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Anuário Informática Hoje, especializado em tecnologia da informação, comemora 40 anos

O Anuário Informática Hoje, publicação especializada em tecnologia da informação que analisa o desempenho anual do mercado brasileiro, comemora neste mês de novembro 40 anos de circulação. Além de analisar as empresas do setor, o anuário premia os melhores desempenhos em suas respectivas áreas de atuação. A publicação também ranqueia as 200 maiores empresas de TI do País, com dados analisados por uma equipe especializada no segmento, sob a supervisão de professores da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.

O Portal dos Jornalistas conversou com Wilson Moherdaui, publisher da Fórum Editorial, responsável pelo anuário. Ele falou sobre a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos de circulação, os desafios e obstáculos da cobertura do setor, a necessidade de se adaptar constantemente e a ameaça da inteligência artificial. Leia a entrevista na íntegra:

Portal dos Jornalistas Qual a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos? O que representa esse marco?

Wilson Moherdaui

Wilson Moherdaui – Se eu me deixasse levar só pela emoção, certamente poderia resumir minha resposta a uma única frase: é um tremendo orgulho lançar a edição especial de 40 anos do Anuário Informática Hoje. Afinal, não é trivial que uma publicação jornalística brasileira complete 40 anos. Ainda mais quando se trata de uma publicação especializada em tecnologia.

Mas não seria coerente com a trajetória do Anuário deixar de destacar o papel dele como fonte de informações e análises fiéis e independentes do mercado brasileiro de tecnologia da informação. Acredito sinceramente que esta edição, como as 39 anteriores, cumpre o compromisso de fazer uma radiografia apurada e isenta do desempenho econômico-financeiro e das estratégias das empresas que atuam no setor brasileiro de TI.

Portal – Fale um pouco sobre a história do anuário. Como surgiu a ideia da publicação?

Wilson – Em abril de 1985, enquanto o Brasil vivia os angustiantes dias da agonia do presidente eleito Tancredo Neves, lançamos o Informática Hoje, uma publicação semanal, em formato tabloide, impressa em papel jornal, em quatro cores (algo inédito na época), especializada em tecnologia. Meses depois, como um desdobramento natural do IH, surgiu o Anuário Informática Hoje, com a proposta de analisar o desempenho econômico-financeiro do mercado brasileiro do que hoje chamamos de tecnologia da informação. Era uma espécie de Melhores e Maiores (NdaR.: edição especial anual da revista Exame, da Editoria Abril), numa versão focada nas empresas de informática.

Além de analisar os balanços das empresas do setor, o Anuário passou a premiar as empresas com o melhor desempenho em seus respectivos segmentos de atuação (como hardware, software, serviços, distribuição e revendas, por exemplo). Como deve fazer toda publicação jornalística que ousa atribuir prêmios, o Anuário sempre adotou critérios claros e objetivos, que são explicitados logo nas primeiras páginas de cada edição. Com isso, em pouco tempo o Anuário tornou-se referência para o mercado brasileiro. Ao ponto de várias empresas terem sido compradas ou incorporadas por outras ou por grupos de investidores justamente pelo fato de terem sido premiadas.

J&Cia – Como um profissional que cobre o setor da tecnologia da informação há anos, fale sobre as peculiaridades do setor, os desafios e obstáculos encontrados durante essa cobertura e a necessidade de se adaptar constantemente, pensando nas novas tendências que surgem a todo o momento.

Wilson – Acho que o maior desafio dos jornalistas que, como eu, cobrem um setor tão dinâmico quanto o de tecnologia é se manterem atualizados sobre o processo acelerado de inovação das empresas, dos centros de pesquisa e dos profissionais envolvidos. Não seria exagero dizer que esses jornalistas especializados são os que mais sofrem de uma síndrome que costumo chamar de “ansiedade da informação”. Só para ilustrar essa afirmação de uma forma prosaica: a capacidade de processamento de um mainframe (nome que se dá aos grandes computadores, que nos anos 1980 ocupavam salas inteiras) é infinitamente menor do que a de um smartphone dos dias de hoje. Imagine o que isso significa no dia a dia de quem se propõe a cobrir esse tema. A velocidade da inovação é diretamente proporcional à ansiedade de quem se propõe a descrevê-la para o seu público – sejam leitores, ouvintes ou espectadores, nos veículos tradicionais ou nas implacáveis mídias sociais.

