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Prêmio Jatobá PR encerrará inscrições na próxima terça-feira (30/9)

Prêmio Jatobá PR 2024 bate recorde de inscrições e de participação

Encerra-se na próxima terça-feira, 30 de setembro, o prazo de inscrições para a edição 2025 do Prêmio Latino-Americano de Excelência e Inovação em PR – Troféu Jatobá PR, que chega à nona edição. A organização concede um prazo adicional de seis dias para o upload dos trabalhos, para facilitar a finalização e a apresentação dos trabalhos.

A atual edição contemplará 12 categorias para Grande Agência, 12 para Agência-Butique, 12 para Organização Empresarial ou Pública, 5 para Organização América Latina, 1 para a COP30 (aberta a todo o mercado), 5 Regionais (para Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), além de 9 prêmios especiais − 4 Cases do Ano, 4 Organizações do Ano e Contribuição à Comunicação Corporativa, que será concedido ao jornal Valor Econômico.

Além de ser a maior da história, com 56 troféus a serem distribuídos, a nova etapa do Jatobá traz uma outra novidade: elevará de quatro para cinco as notas de cada case, descartando a menor, decisão que tem por objetivo ampliar a competitividade da premiação e diminuir possíveis injustiças, no caso de nota muito abaixo da média.

O júri, diverso e integrado por 103 executivos de várias regiões do País, terá 19 dias para as avaliações, entre os dias 8 e 26 de outubro, com a apuração sendo realizada no período de 27 a 29 de outubro e a divulgação das shortlists em 30 de outubro.

O jantar de premiação está marcado para 1º de dezembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo, para cerca de 400 convidados.

As inscrições podem ser feitas no site do Jatobá (www.jatobapr.com.br). Outras informações com Clara Francisco, pelo e-mail [email protected].

Kimmel de volta, processo contra NYT rejeitado: gotas no oceano do novo macarthismo que avança nos EUA

Jimmy Kimmel (Crédito: Reprodução/ABC)

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O retorno do talk show de Jimmy Kimmel, na terça-feira (23), e a rejeição do processo bilionário movido por Donald Trump contra o New York Times, na semana passada, poderiam ser vistos como boas notícias para a liberdade de imprensa. Mas não são.

Quando se considera que são desdobramentos de tentativas de silenciar um jornal respeitado e um apresentador que criticou o presidente da República nos EUA − país historicamente associado à liberdade de imprensa e de expressão, onde poucos imaginavam que isso poderia acontecer −, o alívio se desfaz.

As pequenas vitórias são meras gotas d’água no oceano de ameaças, que vão de ataques verbais sistemáticos, comprometendo ainda mais a confiança do público no jornalismo, a demissões, punições ou represálias regulatórias contra empresas jornalísticas.

E as últimas podem ser mais eficientes para silenciar vozes críticas do que gritos e provocações − a cartilha seguida por Trump em seu primeiro mandato, quando tuitou duas vezes e meia por dia contra a imprensa. O armamento ficou mais pesado.

Essa rota é tão absurda que até Ted Cruz, referência conservadora, comparou as ameaças de usar a mão pesada da FCC (Federal Communications Comission) para amedrontar a mídia a práticas da máfia, como no filme Goodfellas.

Kimmel voltou ao ar, mas só após um manifesto gigante de estrelas de Hollywood, que deve ter assustado a Disney, dona da ABC. Ainda assim, grupos que retransmitem a rede se recusaram a exibir o programa, demonstrando ser apenas uma vitória parcial.

Jimmy Kimmel (Crédito: Reprodução/ABC)

Enquanto isso, o Pentágono passou a exigir que jornalistas credenciados assinem um termo que os impede de divulgar certas informações − mesmo que não sigilosas. Isso aconteceu na mesma cidade onde denúncias da imprensa derrubaram um presidente, no caso Watergate, e ninguém foi cancelado. Ao contrário, os que denunciaram más práticas viraram heróis nacionais.

Olhando pelas lentes da história, três acadêmicos das universidades de Quensland e Sunshine Coast fizeram um diagnóstico preocupante em um artigo para o portal The Conversation. Para eles, os EUA vivem um retorno do macarthismo, uma era marcada por perseguições, delações e cancelamentos. Mas agora é uma inquisição moderna, nas “praças digitais”, com alcance inimaginável na época do senador Joseph McCarthy. E resultados imprevisíveis.

Leia o artigo completo em MediaTalks.


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Agência Pública – “Alugando o inimigo”: como o Google pagou milhões à imprensa para evitar a regulação

Big Techs
Crédito: Agência Pública

Por Anton Nilsson, Crikey, Carly Penrose, The IJF, Krisna Adhi Pradipta, Tempo, Natalia Viana, Raymundus Rikang, da Agência Pública 

  • Texto originalmente publicado em 16 de setembro, no site da Agência Pública, como parte da série especial A Mão Invisível das Big Techs

Em 2022, Luiz* ficou entusiasmado ao saber que seu jornal local no Brasil seria contemplado com um contrato com uma das empresas mais poderosas do mundo. Assim como em outros países, muitos pequenos veículos de imprensa brasileiros mal conseguiam juntar recursos para sobreviver. A oferta de dinheiro de uma empresa como o Google parecia um milagre.

