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7 de junho de 1977: Manifesto de jornalistas contra a censura durante a ditadura

7 de junho de 1977: Manifesto de jornalistas contra a censura durante a ditadura
Foto da exposição "Evandro Teixeira. Chile, 1973" (Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Artigo publicado originalmente no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 7/06/2024.

Por Geraldo Cantarino, conselheiro da ABI

No dia 7 de junho de 1977, cerca de três mil jornalistas brasileiros assinaram um manifesto contra todas as formas de cerceamento à imprensa durante o regime militar, no poder há 13 anos. O documento, considerado histórico, constituiu a maior manifestação coletiva contra a censura desde a criação da imprensa brasileira, iniciada em 1808, em Londres, por Hipólito José da Costa. O texto foi lido no Senado Federal pelo senador Lázaro Barbosa (MDB-GO) e na Câmara dos Deputados pelo deputado Álvaro Dias (MDB-PR). A primeira assinatura do manifesto foi do então presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), jornalista Prudente de Moraes Neto, que viria a falecer seis meses depois. A importância da publicação desse documento no contexto histórico de repressão e falta de liberdade de imprensa levou à escolha do 7 de junho para a celebração do Dia Nacional da Liberdade de Imprensa.

Abaixo, reproduzimos a íntegra do manifesto publicado na edição de junho de 1977 do Boletim ABI, órgão oficial da Associação Brasileira de Imprensa. A edição pode ser acessada no site da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional:
http://memoria.bn.gov.br/DocReader/027898/417.

O manifesto

Nós jornalistas brasileiros, abaixo assinados, conscientes dos deveres e da responsabilidade social de nossa profissão e diante da crise econômica, social e política do país, manifestamos publicamente nossa posição favorável ao debate aberto e democrático como caminho para sua solução e, por conseguinte, nosso inconformismo com a permanência da censura prévia – parcial na imprensa, mas total no rádio e na televisão – e de outras restrições e ameaças à liberdade de informação.

A plena liberdade de opinião, de crítica e de informação é um direito que nos é negado – e a toda a Nação – pela violência de uma censura que cerceia e mutila jornais e revistas, que já destruiu várias publicações e está de tal forma institucionalizada que se exerce até mesmo nas escolas de comunicação; pela omissão deliberada de informações por parte de autoridades e órgãos; pelo impedimento do acesso do jornalista às fontes de informações, como forma não declarada de censura; pela ameaça constante que o Ato Institucional nº 5 representa para as publicações sem censura prévia; pela apreensão arbitrária de edições inteiras;
pelo estímulo que toda esta situação representa às mais variadas formas de autocensura; pela sonegação sistemática do conhecimento da realidade brasileira a milhões de pessoas que têm como única fonte de informação um rádio e uma televisão sujeitos a uma censura ainda mais rigorosa.

O AI-5, a Lei de Imprensa, a Lei de Segurança Nacional e o Código Brasileiro de Telecomunicações – aos quais se somam o arbítrio e a prepotência da autoridade – fornecem os instrumentos para a manutenção desse quadro sombrio de violação do direito de expressão e do direito à informação.
Consideramos que esse quadro, além de impedir o pleno exercício de nossa profissão, que tem a liberdade como pressuposto básico, só pode contribuir para manter a população brasileira na ignorância dos problemas nacionais e, portanto, impedida de participar conscientemente da busca de soluções.

Temos plena convicção de que só um regime de liberdades democráticas, no qual a imprensa, o rádio e a televisão sejam livres para veicular, refletir e debater opiniões, críticas, divergências e contradições, poderá devolver à população o direito de manifestação.

Da mesma forma, a liberdade de informação contribuirá para garantir o pleno respeito aos direitos humanos.

Fiéis a essas convicções, nós jornalistas manifestamos nossa disposição de lutar contra a censura e todas as formas de restrição à liberdade de expressão e informação; e firmamos nossa posição, contrária à manutenção dos atos de exceção que impedem o livre exercício da nossa profissão e, com isso, sufocam o debate e a participação consciente da população.
Ao mesmo tempo, encaminhamos esta nossa manifestação ao Congresso Nacional, pelos presidentes do Senado e da Câmara e pelos líderes dos dois partidos – por ser a instituição que reúne os representantes eleitos pela população e cujas tribunas devem refletir as opiniões de todas as camadas da sociedade brasileira.