Capa da primeira edição do Anuário Informática Hoje

J&Cia – Nos dias atuais, é impossível falar em tecnologia e não pensar em inteligência artificial. Como você enxerga a evolução da IA, seus benefícios e ameaças ao setor?

Wilson – Nos anos recentes, surgiram muitas expressões no mundo da tecnologia das quais a gente nunca mais ouviu falar – como metaverso, por exemplo. Agora, chegou a vez da inteligência artificial. Só que essa veio para ficar e transformar radicalmente o mundo em que a gente vive. Para o bem e para o mal.

Considerando que a IA é a capacidade que soluções tecnológicas têm de simular a inteligência humana, realizando determinadas atividades de maneira autônoma e aprendendo por si mesmas – graças ao processamento de um grande volume de dados que recebem de seus usuários –, não dá para imaginar até onde ela pode chegar. Mas o objetivo final dos desenvolvedores dos sistemas de IA é chegar o mais próximo possível da capacidade do cérebro humano. A dúvida não é se, mas quando isso vai acontecer. O que talvez possa nos tranquilizar é que, mesmo em velocidade difícil de acompanhar, isso virá gradualmente, não de uma hora para outra.

De qualquer forma, a IA vai estar em todos os processos corporativos, na educação, na medicina, na indústria, no urbanismo, no processo eleitoral – enfim, nenhuma área de atividade humana vai escapar.

O jornalismo como a gente conhece também nunca mais vai ser o mesmo: o jornalista não será substituído por uma IA, mas o profissional que não souber usar a IA com certeza será menos completo do que um que souber. E o grande segredo, aqui, não só para nós, jornalistas, é aprender a fazer as perguntas corretas (o que no jargão a tecnológico chamam de prompt) para extrair o melhor conteúdo da IA.

Se eu precisasse apontar minha maior preocupação com o uso da IA sem dúvida seria a segurança da informação. É aí que mora o perigo. Notícias falsas, vídeos adulterados, imagens fraudulentas já fazem parte da nossa rotina. Contra tudo isso costumo dizer que é preciso dispor de ferramentas de proteção, produzidas justamente… pelos sistemas de IA.

Mas, voltando ao Anuário, não é por acaso que a expressão mais frequente nas reportagens e entrevistas que publicamos é, sem dúvida, inteligência artificial. Quer como parte da estratégia de negócios, quer como solução oferecida aos clientes, ou ainda como ferramenta de gestão dos próprios fornecedores de tecnologia.

Capa dos 40 anos do Anuário

J&CiaComo você descreveria o panorama do setor da tecnologia da informação nos últimos anos? E quais são as expectativas e previsões para os próximos? É possível afirmar se o saldo é mais positivo ou mais negativo?

Wilson – Sem dúvida, por tudo o que a gente falou aqui, com todas as ressalvas necessárias – especialmente em relação à segurança das pessoas e à preservação da democracia –, o saldo é positivo.

O exemplo mais claro dos últimos anos foi a revolução provocada pela introdução do 5G, a quinta geração da telefonia celular, que permitiu transformações incríveis em setores como a Internet das Coisas, a automação industrial, os carros conectados, as cidades inteligentes, o agronegócio, a logística, a saúde.

Um último comentário: é muito significativo que esta edição especial do Anuário seja lançada exatamente quando se celebram os 40 anos da redemocratização do Brasil – marco histórico de civilidade e símbolo da esperança de que o País se desenvolva com soberania, educação, maturidade tecnológica, mas, acima de tudo, com o respeito indelegável aos princípios de justiça social para o seu povo.

Conheça os finalistas da edição 2025 do Prêmio Jatobá PR

Prêmio Jatobá PR 2024 bate recorde de inscrições e de participação

Foram divulgados em 30/10 os 185 cases que se classificaram para a disputa dos 55 troféus do Prêmio Jatobá PR, nas 42 categorias regulares e nas 13 especiais. A cerimônia de premiação está marcada para a noite de 1º de dezembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo.

