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terça-feira, dezembro 16, 2025

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ABI estreia programa com depoimentos de grandes nomes da comunicação

Hélio Campos Mello e Patricia Campos Mello (Crédito: ABI/YouTube)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) estreou no mês passado o projeto Mestres da Comunicação, que traz depoimentos de grandes nomes da Comunicação. Feito em parceria com a produtora allTV, o programa traz quinzenalmente entrevistas com profissionais que marcaram a história da imprensa brasileira.

No último episódio, o apresentador Ricardo Lessa conversou com José Trajano, que relembrou suas experiências ao longo da carreira no Jornal do Brasil e na ESPN. Antes, o programa recebeu Fernando Mitre, que contou bastidores da organização de debates presidenciais na TV; e Hélio Campos Mello e Patrícia Campos Mello, na primeira vez em décadas de carreira que pai e filha deram entrevista juntos.

Assista ao Mestres da Comunicação aqui.

Aberje apresenta Índice de Confiança da Liderança de Comunicação

A Aberje apresentou esta semana o inédito Índice Aberje de Confiança da Liderança de Comunicação, desenvolvido pelo Centro de Estudos e Análises Econômicas Aplicadas à Comunicação (Ceaec) e pelo Núcleo de Pesquisas da Aberje. Ele passa a mensurar trimestralmente a percepção dos líderes de comunicação sobre a economia brasileira e a situação de suas próprias empresas. A primeira edição foi realizada com os membros do LiderCom, grupo que reúne cerca de 200 líderes de comunicação das empresas associadas à Aberje.

O resultado inicial mostra um recuo de 58,3 para 49,8 pontos entre o primeiro e o segundo trimestres de 2025, o que significa uma transição de otimismo (acima de 50 pontos) para um pequeno grau de pessimismo (abaixo de 50 pontos) – reflexo do impacto imediato do anúncio de tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras. Apesar da queda, as expectativas para os próximos seis meses (51,6 pontos) permaneceram em território otimista, sinalizando confiança na capacidade de recuperação das empresas.

Crédito: Aberje

Condições atuais e expectativas

Ao detalhar os dados, o índice revela que a confiança em relação às condições atuais caiu de 52,7 para 46,1 pontos, já em patamar pessimista. Por outro lado, a percepção sobre as expectativas para os próximos seis meses recuou de 61,1 para 51,6 pontos, mas permaneceu em território otimista – sinalizando confiança na recuperação futura.

Crédito: Aberje

Economia brasileira e empresa

O levantamento também mostra que a percepção em relação à economia brasileira se manteve praticamente estável, em patamar já pessimista (40,7 para 40,4 pontos). No entanto, foi em relação à própria empresa que houve a maior queda, de 58,7 para 48,9 pontos – uma transição clara do otimismo para o pessimismo.

Segundo Leonardo Müller, economista-chefe da Aberje, os dados apontam que “apesar de pessimistas em relação às condições atuais, as lideranças de comunicação permanecem levemente otimistas em relação ao cenário futuro”.

O indicador segue metodologia semelhante à utilizada por entidades como Fiesp, CNI e Mega Brasil (índice de difusão, 0–100, neutro=50), facilitando a comparação e a interpretação dos resultados.

100 anos de Rádio no Brasil – A fábrica invisível do som: quando o audiocast vira linha de produção

Por Álvaro Bufarah (*)

Há um novo som no ar − e, ironicamente, ele não vem de uma voz humana. Em setembro de 2025, a startup norte-americana Inception Point AI, fundada por Jeanine Wright (ex-Wondery), anunciou que pretende transformar o mercado de audiocasts em uma indústria de produção em massa. A promessa: gerar milhares de episódios por semana, a menos de um dólar cada, com narradores, roteiros e personalidades totalmente artificiais

A ideia parece saída de um episódio de Black Mirror, mas já é uma operação real: mais de 5.000 programas estão ativos sob a Quiet Please Podcast Network, com 3.000 novos episódios semanais e 10 milhões de downloads acumulados em apenas um ano

O modelo é direto: inteligência artificial identifica temas populares via Google e redes sociais, gera roteiros com ferramentas como OpenAI, Claude, Gemini e Perplexity, e distribui o conteúdo narrado por 184 agentes de IA personalizados, entre eles personagens como Claire Delish, uma chef de IA, e Oly Bennett, um comentarista esportivo digital. Tudo produzido por uma equipe de apenas oito pessoas.