“Eu ficava pensando por que eles estavam me oferecendo isso. Falei, rapaz, é só isso mesmo?”, disse o editor. “Sabe, a esmola, quando é demais o santo desconfia.”

“Vou ser sincero, acabei não lendo tudo, não sei ler em inglês”, contou. “Equivale a 40% da nossa receita… Por mês. Todo dia primeiro cai. Todo dia primeiro. Que maravilha. É religioso”. Outras fontes de receita são anúncios, doações e editais públicos.

Luiz, cujo nome foi mudado por conta do risco de se compartilhar detalhes sobre os contratos confidenciais, é um dos pelo menos 450 editores na América Latina, e mais de 2.000 em todo o mundo, que assinaram esse tipo de acordo com o programa de licenciamento Google Destaques nos últimos cinco anos.

Por meio do Destaques, o Google se comprometeu a gastar um bilhão de dólares em jornalismo no mundo todo. Nesse processo, impulsionou dependência financeira e uma cultura de sigilo, coagiu veículos a abrirem mão de reivindicações de direitos autorais e possivelmente se blindou contra futuras ações legais pelo uso de notícias para treinar modelos de inteligência artificial. É o que revela a investigação colaborativa e transnacional A Mão Invisível das Big Techs, liderada pela Agência Pública e pelo Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP), em parceria com outros 15 veículos trabalhando em 13 países.

Em 2019, a União Europeia aprovou uma legislação sobre direitos autorais que mudou a forma como o mundo passaria a regular tecnologia e notícias digitais nos anos seguintes.

A legislação desencadeou uma reação em cadeia que o Google vem tentando conter desde então.

Depois da votação, o Google aprendeu uma lição: a indústria de notícias usaria “todo o seu poder de lobby para tirar dinheiro de nós”, disse Madhav Chinnappa, ex-executivo do Google News.

O Google Destaques foi uma tentativa da companhia “de nos proteger e ver como lidar com isso da forma mais pragmática possível”, afirmou.

Assim, com a promessa de investir US$ 1 bilhão em jornalismo ao redor do mundo, o programa foi lançado em 1º de outubro de 2020.

“Eu achava que o Google Destaques não resolveria os problemas para os quais foi criado. Achava que tornaria tudo pior”, disse Chinnappa.

Chinappa ajudou a fundar o Digital News Initiative (DNI), um programa dentro da empresa cujo objetivo professo era promover inovação na indústria de notícias europeia através de financiamento e projetos. Depois ele foi expandido globalmente, tornando-se o Google News Initiative, ou GNI.

Ao contrário do Google News Initiative, cujo apoio vinha na forma de investimentos ou treinamentos, o Destaques incluía um contrato de licenciamento — o que significava que a empresa passava a ter propriedade sobre uma parte do conteúdo produzido pelos veículos parceiros. O programa parece ter sido criado especificamente como uma forma do Google compensar veículos e, ao mesmo tempo, evitar regulações, como as estabelecidas pelo News Media Bargaining Code da Austrália e as leis de direitos autorais digitais da França.

No lançamento, 200 veículos já haviam assinado contratos com o Google Destaques em países como Austrália, Argentina e Brasil, onde a remuneração sobre o conteúdo jornalístico usado pelas Big Techs estava em debate.

Escritório do Google em São Paulo (Crédito: Reprodução/Google)

O programa incluía uma aba dedicada dentro da página do Google News, mas muitos editores disseram à investigação que ele não tem função real como produto, já que fica escondido e praticamente não gera tráfego para os sites.

O Google Destaques marcou uma mudança de postura em relação ao GNI, que buscava investir em inovação como uma maneira de lidar com pressões regulatórias, diz Ludovic Blecher, ex-chefe da divisão de inovação do GNI. “Para proteger seu negócio — e sua margem [de lucro] — em algum momento eu senti que a prioridade passou a ser mitigar os riscos regulatórios e manter o valor pago aos editores ‘econômico’. Assim, a discussão passou a ser sobre os atores maiores e mais influentes [da imprensa]. Eu chamo isso de alugar os seus inimigos”.

A imprensa, por sua vez, não conseguiu aproveitar a oportunidade, ele acrescenta. “Com uma postura mais unida, menos ego e um entendimento melhor de como o Google funciona, o ecossistema jornalístico poderia ter feito um trabalho melhor para defender e proteger o futuro do jornalismo, algo mais necessário do que nunca”, diz.

Uma pessoa executiva de uma associação brasileira de imprensa disse: “Os programas do Google para o jornalismo sempre foram uma estratégia de relações públicas.” Mas, quando a pressão regulatória aumentou, a estratégia de RP mudou. “O Destaques é o melhor exemplo. É uma estratégia que cria dependência financeira.”

Os valores de contratos do Destaques mostrados à equipe de reportagem variam de US$ 25 mil anuais até US$ 250 mil por ano para os maiores veículos. Os contratos não serão publicados a pedido das nossas fontes.

Um editor de um veículo pequeno disse que o Google Destaques representa 15% da sua receita e é a principal fonte exclusiva de renda da empresa. “Nossa, 15%, é super relevante né? É uma mão na roda”, afirmou.

O contrato do Destaques se tornou essencial para muitas publicações. Em países da América Latina, um estudo mostrou que veículos mais carentes de recursos passaram a depender cada vez mais do programa, embora diretores e fundadores digam que o financiamento é insuficiente e o programa não cumpre a promessa de gerar tráfego para seus sites.

