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+Admirados da Economia: primeiro turno encerra-se nesta sexta-feira (23/10)

Vai até a meia noite desta sexta-feira (23/10) a votação do primeiro turno do Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, que indicará os candidatos aos TOP 50 profissionais e aos TOP 3 veículos de comunicação, nos segmentos Jornal, Revista, Agência, Site/Blog, Programa de TV/Vídeo, Programa de Rádio/Áudio. A votação é aberta e quem dela participar poderá indicar até cinco nomes em cada uma das categorias do certame.

Os finalistas serão conhecidos na próxima edição deste J&Cia e o segundo turno será realizado de 31/10 a 9/11, com cerimônia de premiação em 30/11, das 11h às 14h, pelo canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. Fátima Turci e Rosenildo Ferreira dividirão a apresentação do evento, que conta com o patrocínio de BTG Pactual, Gerdau, Captalys, Telefônica | Vivo, Samsung, apoio do GPA e da Imagem Corporativa e apoio Institucional do Ibri.

Clique aqui para votar.

Controle do discurso de ódio na pauta das mídias sociais e da imprensa

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O atentado a um professor na França colocou novamente em pauta a questão para a qual ninguém parece ter resposta: como limitar discursos de ódio e fake news nas redes sociais e na imprensa sem comprometer a liberdade de expressão?

O destino das redes parece traçado. Países como o Reino Unido, Austrália e a própria França caminham para regulá-las. Designar alguém, um órgão para fiscalizar, porém, é o menor dos problemas. Complexo é estabelecer critérios e evitar efeitos colaterais.

No relatório Liberdade na Rede 2020, a organização Freedom House alerta:

“Atores estatais e não estatais em muitos países estão agora explorando as oportunidades criadas pela pandemia para moldar narrativas online, censurar o discurso crítico e construir sistemas tecnológicos de controle social”.

O caso mais recente é da Turquia, onde em 1º de outubro entrou em vigor uma lei destinada a controlar informação compartilhada pelas mídias sociais, vistas como ameaça pelo governo. Na Bielorrússia a população engajou-se para contestar o resultado das eleições, supostamente fraudadas, por meio de um canal no Telegram, mostrando que em países sem liberdade de imprensa as redes exercem papel vital.

Por outro lado, o perigo das teorias conspiratórias para a saúde pública, problema agravado na pandemia, exige ação para proteger vidas. As redes viraram terreno fértil para movimentos como o QAnon, que se aproximou de grupos antivacina e de gente inconformada com medidas de distanciamento social.

Um problema que também é da imprensa

A cobrança de ação contra o discurso de ódio bate também às portas da imprensa. Em abril o órgão de controle britânico Ofcom tinha tomado medidas contra duas emissoras de TV por entrevistas com o conspiracionista David Icke, por entender que as teses dele não foram confrontadas.

Caso semelhante acontece agora no país, desta vez com o jornalista conservador Darren Grimes, dono de um canal no YouTube. Em uma entrevista a Grimes em setembro, o escritor David Starkley ofendeu negros. A Scotland Yard abriu investigação contra o jornalista por incitar o ódio racial ao transmitir a entrevista.

Houve reação de políticos e jornalistas contra o que foi entendido como atentado à liberdade de expressão e o caso pode acabar suspenso. Difícil saber se a polícia abriria inquérito se fosse uma TV e não um canal no Youtube, e se Grimes não fosse uma figura controvertida.

De qualquer forma, o episódio expõe a encruzilhada em que se veem os veículos de comunicação. Em tempos de nervos à flor da pele, precisam equilibrar-se entre dar voz a todas as correntes e impor limites (quais? com base em quê?) ao que pode ser interpretado como discurso de ódio por parte de entrevistados. Muitas vezes ao vivo.

Foi o que aconteceu na Nova Zelândia. No último sábado (18/10), Tova O’Brien, editora de política do Newshub, ganhou o mundo ao impedir que o entrevistado − um candidato derrotado nas eleições − continuasse falando inverdades sobre o coronavírus, comparando-o com a gripe comum.

“Não quero ouvir esse lixo”, interrompeu ela. E finalizou dizendo que ele nunca mais seria convidado. O post teve mais de dez milhões de  compartilhamentos, aparentemente sem reclamações sobre censura.