Estamos certos de que as limitações que sofremos hoje tornam um dever – profissional e patriótico – lutar para eliminá-las, em defesa das liberdades democráticas.

Brasil, 7 de junho de 1977.

Folha abre inscrições para programa de treinamento em jornalismo de ciência e saúde

Folha abre inscrições para programa de treinamento em jornalismo de ciência e saúde
Crédito: Lucas Vasques/Unsplash

Estão abertas até 23 de junho as inscrições para o 9º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha de S.Paulo. O curso, coordenado pela repórter Cláudia Collucci, irá de 22 de julho a 23 de agosto, de forma online e presencial.

Os selecionados participarão de palestras, entrevistas, reuniões e oficinas com médicos, especialistas em saúde, repórteres e editores. Também estão previstas visitas a hospitais e centros de pesquisa.

Pessoas sem diploma em jornalismo também podem concorrer a uma das dez vagas disponíveis. A fase remota será realizada no período noturno, enquanto a fase presencial será em tempo integral, em São Paulo.

Interessados podem se inscrever aqui.

Leia também: J&Cia lança especial do Dia da Imprensa sobre os novos rumos do jornalismo de Economia

J&Cia lança especial do Dia da Imprensa sobre os novos rumos do jornalismo de Economia

Crédito: AbsolutVision/Unsplash

Jornalistas&Cia lançou nesta quinta-feira (6/6) uma edição especial em comemoração ao Dia da Imprensa (1º/6) que aborda o presente e o futuro do jornalismo de Economia. O especial foi liderado por Cida Damasco, jornalista com muitas décadas de experiência na cobertura do setor.

O jornalismo de Economia foi sacudido nos últimos anos pela entrada vigorosa de múltiplas instituições financeiras na atividade, fenômeno que, de um lado, trouxe importante alento para o universo profissional e para a qualidade do jornalismo praticado, e, de outro, preocupações com os possíveis conflitos de interesse dessa até então incomum subordinação.

Mas não só. O jornalismo de Economia também foi sacudido por alguns novos veículos liderados por jornalistas que anteviram potencial e relevância em atuar com produtos e força próprios, de forma independente e empreendedora.

Por óbvio, esse acirramento na concorrência obrigou a que também os veículos tradicionais não ficassem parados e, ao contrário, se movimentassem e se inovassem para continuarem no protagonismo de uma das mais fortes áreas do jornalismo do País.

Foi esse o cenário que levou J&Cia a ir a campo para entender e explicar melhor como as transformações em andamento estão impactando essa área especializada do jornalismo brasileiro e o mercado editorial e quais caminhos hoje se apresentam para os que estão à frente – e na retaguarda – dessa fascinante jornada.

Não poderia haver escolha melhor para liderar um especial com tamanha responsabilidade do que Cida Damasco, colega que esteve presente por décadas na lida dessa cobertura especializada nos vários veículos em que atuou e nos mais diferentes cargos, entre eles o de primeira (e até agora única) editora-chefe do jornal O Estado de S. Paulo.

Nem todos atenderam ao chamado dela para entrevistas, mas as fontes ouvidas − e foram várias − deram uma contribuição inestimável para a construção de uma matéria serena, objetiva e equilibrada, que engrandece não só o J&Cia, mas o próprio jornalismo brasileiro. Entre elas está um dos pioneiros e que mais contribuíram para a implantação e o desenvolvimento de um jornalismo de Economia de primeira grandeza no Brasil, Roberto Müller Filho, que liderou e tornou a saudosa Gazeta Mercantil em referência nacional e internacional nesse campo do jornalismo. Quis o destino que, poucos dias depois de conversar com Cida Damasco, e exatamente na véspera do lançamento do especial, ele nos deixasse, para tristeza geral. Que seu legado siga inspirando o caminho das novas e velhas gerações.

Leia a edição especial na íntegra aqui.

Canal Meio estreia no streaming e tem novidades na equipe

Pedro Doria e Vitor Conceição (Crédito: Leo Martins/Divulgação)

O Canal Meio, que se destaca pela abordagem inovadora no jornalismo digital, anuncia mudanças na equipe e o início da produção do primeiro filme da nova plataforma de streaming, que vai discutir o valor da democracia. Tudo isso em consequência dos novos recursos obtidos com a rodada de investimento, em abril, com a entrada de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, na sociedade.