A fundadora Wright defende o modelo com fervor: “Quem chama isso de lixo de IA é um ludita preguiçoso”, declarou ao The Hollywood Reporter. Para ela, não se trata de substituir humanos, mas de explorar nichos negligenciados: boletins de pólen, biografias locais, previsões meteorológicas − o conteúdo hipersegmentado que dificilmente justificaria uma equipe tradicional

Mas o que está em jogo vai além da eficiência. O audiocast − híbrido entre podcast e áudio programático − começa a operar sob a lógica de um mercado automatizado, onde a escuta é o produto e o som, uma variável de escala.

Esse movimento acompanha uma tendência mais ampla no setor de mídia. Segundo a Deloitte Media Trends 2025, 72% das empresas de conteúdo planejam automatizar parte da produção nos próximos dois anos, e 41% já utilizam IA para edição ou locução básica. No Spotify, por exemplo, o uso de vozes sintéticas em anúncios cresceu 215% entre 2023 e 2025, enquanto o custo médio de produção caiu quase 70%.

A consultoria PwC Global Entertainment Outlook 2025 reforça: o mercado global de áudio digital deve movimentar US$ 41 bilhões até 2027, impulsionado pela personalização algorítmica. Plataformas como Aflorithmic, Play.ht e ElevenLabs consolidam esse novo ecossistema, criando um catálogo de “personalidades sonoras” prontas para aluguel − um mercado paralelo de vozes sob demanda.

Por outro lado, um estudo do Reuters Institute (2024) alerta para o risco da “inflação de conteúdo indistinguível”: quanto mais automatizada a produção, maior a dificuldade do ouvinte em diferenciar o que é editorial, promocional ou meramente sintético.

(Crédito: DALL-E, IT BOLTWISE)

No modelo da Inception Point AI, lucrar não depende de audiência massiva. Um episódio pode se pagar com apenas 20 ouvintes, graças ao custo ultrabaixo. Isso gera o que o pesquisador Nick Couldry chamaria de data colonialism: transformar a atenção e o comportamento humano em insumo de um maquinário de automação. Cada clique, cada escuta, vira matéria-prima para novos episódios “otimizados” − criados para performar bem, não para comunicar melhor.

O perigo não está em usar IA para criar, mas em não criar mais nada fora dela. A própria Wright admite que metade dos “personagens” de sua rede são puramente artificiais, mas sua meta é “fazer com que pareçam mais humanos do que os humanos”.

A automatização da voz levanta questões éticas e estéticas. O Stanford HAI Report 2025 destaca a necessidade de rótulos claros para conteúdos gerados por IA − um tipo de “rotulagem sonora”, equivalente às advertências em vídeos deepfake. A União Europeia avança nesse sentido: o AI Act, aprovado em 2024, exigirá que produções automatizadas revelem sua origem quando usadas comercialmente.

Enquanto isso, experimentos de audio deepfake detection da MIT CSAIL mostram que 83% dos ouvintes não percebem diferença entre vozes humanas e sintéticas em áudios de até 90 segundos. O desafio, portanto, não é técnico: é ético e editorial.

O rádio nasceu como uma arte de presença; o podcast, como uma arte de intimidade. O audiocast de IA propõe algo novo − e perigoso: a arte da replicação. O que antes era voz humana agora é fluxo de dados. A criação deixa de ser um ato para virar um processo.

E talvez seja inevitável. O conteúdo em escala não é apenas uma ambição de startups, mas uma resposta ao comportamento de consumo fragmentado. Queremos sempre mais − e mais rápido. A IA responde a esse desejo com perfeição industrial.

Mas o preço do “tudo agora” é o silêncio da autoria. O som continua − mas a voz, essa, corre o risco de se diluir.

