A organização do Troféu HQMIX anunciou os vencedores de sua 37ª edição. Neste ano, foram mais de 1.500 trabalhos inscritos na área de quadrinhos. A cerimônia de premiação será realizada em 10 de dezembro, às 19h,no Teatro Raul Cortez, do Sesc 14 Bis, em São Paulo, com a apresentação do padrinho do HQMIX, Serginho Groisman.
O troféu da 37ª edição é a estatueta da personagem Tiodora, do livro Mukanda Tiodora de Marcelo D’Salete, que neste ano foi homenageado com o título de Grande Mestre dos Quadrinhos, ao lado do cartunista e jornalista Maurício Pestana. Os dois são referência na produção de quadrinhos sobre a história dos povos negros no Brasil e no mundo. A estatueta foi produzida pelo artista Bruno Braga, fundador do Instituto Impressão 3D.
O Infinis, frente de filantropia e advocacy da Fundação José Luiz Setúbal, anunciou na segunda-feira (10/11) os vencedores da 5ª edição do Prêmio de Comunicação José Luiz Setúbal, que valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos sobre a saúde de crianças e adolescentes. A entrega do prêmio ocorreu em cerimônia realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Na categoria Texto – profissionais, o vencedor foi Deivid de Souza Santos, do Metrópoles, com a reportagem Doenças raras: famílias desabafam sobre falhas nas políticas públicas, que mostrou as dificuldades de famílias com crianças portadoras de doenças raras, desde o acesso ao diagnóstico até a obtenção de auxílios sociais.
Em Áudio – profissionais, o primeiro lugar ficou com Vitor Hugo Brandalise, da Rádio Novelo, com Escute as crianças, que fala sobre as mais de 1.500 cartas enviadas em 2019 por crianças moradoras da Maré, no Rio de Janeiro, ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio, contando como é viver em meio às operações policiais no bairro, com insegurança e impedidas de ir à escola e brincar na rua.
E em Redes Sociais – profissionais, o vencedor foi João Victor Santana, do Portal Luneta (Instituto Alana), com o projeto Saúde mental e redes sociais, posts que abordam temas como ansiedade, baixa autoestima e saúde mental de crianças e adolescentes por trás dos likes nas plataformas digitais.
Na categoria Texto – estudantes, o primeiro lugar foi para Isabelle Rieger, da Sextante (UFRGS), com a reportagem O espaço da imaginação, que mostra como cinco crianças moradoras de Porto Alegre desenham suas casas e expressam seus ideais de lar por meio do lúdico.
E a categoria Áudio – estudantes, o troféu foi para as mãos de Clarissa Estefania dos Santos Lima, do Centro Universitário IESB, com a reportagem Conectados demais?, sobre o grande aumento no consumo de meios digitais por crianças e adolescentes.
Além disso, pela primeira vez desde o início da realização do Prêmio, foram abertas duas escolhas definidas por voto popular, entre os finalistas de qualquer categoria, sendo um
profissional e um estudante: O trabalho profissional vencedor foi o vídeo Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, do Instituto Via Autismo, feito pela comunicadora Adriana Sousa Angeli Roza. E a estudante premiada foi Monique Amboni, do Centro Universitário UniSATC, com a reportagem Uma peça do quebra-cabeça que luta para encontrar o seu lugar.
O episódio recente da integração entre ChatGPT e Spotify – oficializado em outubro de 2025 – marca mais que um recurso novo; sinaliza a entrada do áudio numa nova era de diálogo. A inteligência artificial deixa de ser mero coadjuvante e vira “hub conversacional” que aciona música, podcast, estação, fluxo de trabalho. E para o rádio – essa mídia mais antiga que muitas carreiras de streaming – essas mudanças não são “futurismo distante”. Estão agora no ar.
O anúncio da OpenAI (6 de outubro de 2025) trouxe o lançamento de seu Apps SDK, que permite a criadores e empresas embutirem aplicativos completos dentro do ChatGPT. Aí entram parceiros-piloto como Spotify, Canva, Coursera e outros.
No site oficial da Spotify, a novidade é descrita assim: usuários Free ou Premium podem conectar sua conta ao ChatGPT e pedir “faça uma playlist de viagem”, “encontre o episódio de podcast sobre inovação” ou “mostre músicas para aula de meditação”. No Brasil, o portal ZY Digital já apontava: “Integração Spotify-ChatGPT inaugura nova geração de apps embutidos e abre caminhos de inovação para o rádio”.