Tova O’Brien: “Não quero mais ouvir esse lixo”

Mas com tanta coisa de pernas para o ar, em pelo menos um caso a repreensão à imprensa veio de onde menos se espera: de uma rede social.

O Twitter bloqueu há duas semanas o compartilhamento de uma matéria do New York Post sobre Joe Biden, sob a alegação de que a denúncia de envolvimento com a Ucrânia era proveniente de hackeamento (extraída do disco rígido de um computador esquecido pelo filho do candidato à Presidência em uma oficina). 

Após uma semana a plataforma voltou atrás e liberou o compartihamento, embora sinalizando o post

Porém, deixou no ar outra discussão: os fins justificam os meios no caso de apuração de fatos de interesse público? Mais uma conversa que não começou hoje e que não deve ter data para acabar.

123 Segundos: BandNews e Spotify, em parceria, têm nova atração

Desde 19/10, a rádio BandNews veicula 123 Segundos, um podcast original do Spotify. O título refere-se à valorização de cada segundo do tempo dos ouvintes – o podcast é rápido, direto e preciso na informação. Apresentado por Helen Braun e Sandro Badaró, de segunda a sexta-feira, com edições às 6h, 12h e 18h, a pauta tem comentários sobre política, economia, justiça, cultura e esportes por todo o País.

A parceria busca “unir a praticidade do Spotify com a velocidade e a credibilidade da informação da BandNews FM, oferecendo um podcast com informação mais rápida que uma música, mais direta que a capa de um jornal, mais leve do que um noticiário padrão e com mais credibilidade do que qualquer rede social”. Os produtores lembram que todos os podcasts são gratuitos no Spotify, é só fazer um cadastro de usuário free.

Abraji detecta que mais de 400 candidatos às eleições municipais pediram retirada de conteúdo

O projeto Ctrl-X, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), detectou que 458 candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador apresentaram ao menos um processo para a retirada de conteúdo da internet.

Desde que foi ao ar, em 2014, o Ctrl-X busca contabilizar as ações judiciais promovidas por políticos. O projeto detectou crescimento no número de processos que buscam retirar conteúdo jornalístico em circulação. Somadas todas as ações, a pesquisa levantou 732 litígios judiciais – mais de 200 processos foram movidos contra veículos jornalísticos. Nas eleições de 2018, foram 500 ações.

Os candidatos que mais apresentaram pedidos de retirada de conteúdo foram Amazonino Mendes (Podemos-AM), com 27 ações, Benedito Lira (PP-AL), com 16, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), com 14, Guerino Zanon (MDB-ES), com 13, e Orlando Morando Júnior (PSDB-SP), com 12.

Confira o levantamento do Ctrl-X na íntegra.

ABI denuncia uso político da TV Brasil em jogo da seleção brasileira

Paulo Jeronimo, o Pagê, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), encaminhou uma representação ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro denunciando o uso indevido da TV Brasil em comentários favoráveis ao governo Bolsonaro.

Segundo Pagê, durante o jogo entre Brasil x Peru, em 13/10, válido pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, os profissionais que participaram da transmissão fizeram diversos comentários bajuladores ao presidente Jair Bolsonaro, ao secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, e ao presidente da CBF, Rogério Caboclo. Além disso, no intervalo da partida, a emissora exibiu matérias favoráveis ao governo.

Em nota, a ABI destaca que “a lei federal nº 11.652/2008, em seu parágrafo 1º do artigo 3º é bem clara: não é permitida propaganda na programação da emissora”.

SIP cria campanha para homenagear jornalistas assassinados

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criou a campanha Lápices Inmortales (Lápis imortais, em espanhol), que visa a homenagear jornalistas assassinados e aumentar a conscientização sobre a impunidade a muitos crimes contra a categoria.

O lançamento oficial da campanha será nesta quarta-feira (21/10). A SIP convoca veículos e profissionais de imprensa a compartilharem e publicarem o conteúdo do projeto e sobre temas relacionados.