Na atual edição, o Prêmio Jatobá contemplará 12 categorias da vertical Agência-Butique, 12 da vertical Grande Agência, 12 da vertical Organização Empresarial ou Pública, 5 da vertical América Hispânica e 1 focada na COP30. Também serão premiados os cases campeões regionais de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além dos Cases do Ano e Organizações do Ano, das 4 verticais da premiação.

O jornal Valor Econômico, que está celebrando seu 25º aniversário, receberá da organização o Prêmio Decio Paes Manso de Contribuição à Comunicação Corporativa, pelo apoio que tem dado à atividade, sobretudo com a edição anual da revista Valor Setorial – Comunicação Corporativa.

Interessados em participar da cerimônia de premiação já podem fazer as reservas de lugares ou mesas clicando aqui.

Confira os cases classificados.

2º Prêmio de Jornalismo Sistema Faemg Senar anuncia vencedores

2º Prêmio de Jornalismo Sistema Faemg Senar anuncia vencedores

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema Faemg Senar) anunciou os vencedores da segunda edição do Prêmio de Jornalismo Sistema Faemg Senar, que valoriza e reconhece trabalhos que abordem a atuação de Minas Gerais na produção agropecuária e na inovação do setor. Nesta edição, o tema foi Agro, motor da economia mineira: diversidade, inovação e impacto social. Na abertura da cerimônia de premiação, foi feita uma homenagem para José Hamilton Ribeiro, ícone da cobertura rural no Brasil.

Em Jornalismo Impresso, o vencedor foi o Estado de Minas, com a série de reportagens Produtores e guardiões da natureza, de Luiz Ribeiro, que aborda a relação entre pequenos agricultores do Norte de MG e a preservação do ecossistema. Na categoria Vídeo, o primeiro lugar ficou com a Globo, com a reportagem Produção de banana em Jaíba (MG) se destaca com projeto de irrigação, realizada por Victor Boyadjian, Daniela Ramos e Guilherme Timóteo, sobre a força da produção agrícola de Jaíba, bem como o talento dos artesanatos da Casa do Artesão/Mulheres de Jaíba. Em Áudio, o troféu foi para a rádio Itatiaia, com a série Piratas das estradas: o mercado do roubo nas rodovias brasileiras, com Mardélio Couto, Helen Araújo e Thiago Castro, que mostra um grande esquema de roubos de cargas de café em Minas Gerais.

Na categoria Digital, o prêmio foi para O Tempo, com o especial Drones: agro voa alto em Minas, de Rodrigo Oliveira, sobre o aumento no uso de drones no agronegócio, seus benefícios para as lavouras e os impacto na geração de negócios. O Tempo também venceu a categoria Fotojornalismo, com as fotografias de Flavio Tavares da safra da tangerina ponkan, que deve alcançar 238 mil toneladas em 2025. E o prêmio de Jornalismo Universitário foi para O Estado de Minas, com a reportagem Mulheres buscam reconhecimento e protagonismo na agropecuária, de Laura Scardua.

Curso Reporta+, de Abraji e Atricon, abre novas inscrições

Últimos dias para inscrição no curso Reporta+, da Abraji e Atricon com apoio da ABCPública

A Abraji e a Atricon reabriram as inscrições para o curso gratuito Reporta+: mecanismos de controle, transparência e jornalismo investigativo”, após o sucesso da primeira edição, que teve mais de 1.900 inscritos em todo o País. A formação online e gratuita é desenvolvida em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e apoio da ABCPública. 

O Reporta+ foi criado para aproximar a imprensa dos órgãos de controle e promover uma cobertura mais técnica e ética sobre temas como orçamento, licitações e transparência. A iniciativa reforça o compromisso da Abraji e da Atricon com o fortalecimento do jornalismo e do controle social. 

O curso tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre transparência, controle social e o papel do jornalismo na fiscalização do poder público. É voltado a jornalistas, estudantes, comunicadores, servidores e cidadãos interessados em compreender o funcionamento das instituições brasileiras e fortalecer a democracia. Professores universitários também podem usar o conteúdo como material complementar em disciplinas de jornalismo investigativo, políticas públicas e transparência. 