 

Fontes de Referência

  • Castnews − “O futuro do audiocast é a produção em massa por IA, segundo nova startup” (2025).
  • The Hollywood Reporter − “AI startup Inception Point bets on mass-produced audiocasts” (Caitlin Huston, 2025).
  • Deloitte Media Trends 2025 − Automação e IA na produção audiovisual.
  • PwC Global Entertainment & Media Outlook 2025-2029.
  • Reuters Institute Digital News Report 2024.
  • Stanford HAI Report 2025 − Ethics of Generative Audio.
  • MIT CSAIL Deepfake Audio Detection Study (2024).
  • ElevenLabs e Play.ht − Relatórios corporativos 2024–2025 sobre crescimento da produção sintética.
Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (27)

Por Assis Ângelo

A Segunda Grande Guerra terminou bem no começo de setembro de 1945, com a rendição das forças japonesas.

Um dos grandes repórteres norte-americanos, Ernest Hemingway (1899-1961), fez história cobrindo para jornais o desespero que foi aquela guerra. Fez história também com os livros que escreveu, entre os quais o último: O Velho e o Mar. Esse livro foi concluído em 1951. Em 1952, o mesmo livro foi publicado e no ano seguinte destacou-se com o Prêmio Pulitzer.

O Nobel de Literatura de 1954 foi encontrar em Hemingway o escritor mais importante do mundo naqueles tempos.

O Velho e o Mar foi publicado em muitas línguas. Conta a história de um pescador que passa meses indo e vindo sem nada pescar no barco que o leva ao mar. Sobre a sua idade e origens nada é dito. Seu primeiro acompanhante foi um garotinho de 5 anos, chamado Manolin.

Ali logo nas primeiras páginas do livro, Hemingway escreve um diálogo entre o Velho protagonista e seu companheiro de jornada.

Como o Velho praticamente nada pescava, o garoto foi pelo pai obrigado a trabalhar num barco cujo dono, de vista curta, tinha dinheiro e era isso o que o pai do menino mais queria.

Anos depois, o velho pescador e o seu amigo − já grande − lembram parte do passado que juntos viveram. Conversa vai, conversa vem…

“− Amanhã, com esta corrente, vai ser um bom dia − disse.

− Para onde vais? − perguntou o rapaz.

− Muito para o largo, para vir quando levantar o vento. Quero sair antes de ser dia.

− Hei de ver se o levo bem para o largo − disse o rapaz. − E, se pescas alguma coisa das grandes, podemos ir ajudar-te.

− Ele não gosta de trabalhar muito ao largo.

− Pois não − reconheceu o rapaz. − Mas hei de ver o que ele não pode ver, assim, um pássaro à pesca, e levá-lo aos delfins.

− Vê assim tão mal?

− Está quase cego.

− É estranho − disse o velho. − Ele nunca andou às tartarugas. E é o que dá cabo dos olhos.

− Mas tu andaste anos e anos às tartarugas na Costa do Mosquito, e vês bem.

− É que eu sou um velho estranho.

− Mas ainda tens força para um peixe dos grandes a valer.”

 

Antes de cobrir a Segunda Grande Guerra, Ernest Hemingway como repórter também cobriu a Guerra Civil Espanhola, que durou de 1936 a 1939.

No livro As Areias do Tempo (1980), do estadunidense Sidney Sheldon, se acha parte da história recente da Espanha.

Na trama de Sheldon o leitor acompanha ações de um grupo guerrilheiro liderado por um basco de nome Jaime Miró.

Tudo começa e praticamente termina com a queda de Franco, ditador que permaneceu à frente do destino dos espanhóis entre os anos de 1939 até 1975.

Na história engendrada pelo mestre do romance de intrigas e mistérios, o líder guerrilheiro Miró tem no seu encalço o Sérgio Fleury daquelas terras. Seu nome: Ramón Acoca.

Fora os citados personagens, acrescentem-se quatro mulheres tornadas freiras: Irmã Teresa, que é estuprada e assassinada; Irmã Graciela, Irmã Megan e Irmã Lúcia.

Ao fim da história, depois de ameaçar arrancar os olhos de um cara, Lúcia troca a Espanha pelo Brasil e vai morar no Rio.

