missão e dividi-la com colegas não necessariamente integrantes da redação do Metrópoles. Foi assim que a jornalista e roteirista Carol Pires escreveu, na última semana, o perfil da Diva, uma senhora de 69 anos que viu o próprio filho ser atingido a balas pelo marido e depois foi morta por ele. Na época do episódio, todos os jornais noticiaram a tétrica história, mas foi Carol quem nos trouxe o fato de que, antes de ser assassinada, Diva morreu um pouco por dia ao longo de 50 anos de um casamento opressor.

Aberje amplia atuação na Bahia

Logo do encontro Aberje Bahia ll

A Aberje promove em 5/4, pela manhã, o 4º Encontro Aberje Bahia, no auditório da Coelba (av. Edgar Santos, 300 – Salvador), com o tema Revolução Criativa na Bahêa: o que a comunicação tem a ver com isso.

O evento será aberto por Nelson Barros, gerente de Comunicação do Esporte Clube Bahia. Em seguida, a curadoria do Capítulo Aberje Bahia, liderado por Marcelo Gentil, criou uma “Mesa Criativa” que abordará a transformação digital e os impactos na comunicação. Temas como games, mapping e webséries serão abordados respectivamente por Alexandre Santos (Strike Games), José Enrique Iglesias (SSA Mapping) e Milena Anjos (Êpa Filmes).

Inscrições e mais informações disponiveis no site da Aberje.

Inscrições abertas para a 7ª edição do Prêmio Gabo

Prêmio Gabo 2019

Inscrições abertas até 23/5 para o Prêmio Gabo de 2019, que reconhece os melhores trabalhos jornalísticos da Ibero-América. Os prêmios são distribuídos em quatro categorias: texto, imagem, cobertura e inovação. O trabalho jornalístico deve ter sido concluído entre 1º de abril de 2018 e 31 de março de 2019, e pode ser em espanhol ou português, de acordo com a FNPI.

Os trabalhos inscritos vão passar por três rodadas de julgamento e os vencedores finais serão reconhecidos no Festival Gabo 2019 em Medellín, na Colômbia, em outubro.

Além disso, haverá dois outros reconhecimentos concedidos na cerimônia em Medellín: o Prêmio Clemente Manuel Zabala, para um editor colombiano exemplar, e o Prêmio de Reconhecimento à Excelência. Estes são escolhidos por um painel de especialistas e pelo conselho diretor da premiação, respectivamente. Inscrições disponiveis no site do Prêmio.

Márcia Costa expõe imagens sobre demonstrações de fé – RJ

Expo Márcia Costa

Márcia Costa inaugurou a exposição fotográfica Expressões da fé, no Buriti Sebo Literário (rua do Carmo, 9/902, no Centro). Em saídas para fotos em diversas igrejas, templos e eventos religiosos, Márcia registrou a forma como cada indivíduo manifesta sua fé: seja retirando-se para lugares isolados, seja dançando em comunidades ou rezando em grandes eventos.

A mostra está aberta ao público até 18/4, das 10h às 19 horas.

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