Os inscritos terão acesso às 27 aulas gravadas da primeira edição, com mais de 54 horas de conteúdo, distribuídas em seis módulos: 

  • 1 – Como funciona o governo: organização do Estado, poderes e pacto federativo. 
  • 2 – Órgãos de controle interno e externo: atuação dos Tribunais de Contas, CGU e Ministério Público de Contas. 
  • 3 – Direito administrativo: licitações, parcerias públicas, estrutura e princípios da administração pública. 
  • 4 – Direito financeiro: orçamento público, receitas, despesas e execução fiscal. 
  • 5 – Inteligência artificial aplicada ao jornalismo: ferramentas e técnicas para investigar dados públicos com apoio da IA. 
  • 6 – Transparência pública e comunicação: uso da Lei de Acesso à Informação e práticas de comunicação pública. 

Quem concluir o curso poderá emitir certificado de participação pela Plataforma de Cursos da Abraji. Inscrições e mais informações sobre as aulas estão disponíveis no site da Abraji. 

Prêmio Mercantil de Jornalismo anuncia vencedores da 3ª edição

Banco Mercantil anuncia os vencedores da terceira edição

O Banco Mercantil anunciou os vencedores da 3ª edição do Prêmio Mercantil de Jornalismo, que reconhece reportagens sobre o tema Longevidade e Equilíbrio – construindo um futuro financeiro, mental e emocional sustentável. A iniciativa, criada em 2023, reforça o compromisso da instituição em valorizar temas ligados diretamente à qualidade de vida na melhor idade e reconhecer o trabalho da imprensa em temas de relevância social e econômica. 

Na categoria Mídia Eletrônica – Podcast, Rádio e Vídeo, o primeiro lugar foi de Mônica Pretto, do Fantástico (TV Globo). O segundo lugar ficou com Tatiana Lagôa e Cinthya Oliveira, de O Tempo (Minas Gerais), e o terceiro com Fabiana Genestra, da RPCTV (TV Globo – Paraná). 

Em Capitais e Regiões Metropolitanas – Mídia Online, o primeiro lugar foi para Paloma Vargas, do Diário do Nordeste (Ceará); o segundo para Laura Couto Lopes, do 98 News (Minas Gerais); e o terceiro para Thatiany do Nascimento, também do Diário do Nordeste. 

Na categoria Mídia Impressa – Capitais e Regiões Metropolitanas, a vencedora foi Fernanda Polo, do Zero Hora (Rio Grande do Sul). O segundo lugar ficou com Leticia Lopes Oliveira, de O Globo (Rio de Janeiro), e o terceiro com Samuel Eli, de O Povo (Ceará). 

Em Interior e demais localidades – Mídia Impressa e Online, o primeiro lugar foi de Dione Alves, do Araraquara News (São Paulo); o segundo de Joelma Ospedal, do Portal de Notícias de Franca (São Paulo); e o terceiro de Ana Carolina Behenck, do Tubarão Digital (Santa Catarina). 

O prêmio registrou um aumento de 300% nas inscrições em relação ao ano anterior e distribuiu R$ 80 mil entre os vencedores, além de troféus. 

Sidney Garambone, executivo de Esportes da Globo, deixa a emissora após 25 anos

Sidney Garambone, executivo de Esportes da Globo, deixa a emissora após 25 anos
Sidney Garambone (Crédito: GloboNews/Facebook)

Sidney Garambone, um dos principais executivos de Esportes do Grupo Globo, deixou a emissora após 25 anos de casa. Ultimamente, ele atuava como editor de Qualidade e Projetos Especiais do setor esportivo do canal. As informações são de Gabriel Vaquer, do F5 (Folha de S.Paulo).

Garambone chegou à Globo em 2000, como chefe de reportagem da divisão esportiva da emissora. Criou uma nova linguagem para o Globo Esporte, com comentários esportivos mais informais, quebrando o padrão da época que utilizava uma linguagem mais formal. Foi por uma década diretor do Esporte Espetacular, de 2000 a 2010. Também foi diretor do programa Bem, Amigos!, com Galvão Bueno, no SporTV, de 2003 a 2022.