Quanto ao guerrilheiro Miró, deve-se dizer que escapa do pior contra tudo e contra todos. E mais não digo.

O curioso disso tudo é que Sheldon abre As Areias do Tempo com epígrafes assinadas por Ernest Hemingway e Pablo Neruda. A parte tocante ao autor de O Velho e o Mar é esta:

 

“Os mortos não precisam levantar. São uma parte da terra agora, e a terra nunca pode ser conquistada, sobreviverá a todos os sistemas de tirania.

Aqueles que nela entraram de maneira honrada − e não houve homens que entraram mais honrosamente do que os que morreram na Espanha − já alcançaram a Imortalidade”

Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Rádio TMC vai ao ar no lugar da antiga Transamérica

Rádio TMC vai ao ar no lugar da antiga Transamérica

Foi ao ar na manhã desta segunda-feira (13/10) a rádio TMC, do empresário João Camargo, que substituiu a antiga Transamérica. A ideia do novo projeto é tornar-se uma “rádio disruptiva”, com programação exclusivamente dedicada a jornalismo e esportes, em detrimento do conteúdo musical.

Com o slogan “Quem conhece sabe”, a sigla TMC significa Tradição, Movimento e Conexão. Além de João Camargo, estão à frente do projeto Sérgio Valente, ex-DM9, Globo e JBS, que atuará como líder da estrutura da rádio, e, Neneto Camargo, irmão de João, que ocupará o cargo de executive chairman do projeto. Além da programação na rádio, que manterá a frequência 100,1 FM em São Paulo, a TMC terá forte atuação no YouTube e nas redes sociais, com o objetivo de atingir novos públicos e aumentar sua audiência.

A equipe da TMC é composta por nomes já conhecidos do mercado da comunicação. Mais recentemente, a rádio anunciou as contratações de Daniela Lima, ex-CNN Brasil e GloboNews e atualmente colunista do UOL; Jamil Chade, também do UOL, correspondente na Europa há duas décadas; e Luiz Felipe Pondé, filósofo e colunista da Folha de S.Paulo. Os três atuarão como colunistas, comentaristas e analistas na programação da rádio. Daniela falará sobre as últimas notícias no mundo da política, Jamil sobre as informações internacionais mais relevantes e Pondé trará reflexões e diferentes pontos de vista sobre as principais manchetes do noticiário.

Também farão parte da TMC os apresentadores Joana Treptow e Rodrigo Alvarez, e o  produtor Gabriel Alves, que deixaram o Grupo Bandeirantes. A equipe é composta ainda por Éder Luiz, Benjamin Back e Marcelo D’Angelo.

Prêmio Engenho debate desinformação com mulheres em Ceilândia

Crédito: Samuel Regan-Asante/Unsplash

Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, estará em Brasília nesta quarta-feira (15/10), para ministrar, na Casa Akotirene, em Ceilândia, das 14h30 às 16h, uma palestra cujo tema será Cidadania, Jornalismo e Educação Midiática. A iniciativa é uma das quatro atividades de combate à desinformação e fortalecimento do Jornalismo que o Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia está empreendendo.

“Nossa missão é alcançar a sociedade fomentando o Jornalismo como uma ferramenta de cidadania e difundindo conhecimento que intensifique o combate à desinformação e às fake News“, ressalta Kátia Cubel, diretora da Engenho, que realiza o prêmio. Ela conta que a ação, que conta com apoio da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, também ocorrerá no IESB e no Instituto Reciclando Sons, na Estrutural. Em 7/10, foi realizada no Uniceub, para alunos de Jornalismo, Direito e Ciências da Computação.

Folha vence Grande Prêmio e é eleita Veículo do Ano pelo Abecip

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança divulgou os vencedores do 22º Prêmio Abecip de Jornalismo. O grande destaque desta edição foi a Folha de S.Paulo, que além de ter sido homenageada com o título de Veículo do Ano, também faturou o Grande Prêmio da iniciativa com a reportagem Espera por moradia no RS se arrasta por falta de terreno, burocracia e eleição municipal, de Idiana Silveira Tomazelli e Pedro Ladeira.

