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terça-feira, julho 8, 2025

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Exposição destacará o impacto da comunicação nas periferias

Periferia em Movimento faz campanha de arrecadação após ter a sede furtada

A Periferia em Movimento, produtora independente de jornalismo sediada na Zona Sul de São Paulo, inaugura neste domingo (6/7), a partir das 15h, no Centro Cultural Grajaú (R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252), a exposição Gerações Periféricas Conectadas, que abordará como a comunicação vem transformando as periferias ao longo do tempo.

Na abertura, além da apresentação dos elementos da exposição, acontecerá uma roda de conversa mediada por Aline Rodrigues, cofundadora da PEM, com as participações de Sanara Santos (Énois e Transmídia), Ronaldo Matos (Desenrola e Não Me Enrola) e Luara Angélica (Repórter da Quebrada). A exposição fica em cartaz até 6/8 e a entrada é gratuita.

ANJ estreia programa de entrevistas

Miriam Leitão foi a primeira convidada do Vozes do Jornalismo, apresentado por Ricardo Pereira

Estreou em 26/6, no site da ANJ (Associação Nacional de Jornais), o programa Vozes do Jornalismo. Apresentado por Ricardo Pedreira, ex-diretor executivo da entidade, é composto por entrevistas com jornalistas de destaque. Eles falam sobre suas trajetórias profissionais, sua visão da atividade jornalística e a importância da imprensa livre.

Os três episódios iniciais contam com jornalistas da área de economia. A primeira entrevistada é Míriam Leitão. Em seguida, virão José Paulo Kupfer e Thais Herédia. Outros temas que também aparecem são a relação com as fontes de informação, as técnicas de trabalho e os novos modelos de distribuição de notícias.

Miriam Leitão foi a primeira convidada do Vozes do Jornalismo, apresentado por Ricardo Pereira

Renovação deu o tom no TOP Mega Brasil de 2025

Começa o primeiro turno do TOP Mega Brasil

O TOP Mega Brasil de 2025, cujos resultados foram divulgados em 23 de junho, teve uma expressiva renovação entre seus vencedores, em especial na vertical dos executivos de comunicação, com 19 estreias entre os 35 eleitos (54%). E mesmo na vertical das agências, embora menor, a renovação foi de 14%, com cinco estreias entre as 35 eleitas. Como esperado, as mulheres dominaram a eleição entre os executivos, ficando com 75% das vagas (26 das 35 em disputa).

Vale ressaltar que o primeiro turno, de ondem saíram os finalistas e, depois, os vencedores, contou com 282 indicações, sendo 129 agências e 153 executivos (115 mulheres 38 homens).

Os estreantes

Os executivos e executivas que chegaram pela primeira vez entre os TOP 10 Brasil e TOP 5 Regionais foram:

Bruno Espinoza (Latam Airlines), Danilo Vicente (Carrefour), Eduardo Pedro Silva (EDP), Laís Vita (Secom Governo de São Paulo) e Samantha Simon (Motorola) – todos nos TOP 10 Brasil.

Adriana Ferreira (Fiepa), Felipe Araújo (Ministério Público de Rondônia) e Lydia Damian (Norsk Hydro), nos TOP 5 Norte: Juliana Brandão (Shopping Bela Vista), Magnólia Borges (Braskem) e Vivianne Guimarães (Pernambuco Construção), nos TOP 5 Nordeste;

Flávia Leimgruber (Energisa), Giovanni Nobile (Banco do Brasil) e Rodrigo Corrêa (Bracell), nos TOP 5 Centro-Oeste; Danny Marchesi (VLI Logística), Flávia Amati (HCor) e Rejane Braz (Banco BS2), nos TOP 5 Sudeste;

e Ana Finkler (Lojas Renner) e Thaís Pedrazzi (Ânima Educação), nos TOP 5 Sul.

