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sexta-feira, dezembro 12, 2025

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Reality de futebol do SBT deve retomar produção em novembro

O reality de futebol Uma Vida, Um Sonho, interrompido por causa da pandemia de coronavírus, deve retomar a produção em novembro. A reestreia está prevista para 24 de janeiro, e o programa irá ao ar nas manhãs de domingo do SBT.

A ideia é que os apresentadores da atração sejam Aline Riscado e Luigi Baricelli, que substituem a Glenda Kozlowski, que havia assinado com a emissora justamente para estar à frente do reality, mas que por causa da paralisação deixou o SBT e assinou com a Band.

Com participação dos treinadores Joel Santana e René Simões, o programa reunirá 22 jovens garotos, selecionados após uma série de peneiras, que concorrem ao grande prêmio, a chance de jogar em um grande clube da Europa.

Com informações de Flávio Ricco (R7).

Abraji: figuras públicas direcionaram 102 discursos estigmatizantes à imprensa em 2020

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou em 21/10 dados sobre a situação da liberdade de imprensa no Brasil. Foram registrados 102 alertas para discursos estigmatizantes, feitos somente por autoridades públicas, contra profissionais de imprensa no Brasil em 2020. Em 2019, o número foi de 59, o que caracteriza um aumento de 73%.

Vale destacar que só o presidente Jair Bolsonaro foi responsável por 72 dos 102 ataques registrados. Além disso, seus filhos foram responsáveis por 12 dos discursos estigmatizantes.

Ao todo, o relatório da Abraji reportou 275 casos, e os discursos estigmatizantes representam 37% deles. No ano passado, foram 130 alertas reportados, sendo 59 declarações que atacam os profissionais de imprensa. O estudo também leva em conta assassinatos, desaparecimentos forçados, sequestros, detenções arbitrárias, tortura, violações ao acesso à informação, ações judiciais contra mídia e jornalistas, quadros jurídicos fora dos padrões e abusos de poder estatal.

Para Leticia Kleim, assessora jurídica da Abraji, “essas declarações se apoiam em um tom de descredibilização, ofensa, intimidação e visam a desvalorização sistemática da imprensa como um todo”.

Marcelo Träsel, presidente da entidade, declarou que “o presidente Jair Bolsonaro abandonou as normas de interação entre o Planalto e os jornalistas válidas em Brasília desde o fim da ditadura militar, as quais garantiam um mínimo de civilidade e respeito entre as partes, mesmo nos períodos mais tensos. Infelizmente, muitos de seus ministros e apoiadores políticos vêm seguindo o exemplo e passaram a buscar a intimidação da imprensa. (…) É um comportamento inaceitável para qualquer mandatário ou servidor público, mas principalmente para o presidente da República”.

O encontro com a inovação

Eduardo Vieira

Por Ceila Santos

A imagem que lhe convido é do abismo. Como te toca esta palavra? Você se imagina no escuro, em queda, pulando, em vórtice, no túnel ou no fundo? Pra quem se identificou com fundo, você se imagina deitado, em posição de cócoras, levantando-se ou em pé, firme, com seu cajado na mão?

Pode ser que o imaginário cultural te leve justamente para o oposto da origem da palavra. Ou seja, um significado contrário do que ela representa. De origem latina, o significado da palavra abismo é lugar sem fundo, do latim byssos, de fundo, com o A que é sem: abyssos.

Atingir o fundo de um lugar sem fundo. É o risco que se corre quando levamos nossa atenção para dentro de nós. Podemos entrar em contato com as distorções feitas pelo mau uso das palavras e transformar tais ilusões em verdade e, assim, criar fundo para o abismo.

Andar firme e forte no fundo de um lugar sem fundo. E, detalhe, haverá todos os recursos para mantê-lo neste caminho: o fundo com milhares de opções sombrias, companhias pra te confirmar que o abismo é isso mesmo, com fundo, que merece cajado e firmeza. Ilusão?