“Eles falavam, olha, a audiência do Destaques é praticamente insignificante”, afirma Juliana Colussi, professora da Universidad Rey da España e uma das autoras do estudo. “O meio grande ainda tem a assinatura. Mas o meio pequeno… normalmente os meios locais não conseguem tanta assinatura. Então acaba gerando… A consequência acaba sendo uma dependência”.

Em outros casos, o valor é menor, mas faz diferença. Um executivo de mídia australiano disse que o dinheiro do contrato do Google Destaques representa uma fatia menor de seu orçamento anual, cerca de 5% ao ano. “Se perdêssemos [o valor] iria nos prejudicar – teríamos que buscar esse dinheiro em outro lugar e talvez tivéssemos que demitir alguns funcionários. Mas não é crucial para nosso negócio”, diz.

Anúncio do Google Destaques no Brasil (Crédito: Reprodução internet)

O sigilo como estratégia

Mas os acordos incluem mais do que financiamento – e a ameaça do seu fim. Os contratos do Destaques têm como objetivo manter o sigilo.

Os contratos mostrados à reportagem incluem cláusulas que proíbem tanto o Google quanto o veículo parceiro de fazer “qualquer declaração pública sobre este Acordo sem a aprovação prévia e por escrito da outra parte”. Embora ambas as partes possam revelar que o acordo existe, nenhuma delas pode compartilhar o valor ou os termos do contrato — mesmo após seu término.

“O Google Destaques, eu acho que ele é uma estratégia determinante”, afirma Carla Egydio, que faz lobby para a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) no Congresso nacional.

“Em um setor econômico que já sofre muito com a sua sustentabilidade financeira, é muito difícil que uma organização que vive desse dinheiro – e essa é a realidade de muitas organizações do nosso país – se coloque favorável a uma legislação sem saber se ela vai ganhar mais ou menos dinheiro”.

Muitos veículos contatados pelo projeto A Mão Invisível das Big Techs hesitaram em falar sobre os acordos, com medo de violar a cláusula de confidencialidade.

Nelson Yap, presidente da Public Interest Publishers Alliance (PIPA), coalizão de 24 veículos australianos, acredita que a exigência de acordos de confidencialidade é uma estratégia para impedir a colaboração entre os veículos:

“Isso impede que os veículos aprendam uns com os outros. Fica difícil colaborar quando você está preso a acordos de confidencialidade, de modo que só se pode falar de forma superficial. Eles sabem disso e adotam essa estratégia globalmente.”

O Congresso do Canadá propôs a Lei de Notícias Online (Online News Act) em 5 de abril de 2022. O Destaques havia sido lançado no país seis meses antes, em 27 de outubro de 2021.

Muitos debatedores que defenderam a lei durante o processo legislativo argumentaram que ela poderia trazer mais transparência ao processo de negociação, em vez de deixar o Google fazer acordos de maneira independente e privada de maneira pouco transparente.

Em teoria, legislar sobre os pagamentos entre plataformas e veículos poderia lançar luz sobre como os acordos são firmados e ajudar todos os veículos a negociar contratos melhores.

A expectativa era que, com a legislação, haveria mais transparência nos acordos para ajudar outros veículos jornalísticos a negociarem a partir de uma posição melhor.

Mas, depois que a lei foi aprovada no Canadá, em junho de 2023, obrigando Google e Meta a pagar pelo conteúdo jornalístico usado em suas plataformas, o Google encerrou os contratos do Destaques no país.

A decisão significou uma perda significativa para os 11 veículos que tinham contratos assinados, incluindo alguns dos maiores do país, como o Globe and Mail, o Winnipeg Free Press e o Village Media.

Investigação na Alemanha

Na Alemanha, Oliver Schmidt, da empresa de licenciamento de notícias Corint Media, afirmou que veículos tinham a preocupação de que os signatários do Destaques seriam favorecidos pelos algoritmos do Google.

Os termos dos contratos levaram o órgão regulador concorrencial, o Bundeskartellamt, a abrir um processo contra o Google em 2021, preocupado que a integração do Destaques aos resultados gerais de busca pudesse “eliminar” do mercado serviços semelhantes oferecidos por outros provedores.

O Google garantiu que “continuará sendo irrelevante para o ranqueamento dos resultados de busca se um veículo participa ou não do Destaques”, segundo disse o presidente do Bundeskartellamt, Andreas Mundt, quando o processo foi encerrado em 2022.

Em resposta ao processo, o Google também alterou algumas cláusulas nos contratos, garantindo que “os editores não enfrentariam dificuldades para reivindicar seus direitos autorais auxiliares gerais”, acrescentou Mundt. Ou seja: outros direitos autorais sobre o conteúdo jornalístico não seriam prejudicados pelo contrato de licenciamento do conteúdo para a aba do Google Destaques.

O Google foi obrigado a remover cláusulas que afirmavam que os veículos reconheciam que “o tráfego que o Google envia às propriedades online do veículo é remuneração suficiente pela indexação, exibição e outros usos semelhantes do conteúdo das publicações do veículo, em conexão com os serviços de referência automatizada do Google (como a busca e produtos e serviços similares)”.

