Beatriz Gunther, do Canal Rural, é a +Admirada Jornalista da Imprensa do Agronegócio
Foram conhecidos na tarde desta terça-feira (5/7) os jornalistas e publicações +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2022. Neste seu segundo ano, a eleição promovida por Jornalistas&Cia reconheceu Beatriz Gunther, editora-chefe do programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, como a +Admirada Jornalista da Imprensa do Agronegócio 2022.
“Estou sem palavras, só quero agradecer a todos que votaram em mim, ao Canal Rural, onde estou hoje, mas também a Andréia Fogaça, que me acompanhou por mais de cinco anos no Terra Viva. Foi uma surpresa muito grande, em meio a tanta gente importante que está na frente das câmeras e que eu admiro, estou muito honrada e agradecida”, declarou Beatriz durante a cerimônia.
Diante do maior controle da crise sanitária da Covid-19, a premiação foi realizada em evento presencial, que reuniu quase 100 convidados no restaurante Figueira Rubayat, em São Paulo, entre eles a quase totalidade dos profissionais contemplados e representantes das publicações homenageadas.
“No ano passado, ainda com a pandemia em alta e a vacinação em curso, optamos por uma cerimônia virtual para reconhecer o trabalho de todos os homenageados”, lembra Vinicius Ribeiro, diretor de Projetos Especiais da Jornalistas Editora e coordenador da eleição. “Apesar do sucesso do formato virtual, que contou com grande audiência durante toda a transmissão, um reconhecimento desse porte merecia uma cerimônia presencial à altura. Estamos felizes pela alta adesão a esta edição e pela oportunidade de realizar um evento com calor humano e muita emoção”.
”Para mim”, diz Eduardo Ribeiro, diretor de J&Cia e do Portal dos Jornalistas, idealizador da premiação, “foi ainda um evento digital, já que em razão de compromissos familiares no exterior, não pude estar presente no evento de premiação. Mas graças à tecnologia consegui acompanhar em detalhes toda a emoção e a alegria dos homenageados. O jornalismo do agronegócio é um dos mais importantes da imprensa brasileira. E essa premiação não deixa de ser um estímulo para que seja ainda melhor. E a festa reuniu os melhores, as feras do jornalismo do agronegócio”.
Foram conhecidos ainda, no evento de premiação, os TOP 5, ou seja, os cinco mais votados, entre os TOP 25 (este ano 26, em função de empate na apuração). Além da campeã Beatriz, subiram ao pódio, pela ordem, Andreia Fogaça, gerente de Jornalismo e apresentadora do Canal Terraviva; Cassiano Ribeiro, editor-chefe da revista Globo Rural e comentarista da rádio CBN; Aleksander Horta, chefe de Redação do site Notícias Agrícolas; e Alessandra Bergmann, fundadora do programa Campo e Batom e colunista de agronegócio do SBT-RS.
Já nas categorias destinadas aos veículos jornalísticos, os mais votados foram Agência Safras & Mercado (Agência de Notícias), Canal Rural (Site/Blog), Globo Rural/Editora Globo (Impresso Especializado), Globo Rural/TV Globo (Programa de TV Aberta), Hora H do Agro/Jovem Pan (Programa de Rádio), Mundo Agro (Podcast), Rural Notícias/Canal Rural (Programa de TV por Assinatura), Vale Agrícola (Canal Digital) e Valor Econômico (Impresso).
Vale registrar que o Prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2022 contou com os patrocínios de Cargill, Syngenta Proteção de Cultivos e Yara do Brasil; apoios da Croplife, Mosaic Fertilizantes e Portal dos Jornalistas; e apoios institucionais de Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Rede de Jornalistas do Agro (Agrojor).
A íntegra da cerimônia de premiação está disponível no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube.