As agências que estrearam entre as vencedoras da edição 2025 da premiação foram: Rede Comunicação (MG), nos TOP 10 Brasil; Digital Comunicação (AM), nos TOP 5 Norte; Lume Comunicação (BA), nos TOP 5 Nordeste; Ícone Press (MT), nos TOP 5 Centro-Oeste; e GBR Comunicação (SP), nos TOP 5 Sudeste.

Serviço

O evento de premiação está marcado para 27 de agosto, a partir das 18h, na Unibes Cultural (rua Oscar Freire, 2.500, bairro do Sumaré, em São Paulo), e será aberto com um coquetel de confraternização e a entrega dos certificados TOP 10 Brasil e TOP 5 Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sul e Sudeste.

Na sequência, serão anunciados, já no Teatro da Unibes Cultural, o Pódio Brasil, reunindo os 1º, 2º e 3º classificados nos TOP 10 Brasil e os Campeões Regionais. A eles, além do certificado, serão entregues as estatuetas da Onça Pintada, animal símbolo da premiação, que elege As Feras da Comunicação.

A participação no evento de premiação será por adesão e o valor por pessoa é de R$ 280. Reservas e informações com Clara Francisco, nos e-mails clarafrancisco@megabrasil.com.br e eventos@megabrasil.com.br.

Encontro debate formatos, linguagens e inteligência artificial no Jornalismo

Evento promovido por Jornalistas&Cia e ESPM teve como tema central o jornalismo digital e contou com exposições de diretores de UOL, Metrópoles e Poder 360

Por Arilton Batista, especial para J&Cia

O Jornalistas&Cia e a ESPM promoveram em 30/6 o quarto de sete encontros do ciclo O presente e o futuro do Jornalismo − Insights, que faz parte das iniciativas em comemoração ao 30º aniversário de J&Cia, em setembro. O tema central foi Nativos Digitais – Experiências Digitais que estão transformando e Revitalizando o Jornalismo Brasileiro. Realizado no auditório da ESPM Tech, em São Paulo, o evento reuniu diferentes gerações, com um público diverso, formado por jornalistas, professores de comunicação, estudantes e pessoas interessadas em jornalismo digital.

Moderado por Maia Fortes, diretora executiva da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), o encontro teve exposições de Fábio Leite, diretor da sucursal de São Paulo do portal Metrópoles (que representou a diretora de Redação Lilian Tahan, impossibilitada de comparecer devido a um imprevisto); Mateus Netzel, diretor executivo do jornal digital Poder360; e Murilo Garavello, diretor de Conteúdo do portal UOL. “A gente procurou trazer aqui as experiências mais bem-sucedidas do andar de cima do jornalismo digital, onde as coisas estão acontecendo”, comentou Eduardo Ribeiro, diretor do J&Cia, ao abrir o evento.

O debate abordou subtemas importantes no universo do jornalismo digital, como o uso de inteligência artificial e seu impacto na propagação de notícias falsas, formas de levar notícias para públicos de diferentes gerações, convergência e linguagem digitais, entre outros pontos.

Fábio Leite falou sobre a importância da adaptação do conteúdo para alcançar diferentes tipos de públicos em diferentes plataformas, além dos esforços para essa adaptabilidade no dia a dia da redação no portal Metrópoles: “Nosso desafio é manter a qualidade da produção jornalística, com os conceitos básicos com que todo veículo trabalha, mas precisando entregar isso de formas diferentes, porque a linguagem em cada uma das plataformas é diferente. É pegar uma reportagem bem apurada e transformá-la em um vídeo de um minuto, ou em um short, porque é lá no YouTube ou no TikTok que essas pessoas vão saber sobre a fraude no INSS, por exemplo, e não clicando no site”.