Outras cláusulas diziam que o Google poderia rescindir o contrato se fosse aprovada uma lei que estabelecesse mecanismos de pagamento, ou se o veículo “participasse ou iniciasse uma ação legal ou reclamação relacionada ao uso de conteúdo jornalístico pelo Google ou suas afiliadas, ou buscasse outras formas de remuneração por direitos autorais nos tribunais”.

Embora essas cláusulas tenham sido retiradas na Alemanha, nossa investigação revelou que elas ainda estão sendo utilizadas em outros lugares. Na Indonésia e no Brasil, os contratos ainda contêm disposições consideradas abusivas pelo regulador de concorrência alemão.

“Nós consideramos essas cláusulas de rescisão fraudulentas”, afirma Oliver Schmidt, da Corint Media, que representa 40% da mídia na Alemanha. “Quando você é o Google, com cerca de 90% do mercado, você é um jogador dominante, e os veículos precisam depender da sua plataforma para conseguir cliques e tráfego. Acordos como o Google Destaques, que não permitem que os editores exerçam seus direitos e monetizem seus conteúdos, eram, para nós, prejudiciais”.

“Vimos que o Google Destaques é uma ferramenta para o Google dividir o mercado”, diz ele.

Novos contratos estão sendo negociados em outras partes do mundo. Na Indonésia, os acordos estão sendo firmados como parte da lei aprovada no país. Veículos da grande mídia haviam assinado contratos do tipo em 2021, três anos antes da legislação de direitos autorais da imprensa ser aprovada. O Google havia negociado que só daria uma parte da verba para os grandes players até estar satisfeito com a lei que estava sendo debatida. Um oficial do governo confirmou ao Tempo, um dos parceiros nesta investigação, que o programa ficou em banho-maria. Depois da aprovação, o Google ampliou o programa e passou a incluir também veículos pequenos.

O fim na Austrália

Executivos de mídia na Austrália dizem que não receberam “nenhum aviso” de que seus contratos com o Google seriam suspensos.

Em 2022, para evitar ser obrigado a fechar acordos supervisionados pelo governo, segundo estabelecia a lei de mídia, o News Media Bargaining Code, o Google havia negociado dezenas de contratos com veículos em todo o país. Vinte e quatro deles, que eram associados à PIPA, haviam negociado contratos de cinco anos, renováveis anualmente. Mas os contratos foram abruptamente encerrados há alguns meses, depois de apenas três anos.

Uma pessoa familiarizada com o cancelamento dos contratos disse que foi uma “grande surpresa” para as empresas de mídia australianas, confirmando que não houve nenhum aviso prévio.

“Foi uma grande surpresa. Não houve aviso. Não houve consulta. Isto é, se alguém tem um relacionamento com você por três anos, você pensa que eles vão falar com você e dizer: ‘Olha, estamos pensando em fazer isso’”.

A Austrália, um dos primeiros países a aprovar uma legislação para regular as relações entre jornalismo e Big Techs, também foi um dos primeiros onde o Google Destaques foi lançado.

Cinco anos depois, o país está atualizando a sua legislação. Agora, a nova proposta prevê, entre outras mudanças, impedir que as plataformas optem por não pagar dinheiro aos sites jornalísticos ao apenas bloquear as notícias de serem usadas nas plataformas.

O dispositivo é uma reação ao fato de que, no Canadá, depois da aprovação da legislação, a Meta simplesmente bloqueou links vindos de sites jornalísticos de seus produtos – tanto o Instagram quanto o Facebook.

Mas o que mais preocupa os veículos australianos é como a nova legislação vai tratar do tema da Inteligência Artificial (IA).

Seria o Destaques uma maneira de treinar IA?

À medida que as Big Techs correm para desenvolver ferramentas de inteligência artificial mais potentes, elas precisam de grandes quantidades de informações factuais, atuais, e de qualidade. Os veículos de notícias oferecem isso.

Durante as negociações das leis de compensação ao jornalismo, Google e Meta argumentaram que as notícias tinham muito pouco valor para elas, pois trariam pouca receita de anúncios. Agora, a adoção da IA muda o jogo.

O conteúdo jornalístico é usado para treinar modelos de IA e chatbots, que depois utilizam essas informações como parte das respostas que fornecem aos usuários. Essas ferramentas muitas vezes não indicam a fonte da informação.

“Não há absolutamente como negar que o conteúdo jornalístico é valioso para as empresas de IA”, disse Klaudia Jaźwińska, pesquisadora e jornalista que lidera o projeto Platforms and Publishers do Tow Center, da Universidade de Columbia (EUA).

Ela lembra um estudo da empresa MuckRack, publicado em julho de 2025, que descobriu que o conteúdo jornalístico aparecia em quase metade de todos os resumos de IA exibidos pelo Google, em consultas relacionadas a temas atuais. Vale notar que os resumos exibidos na busca do Google em vários países onde não existe lei que regule a inteligência artificial — mas não na Europa — trazem as fontes da informação.

As pessoas recorrem aos mecanismos de busca para todo tipo de consulta, diz Klaudia Jaźwińska. Faz sentido que também queiram saber o que está acontecendo em sua comunidade em tempo real, “e essa informação muitas vezes vem dos veículos de comunicação”.

Outro estudo mostra que o resumo de IA na busca do Google pode reduzir em quase 80% o tráfego dos veículos de comunicação que apareciam proeminentemente entre os resultados da primeira página.