Ricardo Rangel assume a área de documentários, e explica a escolha do tema: “A gente decidiu que o primeiro doc seria sobre a democracia porque ela está sob ameaça. E essa ameaça não vem só da extrema direita, há muita intolerância com quem pensa diferente, e essa intolerância está por toda parte. Parece que muita gente não entende com clareza o que é a democracia, qual o seu valor ou por que ela precisa ser preservada”. Rangel foi sócio da Conspiração Filmes e assina coluna na revista Veja.

O filme contará com roteiro do jornalista e escritor Sérgio Rodrigues e consultoria de História do cientista político Christian Lynch. A produção será lançada ainda este ano, seguida por outras com foco em história, cultura, sociedade, política e educação, tendo como objetivo democratizar o acesso à informação de qualidade.

Pedro Doria, fundador do Meio ao lado do CEO Vitor Conceição, passa a atuar como diretor de Jornalismo, coordenando diretamente todas as áreas. Flávia Tavares o substitui como editora-chefe, ela que respondia pelo conteúdo premium e teve passagens por Estadão, revista Época e CNN.

Para ser o editor executivo do conteúdo premium do canal chega Guilherme Werneck. Ele foi diretor de estratégia digital na Abril e na MTV, diretor de Redação da revista Trip, editor na Folha de S.Paulo e em O Estado de S. Paulo.

Myrian Clark entra como produtora de jornalismo. Trabalhou como editora-chefe do canal MyNews, foi roteirista, ponto eletrônico e entrevistadora do Programa do Jô, na TV Globo. Esteve ainda em BBC, TV Cultura, Folha de S.Paulo, Notícias Populares, Fapesp e SBT.

“Se o Google acabar com a mídia de notícias, quem alimentará a ‘fera’ da Inteligência Artificial?”

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A frase não é minha. É o título de um artigo na Vanity Fair sobre as mudanças no Google que podem fazer o jornalismo sumir das buscas. O leitor apressado receberá sumários feitos com base no que gente de carne e osso pautou, mandou cobrir, apurou, escreveu, fotografou e editou (sem contar a turma da contabilidade, do RH, da TI, do marketing, do comercial, da fotografia e toda a cadeia produtiva de uma empresa jornalística).

O mecanismo está sendo visto por muitos como a pá de cal em um setor já abalado pela concentração da propaganda nas mãos das plataformas digitais.

Enquanto as empresas decidem se brigam na justiça contra o uso de seu conteúdo para treinar as IAs ou se negociam com as dominantes do setor para receber compensação e a nova forma de encontrar notícias parece inexorável, a tecnologia avança nas redações.

Mas o que pensa o consumidor de notícias? O Instituto Reuters pesquisou as impressões do público a respeito do uso da IA na produção jornalística.

Foram ouvidas mais de 12 mil pessoas em EUA, Japão, França, Reino Unido, Argentina e Dinamarca. Em sua maioria, elas demonstraram reservas com a IA no jornalismo e esperam que humanos estejam no comando.

Um em cada três entrevistados acreditam que editores de carne e osso confirmam se os resultados gerados pelas IAs estão corretos e obedecem a altos padrões antes de os publicar.

Isso nem sempre é verdade. Em dezembro do ano passado, o CEO do grupo dono da Sports Illustrated foi demitido depois da revelação de que matérias  geradas por IA − como resultado de acordo comercial com uma empresa de conteúdo patrocinado − tinham sido assinadas por jornalistas reais. Mas eram todas inventados pela IA, o que faz com que o conteúdo esteja longe do “alto padrão”.

Os pesquisadores constataram muita incerteza a respeito da absorção da IA generativa na produção jornalística.

Uma parte do público nesses países já entende que a IA já está entre nós: 43% acreditam que é sendo usada sempre ou com muita frequência para corrigir ortografia; 29% para escrever manchetes e 27% para escrever textos.

Apenas 5% acham que não é necessário rotular conteúdos produzidos com ajuda da IA. Mas o que rotular?

Um terço dos pesquisados entende que se a IA ajudou a corrigir erros ortográficos ou criar uma manchete, isso deve ser sinalizado. A taxa sobe para usos mais avançados, como “escrever o texto” e “analisar dados” (ambos marcando 47%). E nem tudo é aceitável.

Em uma escala resultante da ponderação de opiniões negativas e positivas, notícias sobre moda alcançaram sete pontos, enquanto textos sobre esportes marcaram cinco. Já em notícias politicas a pontuação foi -33.