Ele também destacou a importância de conteúdos mais leves e curtos, que geram engajamento e monetização, permitindo assim que materiais mais robustos sejam preparados: “Eu brinco que a gente precisa falar dos procedimentos estéticos da Andressa Urach, que vai gerar zilhões de cliques e dará tranquilidade para o repórter ficar nove meses levantando boletins de ocorrência sobre violência policial, para contar quantas balas foram disparadas para matar 270 pessoas; perfilar as vítimas, entender e contar algo que só o jornalista é capaz. Essas duas produções são feitas pela mesma equipe, esse é o equilíbrio diário que a gente busca”.

Mateus Netzel, elencou cinco principais desafios do jornalismo digital e pontos importantes para uma empresa ter sucesso nesse ecossistema: modelo de negócio resiliente; audiência própria; inovar em formatos e produtos que sejam funcionais; incorporar e se adaptar às novas tecnologias; e credibilidade e relevância. “É importante não cair na modinha e querer fazer grandes investimentos em coisas que atendam mais ao nosso próprio desejo de inovar do que o que o leitor precisa, do que ele vai querer consumir”, comentou.

Explicou também como o Poder360 vem utilizando a inteligência artificial em sua rotina. Segundo ele, as ferramentas de IA servem como um facilitador no processo de produção: “A gente tem usado como a maior parte das redações tem feito, que é para encurtar e otimizar os processos. Óbvio que não faremos a notícia final usando inteligência artificial, mas sim para liberar os jornalistas para fazerem as apurações, ligar e falar com fontes, pesquisar documentos, ter as ideias para produzir pautas. A gente tenta usar as novas tecnologias para liberar os jornalistas das tarefas que podem ser substituídas, como transcrição, tradução, padronização, revisão gramatical e otimização de SEO, por exemplo”.

Murilo Garavello ressaltou a necessidade e a importância de cada vez mais haver na produção jornalística formatos e conteúdos de interesses específicos, em vez de o mesmo conteúdo para todos: “Há assuntos que todo mundo vai ficar sabendo. A gente não vai parar de cobrir o presidente do Brasil, mas pode ser no formato que você gosta: a gente tem vídeo, tem áudio, texto, texto menor, tem opinião. São muitos formatos e queremos cada vez mais conseguir sermos o mais certeiros possível para engajar as pessoas”.

Garavello contou ainda sobre os mais de 190 canais que o UOL tem no WhatsApp: “Não são canais do UOL, são canais de assuntos. Por exemplo, são 5 milhões de seguidores do Flamengo. Criamos fandoms (comunidades de fãs). Então, temos mais de 300 mil seguidores da Ana Castelo, um monte do Jão, Billy Idol, Ariana Grande. Enfim, criamos comunidades para os fãs desses artistas e encontramos nichos. Os canais são um repositório de pessoas vinculadas a interesses que a gente pode ativar quando for interessante”.

O jornalista Messias Stabile, de 22 anos, que acompanhou o evento do auditório, destacou entre as explanações o tema da inteligência artificial, que está cada vez mais em evidência. Para ele, unir jornalismo com tecnologia é essencial: “Falar sobre esse universo não é fácil, porque você pode falar muito, mas ainda pode faltar alguma coisa. Mas acho que falaram muito bem, principalmente sobre inteligência artificial. A gente vê muitos veículos tratando de forma negativa sobre o assunto, mas dá para usar de maneira positiva, como o UOL e o Poder360 estão fazendo. É alinhar tecnologia com jornalismo, algo que algumas empresas demoraram para fazer”.

Maia Fortes reforçou que as mudanças no jornalismo vêm acontecendo de forma gradual e destacou a importância da reciclagem dos aprendizados nesse processo: “Essa mentalidade de experimentação em todas as frentes, que é algo interessante e único do jornalismo digital, ao mesmo tempo que foi um processo de aprendizagem dos últimos 30 anos, não é algo que chegou de uma hora para a outra. Afinal, a maioria dos jornalistas que trabalham hoje em veículos digitais vieram de um contexto do impresso. Os três trouxeram aqui hoje um pouco dessa perspectiva de como a gente tem que estar o tempo todo se transformando no contexto em que nos encontramos”.

Assista a íntegra do debate.