Integrou as equipes das principais coberturas esportivas feitas pela Globo nos últimos 25 anos, desde Jogos Olímpicos até Copas do Mundo e outros torneios esportivos. O executivo fez também diversas aparições em programas da emissora. Foi debatedor fixo do extinto Arena SporTV e participava até recentemente do Redação SporTV, comandado por Marcelo Barreto.

Em 2023, em parceria com Gustavo Gomes, dirigiu a série documental Galvão: Olha o que ele fez, sobre a vida e trajetória de Galvão Bueno. Ao lado do narrador, inclusive, Garambone criou o quadro Na estrada com Galvão, exibido no Esporte Espetacular. Antes da Globo, trabalhou como editor na revista IstoÉ e no jornal O Dia, e como repórter em O Globo, Jornal do Brasil e Tribuna da Imprensa.

Camila Mattoso será diretora de redação do SBT News

Com Camila Mattoso, Folha terá pela 1ª vez uma mulher no comando da sucursal em Brasília

O SBT News, novo canal de notícias do Grupo Silvio Santos que estreia em 15 de dezembro, anunciou a contratação de Camila Mattoso, ex-Folha de S.Paulo, como sua diretora de redação. Na nova emissora, Camila estará à frente da estrutura digital do SBT News, incluindo um site e redes sociais. Além disso, poderá atuar como repórter nos bastidores e aparecer em programas da grade. As informações são de Daniel Castro, do Notícias da TV (UOL).

Formada em Jornalismo pela Cásper Líbero, Camila estava na Folha de S.Paulo há mais de dez anos, como repórter e editora da coluna Painel. Desde 2022, atuava como diretora da sucursal do jornal em Brasília. No SBT News, ela seguirá trabalhando diretamente da capital federal. Antes, passou por Rádio Bandeirantes, Lance! e ESPN, com foco em esportes, cobrindo Olimpíadas e Copas do Mundo. É autora do livro perfil Tite, que conta a trajetória e detalhes da vida pessoal de Adenor Leonardo Bachi, ex-treinador da seleção brasileira de futebol.

Na carreira, Camila participou de coberturas importantes. Em 2018, foi uma das autoras da reportagem que revelou que o então deputado federal Jair Bolsonaro manteve uma funcionária fantasma, conhecida como Wal do Açaí, com salário pago pela Câmara dos Deputados.

Esta é mais uma das contratações anunciadas pelo SBT News nas últimas semanas. Antes, a emissora assinou com Amanda Klein, Raquel Landim, Sidney Rezende e Basília Rodrigues, além de Lívia Zanolini, anunciada em março.

Chapa Plural é eleita para nova diretoria da Abraji no biênio 2026-27

Chapa Plural é eleita para nova diretoria da Abraji no biênio 2026-27

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realizou nos últimos dias a eleição para sua diretoria e conselho fiscal no biênio 2026-27. Pela primeira vez em 23 anos de história, a disputa ocorreu entre duas chapas, a Contraponto e a Plural. Na segunda-feira (3/11), a chapa Plural foi eleita com 158 votos (62,7%) e tomará posse em janeiro do ano que vem.

A votação, secreta, foi realizada de forma online, de 31 de outubro (sexta-feira) até 18h da segunda-feira (3/11), com a participação de 252 votantes, dos 286 aptos, representando cerca de 88% dos associados.

A nova gestão é liderada por Ana Carolina Moreno como presidente e Juliana Dal Piva (ICL Notícias/CLIP) como vice-presidente. A diretoria é composta por Basília Rodrigues (SBT News), Breno Pires (piauí), Catarina Barbosa (Sumaúma), Hyury Potter (jornalista e documentarista freelancer na Amazônia), João Pedro Pitombo (Folha de S.Paulo), Maiá Menezes (Estadão), Maíra Mathias (O Joio e O Trigo), Nayara Felizardo (g1) e Paula Bianchi (Repórter Brasil). Compõem o Conselho Fiscal Barbara Libório (AzMina/ESPM), Julia Affonso (UOL) e Sarah Teófilo (O Globo).