Por ter popularizado a IA generativa, o ChatGPT é a ferramenta mais utilizada pelo público. Mas para a obtenção de notícias o uso ainda é baixo (5%), o que se explica pelo fato de o serviço da OpenAI não estar conectado ao noticiário recente.

No entanto, vale observar o que acontece nos EUA, onde o Google começou a testar as buscas de sua IA abrangendo conteúdo jornalístico: 10% dos entrevistados pelo Reuters disseram já usar a tecnologia para se informar. Mais do que confiança no conteúdo, o que está em jogo agora é acesso.

Grandes empresas jornalísticas fecharam acordos com a OpenAI para licenciar seus conteúdos − Financial Times, Axel Springer, Le Monde, Prisa, NewsCorp, Vox, The Atlantic −, seguindo os passos da Associated Press, a pioneira.

New York Times, Getty Images e o grupo que edita o Chicago Tribune levaram a briga aos tribunais, o que pode resultar em acordos financeiros mais vantajosos do que obteriam negociando diretamente, ajudando a capitalizar o setor.

As questões em aberto são: será que o dinheiro dos acordos, por mais que as empresas de IA abram suas carteiras, compensará a queda de tráfego vaticinada por analistas quando os links diretos sumirem das buscas? E os pequenos, alijados desses acordos?

Se a audiência despencar, como atrair anunciantes? O que acontecerá com a receita da programática? A injeção das gigantes será suficiente para manter a produção de conteúdo capaz de continuar alimentando a “fera” da IA?

Nick Bilton, da Vanity Fair, levantou algumas dessas perguntas, mas não deu as respostas, se é que alguém as têm.


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O adeus a Manoel Henrique Moreira

O adeus a Manoel Henrique Moreira
Crédito: Acervo Ceub

Morreu em 1º/6, aos 66 anos, Manoel Henrique Moreira, professor e coordenador do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Ele estava internado há cerca de duas semanas, tratando uma pneumonia, mas não resistiu a uma infecção hospitalar. Deixa a mulher, Valéria, e os filhos Felipe, repórter da CBN; o publicitário Lucas; e Gabriel, de relações internacionais. O corpo foi velado e cremado no domingo, no Cemitério Campo da Esperança.

Graduado em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Augusto Motta, Manoel Henrique fez mestrado e doutorado em Comunicação na UnB. Em Brasília e na coordenação do curso de Comunicação e Publicidade no UniCeuB, onde atuou por 22 anos, era reconhecido sobretudo pelas especialidades em comunicação estratégica, reportagem, comunicação organizacional e história do jornalismo, temáticas sobre as quais assinou artigos e contribuiu para pesquisas e publicações acadêmicas. É autor dos livros Comunicação Estratégica e Integrada, a visão de 23 autores em 5 países e Grande Imprensa: Jornalismo, Fortuna e Poder no Brasil. Foi também militar, tendo sido assessor de comunicação no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos (SP), e no Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, em Brasília.

Foi responsável pela formação de diferentes gerações de profissionais na Capital Federal. Aposentou-se no ano passado.

Leia também: Morre Roberto Müller Filho, referência no jornalismo de Economia

Morre Roberto Müller Filho, referência no jornalismo de Economia

Morreu na noite desta terça-feira (4/6), em São Paulo, aos 82 anos, o jornalista Roberto Müller Filho. Natural de Ribeirão Preto, era casado com a também jornalista Tânia Müller.

Um dos grandes nomes na história do jornalismo de Economia do Brasil, liderou por anos a redação da Gazeta Mercantil, onde em 1987, ao lado de Luis Levy e Paulo Sotero, foi agraciado com o tradicional prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos. Também passou pelas tevês Globo, Cultura e Bandeirantes, e foi editor de Economia da Folha de S. Paulo.

Em 2010, pelas mãos de Maria Helena Tachinardi, teve sua vida e obra detalhadas no livro Roberto Müller Filho. Intuição, Política e Jornal (Imprensa Oficial). Foi também um dos entrevistados por Cida Damasco para a edição especial de Dia da Imprensa da newsletter Jornalistas&Cia, que será publicada nesta quarta-feira (5/6).

O velório acontece também nesta quarta-feira, das 10h às 16h, na Velar Unidade Morumbi (Av. Giovanni Gronchi, 1358).