Em 2023, o The New York Times processou a OpenAI por violação de direitos autorais, acusando a empresa de usar seus artigos para treinar os modelos de linguagem da companhia. Um juiz decidiu, em março de 2025, que o caso poderia seguir adiante.

Em agosto, a Folha de São Paulo processou a empresa fundada por Sam Altman por concorrência desleal e violação de direitos autorais, afirmando que o ChatGPT reproduz reportagens na íntegra sem autorização.

Outras empresas de IA e veículos da grande imprensa – em especial no Norte Global – têm fechado acordos, recebendo pagamento em troca de acesso a arquivos ou conteúdos fechados que podem ser usados no treinamento de modelos de linguagem.

Quase 150 veículos de imprensa, do The Wall Street Journal ao The Guardian, já assinaram acordos de licenciamento de conteúdo com empresas de IA ou estão envolvidos em batalhas judiciais sobre o uso do seu conteúdo jornalístico, segundo dados compilados por Jaźwińska.

As empresas OpenAI, ProRata e Perplexity lideram a lista, com dezenas de acordos ou processos.

Já o Google, em comparação, assinou publicamente apenas cinco acordos, de acordo com os dados da pesquisadora. No fim de julho, a Bloomberg informou que o Google estava em negociação com cerca de 20 organizações de mídia para licenciar seu conteúdo para uso em ferramentas de IA.

Mas isso não significa que o Google esteja ficando para trás.

Na verdade, pode ser que a empresa esteja assinando acordos de IA com editores há anos sem que eles sequer soubessem.

Todos os contratos do Google Destaques obtidos por esta investigação incluem um dispositivo sobre propriedade intelectual que dá ao Google a capacidade de “reproduzir, distribuir, exibir publicamente, executar publicamente e de outra forma usar o Conteúdo da Publicação em conexão com produtos e serviços do Google”.

Oliver Schmidt, da Corint Media, disse que os membros do grupo pediram ao Google que removesse a cláusula ou confirmasse que ela não estava sendo usada como escudo para o treinamento de IA. O Google se recusou.

Embora possa não ser o principal objetivo dos contratos, diversos especialistas ouvidos por essa investigação concordam que a cláusula pode ser usada para evitar que os veículos tentem processar o Google pelo uso de seu conteúdo para desenvolver ferramentas de IA.

“Se chegar a um processo, eles poderiam dizer mais tarde: não, nós já pagamos os veículos pelo treinamento de IA. Temos este contrato do Google Destaques”, disse Schmidt.

A maioria das empresas de IA utilizou informações livremente disponíveis na web para treinar seus modelos antes de começar a firmar acordos para esse uso. Mas alguns acreditam que os contratos do Destaques podem ser usados para proteger o Google de ações judiciais.

“Se houver cinco matérias por dia de cada veículo, e houver 100 veículos na Alemanha participando do Destaques, são 500 artigos por dia. Multiplique isso por 365 dias, e são mais de 180.000 matérias por ano. Então o Google está recebendo conteúdo de mais de 180.000 artigos por ano, que poderiam ser usados — e isso já é suficiente para treinar um modelo de linguagem”, disse Schmidt.

Questionado por esta investigação se usa o conteúdo licenciado do Showcase para treinar modelos de IA, o Google respondeu por uma nota: “Como muitas empresas, interagimos regularmente com formuladores de políticas e outros sobre uma ampla gama de questões, incluindo como as políticas podem afetar as pessoas que usam nossos produtos. Relatamos de forma transparente nossas interações com autoridades, de acordo com as regulações locais.”

Um ex-executivo do Google admitiu para esta investigação que é possível que os contratos do Destaques sejam usados como um escudo legal, mas, segundo ele, isso é “improvável”, porque as empresas de tecnologia, em geral, se recusam por princípio a pagar por conteúdo que pode ser encontrado livremente online. Além disso, ele argumenta, a licença de direitos autorais para treinamento de IA tende a ter uma linguagem mais específica.

O Google continua a firmar acordos e renovar os existentes, consolidando ainda mais o papel do Google na indústria de notícias pelos próximos anos. No início deste ano, alguns veículos de notícias brasileiros começaram a renegociar seus contratos do Destaques. Luiz estava entre os editores satisfeitos em saber que seu contrato com a empresa seria renovado em meados de 2025 por mais três anos.

O Google também anunciou que renovou mais de 50 contratos do Destaques com editores australianos.

De acordo com Julie Posetti, vice-presidente de pesquisa global do centro de jornalismo sem fins lucrativos International Center for Journalists (ICFJ), a corrida da IA corre o risco de criar o que ela chama de “Captura por plataformas versão 2.0”. Ela acompanha com preocupação a nova tendência de acordos individuais para treinamento de IA e a inclinação de novas empresas que lideram a corrida da IA, como Microsoft e OpenAI, de financiar eventos e treinamentos de jornalismo.

“Com a proliferação da IA generativa, estamos vendo os mesmos tipos de relações se desenvolverem, como se nenhuma das lições da era da captura por plataformas 1.0 tivesse sido aprendida”, ela diz, explicando que as parcerias da indústria jornalística com Big Techs levaram à “captura, influência e autocensura”.

A defesa do jornalismo de interesse público pelas Big Techs, diz ela, era apenas “performática”.