É fato a existência das invenções, possibilidades e realidades que atravessaram os significados das origens das palavras e construíram significados opostos que internalizamos como verdade. Talvez, por isso, tantas palavras têm sido ditas com prefixo re: ressignificar, reconhecer, repensar, reinventar… Pra dar conta da complexidade que se tornou o mundo interno de cada um de nós, parece que as palavras nos convidam sempre a dar uma ré pra verificar se o significado é o da origem ou da travessia que virou o oposto.

Complexa contradição

Fica mais difícil de andar junto, de convidar muita gente pra dar o próximo passo, mas pra quem tem interesse em inovar e sustenta a leitura reflexiva pra saber o que a imagem do abismo tem a ver com a inspiração que Eduardo Vieira trouxe para meu caminho solitário vale lembrar que o lugar sem fundo é sinônimo de caos, puro movimento e eterna criação.

O que aprendi ao ouvir a história do Eduardo é que o caminho da inovação é ver o novo de frente e sustentar essa visão ciente que ela faz parte do futuro, com mil e uma possibilidades do novo. Está ali, pulsando, vivo, cheio de potência, mas ainda não tem forma. Vai sendo revelada, aos poucos. Isso não significa que tem o direito de ficar parada. Esperar acontecer não é estar a caminho da inovação. Ficar cavoucando o descoberto pra compreendê-lo, antes da forma, também não é recomendável. Há uma ação sutil que já foi dita: olhar o novo de frente.

Aprendi com as percepções que a história do Eduardo moveu em mim que inovar é ficar atento a esses dois movimentos, sem pressa e sem pressão. Atento ao cultivo do dia e às entregas prometidas, de olho na força que o futuro emerge e no tempo que esse futuro lhe acompanha. São detalhes que vão contribuindo para a sua percepção.

Subjetivo demais?

Eu não conheci os dez anos de quem foi o Edu antes de ele tornar-se a voz da inovação nos meus ouvidos. Enquanto a Ideal nascia no mundo da comunicação, eu mergulhava no futuro que me afastou do mercado corporativo e mudou radicalmente a energia do leva e traz que ainda se mantém como resquício das trocas que fazemos como comunicadores. A única lembrança que nutria do Eduardo era do jornalista de TI que esteve sentado ao meu lado, no Prêmio Imprensa Embratel.

Meu encontro com um dos CEOs da H+K Strategies não tinha a intenção de encontrar a inovação, sentir os efeitos de um insight cognitivo e partilhar a experiência através da imagem do abismo contigo. Quando falei com Eduardo ainda vivia a incógnita do meu caminho, seguia a forma de ouvir os relatos biográficos, agora, dos donos das agências e tinha a dica de Liliana Morales, minha amiga da faculdade, de que ele era o cara que pensava diferente.

Quando desliguei o Zoom, no mês de julho, que durou 90 minutos, o lide era o sonho de ser dono do próprio nariz. Em agosto, veio a frase: Ele começou revelando o sonho de ser dono do próprio nariz e terminou trazendo a percepção mercadológica, que ainda lhe tira o sono: provar os valores do campo comunicacional para o mundo. Edu fala o tempo todo de Reputação e Valores.

Ouvi-lo me fez sentir grande. Como se o olhar dele pudesse valorizar as paixões que sinto dentro de mim. Como se amar histórias e acreditar nelas pudesse, de fato, um dia ser verdadeiro. Sem distorções de realidades, caminhos ilusórios ou travessias de significados opostos. Como se houvesse um lugar pronto para valorizar o sentido e os significados das origens das palavras, ciente das invenções feitas que criaram o contrário da essência etimológica.

Imaginar esse mundo que Edu inspirou em mim com os valores da comunicação me fez acreditar que há espaço para líderes aprenderem as técnicas de diálogo consigo e com o mundo, pra aprender a ver o novo a partir dessa escuta profunda que requer ficar atento ao cultivo do dia que o futuro pede agora.