Suspenso por quatro anos, programa Natureza Viva volta ao ar

Suspenso por quatro anos, programa Natureza Viva voltou ao ar

Natureza Viva, programa da Rádio Nacional da Amazônia, um dos veículos da EBC, voltou ao ar em 2/6, após quatro anos suspenso, por causa da pandemia de Covid. Comandado por Mara Régia, o programa foi criado em 1993 com o objetivo de traduzir para os povos da região amazônica o debate travado na chamada Eco 1992, que discutiu, no RJ, os efeitos das mudanças climáticas e o imperativo de construir nova economia que preservasse o meio ambiente. Era o início das Conferências sobre Mudanças Climáticas da ONU, as COPs.

“Justo no ano em que a gente está pensando em ser referência para o mundo, à luz da chegada da COP30 ao Brasil, em Belém, seria impossível que a programação das rádios se ausentasse dessa pauta de uma forma educativa”, destaca Mara. “É diferente quando você dá uma notícia de meio ambiente porque você não comenta, não aprofunda, não desdobra o assunto”.

Na reestreia, Mara entrevistou o climatologista Carlos Nobre, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), exonerado no governo Bolsonaro. Ele foi escolhido na semana passada para integrar o grupo Guardiões Planetários (Planetary Guardians). É o primeiro brasileiro a participar desse seleto grupo, que trabalha com proteção ambiental e populações vulneráveis.

O programa, que vai ao ar aos domingos, das 9h às 10h, pode ser ouvido pelo aplicativo das Rádios EBC; pelo site da Rádio Nacional da Amazônia; ou sintonizando diretamente nas ondas dos rádios, nas frequências 11.780 KHz e 6.180 KHz das ondas curtas (OC).

Leia também: Veículos e jornalistas brasileiros entre os indicados para o Prêmio Gabo 2024

Valmir Salaro é o novo colunista do UOL

Valmir Salaro é o novo colunista do UOL
Crédito: Reprodução/ Encontro/ Globo

Valmir Salaro entrou para o time de colunistas do UOL. Conhecido pela atuação como repórter especial do Fantástico, o ex-Globo realizou a cobertura de crimes famosos no País, como os assassinatos dos pais de Suzane von Richthofen (2002) e a morte da menina Isabella Nardoni (2008).

Segundo anúncio do UOL nesta terça-feira (4/6), além de colunista, Salaro será comentarista no UOL News e repórter para assuntos de crimes e segurança pública.

Formado em 1978 na Faculdade Cásper Líbero, antes de ingressar na Globo Valmir trabalhou na Folha de S.Paulo, onde ganhou dois prêmios Vladimir Herzog. Também teve passagens pelo Jornal do Brasil e na rádio Jovem Pan.

Salaro foi o primeiro a noticiar o caso Escola Base, no qual os donos da escola eram acusados de abusar sexualmente de crianças, em 1994. Contudo, o ato é considerado por ele um erro na carreira, uma vez que posteriormente ficou provado que eles eram inocentes.

O episódio chegou a ganhar um documentário no Globoplay, em que o repórter reconta e reflete sobre o acontecido.

Leia também: Coalizão em Defesa do Jornalismo realiza coletiva sobre assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips

Coalizão em Defesa do Jornalismo realiza coletiva sobre assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips

Dom Phillips e Bruno Pereira: um ano sem respostas
Crédito: X (Twitter)/Cristiano Siqueira (@crisvector)

A Coalizão em Defesa do Jornalismo realiza nessa quarta-feira (5/6), das 12h45 às 14h, em Brasília, uma coletiva de imprensa sobre os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips. A data marca exatos dois anos das mortes do indigenista brasileiro e do jornalista britânico, vítimas de uma emboscada em 2022 no Vale do Javari, no Amazonas.

Entidades integrantes da coalizão falarão sobre o andamento das investigações do crime
e da impunidade em assassinatos de jornalistas no Brasil e na América Latina. A coletiva abordará também as medidas cautelares concedidas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em favor de Bruno, Dom e de membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Estará presente na coletiva o colombiano Pedro Vaca Villarreal, relator especial para Liberdade de Expressão da CIDH, que falará sobre a importância da proteção ao
trabalho jornalístico pautado pelas questões ambientais no Brasil e na América Latina. O relator vai trazer dados sobre violência e restrições ao trabalho da imprensa na região amazônica.

A coletiva será realizada no Espaço Cultural Renato Russo, na sala Marco Antônio Guimarães (Comércio Residencial Sul 508 Bloco A – Asa Sul, Brasília – DF, 70351-515). Fazem parte da coalizão as seguintes entidades: Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Artigo 19, Instituto Vladimir Herzog e Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

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