Em resumos da imprensa internacional, o movimento é visto como o ChatGPT se transformando de “assistente de conversa” para “plataforma” – algo como o sistema operacional dos apps do futuro.
O rádio, na sua concepção tradicional, entrega transmissão unidirecional: a emissora fala, o ouvinte recebe. Mas agora ele é chamado a participar – nem que seja discretamente – pela interface de chat ou comando de voz. Quando o ouvinte faz um pedido (“ChatGPT, reproduza o último boletim da estação X”), o rádio deixa de depender apenas do dial e abraça fluxos personalizáveis (música, podcast, live) com base em linguagem natural.
Para criadores, produtores e gestores de emissoras, isso significa um mundo novo de interatividade e dados:
saber qual música o ouvinte pediu após o bloco jornalístico;
oferecer conteúdo adicional relevante identificado pelo prompt (“me escute algo mais curto para o caminho”);
transformar o rádio em plataforma híbrida de áudio+conversa.
Se o rádio quer manter relevância numa era em que 800 milhões de usuários acessam o ChatGPT, esse é um caminho.
(Crédito: Propakistani.pk)
Mas não basta abrir a porta e entrar. Há armadilhas:
Privacidade e dado: O Spotify esclareceu que nenhum áudio ou podcast será compartilhado com a OpenAI para treinar modelos. A integração é opt-in. City AM+1. Mas usuários ainda questionam quem “entende” a voz e os hábitos.
Metrificação da atenção: Se basta “conversar com o ChatGPT” para ter rádio ou podcast, como medir escuta real? O rádio precisará de novas métricas – interação, permanência, resposta –, não só audiência passiva.
Exclusão dos “não-digitalizados”: Nem todos os ouvintes estão no chat, nem todos querem digitar ou falar com uma IA. O rádio tradicional em antena ainda abastece milhões. O desafio será integrar sem abandonar o legado.
Identidade da estação: Se o ouvinte entra por ChatGPT, pedindo “faz som de carro” ou “coloca algo relaxante”, a marca da estação precisa se reafirmar no fluxo. Ou vira mais um catálogo genérico.
Feche os olhos e imagine: num ônibus à tarde, alguém murmura “ChatGPT, toca algo para me concentrar”. No mesmo instante, a voz da estação favorita se mistura ao algoritmo; o bloco jornalístico vira “ao vivo + podcast sob demanda” e a música entra como trilha da jornada. O rádio não está mais só no ar. Está na conversa, no app, no fone que responde – e ouve.
Quando o microfone virou interface, a janela de audiência se dilatou. O que antes escutávamos passivamente agora pedimos com palavras; o que antes era programação fixa agora se ajusta ao momento. A estação que entender isso vai manter sua missão – informar, entreter, conectar – mas com braços estendidos ao digital.
E o ouvinte? Ele ganha o papel de curador: escolhe, interage, participa. Mas o rádio continua sendo aquilo que faz “som de gente de verdade”. A integração Spotify-ChatGPT é um novo palco – mas a presença humana não se apaga. Ela só muda de sala.
OpenAI – “Introducing Apps in ChatGPT and the new Apps SDK.” (6 out. 2025). OpenAI+1
The Verge – “ChatGPT users can now interact with multiple apps including Spotify, Canva…” (6 out. 2025). The Verge
TechCrunch – “How to use the new ChatGPT app integrations, including Spotify…” (24 out. 2025). TechCrunch
ZY Digital – “Integração Spotify-ChatGPT inaugura nova geração de apps embutidos…” (2 nov. 2025). zydigital.com.br
MusicBusinessWorldwide – “Spotify brings music recommendations to ChatGPT via new integration”. Music Business Worldwide
Axios / Reuters – “OpenAI declares ‘huge focus’ on enterprise growth with array of partnerships”. Reuters
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
O SBT News, novo canal de notícias do Grupo Silvio Santos que estreia em 15 de dezembro, anunciou nesta segunda-feira (10/11) a contratação de Celso Freitas, que chega para integrar a equipe de apresentadores do projeto, que já conta com Leandro Magalhães e Raquel Landim. No canal, ele atuará como âncora titular de um telejornal.