Confira abaixo a relação completa dos jornalistas e publicações homenageados na eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2022:
JORNALISTAS
(TOP 25 em ordem alfabética)
- Aleksander Horta (Noticias Agrícolas)
- Alessandra Bergmann (SBT-RS)
- Alex Soares (Conexão Rural)
- Aline Leonhardt (Vale Agrícola)
- Aline Merladete (Agrolink)
- Andréia Fogaça (Terraviva)
- Angela Ruiz (Agroclima)
- Ariosto Mesquita (Revista DBO)
- Beatriz Gunther (Canal Rural)
- Carla Mendes (Noticias agrícolas)
- Cassiano Ribeiro (Globo Rural)
- Cristina Vieira (Globo Rural)
- Daiany Andrade (Terraviva)
- Denise Saueressig (A Granja)
- Fabiano Reis (Canal do Boi)
- Kellen Severo (Jovem Pan)
- Lilian Munhoz (Terraviva)
- Luiz Patroni (Canal Rural)
- Mauro Zafalon (Folhade S.Paulo)
- Rafael Walendorff (Valor Econômico)
- Renata Maron (Terraviva)
- Sara Kirchhof (Canal Rural)
- Sidnei Maschio (Terraviva)
- Virginia Alves (Notícias Agrícolas)
- Viviane Taguchi (Globo Rural)
- Wanessa Ferri (Urbana Caipira)
CATEGORIAS DE VEÍCULOS
Agência de Notícias
- Agência Brasil (EBC)
- Agência Estado/Broadcast Agro
- Agência Safras & Mercado
Canal Digital
- Canal Rural
- Notícias Agrícolas
- Vale Agrícola
Podcast
- Café em Prosa (Noticias Agrícolas)
- CBN Agro
- Mundo Agro
Programa de Rádio
- Agro Nosso de Cada Dia (BandNews)
- Campo e Lavoura (Rádio Gaúcha)
- Hora H do Agro (Jovem Pan)
Programa de TV Aberta
- Agro Nacional (TV Brasil)
- Globo Rural (Globo)
- Record News Rural (Record News)
Programa de TV por Assinatura
- Jornal Terraviva (Terraviva)
- Mercado & Cia (Canal Rural)
- Rural Notícias (Canal Rural)
Site/Blog
- Agroclima (ClimaTempo)
- Canal Rural
- Notícias Agrícolas – Daneil Olivi
Veículo Impresso
- Correio do Povo
- Valor Econômico
- Zero Hora
Veículo Impresso Especializado
- A Granja
- Dinheiro Rural
- Globo Rural
Leia também:
Milena Machado estreia programa sobre empreendedorismo

Em comemoração aos 85 anos de Grupo, a Band estrou nesta terça-feira (5/7) seu novo canal pago O Empreendedor. Nele, Milena Machado comanda o programa Você Quer Ser Um Empreendedor?, e entre os seus entrevistados estarão Sérgio Zimerman, dono da Petz, Chieko Aoki e Janguiê Diniz, fundador da Ser Educacional.
Milena, que deixou a Rede TV há cerca de um mês, terá seu programa exibido semanalmente, as quartas, a partir das 20h30.
Liminar veta trechos de reportagens de Globo e Record sobre Luva de Pedreiro
Uma liminar da Justiça vetou trechos de reportagens do Fantástico, da Globo, e do Domingo Espetacular, da Record, sobre a polêmica envolvendo o influenciador Iran Ferreira, o Luva de Pedreiro, e seu ex-empresário, Allan Jesus. A decisão impediu menções ao empresário, às queixas envolvendo seu nome e a detalhes contratuais. Ambas as emissoras levaram ao ar no domingo (3/7) reportagens com cortes.
Antes da exibição da matéria no Fantástico, a apresentadora Poliana Abritta leu uma nota sobre a decisão da juíza Maria Cristina de Brito Lima, do Rio de Janeiro: “O jornalismo apura com isenção todos os lados da notícia e produz conhecimento sobre os fatos. É direito da sociedade ter conhecimento de todos os fatos relevantes. A TV Globo entende que a liminar concedida viola a liberdade de imprensa e expressão, pilares da democracia e protegidas pela Constituição brasileira, por isso, vai recorrer da decisão”.
Na reportagem, a Globo citou nominalmente Allan, mas não fez nenhuma declaração sobre o ex-empresário ter prejudicado Iran. Pouco depois, Allan criticou em suas redes sociais o “descaso” da Globo, reiterando que seria vítima de fake news e que ele e sua família estão recebendo ameaças e mensagens de ódio.