“No fim das contas, tratava-se de tentar aliviar qualquer tipo de trabalho de responsabilização focado nessas empresas e de apresentá-las como atores benignos da tecnologia, amigas dos jornalistas”, diz ela.

“Parece que nenhuma dessas lições foi aprendida.”


A Mão Invisível das Big Techs é uma investigação transnacional e colaborativa liderada pela Agência Pública e o Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP), em conjunto com Crikey (Austrália), Cuestión Pública (Colômbia), Daily Maverick (África do Sul), El Diario AR (Argentina), El Surti (Paraguai), Factum (El Salvador), ICL (Brasil), Investigative Journalism Foundation – IJF (Canadá), LaBot (Chile), LightHouse Reports (Internacional), N+Focus (México), Núcleo (Brasil), Primicias (Equador), Tech Policy Press (EUA) e Tempo (Indonésia). O projeto tem o apoio da Repórteres Sem Fronteiras e da equipe jurídica El Veinte, e identidade visual da La Fábrica Memética.

Jornalistas&Cia celebrará seus 30 anos na próxima segunda-feira (29/9)

Jornalistas&Cia celebrará seu 30º aniversário na próxima segunda-feira (29/9), em festa para 400 convidados em São Paulo. Mais do que uma comemoração, ela representa um feito para o nosso mercado, um feito em que ninguém, em sã consciência, acreditaria três décadas atrás.

A celebração merece manchete porque não será apenas uma festa. Ela incluirá a cerimônia de premiação dos +Admirados Jornalistas Brasileiros 2025, que voltou com toda força dez anos após sua última edição, vencida pelo saudoso Ricardo Boechat, falecido em 2019; o lançamento da parceria entre J&Cia e JAL Comunicação, de José Alberto Lovetro, para oferecer ao mercado editorial e corporativo serviços na área de humor gráfico, ilustrações e desenhos; e um presente especial aos convidados: um recital com o tenor gaúcho Dirceu Pastori, que será acompanhado pelo pianista Paulo César Johann e pela mezzo-soprano Caroline Gobbato, em duetos cuidadosamente escolhidos para criar momentos de rara harmonia.

A festa será transmitida ao vivo pelo YouTube do Portal dos Jornalistas, a partir das 18h45.

+Admirados

Esta reedição do prêmio contou com a participação de quase 30 mil eleitores, um recorde para toda a série dos +Admirados. Eles registraram milhares de indicações para definir os TOP 100 +Admirados Jornalistas do Ano, que podem ser conferidos aqui.

Entre os homenageados deste ano, 39 já estiveram entre os premiados das duas edições anteriores, sendo que 24 integram a lista pela terceira vez. Outros 15 estiveram presentes na edição de 2014. E nos deixaram nesse período 13 referências do jornalismo brasileiro que figuraram entre os TOP 100 +Admirados do Ano.

Além do troféu ao +Admirado Jornalista do Ano, a cerimônia de premiação entregará uma série de troféus especiais aos profissionais que se destacaram ao longo da votação. Serão quatro prêmios regionais destinados aos mais votados em Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul (com exceção à região que tiver o mais votado no geral); distinção aos TOP 10 +Admirados nas categorias Vídeo e Áudio/Texto; a homenagem aos Correspondentes Estrangeiros no Brasil – o(a) mais votado(a) nesta categoria também receberá um troféu na cerimônia de premiação; e uma homenagem que faz justiça à história de dois decanos, José Hamilton Ribeiro e Lucio Flavio Pinto, que serão contemplados com o título de Hors Concours do Jornalismo Brasileiro.

C.A.S.E. também apoia o prêmio

Vale ressaltar que na última semana aderiu ao grupo de patrocinadores do prêmio a Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.), iniciativa conjunta de Bradesco, Itaúsa, Itaú Unibanco, Natura, Nestlé e Vale, criada para posicionar o Brasil como protagonista na agenda climática global. Ela se junta aos patrocinadores Grupo Nexcom, Syngenta e Uber. O prêmio também tem colaboração de Assaí, BRF-Marfrig, Cogna e JTI, apoios da Press Manager e do Portal dos Jornalistas e apoio de divulgação da 2Live.

Humor gráfico

Na parceria sobre humor gráfico, J&Cia atuará com sua expertise no relacionamento com as redações e com as áreas de comunicação corporativa, incluindo as agências, e JAL, com o relacionamento de décadas junto ao universo profissional dos artistas gráficos, ele que também é cartunista e jornalista e lidera a Associação dos Cartunistas do Brasil.

O segmento do humor gráfico e das ilustrações e desenhos, um dos que mais têm sofrido com a inteligência artificial e as novas tecnologias, sabe que tem qualidade e capacidade de entregar excepcionais retornos nas atividades das quais participa. “O mundo é altamente visual e o brasileiro aprecia o humor gráfico e o desenho desde sempre”, ressalta JAL. “Além disso”, garante, “a arte da ilustração e suas vertentes cartum, charge, caricatura e quadrinhos nunca deixaram de ser de grande importância na comunicação jornalística. Assim, a ideia é juntar os históricos das duas empresas para oferecer um serviço especializado e criativo aos mercados editorial e corporativo para que passem a ter uma opção profissional e de vanguarda em todas as áreas visuais”.

José Alberto Lovetro

São mais de duzentos os desenhistas brasileiros que estão no radar da parceria e que poderão ser acionados conforme a especificidade do trabalho desejado. E, ao lado deles, vários desenhistas estrangeiros também.