Eduardo Vieira

Eduardo Vieira
Hill + Knowlton Strategies

Linha do Tempo dos Papéis
1996 a 2000 – Universitário
Instituição: ECA/USP

1997 a 2007 – Jornalista  
Veículos: Gazeta Mercantil, Info, Exame e Época

2007-2015 – Empresário
Agências: Ideal e ConceptPR

2015 – 2020 – Sócio do WPP e Chairman do Grupo Ideal

Agências: H+K Strategies América Latina, Ideal H+K Strategies, Hill+Knowlton Brasil e Ogilvy PR & Influência

Gazeta Mercantil, Info, Exame e Época. Apesar da força e da credibilidade que cada marca dessas representa na história do jornalismo, nenhuma delas abrange o que a Ideal traz para história de Eduardo Vieira – que se torna referência nacional ao concretizar seu sonho de ser dono do próprio nariz.

É tão impactante a fundação da agência com Ricardo Cesar que não dá pra seguir o roteiro padrão do jornalista que virou empresário. Existe um depois de 2007 na vida de Eduardo que sintetiza a liderança da inovação na América Latina e nasce com uma palavra difícil de encontrar nas biografias: cocriação.

Nasce a Ideal, do Eduardo e do Ricardo, que vira uma potência mundial. É complexo compreender os significados de dois brasileiros fazerem parte do board mundial da Hill + Knowlton Strategies e sócios do WPP, a maior holding de comunicação do mundo.

Mais fácil lembrar que tudo começou pelo Google, que precisava suprir a necessidade de integrar o que, na época, era separado no Brasil: assessoria de imprensa X publicidade. Tudo indica que foi o livro-reportagem “Os Bastidores da Internet no Brasil”, escrito por Eduardo, que motivou o gigante da internet a convidá-lo para um Ciclo de Palestras, que daria início à concorrência que mudou a vida da dupla.

De editores da grande imprensa, eles viraram uma startup de PR Digital. Antes disso, Edu viveu dez anos como jornalista e, hoje, é um dos poucos líderes que compartilha suas reflexões no LinkedIn, comenta nas redes sociais e ainda indica cursos gratuitos para comunicadores. Colaborativo? Sem dúvida!

+Admirados da Economia: primeiro turno encerra-se nesta sexta-feira (23/10)

Vai até a meia noite desta sexta-feira (23/10) a votação do primeiro turno do Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, que indicará os candidatos aos TOP 50 profissionais e aos TOP 3 veículos de comunicação, nos segmentos Jornal, Revista, Agência, Site/Blog, Programa de TV/Vídeo, Programa de Rádio/Áudio. A votação é aberta e quem dela participar poderá indicar até cinco nomes em cada uma das categorias do certame.

Os finalistas serão conhecidos na próxima edição deste J&Cia e o segundo turno será realizado de 31/10 a 9/11, com cerimônia de premiação em 30/11, das 11h às 14h, pelo canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. Fátima Turci e Rosenildo Ferreira dividirão a apresentação do evento, que conta com o patrocínio de BTG Pactual, Gerdau, Captalys, Telefônica | Vivo, Samsung, apoio do GPA e da Imagem Corporativa e apoio Institucional do Ibri.

Clique aqui para votar.

Controle do discurso de ódio na pauta das mídias sociais e da imprensa

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O atentado a um professor na França colocou novamente em pauta a questão para a qual ninguém parece ter resposta: como limitar discursos de ódio e fake news nas redes sociais e na imprensa sem comprometer a liberdade de expressão?

O destino das redes parece traçado. Países como o Reino Unido, Austrália e a própria França caminham para regulá-las. Designar alguém, um órgão para fiscalizar, porém, é o menor dos problemas. Complexo é estabelecer critérios e evitar efeitos colaterais.

No relatório Liberdade na Rede 2020, a organização Freedom House alerta:

“Atores estatais e não estatais em muitos países estão agora explorando as oportunidades criadas pela pandemia para moldar narrativas online, censurar o discurso crítico e construir sistemas tecnológicos de controle social”.