A Record também se pronunciou sobre os cortes. Antes da exibição da reportagem, Roberto Cabrini explicou que, “em virtude de uma liminar conseguida na Justiça por esse mesmo empresário cujo nome não iremos mencionar, estamos impedidos de falar desse impasse e exibir entrevistas sobre o assunto, o que será feito quando não existirem mais entraves judiciais”.
O próprio Luva de Pedreiro comentou a liminar em suas redes sociais. Para ele, estão tentando silenciá-lo: “Estão tentando calar a minha boca, de falar a verdade. Quem sentiu foi eu, quem sofreu fui eu. Entraram com uma liminar aí, que não é para passar a entrevista falando sobre um assunto que todo mundo sabe, na Globo e na Record. Não vai passar mais não. Estão tentando me calar a boca. Quem ‘tá’ com medo é porque deve. Mas é assim, mesmo: estão tentando me calar. É embaçado, galera. Estou indignado”.
Segundo informações da Rádio Jornal, de Pernambuco, a Globo deve entrar nessa segunda-feira (4/7) com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para recorrer da decisão da juíza de primeira instância. Segundo a emissora, a juíza entendeu que a Globo não deveria exibir nenhuma “manifestação que fomente discurso de ódio contra o ex-empresário”.
A Globo argumenta que a liminar impede que a sociedade tenha acesso a informações relevantes e que a decisão “viola a liberdade de imprensa e de expressão, pilares da democracia e protegidas pela Constituição brasileira”. A Record também deve recorrer da decisão nos mesmos termos.
- Leia também: Preso policial acusado de matar jornalista em 1989
Preso policial acusado de matar jornalista em 1989

Foi preso em 28/6 o ex-policial Cezar Narciso, condenado pelo assassinato de Maria Nilce do Santos, jornalista, apresentadora e escritora morta a tiros na cidade de Vitória em 5 de julho de 1989. Foragido desde 2018, quando recebeu a sentença de 19 anos de prisão, Cezar foi capturado por policiais federais e guardas municipais de Vitória.
Maria Nilce dirigia o Jornal da Cidade, onde denunciava a presença do tráfico de drogas na região com o conluio de agentes de segurança. Ela chegou a avisar no jornal que revelaria os nomes dos policiais ligados ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
Conteúdo local da Rede Amazônica ganha mais tempo nas Supermanhãs da Globo

A Rede Amazônica ganha a partir desta segunda-feira (4/7) mais tempo de conteúdo local no Praça TV 1ª edição de todas as suas emissoras. O acréscimo faz parte do projeto Supermanhãs da TV Globo, que trouxe mudanças em sua programação matinal.
A Rede Amazônica passou a ter 15 minutos a mais nas exibições da primeira edição de Jornal do Amapá (JAP), Jornal de Rondônia (JRO) e Jornal de Roraima (JRR). A particularidade é o Acre, que exibe Bom Dia Brasil e Globo Esporte em tempo real, e será o único caso com aumento de exibição em programa diferente do Praça 1, ou seja, quem ganhará 15 minutos a mais será o Bom Dia Acre.
As mudanças da TV Globo incluíram também a ordem dos programas nacionais Encontro, que agora começa logo após o Bom Dia Brasil, sob comando de Patrícia Poeta, e Mais Você, na sequência, que segue com Ana Maria Braga.
Ajor: Como o jornalismo digital está se preparando para cobrir as eleições
Texto publicado originalmente em 01/7/2022 pela Ajor

Novos produtos, parcerias e mudanças editoriais: organizações associadas à Ajor contam como se organizam para a corrida eleitoral
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No dia 2 de outubro de 2022, os brasileiros voltam às urnas para escolher o novo presidente do país, além de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O trabalho da imprensa, entretanto, começa muito antes. A cobertura eleitoral movimenta significativamente as redações, que precisam adaptar suas estruturas de equipe, orçamento e projetos para conseguir suprir a demanda por conteúdos sobre o tema.
“O papel do jornalismo em ano eleitoral é ajudar o eleitor a escolher os melhores candidatos. Para isso, é necessário que haja uma correspondência entre o que está sendo disputado e o que a imprensa informa. Isso significa estudar a origem de cada candidato, sua formação e atuação, e trabalhar sempre pela transparência e independência das informações, da cobertura, dos enfoques e das críticas”, explica Eugênio Bucci, jornalista e professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP.