Nas demais categorias os prêmios foram para:

 

O Crédito Imobiliário e as Políticas Públicas

  • Priscila Mengue, de O Estado de S. Paulo, com Leilão bilionário da Operação Faria Lima: o que pode mudar em SP?
  • Tatiana Lagôa, Gabriel Rezende, Gabriel Rodrigues, José Vitor Camilo, Juliana Siqueira, Raíssa Oliveira e Raquel Penaforte, de O Tempo, com a série Habitar
  • Thaís Barcellos, de O Globo, com Estados quase dobram participação no Minha Casa Minha Vida com foco na baixa renda

 

Custos, Preços da Habitação e Funding para o Crédito Imobiliário

  • Circe Bonatelli, do Broadcast/Agência Estado, com Renegociações e calotes de incorporadoras no mercado de capitais disparam
  • Gabriel Shinohara e Edna Simão, do Valor Econômico, com Redução das famílias e custo puxam demanda por imóveis menores
  • Rebecca Crepaldi, da Exame, com O drama da classe média

 

ESG

  • Pollyana Araújo, do Primeira Página, com Cuiabá andou para trás no jeito de construir e virou refém do ar-condicionado
  • Alice de Souza, da DW Brasil, com A luta de um quilombo contra a especulação imobiliária

A cerimônia de premiação está marcada para 30 de outubro.

 

TV Brasil retorna ao Acre com a TV Nova Aldeia

Crédito: Diego Gurgel/Secom Governo do Acre

A TV Aldeia, que transmitia o sinal da TV Brasil no Acre e que estava fora do ar desde 2018, retornou nesta semana com o nome TV Nova Aldeia e uma nova infraestrutura. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) atuará em parceria com a Universidade Federal do Acre (UFAC) para levar informações confiáveis para todas as regiões do estado.

O projeto de retomada contou com mudanças significativas na insfraestrutura tecnológica da emissora, incluindo a instalação de um transmissor digital de 3.000 watts, o que garante sinal para cerca de 345 mil pessoas na capital e municípios vizinhos. A multiprogramação inclui os seguintes canais: TV Brasil / TV Aldeia, Canal Gov, Canal Educação e Canal Saúde.

O conteúdo local da programação será responsabilidade da UFAC, que em cooperação técnica com o governo do Estado do Acre, produzirá programas para trazer informações de interesse à população acreana.

“A TV Aldeia estava fora do ar desde 2018 e é muito simbólico trazer a televisão pública de volta para o Estado do Acre neste momento em que o mundo quer conhecer mais a Amazônia por causa da COP30″, destacou Gracielly Bittencourt, gerente da Rede Nacional de Comunicação Pública da EBC, durante evento de inaugração da nova sede da TV Nova Aldeia. “Agora a população acreana pode assistir à programação da TV Brasil e, mais que isso, os rostos, as vozes e as perspectivas do povo do Acre sobre os temas de interesse nacional voltam a aparecer para todo o país nas telas da comunicação pública”.

Radioagência Nacional comemora 21 anos

A EBC também está comemorando os 21 anos de trabalho da Radioagência Nacional, fundada em 2004, quando a emissora ainda se chamava Radiobrás. Em setembro, a Radioagência Nacional alcançou mais de 700 mil usuários e mais de 1 milhão de acessos. A EBC lançou uma série especial contando a história do projeto ao longo destes 21 anos. Confira na íntegra aqui.

Sob Trump, confiança de americanos na imprensa cai ao seu menor nível histórico

Por Luciana Gurgel

A influência do movimento liderado por Donald Trump desde o seu primeiro mandato para desacreditar o jornalismo nos EUA está cobrando seu preço: menos de três em cada dez americanos (28%) disseram ter confiança em jornais, televisão e rádio para se informar ‘de maneira  completa, justa e precisa’.

A constatação foi feita pelo Instituto Gallup, que acaba de divulgar uma pesquisa revelando que apenas 28% dos entrevistados confiam “razoavelmente” ou “muito” na mídia tradicional.  Houve queda de 31% e de 40%, respectivamente, em relação a 2024.