Com mais de 50 anos de Jornalismo, Celso deixou a Record em março deste ano, após 21 anos casa, 19 deles como apresentador do Jornal da Record. Ele chegou à emissora 2004, atuando no Domingo Espetacular, que estreava no canal. Dois anos mais tarde, assumiu como âncora do Jornal da Record, à frente de coberturas históricas e debates eleitorais. Apresentou também outros programas da casa, como o Repórter Record e as Retrospectivas. Trabalhou ainda na Record News, comandando o Entrevista Record News – Bastidores da Notícia por 5 anos, e nas plataformas digitais, como apresentador do JR 15 minutos.
Antes da Record, Celso trabalhou por mais de três décadas no Grupo Globo, na apresentação dos principais telejornais da casa, como Jornal Nacional, Fantástico e Globo Repórter. Foi dupla de bancada de Cid Moreira. Na GloboNews, comandou os extintos programas Você Decide, Via Brasil e Arquivo N. Cobriu momentos históricos como a morte de Ayrton Senna, a conquista da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994, a passagem do Furacão Katrina em 2005, o tsunami na Indonésia em 2006, e a eleição de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), anunciou em 5 de novembro, durante a Solenidade de Abertura do XLII Congresso Brasileiro de Psiquiatria, no Rio de Janeiro, os vencedores do 11º Prêmio ABP de Jornalismo. A iniciativa tem como objetivo reconhecer e premiar reportagens que ajudem a desmistificar vários aspectos que envolvam os transtornos mentais e o estigma que pesa sobre a psiquiatria e todos os assuntos relacionados à especialidade e seus pacientes.
No último domingo (9/11), a TV Brasil estreou Brasil no Mundo, programa semanal sobre política internacional. Exibido aos domingos, às 19h30, o programa reúne os jornalistas Cristina Serra, Jamil Chade eYan Boechat, como apresentadores fixos, além de um convidado especial a cada edição. Durante uma hora, eles debatem os principais acontecimentos da semana no cenário global, analisando seus impactos no Brasil e no restante do mundo.
Na estreia, o público pôde acompanhar análises profundas sobre os acontecimentos mais recentes na geopolítica global, em uma proposta que busca aproximar o telespectador brasileiro das discussões internacionais. A iniciativa reflete o compromisso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em oferecer jornalismo de qualidade e ampliar o olhar sobre o papel do Brasil no cenário mundial.
Com trajetórias consolidadas no jornalismo internacional, os apresentadores reúnem experiências complementares. Cristina Serra, com quase 40 anos de carreira, atuou por 26 anos na TV Globo, incluindo o período como correspondente em Nova York. Jamil Chade trabalhou duas décadas como correspondente em Genebra, cobrindo a ONU e colaborando com veículos como BBC, CNN e The Guardian, além de diversos meios brasileiros. Yan Boechat acumula 20 anos de cobertura de conflitos internacionais, com passagens por regiões como África, Oriente Médio, Rússia e América Latina, em veículos como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.
Para Cristina, o programa chega em um momento crucial: “Estou muito feliz com o convite da EBC para participar desse projeto. Vou ter a companhia de dois grandes jornalistas e colegas queridos, Jamil Chade e Yan Boechat, além de convidados especiais em função dos assuntos. É um desafio grande pela complexidade dos temas, mas tenho certeza de que, com esse time, vamos dar conta muito bem”.
Ela também ressaltou a importância do debate em um contexto internacional cada vez mais instável: “O programa chega em um momento desafiador, em que estamos vendo guerras, uma quase falência do multilateralismo, a ascensão da extrema direita com ameaças à democracia, a guerra tarifária, o desafio imposto pelas big techs e a necessidade de enfrentar a emergência climática. É um cenário geopolítico muito complexo, sobre o qual precisamos refletir e entender como tudo isso impacta o Brasil e qual papel o País pode desempenhar como ator político global”.
A série de reportagens Farra do INSS, do Metrópoles, venceu o Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo, organizado por Instituto de Imprensa e Sociedade (IPYS) e Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA), que valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos de excelência na América Latina. A cerimônia de premiação ocorreu em 7/11, durante a 16ª Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo (COLPIN), em Buenos Aires, na Argentina.
Assinada pelo repórter Luiz Vassallo, com edição e coordenação de Fabio Leite, diretor da sucursal do Metrópoles em São Paulo, a série de reportagens revelou um grande esquema de falsas associações que descontavam irregularmente de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Publicadas desde dezembro de 2023, as reportagens serviram como base para investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
As reportagens revelaram o envolvimento do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS, e do empresário Maurício Camisotti, que faturaram milhões com os descontos indevidos. Os dois foram presos após as investigações. Além disso, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado pelo presidente Lula, e o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão. Segundo o Metrópoles, até o momento, o governo federal devolveu cerca de R$ 2,1 bilhões a mais de 3 milhões de aposentados e pensionistas vítimas do esquema fraudulento.