A parceria, que estará disponível após o anúncio oficial, na próxima semana, garantirá serviços como:

  • Trabalhos de cartum para exposições temáticas, de teor institucional e de conteúdo cultural/educativo.
  • Ilustrações para palestras, material de apresentação, matérias, livros e exposições.
  • Charges para jornais de todas as mídias com possibilidade de animação para TV e internet.
  • Quadrinhos para campanhas institucionais, aniversários de empresas com sua história contada em HQ, criação de personagens e pesquisa de mercado para lançamento de personagens próprios.
  • Cobertura de eventos em geral, com equipe de cartunistas ao vivo, tanto para fazer caricaturas como para desenvolver acompanhamento de eventos ao vivo nas áreas de esportes, shows e jornalismo, entre outras.

Recital

Sobre o recital, diz Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia: “Esse é o nosso presente de aniversário, um presente especial que traz para São Paulo Dirceu Pastori, uma atração que se divide entre os afazeres do campo e a atuação artística em festas, casamentos, shows, concertos e recitais, especialmente no Sul do País”. Ele é agricultor em sua propriedade em Nova Milano – Farroupilha (o berço da imigração italiana no Rio Grande do Sul).

Dirceu Pastori

Eduardo lembra ter conhecido Pastori em dois shows para turistas, em Gramado: “Em ambos, impressionado, me perguntei: como um artista desse nível, com essa qualidade de voz e esse talento musical, não figura entre os grandes nomes da cena cultural brasileira? Dele próprio cheguei a ouvir que, mesmo adorando a música e o trabalho artístico, não abria mão da atividade no campo, de cultivar seus moranguinhos e outros produtos agrícolas”.

Na festa de J&Cia, Pastori mergulhará em um repertório de canções italianas clássicas, populares, folclóricas e árias de ópera consagradas, tendo como inspiração grandes tenores do mundo, como Luciano Pavarotti, Andrea Bocelli, Plácido Domingo e José Carreras.

Agência Pública vence categoria jornalística do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos

Agência Pública vence categoria jornalística do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos
Thiago Domenici (Agência Pública) e Eunice Haddad, presidente da Amaerj. Crédito: Amaerj

Foram anunciados os vencedores do 14º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos, que valoriza e reconhece trabalhos em defesa dos direitos humanos e da cidadania. A Agência Pública ficou em primeiro lugar na categoria Reportagens Jornalísticas.

A Pública venceu o prêmio com a série de podcasts Caso K – A história oculta do fundador da Casas Bahia, narrador por Thiago Domenici, Clarissa Levy e Mariama Correia. Em quatro episódios, o projeto mostra como Samuel Klein, dono da Casas Bahia, teria mantido, por décadas, um esquema de aliciamento e exploração sexual de crianças e adolescentes, com suporte da estrutura da empresa, conivência da mídia e omissão da Justiça para se manter impune.

Em segundo lugar na categoria, ficou a série documental Território em Fluxo, de Iolanda Depizzol, do Brasil de Fato, que investiga os conflitos presentes na Cracolândia, em São Paulo, com o objetivo de se contrapor a abordagens estigmatizantes e retratar a complexidade da região.

E em terceiro lugar, ficou a série de reportagens Planeta em colapso: como a crise climática afeta direitos em territórios da Amazônia, dos Sites Sumaúma e InfoAmazonia. Em três reportagens, o projeto expõe os efeitos das mudanças climáticas no cotidiano da Amazônia.

O prêmio concedeu ainda duas menções honrosas: Uma para o site Gênero e Número, pela reportagem Violência obstétrica ainda afeta mulheres no cárcere três anos após Lei de Tratamento Humanitário; e outra para o Jornal Extra, com a série de reportagens Bonde dos Fantasmas, sobre o envolvimento de policiais em uma quadrilha que assaltava bocas de fumo usando armas da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Três trabalhos brasileiros são premiados no CCNow Journalism Awards 2025

A Covering Climate Now, organização que reúne publicações de mais de 60 países e que tem como objetivo auxiliar jornalistas na cobertura da crise climática e suas potenciais soluções, acaba de divulgar a lista de premiados na quinta edição do CCNow Journalism Awards. Entre os homenageados nas 16 categorias estão três trabalhos brasileiros.

Em Soluções, o destaque ficou para a série Escolas resilientes, produzida por Ana Luísa D’Maschio e Ruam Oliveira, para o site Porvir.

Na categoria Deslocamento & Migração, foi premiada a reportagem Crimes ambientais na Amazônia forçam mulheres indígenas a migrar, de autoria de Ester Pinheiro, para a Revista AzMina.

E em Grandes Projetos & Colaborações, o prêmio foi para o especial Clima das Eleições, produzido pela Agência Pública e com colaborações do Amazônia Vox e do Matinal Jornalismo. Fizeram parte da equipe de reportagem do especial Alice Martins, Amanda Audi, Ana Carolina Amaral, André Uzeda, Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Caio de Freitas, Danilo Queiroz, Ed Wanderley, Gabriel Gama, Giovana Girardi, Gregório Mascarenhas, João Canizares, José Cícero, Mariama Correia, Matheus Pigozzi, Rafael Custódio, Rafael Oliveira, Rubens Valente, Silvia Lisboa, Thiago Domenici e Vitoria Faria.