Para o especialista, o principal desafio do jornalismo em 2022 é informar com objetividade quais são os candidatos que defendem a democracia, e quais os candidatos que atuam para minar as instituições democráticas por dentro: “A democracia está em jogo, não só no Brasil mas em vários países. Isso exige da imprensa uma capacidade mais aprimorada de separar opinião de informação, sem deixar de mostrar que estão surgindo forças que são contrárias à democracia. Isso é um fato objetivo, não é questão de opinião. E isso precisa ser mostrado como tal para ajudar na formação da vontade livre de cada eleitor”, completa.
O prazo final para registro de candidaturas é 15 de agosto. No dia seguinte (16), começa a campanha oficial nas ruas e na internet.
O que está sendo feito nas redações?
O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) divulgou na última semana as organizações selecionadas pelo programa “Jogo Limpo”, iniciativa em parceria com o Youtube que vai apoiar o desenvolvimento de projetos que combatam a desinformação antes das eleições. Três projetos de iniciativas associadas à Ajor foram selecionados.
O Núcleo vai desenvolver um bot que monitora vídeos de YouTube para pesquisa colaborativa contra desinformação. O BotPonto vai varrer transcrições de vídeos do YouTube para encontrar palavras-chave duvidosas. A partir daí, irá publicar no Twitter o link com o ponto exato de um vídeo no qual esses termos são pronunciados, para que checadores, jornalistas e a sociedade em geral possam identificar potenciais fake news.
Já o Aos Fatos vai disponibilizar gratuitamente sua ferramenta de transcrição automática de áudios a outras redações, de modo a reduzir o tempo gasto pelos jornalistas para transcrever declarações de candidatos à presidência. Hoje, o Escriba é usado pelos checadores principalmente na transcrição de declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro, compiladas no contador de checagens. A organização também estreou sua cobertura das eleições com um novo método de selos de checagem de informação e um canal no Telegram.
A Agência Pública, por sua vez, vai investir na criação de conteúdo de vídeo sob medida via Canal Reload, com o objetivo de melhorar o conhecimento do público jovem sobre o processo eleitoral brasileiro. Um dos projetos vencedores do Google News Innovation Challenge em 2019, o Reload é uma iniciativa encabeçada pelas organizações ((o))eco, Agência Lupa, Agência Pública, Amazônia Real, Congresso em Foco, Énois, Marco Zero Conteúdo, Ponte Jornalismo, Projeto #Colabora e Repórter Brasil.
“Nosso objetivo principal é contribuir na formação dos jovens eleitores e no combate à desinformação, trazendo conteúdos mais formativos — como um guia sobre como funciona o processo democrático no Brasil — e também mais noticiosos, baseados nas reportagens e checagens das organizações que compõem o Reload”, explica Sofia Amaral, coordenadora da iniciativa.
Outras organizações associadas à Ajor também apostaram em novos produtos para as eleições de 2022.
A Carta Capital acaba de lançar o Manual das Eleições, uma newsletter semanal e gratuita que vai revelar bastidores e explicar os rumos e descaminhos da corrida eleitoral. Já o Portal Lunetas publicou o especial “Política e as Infâncias”, que traz conteúdos que relacionam diretamente eleições e os impactos às vivências e às perspectivas de futuro das crianças brasileiras.
Com o apoio do programa Acelerando a Transformação Digital, o Fauna News irá lançar um hotsite com informações sobre o que consta nos planos de governo dos principais candidatos sobre conservação da fauna silvestre. O Diário do Rio lançou uma série de entrevistas com pré-candidatos a deputados estaduais e federais. A série está disponível no canal do Youtube da organização. E o Alma Preta vai investigar a distribuição do fundo eleitoral para candidaturas de pessoas negras.
Há também iniciativas que investiram em mudanças na equipe e na reestruturação editorial para acompanhar de perto a corrida pelo governo.
O Click Curvelo está ampliando o número de colaboradores para atuar na cobertura, além de adaptar seu escopo editorial, que até então era limitado a notícias regionais.