Angela Ruiz despede-se da Climatempo

Angela Ruiz durante a premiação dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Uma semana depois de figurar entre os TOP 10 +Admirados Jornalistas do Agronegócio, Angela Ruiz anunciou sua saída da Climatempo. Ela estava há 25 anos na plataforma, onde era responsável pela produção de conteúdo relacionado ao Agronegócio.

Em depoimento publicado no LinkedIn, destacou a importância da conquista do troféu na semana passada, que também serviu como um impulso para o que vem pela frente: “Sigo agora construindo novas histórias no jornalismo do Agronegócio, com a mesma paixão, ética e compromisso de sempre. Encerro um importante ciclo para começar outro ainda mais promissor. Ciclos se encerram. Outros se abrem. E eu estou pronta para viver tudo o que esse novo momento reserva”.

Angela Ruiz durante a premiação dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Jamil Chade estreia coluna e podcast na CartaCapital

Jamil Chade lança newsletter com cartas para personalidades

Jamil Chade, que há duas décadas atua como correspondente na Europa para diversas publicações brasileiras e estrangeiras, estreia na próxima semana como colunista da CartaCapital.

No espaço, ele abordará temas como geopolítica e autoritarismo. Além disso, em breve comandará, também pela publicação, um podcast chamado De Cabeça para Baixo, sobre as profundas mudanças nas relações internacionais.

Record define novas duplas do Fala Brasil e Jornal da Record

A Record TV anunciou novidades em dois de seus principais jornalísticos. A partir da próxima segunda-feira (7/7) o Fala Brasil passará a ser ancorado por Paloma Poeta e Luiz Fara Monteiro, que deixa Brasília, onde atuava na cobertura política, para assumir o comando do telejornal.

Com isso, o Jornal da Record também ganha uma nova dupla de apresentadores, agora com Mariana Godoy que, depois de quatro anos no Fala Brasil, mais uma vez se junta a Eduardo Ribeiro no comando da atração.

Mariana Godoy e Eduardo Ribeiro voltam a dividir a bancada do Jornal da Record

Christina Lemos permanecerá no telejornal, mas ancorando as notícias da editoria de política, área em que acumula uma experiência de mais de 30 anos, grande parte em Brasília. A apresentadora também passará a comandar edição da meia-noite do JR, que será reformulada em breve.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (12)

Guimarães Rosa

Por Assis Ângelo

 

Guimarães Rosa foi realmente uma figura importantíssima para a literatura brasileira.

Ele. Rosa, estreou pra lascar no ano da graça de 1946. Seu livro de estreia foi Sagarana.

Em Sagarana acha-se o conto São Marcos.

No conto São Marcos nos deparamos com o Brasil real de todos os tempos e até aqui.

São Marcos começa com um médico recém-formado chegando a um vilarejo de nome Calango-Frito, localizado no fim do mundo de Minas.

O médico tem por nome João José. É figurinha antipática e metida a besta, movida a preconceito e tudo o mais que não presta. A cor da sua pele é branca.

O branco médico passa na frente de um local onde mora o preto curandeiro Mangolô. Não resistindo, o médico recém-saído dos cueiros vai chegando e já dizendo: “Todo negro é cachaceiro. Todo negro é vagabundo. Todo negro é feiticeiro”.

Mangolô até então ouvindo com paciência o que dizia o doutorzinho, cuspiu de lado e bateu a porta furioso.

Encurtando conversa: o doutor, montado no seu cavalinho, seguiu trilhas até um bosque. Na verdade, uma mata cheia de plantas e bichos, cuja beleza ia além da imaginação. De repente, o doutor João José ficou cego e desesperado sem saber o que fazer. Apurou o ouvido e ouvido apurado conseguiu chegar à casa do curandeiro Mangolô. E mais não digo.

Pois é, a vida é cheia de mistérios.

Mistérios há em todo canto desde sempre.


Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

100 anos de rádio no Brasil: A cidade e os sons que nunca desaparecem

Por Álvaro Bufarah (*)

Por vezes, o som de uma cidade não está apenas no burburinho do trânsito ou no apito do ônibus que parte no fim da tarde. Brasília, com seu concreto modernista e horizonte horizontal, também se faz ouvir por ondas que atravessam as paredes de apartamentos e ganham vida no dial 100.9 FM: a Rádio Cultura FM. Agora, essa voz ganha um novo capítulo de reflexão e celebração com o 1º Seminário Rádio Cultura Memória e Horizontes, de 1º a 4 de julho, no campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília.

Fruto de uma parceria entre a Faculdade de Comunicação da UnB (FAC/UnB) e a própria Rádio Cultura FM, o evento carrega mais do que debates acadêmicos: carrega o compromisso de registrar, discutir e projetar o futuro da comunicação pública no Distrito Federal. Sob a condução dos professores Fernando Paulino, Elton Bruno Pinheiro e Liziane Guazina, e com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF), o seminário reúne vozes que ecoam há décadas no rádio brasiliense e outras que buscam reinventar o meio através da produção de podcasts, inteligência artificial e economia criativa.

A Rádio Cultura FM entrou no ar em 21 de abril de 1988, data emblemática que homenageia o aniversário da capital. Desde então, tem sido palco de experimentações sonoras, educação musical e jornalismo de profundidade. A iniciativa do seminário, como destaca a professora Liziane Guazina, é mais do que celebração: é um ato de preservação e projeção. “Queremos trazer à tona um pouco da história da nossa cidade contada por meio da Rádio Cultura FM”, afirma.

Ao todo, serão cinco painéis temáticos, com representantes de emissoras públicas como a Rádio Senado e a Rádio Nacional, além de especialistas das universidades Unicamp, UFRJ e do Minho (Portugal). Os debates incluirão desde a Economia Criativa e seus limites para o rádio público, até A cultura do podcasting como forma de expansão das narrativas radiofônicas.

Além disso, o evento conta com uma oficina sobre estratégias de gestão e reposicionamento do rádio público, refletindo os desafios contemporâneos da radiodifusão, como os impactos da plataformização, o uso da IA na automação de programas e a luta por financiamento sustentável nas emissoras não-comerciais.

Um dos destaques do seminário é a participação do projeto UnBCast, uma iniciativa da Faculdade de Comunicação que promove a produção de podcasts universitários voltados à divulgação científica, cultural e artística. Em um tempo em que o rádio expande seus formatos, o UnBCast mostra como a linguagem sonora está viva, diversa e reinventada.

No encerramento do seminário, será entregue uma carta de intenções construída de forma colaborativa ao longo dos debates. O documento trará propostas concretas sobre preservação da memória, inovação tecnológica e o fortalecimento institucional da Rádio Cultura FM − símbolo de uma comunicação pública que resiste e se reinventa.

A programação inclui ainda apresentações culturais com artistas do DF e a premiação de podcasts produzidos por estudantes, revelando o talento de uma nova geração de comunicadores que já pensa o som como linguagem múltipla.

Iniciativas como essa mostram que o rádio público não é uma lembrança, mas um projeto vivo e necessário, que precisa ser constantemente debatido, protegido e financiado. Em um país que vê a cultura e a ciência muitas vezes à margem do orçamento público, espaços como esse seminário tornam-se trincheiras de resistência e reinvenção.

Enquanto nos preocupamos com algoritmos e inteligência artificial, é preciso também cuidar do que já nos conecta há tanto tempo: a voz, a música, o debate, o som que chega antes da imagem. A Rádio Cultura FM, ao promover esse encontro, reafirma seu papel como espelho e farol da sociedade brasiliense.

PROGRAME-SE:

1º Seminário Rádio Cultura “Memória e Horizontes”

De 1º a 4 de julho de 2025

Auditório Pompeu de Sousa – FAC/UnB (ICC Norte – Campus Darcy Ribeiro)

Manhã (8h30), Tarde (14h), Noite (19h)

Entrada gratuita, com emissão de certificado.