Segundo o Gallup, é a primeira vez que a confiança caiu para menos de 30% desde que o acompanhamento começou a ser feito, há quase cinco décadas.

Perda de confiança no jornalismo é global, mas no Brasil é menor

A falta de confiança nas notícias é um problema global, mas não acontece com a mesma intensidade em todos os mercados.

No Digital News Report, pesquisa anual do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo, o Brasil apresenta um nível de confiança geral no noticiário 12 pontos percentuais mais alto que os EUA. Na classificação geral entre 48 mercados, o primeiro está em 20º lugar e o segundo, em 39º.

Ainda que no Brasil, assim como em outros países, governantes tenham usado suas plataformas para vociferar contra jornalistas, os EUA vivem um momento sombrio, com uma campanha que vai além de palavras para também amedrontar profissionais e organizações de imprensa com processos e represálias regulatórias.

Nesse campo de batalha, o público deixa de acreditar, como mostra o Gallup. Quando o instituto começou a medir a confiança no jornalismo, na década de 1970, cerca de 70% dos americanos diziam confiar nas notícias que recebiam.

Então, em quem eles acreditam agora? Não é na IA. Outra pesquisa divulgada na semana passada, do Pew Research Center, apontou que menos de 10% dos entrevistados buscam notícias nos chatbots como ChatGPT. E metade deles diz que ter encontrado notícias que acham imprecisas.

Leia mais sobre o estudo do Gallup em MediaTalks.


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Esta semana em MediaTalks

Quem confia nas notícias do ChatGPT? Pesquisa mostra que, nos EUA, a maioria não. Leia mais

Guerra em Gaza faz 2 anos como o conflito mais letal para jornalistas em tempos modernos. Leia mais

Quem é Bari Weiss e o que está por trás da surpreendente troca de comando da CBS nos EUA. Leia mais

Instituto Palavra Aberta receberá Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2025

Instituto Palavra Aberta receberá Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2025
Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) entregará o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2025 para o Instituto Palavra Aberta, em celebração e reconhecimento aos 15 anos de atuação da entidade em educação midiática e na defesa das liberdades de expressão e de imprensa, do acesso à informação e do combate à desinformação. A entrega ocorrerá em 4 de dezembro, das 10h às 12h30, no auditório da ESPM-TECH, em São Paulo.

“Ao longo de seus 15 anos, o Palavra Aberta se tornou uma das principais instituições em defesa da liberdade de expressão e de imprensa no Brasil.”, destacou Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ. “E foi além, atuando também de forma estrutural contra a desinformação, ao estender sua abrangência para a cada vez mais necessária educação midiática. Desde sua criação, o Palavra Aberta tem tido o apoio da ANJ, mas faltava ainda o reconhecimento formal sobre o extraordinário trabalho em defesa da liberdade liderado pela Patricia Blanco com sua equipe”.

O Instituto Palavra Aberta foi fundado em fevereiro de 2010 por quatro associações: Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário (Abap, além da própria ANJ. O instituto tornou-se referência na promoção do acesso à informação e em educação midiática.

Em 2019, o Palavra Aberta criou o EducaMídia, um dos principais programas de educação midiática do País, que capacita professores das redes de ensino em diversos estados a identificar informações falsas, valorizar fontes confiáveis e utilizar os meios digitais de forma segura e responsável. O projeto também realiza trabalhos voltados ao uso consciente da internet e à inclusão de pessoas com mais de 60 anos.

A entrega do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2025 ocorrerá em 4 de dezembro, das 10h às 12h30, no auditório da ESPM-TECH, em São Paulo. Após a cerimônia, haverá um debate sobre Inteligência Artificial e o futuro do jornalismo. Participarão Patricia Blanco, presidente do Palavra Aberta; Sérgio Dávila, diretor de Redação da Folha de S.Paulo; Eurípedes Alcântara, diretor de Jornalismo do Estadão; e Alan Gripp, diretor de Redação do jornal O Globo. A coordenação será de Marta Gleich, diretora-executiva de Jornalismo e Esporte do Grupo RBS.

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