Por meio do Diversidade nas Redações, e com a ajuda das dez redações das regiões Norte e Centro-Oeste que serão selecionadas no programa, a Énois vai criar um consórcio de veículos para a cobertura articulada das eleições.
Já a Marco Zero Conteúdo anunciou que esta será a sua maior cobertura, abordando as eleições de forma mais ampla, plural e analítica. Pela primeira vez, a iniciativa terá analistas fixas que produzirão artigos quinzenais para discutir temas de interesse público que não podem ficar de fora do debate político estadual e nacional. Além disso, o Arrumadinho, podcast de análise e opinião da Marco Zero, vai ter uma temporada exclusiva sobre eleições.
Brasil teve o terceiro maior declínio de liberdade de expressão em dez anos, diz levantamento
A ONG Artigo 19 divulgou o Relatório Global de Expressão (GxR, em inglês), levantamento anual sobre a situação da liberdade de expressão em 161 países. Segundo a pesquisa, de 2011 a 2021, o Brasil teve o terceiro maior declínio de liberdade de expressão no mundo, atrás apenas de Hong Kong e Afeganistão.
De 2011 até 2021, o Brasil perdeu 38 pontos no que se refere à liberdade de expressão, passando da média de 87 a 88 pontos, para apenas 50. Os resultados fizeram o País cair 58 posições no ranking global e chegar à 89ª posição entre as 161 nações analisadas. É a pior colocação desde o início da realização da pesquisa, em 2010.
De 2011 até 2015, o Brasil tinha a média de 87 a 88 pontos, números positivos em relação à liberdade de expressão, classificada como “aberta”. A partir daí, só caiu. Em 2016, passou de 87 para 75 pontos, e em 2017 e 2018, manteve-se com 68. De 2018 para 2019, ocorreu a maior queda, de 15 pontos, chegando a 53 (coincidência ou não, mesma época em que Jair Bolsonaro chegou ao poder). Nos dois anos seguintes, ficou com 51 e finalmente 50, em 2021, com a liberdade de expressão considerada “restrita”.
“Saímos de uma nação considerada aberta para restrita em pouquíssimo tempo”, afirmou Denise Dora, diretora-executiva da Artigo 19. “Esse dado é um dos mais chocantes de todo o mundo, não só pela queda em si, mas por ter ocorrido de maneira mais acentuada sob a liderança de um presidente que foi eleito, e que deveria prezar a democracia e a liberdade de expressão, o que não é o caso, como mostrado no Relatório. Na América Latina, estamos atrás apenas de Cuba, Nicarágua, Venezuela, Colômbia e El Salvador”.
O relatório analisou a situação da liberdade de imprensa dos países em 25 indicadores, que incluem a garantia de direitos de jornalistas, da sociedade civil e de cada indivíduo. Com base nas informações obtidas, a Artigo 19 elabora uma pontuação geral, que vai de zero a cem, sendo zero a categoria do país cuja liberdade de expressão é inexistente, e cem a total liberdade.
O levantamento também aborda o aumento da violência contra jornalistas e veículos de comunicação nos últimos anos e a possibilidade de agravamento da situação com as eleições de 2022. Leia o relatório na íntegra (em inglês).
Estudo mostra que a maior dificuldade dos jornalistas tem sido a desinformação

Um levantamento feito com mais de três mil jornalistas, realizado pela Cision, empresa de soluções de mídia e marketing, apontou que 32% dos entrevistados têm tido, nos últimos 12 meses, dificuldades em manter fontes confiáveis e combater acusações de fake news.
Para além dos 32% que consideram que o combate à desinformação é o desafio mais difícil, também ficou registado que a maioria dos entrevistados (57%) acreditam que os leitores afastam-se porque perderam a confiança na mídia. Isso representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao número de pessoas que disseram a mesma coisa no ano passado.
Para 16%, o principal problema é a falta de pessoal e recursos. O mesmo percentual aponta para a queda de receita e circulação, relata o Laboratorio de Periodismo da Cision.
O relatório também apontou como principais desafios as redes sociais e pessoas influentes contornando a mídia tradicional (14%), as fronteiras cinzentas entre conteúdo e publicidade (10%), ataques à liberdade de imprensa (8%) e outros (12%).