Programação completa e inscrições: https://sites.google.com/view/seminarioradiocultura

 

Fontes utilizadas:

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequência, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.


Álvaro Bufarah

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Caso de polícia: briga entre repórteres da Band e Record termina na delegacia

Lucas Martins, da Band, e Grace Abdou, da Record

Terminou na delegacia uma discussão envolvendo os repórteres Lucas Martins, do Brasil Urgente (TV Bandeirantes), e Grace Abdou, do Cidade Alerta (Record TV). Eles apuravam na tarde desta terça-feira (1º/7) o desaparecimento de duas adolescentes em Alumínio, no interior de São Paulo, quando a confusão teve início.

Lucas, que estava ao vivo no momento, conversava com um familiar das jovens e seguiu na direção de outras duas parentes que mostravam as fotos das garotas no celular para Grace. Ao chegar no grupo, ele pediu que lhe mostrassem a foto e ao ouvir um “peraí” da profissional da emissora rival, a puxou com força e irritado falou: “Ah, não. Dá licença, Grace. Tá louca?”.

Lucas Martins, da Band, e Grace Abdou, da Record

Depois de alguns instantes a repórter da Record entrou na transmissão e questionou: “você tá ao vivo, Lucas?”. Após ele confirmar, e chama-la ironicamente de “querida”, ela questionou por que ele havia a empurrado e ele então retrucou: “porque você tá entrando na minha frente propositalmente e não foi a primeira vez que isso acontece”.

Após o incidente, Grace Abdou registrou um boletim de ocorrência contra Lucas Martins.

“Não há motivo que justifique”

Mais tarde, ainda durante o Brasil Urgente comandado por Joel Datena, Lucas Martins voltou ao vivo e se pronunciou sobre o caso:

“Na disputa por espaço eu tive uma atitude inaceitável. Eu empurrei a repórter da Record, a Grace Abdou, colega de muitos anos. Nós já dividimos muitas e muitas pautas e eu repito: eu acho que cabem poucas explicações sobre o porquê, por que não há motivo que justifique isso. Estava ao vivo, estava buscando espaço, e naquele momento eu empurrei a Grace. Vou repetir, isso é inaceitável. A gente fala bastante sobre isso, então eu venho aqui a público, pedir passagem aqui Joel para pedir desculpa à Grace Abdou, colega de tantos anos, por esse episódio lamentável”.

Record condena agressão e confirma B.O.

Em nota divulgada no início da noite desta terça-feira, a Record TV condenou a agressão sofrida por sua repórter e garantiu que medidas judiciais serão tomadas:

“A RECORD condena veementemente a agressão praticada pelo repórter da Band, Lucas Martins, ocorrida na tarde desta terça-feira, 01 de julho, contra nossa repórter Grace Abdou. O boletim de ocorrência foi registrado e medidas judiciais cabíveis serão tomadas”.

Band destaca trajetória de Lucas, mas confirma advertência

Também em nota oficial, a TV Bandeirantes lamentou o episódio e se colocou à disposição de Grace e da Record para que situações semelhantes não se repitam no futuro:

“A Band vem a público reafirmar seu compromisso, ao longo de seus 58 anos de história, com o respeito mútuo entre os profissionais da imprensa. A emissora sempre valorizou e respeitou a atuação das mulheres, que ocupam espaços de destaque nas redações e demais setores.

A empresa não compactua com o episódio envolvendo o repórter Lucas Martins e a jornalista Grace Abdou, da Record TV. Ressaltamos que Lucas possui uma longa trajetória profissional na Band, sem registros de condutas semelhantes. Ele foi advertido e já se retratou publicamente em relação ao ocorrido.

A Band se coloca à disposição da jornalista e da Record TV com o sincero desejo de que o episódio seja superado e situações como essa não se repitam”.

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