Vencedores do Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo 2025. Luiz Vassallo, do Metrópoles, está sentado à frente. (Crédito: Divulgação/IPYS)
Na segunda colocação do PrêmioLatino-Americano de Jornalismo Investigativo, houve um empate entre Televisa Leaks, do site mexicano Aristegui Notícias; e Buscando a Mikelson, de Dromómanos e Redacción Regional, do México. E em terceiro lugar, ficou Não éramos a Dinamarca, de Animal Político, também do México.
Bom, meu amigo minha amiga: alguma vez você ouviu dizer que num passado remotíssimo existiu um sujeito doido para ver pessoas cegadas e ele próprio cegava, quando não mandava cegá-las?
O sujeito a quem me refiro tinha por nome Basílio. Era imperador, Imperador Basílio II. Era o mandachuva, o bambambã absoluto daquelas plagas onde hoje se acha Istambul.
Refiro-me ao Império Bizantino, cuja área territorial ia da Península Balcânica ou Balcãs até o norte da África, passando antes por Ásia Menor, Síria, Palestina e norte da Mesopotâmia.
Houve um tempo em que parte da Itália e o sul da Península Ibérica fizeram parte daquele império, que chegou a adotar a língua grega como oficial.
Conta a história que, durante uma guerra, Basílio II teve sob as suas ordens cerca de 15 mil prisioneiros. De uma hora pra outra, o tal determinou que os presos fossem cegados. Esles foram divididos em grupos de 100. Apenas um em cada um desses grupos tinha só um olho cegado. Isso porque o preso transformado em caolho era obrigado a levar de volta à pátria os seus colegas búlgaros.
Basílio II (Crédito: Theriagames.com)
Quando o rei búlgaro viu os seus soldados em estado deplorável, humilhados, cegos, sofreu um ataque do coração e caiu duro, morto, no chão.
Isso ocorreu, ainda segundo a história, em 1014 d.C.
É impossível, completamente impossível, que se saiba o número, mesmo aproximado, de conflitos, revoltas, revoluções e guerras ocorridos desde que o homem desceu das árvores. Aliás, sequer é conhecido o número de feridos e mortos em conflitos e tal no Brasil.
O paulista Hernâni Donato (1922-2012), autor da obra Dicionário das Batalhas Brasileiras (1996), dizia que pelo menos um tumulto popular ocorria diariamente no Brasil. Mas essa é outra história…
Completamente diferente de Sonho de Uma Noite de Verão é o conto Sonho de Uma Noite de Natal, de Maximo Gorki (1868-1936).
Quadro The End of Autumn, ou The Blind, por Eugene Laermans-1899 (Crédito: Deficienciavisual.pt)
O conto de Gorki começa com um autor na sua casa escrevendo mais uma história. Passa-se na Rússia. O texto diz que uma velha e o seu marido cego, de quem era guia, saíram numa véspera de Natal para pedir aos corações solidários alguma coisa para matar a fome.
O tique-taque intermitente do relógio o fez cochilar… de repente o autor teve a atenção atraída por um certo bulício que vinha de fora. Da janela foi como se visse vultos em movimento. A velha do conto recém-escrito bradou irritada, raivosa mesmo, atirando impropérios contra quem a criara:
“Não nos reconheces?… Não me reconheces?… Nós somos os heróis dos contos que passas a vida escrevendo; somos os tristes e desgraçados filhos da tua imaginação… Ali estão os dois meninos que fizeste morrer de frio, diante das janelas de uma casa onde fulgia, magnífica e opulenta, uma árvore de Natal. Aquela mulher, ali, é a desgraçada que fizeste morrer sob as rodas de um trem, quando corria, ansiosa por levar aos filhos um presente de Natal. Aquele ancião…”
No dia seguinte, logo cedo, o autor pegou os originais e os rasgou, jogando tudo fora.
Termina no sábado (15/11) o período de inscrições para a sexta edição do Prêmio IREE de Jornalismo. Serão eleitos os vencedores em três categorias: Prêmio IREE de Jornalismo, cujo vencedor receberá R$ 50 mil; Prêmio de Jornalismo – Política, para o qual estão reservados R$ 30 mil; e Prêmio IREE de Jornalismo – Economia e Negócios, que também oferece R$ 30 mil.