Grupo espalhava fake news no Rio de Janeiro no século 19

Reportagem da Deutsche Welle reproduzida pelo Poder360 mostra que, no Rio de Janeiro, de 1830 a 1860, um grupo decidiu propagar informações falsas sobre políticos. O objetivo era atacar deputados “mentirosos” com mentiras sobre eles.

O grupo chamava-se Sociedade Petalógica do Rossio Grande, que posteriormente congregou nomes como os dos escritores Machado de Assis e Joaquim Manuel de Macedo, o jornalista e político Quintino Bocaiúva e o magistrado e político Eusébio de Queirós.

Os membros do grupo reuniam-se na Praça da Constituição, hoje Praça Tiradentes, e publicavam as fake news no periódico A Marmota Fluminense. As notas publicadas por eles eram replicadas em outros jornais, como Diário do Rio de Janeiro e Correio Mercantil.

Segundo a historiadora Cristiane Garcia Teixeira, apenas os mais atentos percebiam que as notas eram falsas. E o propósito era este mesmo: mostrar que alguma coisa estava errada. Um texto publicado em 1853, por exemplo, afirmava que as praias estavam em perfeitas condições e que “as famílias podem voltar a frequentar esses ambientes cuja administração é digna de elogios“. Mas, na realidade, naquela época, os espaços públicos vinham recebendo críticas e não apresentavam boas condições.

Cristiane destaca que essa produção de inverdades tinha cunho político. “Eram críticas geralmente endereçadas. Os maiores alvos eram os vereadores e os deputados. Mas eles também falavam da conservação dos passeios públicos, da Igreja e faziam outras críticas sociais“. O grupo esteve ativo por cerca de 30 anos.

Unesco faz consulta online para combater desinformação

A Unesco e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançaram a consulta Formando um caminho para um ecossistema de informação melhor − respostas eficazes de governança, mídia, internet e construção da paz à desinformação, que tem o objetivo de reunir informações, experiências, evidências e perspectivas sobre os impactos da desinformação.

A iniciativa convoca a participarem pesquisadores, agências da ONU, grupos da sociedade civil, formuladores de políticas, profissionais da mídia, construtores da paz, checadores, especialistas e ativistas em tecnologia digital. Quem responder à consulta poderá compartilhar experiências pelas três salas virtuais do projeto disponíveis na plataforma Sparkblue.

A consulta está disponível até esta sexta-feira (23/10). Os dados obtidos servirão de base para a criação de recursos contra fake news e desinformação. 

Live marca lançamento de livro de José Maria Aquino

O Museu do Futebol realiza nesta terça-feira (20/10) uma live sobre o lançamento virtual do livro Minha vida de repórter, de José Maria Aquino. A transmissão será às 19h30, nos canais do Museu do Futebol no YouTube e no Facebook.

Com mediação de Nelson Nunes, participam da live o próprio José Maria, além de Erick Castelheiro e Luis Augusto Menon. Não perca!

Brasil sofre a maior queda do mundo em liberdade de expressão, diz estudo

Uma pesquisa do Artigo 19 sobre ameaças à liberdade de expressão detectou que o Brasil sofreu a maior queda no mundo na avaliação da liberdade de expressão e passa a ser qualificado dentro do grupo de países onde existe “restrição” para esse direito.

Os resultados do estudo indicam ainda que, hoje, cerca de 3,9 bilhões de pessoas no mundo inteiro vivem sob crise de liberdade de expressão. Em outras palavras, mais da metade da população mundial vive em um país com o indicador de liberdade de expressão em crise. É o pior resultado em 20 anos.

O Brasil caiu 43 pontos no ranking e ocupa hoje a 94ª posição, entre 161 países avaliados. Em 2009, o País obteve 89 pontos em uma escala de zero a 100, e foi considerado “aberto” em termos de liberdade de expressão. Agora, em 2020, o Brasil obteve 46 pontos e foi classificado como um país com restrições à liberdade de expressão.

De acordo com o levantamento, a deterioração do direito no País foi acelerada com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder. Segundo o estudo, o Brasil perdeu 18 pontos em apenas um ano e hoje está praticamente empatado com as Filipinas. Para efeito de comparação, na América Latina, apenas a Venezuela apresenta um índice pior. 

Leia a reportagem de Jamil Chade (UOL) sobre o assunto.

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