O caso mais recente é da Turquia, onde em 1º de outubro entrou em vigor uma lei destinada a controlar informação compartilhada pelas mídias sociais, vistas como ameaça pelo governo. Na Bielorrússia a população engajou-se para contestar o resultado das eleições, supostamente fraudadas, por meio de um canal no Telegram, mostrando que em países sem liberdade de imprensa as redes exercem papel vital.

Por outro lado, o perigo das teorias conspiratórias para a saúde pública, problema agravado na pandemia, exige ação para proteger vidas. As redes viraram terreno fértil para movimentos como o QAnon, que se aproximou de grupos antivacina e de gente inconformada com medidas de distanciamento social.

Um problema que também é da imprensa

A cobrança de ação contra o discurso de ódio bate também às portas da imprensa. Em abril o órgão de controle britânico Ofcom tinha tomado medidas contra duas emissoras de TV por entrevistas com o conspiracionista David Icke, por entender que as teses dele não foram confrontadas.

Caso semelhante acontece agora no país, desta vez com o jornalista conservador Darren Grimes, dono de um canal no YouTube. Em uma entrevista a Grimes em setembro, o escritor David Starkley ofendeu negros. A Scotland Yard abriu investigação contra o jornalista por incitar o ódio racial ao transmitir a entrevista.

Houve reação de políticos e jornalistas contra o que foi entendido como atentado à liberdade de expressão e o caso pode acabar suspenso. Difícil saber se a polícia abriria inquérito se fosse uma TV e não um canal no Youtube, e se Grimes não fosse uma figura controvertida.

De qualquer forma, o episódio expõe a encruzilhada em que se veem os veículos de comunicação. Em tempos de nervos à flor da pele, precisam equilibrar-se entre dar voz a todas as correntes e impor limites (quais? com base em quê?) ao que pode ser interpretado como discurso de ódio por parte de entrevistados. Muitas vezes ao vivo.

Foi o que aconteceu na Nova Zelândia. No último sábado (18/10), Tova O’Brien, editora de política do Newshub, ganhou o mundo ao impedir que o entrevistado − um candidato derrotado nas eleições − continuasse falando inverdades sobre o coronavírus, comparando-o com a gripe comum.

“Não quero ouvir esse lixo”, interrompeu ela. E finalizou dizendo que ele nunca mais seria convidado. O post teve mais de dez milhões de  compartilhamentos, aparentemente sem reclamações sobre censura.

Tova O’Brien: “Não quero mais ouvir esse lixo”

Mas com tanta coisa de pernas para o ar, em pelo menos um caso a repreensão à imprensa veio de onde menos se espera: de uma rede social.

O Twitter bloqueu há duas semanas o compartilhamento de uma matéria do New York Post sobre Joe Biden, sob a alegação de que a denúncia de envolvimento com a Ucrânia era proveniente de hackeamento (extraída do disco rígido de um computador esquecido pelo filho do candidato à Presidência em uma oficina). 

Após uma semana a plataforma voltou atrás e liberou o compartihamento, embora sinalizando o post

Porém, deixou no ar outra discussão: os fins justificam os meios no caso de apuração de fatos de interesse público? Mais uma conversa que não começou hoje e que não deve ter data para acabar.

123 Segundos: BandNews e Spotify, em parceria, têm nova atração

Desde 19/10, a rádio BandNews veicula 123 Segundos, um podcast original do Spotify. O título refere-se à valorização de cada segundo do tempo dos ouvintes – o podcast é rápido, direto e preciso na informação. Apresentado por Helen Braun e Sandro Badaró, de segunda a sexta-feira, com edições às 6h, 12h e 18h, a pauta tem comentários sobre política, economia, justiça, cultura e esportes por todo o País.

A parceria busca “unir a praticidade do Spotify com a velocidade e a credibilidade da informação da BandNews FM, oferecendo um podcast com informação mais rápida que uma música, mais direta que a capa de um jornal, mais leve do que um noticiário padrão e com mais credibilidade do que qualquer rede social”. Os produtores lembram que todos os podcasts são gratuitos no Spotify, é só fazer um cadastro de usuário free.