Ricardo Kotscho
Além dessas categorias, o Prêmio IREE de Jornalismo celebrará dois dos nomes mais admirados da profissão. Ricardo Kotscho receberá o Prêmio pelo conjunto de sua obra. Em 60 anos de carreira, ele apontou caminhos para a reportagem e o texto, que hoje são estudados e seguidos pelas novas gerações. Multipremiado, Kotscho contribuiu de forma relevante com a democracia e a liberdade de expressão no País. Nas edições anteriores, essa honraria foi entregue a Elio Gaspari, Fernando Gabeira, Orlando Brito (in memoriam), Evandro Teixeira e Ruy Castro.
O Prêmio IREE de Jornalismo também homenageará o trabalho de Fausto Macedo. Um dos mais respeitados repórteres de política em atuação no País, com mais de 50 anos carreira e referência absoluta em assuntos relacionados à Justiça, Fausto Macedo transmitiu conhecimento e princípios para gerações de jornalistas que hoje contribuem com o nosso ofício. Ele é a Personalidade de Destaque do 6º Prêmio IREE de Jornalismo. Nas edições anteriores, essa distinção coube a Reinaldo Azevedo, Patrícia Campos Mello, Jamil Chade, Vera Magalhães, Renata Lo Prete e Mônica Bergamo.
Fausto Macedo
O Prêmio IREE de Jornalismo foi criado em 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19 e por uma alarmante escalada de agressões à imprensa. Preocupado com esses ataques, o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) instituiu o concurso para contribuir com a liberdade de informação e de expressão.
A organização do Prêmio IREE de Jornalismo celebra sua sexta edição como uma prova de comprometimento com esses valores. O êxito e a longevidade do prêmio se devem à excelência das comissões julgadoras que elegem os ganhadores de cada ano. Todas foram formadas por profissionais que admirados por suas carreiras e reputação irretocável. Neste ano, o júri será composto por Adriana Dias Lopes, Cíntia Acayaba, Fabio Leite, Graciliano Rocha e Murilo Rodrigues Alves.
O incentivo ao jornalismo é uma das prioridades do IREE, fundado em 2016 para estimular o diálogo entre os setores público e privado. Em seus nove anos, o IREE criou um Centro de Memória Brasileira, um Centro de Memória do Jornalismo, o Kope, entidade de ensino à distância com 30 cursos, participou da edição de uma dezena de livros e promoveu cerca de mil eventos com a participação de 1.500 palestrantes. Em 2024 e 2025, organizou o Seminário Internacional de Segurança Pública, Direitos Humanos e Democracia, principal evento do país sobre o tema.
A Câmara dos Deputados concluiu em 5/11 a votação do projeto que regulamenta os serviços de streaming no Brasil. O texto aprovado garante que os canais públicos de televisão sejam distribuídos nesses serviços e inova com a inclusão da plataforma comum de comunicação pública, que reúne as emissoras federais do Executivo, Legislativo e Judiciário. A proposta segue para votação no Senado.
Pelo projeto, os serviços de vídeo sob demanda, como Netflix; e de televisão por aplicação de internet, como Claro Box; deverão disponibilizar os canais do campo público de Comunicação em transmissão linear ou catálogo conforme a característica de cada plataforma. O texto também determina que fabricantes de televisores e outros dispositivos de consumo de vídeo disponibilizem acesso à plataforma comum de comunicação pública com proeminência.
No seu parecer, o relator, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), justificou que a previsão de carregamento dos canais de comunicação pública, a exemplo da TV Câmara, TV Senado, TV Justiça e TV Brasil, já existe na TV por assinatura.
“Agora são transladadas para o contexto do streaming, preservando a lógica de transparência das atividades públicas e de universalização do acesso a essas informações, que passam a estar disponíveis em qualquer plataforma de streaming audiovisual, aumentando seu alcance”, destacou.
Produção nacional
O projeto de lei 8889/2017, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), estabelece uma cota de 10% de produção audiovisual nacional nas plataformas. Também prevê que essas empresas paguem a Condecine – Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional.
As emissoras públicas participaram ativamente dos debates sobre o projeto. As associações do setor, como a ABCPública, Astral e ABTU também contribuíram nas negociações.