A premiação recebeu neste ano mais de 1.200 inscrições de quase 50 países, que foram analisadas por um júri formado por 118 jornalistas de 32 países e territórios. Os resultados do CCNow Journalism Awards deste ano, e das edições anteriores, também passarão a integrar o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira.

Elisa Soares assume a área de Reputação da XP Inc.

Elisa Soares assume a área de Reputação da XP Inc.

Elisa Soares está em nova jornada. Acaba de assumir o cargo de head de reputação da XP Inc. Com 15 anos de experiência, será responsável por liderar a agenda de reputação da companhia, incluindo a estratégia de relações públicas e o alinhamento com as agências parceiras, como a Fato Relevante, que atende à XP desde a sua fundação.

Ali chega após 5 anos na FSB, onde dirigiu contas como BTG Pactual, Casas Bahia, Grupo Pão de Açúcar, Perfin e Banco PAN. Antes, no Rio de Janeiro, foi também por 5 anos da Eneva, ocupando no período final o cargo de especialista de relações com investidores. Na grande imprensa, foi repórter do Valor Econômico, da Editora Brasil Energia e do Jornal do Commercio, sempre no Rio.

+Admirados de Economia, Negócios e Finanças: Primeiro turno vai até 2 de outubro

Primeiro turno dos +Admirados da Imprensa de Economia termina nesta quinta (26/9)

Vai até 2 de outubro o primeiro turno da décima edição do prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, promovido por este Jornalistas&Cia. Nesta fase, os eleitores poderão indicar até cinco profissionais e veículos em cada categoria. Os mais votados avançam para o segundo turno, quando disputarão um lugar entre os TOP 50 +Admirados do País. Já entre os veículos, estão em disputa as categorias Agência de Notícias; Áudio (Programa de Rádio/Podcast); Canal de Vídeo (YouTube/Instagram); Jornal (Impresso e/ou Digital); Programa de TV; Revista (Impresso e/ou Digital); e Site/Portal.

A participação é simples: basta acessar o link da votação, preencher um breve cadastro e registrar as indicações. Os finalistas serão divulgados em 6 de outubro e a cerimônia de premiação será em 24 de novembro, em São Paulo.

O prêmio conta com patrocínio de APqC, BTG Pactual, CNseg, Deloitte, Febraban e Grupo Nexcom; apoio de Honda, Press Manager e Portal dos Jornalistas; além do apoio institucional do IBRI e apoio de divulgação da 2Live.

Eduardo Scolese relembra o Brasil de Bolsonaro em 1461 dias na trincheira

Eduardo Scolese relembra o Brasil de Bolsonaro em 1461 dias na trincheira
Jair Bolsonaro (Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Editor de Política da Folha de S.Paulo, Eduardo Scolese está lançando 1461 dias na trincheira (Autêntica), livro que resgata os momentos de tensão vividos pela imprensa brasileira durante o governo Jair Bolsonaro, em especial os profissionais da Folha, um dos principais alvos do ex-presidente e seu entorno político.

Eduardo Scolese

Como ponto de partida, o autor destaca a polêmica entrevista ao Jornal Nacional, em que o então recém-eleito presidente sentenciou: “A Folha está acabada”. Os desafios de liderar a editoria de Política de um dos principais jornais do Brasil, em meio aos ataques da principal figura da extrema direita brasileira, bem como o dia a dia da redação, aventuras, percalços, tensões e decisões, pandemia da Covid-19 e eleições, são destaques do livro-reportagem, que contou com coordenação editorial de Rejane Dias e capa de Diogo Droschi.

Outros momentos duros também são retratados paralelamente aos acontecimentos lineares da obra, como a morte de Otávio Frias e, posteriormente, a destituição de Maria Cristina Frias do comando do jornal, as dificuldades do trabalho em home office durante a pandemia, os passaralhos, a hostilidade aos pesquisadores do Datafolha e os inúmeros ataques pessoais à reporter especial Patrícia Campos Mello.

(Com informações do Observatório da Imprensa)

Giovanna Riato despede-se da Automotive Business

Giovanna Riato

Com mais de 15 anos de casa, e atuando desde 2021 como editora-chefe da publicação, Giovanna Riato anunciou nesta semana sua saída da Automotive Business. “A despedida é dolorida, mesmo que por um bom motivo: aquele frio na barriga saudável que antecede um novo capítulo”, explicou Giovanna, que deverá anunciar seu novo desafio profissional na próxima semana. Apesar do fim deste ciclo, ela seguirá como membro do Conselho do Movimento AB Diversidade, da qual é uma das cofundadoras.

Com a saída dela, a redação da Automotive Business ganhará uma nova estrutura. O cargo de editor-chefe deixa de existir e a área passa a ser comandada pela head de Comunicação Thais Aleixo. Um novo editor será contratado para cuidar do conteúdo digital, atuando ao lado do editor de produto Fernando Miragaya.

Outras novidades são as promoções dos repórteres Bruno de Oliveira a editor assistente de negócios, e Vitor Matsubara a repórter especial. Completam a equipe, que também ganhará um novo repórter nas próximas semanas, a repórter de ESG e Diversidade Natália Scarabotto, o head de audiovisual Marcos Ambroselli e a social mídia e assistente de marketing Giulia Miragaya.

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