Abraji detecta que mais de 400 candidatos às eleições municipais pediram retirada de conteúdo

O projeto Ctrl-X, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), detectou que 458 candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador apresentaram ao menos um processo para a retirada de conteúdo da internet.

Desde que foi ao ar, em 2014, o Ctrl-X busca contabilizar as ações judiciais promovidas por políticos. O projeto detectou crescimento no número de processos que buscam retirar conteúdo jornalístico em circulação. Somadas todas as ações, a pesquisa levantou 732 litígios judiciais – mais de 200 processos foram movidos contra veículos jornalísticos. Nas eleições de 2018, foram 500 ações.

Os candidatos que mais apresentaram pedidos de retirada de conteúdo foram Amazonino Mendes (Podemos-AM), com 27 ações, Benedito Lira (PP-AL), com 16, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), com 14, Guerino Zanon (MDB-ES), com 13, e Orlando Morando Júnior (PSDB-SP), com 12.

Confira o levantamento do Ctrl-X na íntegra.

ABI denuncia uso político da TV Brasil em jogo da seleção brasileira

Paulo Jeronimo, o Pagê, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), encaminhou uma representação ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro denunciando o uso indevido da TV Brasil em comentários favoráveis ao governo Bolsonaro.

Segundo Pagê, durante o jogo entre Brasil x Peru, em 13/10, válido pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, os profissionais que participaram da transmissão fizeram diversos comentários bajuladores ao presidente Jair Bolsonaro, ao secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, e ao presidente da CBF, Rogério Caboclo. Além disso, no intervalo da partida, a emissora exibiu matérias favoráveis ao governo.

Em nota, a ABI destaca que “a lei federal nº 11.652/2008, em seu parágrafo 1º do artigo 3º é bem clara: não é permitida propaganda na programação da emissora”.

SIP cria campanha para homenagear jornalistas assassinados

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criou a campanha Lápices Inmortales (Lápis imortais, em espanhol), que visa a homenagear jornalistas assassinados e aumentar a conscientização sobre a impunidade a muitos crimes contra a categoria.

O lançamento oficial da campanha será nesta quarta-feira (21/10). A SIP convoca veículos e profissionais de imprensa a compartilharem e publicarem o conteúdo do projeto e sobre temas relacionados.

Grupo espalhava fake news no Rio de Janeiro no século 19

Reportagem da Deutsche Welle reproduzida pelo Poder360 mostra que, no Rio de Janeiro, de 1830 a 1860, um grupo decidiu propagar informações falsas sobre políticos. O objetivo era atacar deputados “mentirosos” com mentiras sobre eles.

O grupo chamava-se Sociedade Petalógica do Rossio Grande, que posteriormente congregou nomes como os dos escritores Machado de Assis e Joaquim Manuel de Macedo, o jornalista e político Quintino Bocaiúva e o magistrado e político Eusébio de Queirós.

Os membros do grupo reuniam-se na Praça da Constituição, hoje Praça Tiradentes, e publicavam as fake news no periódico A Marmota Fluminense. As notas publicadas por eles eram replicadas em outros jornais, como Diário do Rio de Janeiro e Correio Mercantil.

Segundo a historiadora Cristiane Garcia Teixeira, apenas os mais atentos percebiam que as notas eram falsas. E o propósito era este mesmo: mostrar que alguma coisa estava errada. Um texto publicado em 1853, por exemplo, afirmava que as praias estavam em perfeitas condições e que “as famílias podem voltar a frequentar esses ambientes cuja administração é digna de elogios“. Mas, na realidade, naquela época, os espaços públicos vinham recebendo críticas e não apresentavam boas condições.

Cristiane destaca que essa produção de inverdades tinha cunho político. “Eram críticas geralmente endereçadas. Os maiores alvos eram os vereadores e os deputados. Mas eles também falavam da conservação dos passeios públicos, da Igreja e faziam outras críticas sociais“. O grupo esteve ativo por cerca de 30 anos.

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