Atual diretora da entidade e jornalista especializada na cobertura de dados, Ana Carolina falou sobre os objetivos da nova diretoria e as expectativas para o biênio 2026-27:

Ana Carolina Moreno

“Faremos uma gestão interna democrática de apoio à equipe fixa e pautada pela ampla participação das pessoas associadas. Vamos focar no fortalecimento institucional com transparência e responsabilidade, garantindo os objetivos dos projetos e o sucesso do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Os desafios não serão poucos. O principal deles é captar recursos que permitam que a Abraji cumpra sua missão institucional e siga como referência na proteção e formação de jornalistas e na defesa do direito ao acesso à informação. Mas nossas expectativas são altas: a primeira eleição com duas chapas ajudou a Abraji a amadurecer. A abstenção caiu de cerca de 35% para 12%. A Chapa Plural recebeu 63% dos votos válidos, mas vai representar todos. Além dessa mobilização de associados, nosso grupo é composto de 14 pessoas muito bem preparadas e cientes do tamanho da tarefa que assumimos. Temos grandes desafios, mas várias fortalezas para enfrentá-los”.

Brasil 247 e empresa chinesa GTCOM firmam acordo para desenvolver ferramentas de IA para jornalistas

Brasil 247 e empresa chinesa GTCOM firmam acordo para desenvolver ferramentas de IA para jornalistas
Leonardo Attuch e Wang Danying (Crédito: GTCOM)

O Brasil 247 e a empresa chinesa Global Tone Communication Technology (GTCOM) anunciaram no começo da semana um acordo estratégico para o desenvolvimento de ferramentas e modelos de linguagem com Inteligência Artificial voltados para a tradução e o jornalismo. O acordo foi firmado por Leonardo Attuch, fundador e CEO do Brasil 247, e por Wang Danying, CEO da GTCOM.

O objetivo da parceria é utilizar, de forma ética e colaborativa, a Inteligência Artificial para aprimorar a tradução de textos e vídeos, criar modelos de linguagem específicos para o jornalismo e ampliar o alcance das narrativas culturais entre Brasil e China. Uma das principais metas do acordo é a criação de um laboratório de inteligência artificial voltado para o jornalismo, que desenvolverá tecnologias responsáveis que “aproximem os campos da mídia, da cultura e da ciência, fortalecendo a cooperação internacional”, explica o texto sobre o acordo, publicado no site do Brasil 247.

Vale lembrar que, em agosto, o Brasil 247 firmou uma parceria de conteúdo com o Global Times, jornal chinês especializado em cobertura internacional. O acordo entre as partes garante intercâmbio de conteúdo jornalístico: O Brasil 247 tem uma seção fixa com notícias do Global Times, enquanto o jornal chinês abriu espaço em suas plataformas para conteúdo produzido pelo site brasileiro.

III ComPública: Carta de Aracaju enfatiza princípios da comunicação pública

A leitura da Carta de Aracaju marcou o encerramento das atividades do III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (Compública), realizado de 20 a 22 de outubro, no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com o tema “Emergência Climática e Direito à Informação”.

Mais de 200 comunicadores públicos, pesquisadores e estudantes prestigiaram as três mesas de trabalho e seis GTs científicos, com temas convergentes.

A carta de Aracaju reflete pontos fundamentais que foram tratados nas diversas mesas de debate de congresso, com destaque para a contínua promoção de diálogo social e construção de soluções alinhadas a partir da escuta de cidadãos envolvidos: “a escuta ativa e a retroalimentação como pilares essenciais para a proteção da vida. A criação de protocolos, manuais e guias de comunicação para o enfrentamento da emergência climática deverá ser pautada pelo diálogo e colaboração das populações atingidas”.

As áreas de comunicação pública devem ser acionadas e implicadas estrategicamente nas etapas iniciais de diagnóstico de questões sociais e não reduzida a setor operacional, também enfatizam os congressistas no documento, com foco especial na regulamentação e implementação do Decreto nº 12.652/2025, que “estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil que nortearão a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC)”.

“A ABCPública está comprometida a desenvolver diretrizes, metas e indicadores de comunicação para viabilizar e potencializar os fundamentos e orientações do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, estabelecido pelo Decreto 12652/2025”, diz a carta.

A carta enfatiza ainda a amplitude do compromisso do Estado para assegurar a efetiva garantia do direito à informação, destacando a importância da oferta de “acesso a canais de informação e de interação com a população – de forma perene e imediata” e a “presença da comunicação pública em todas as ações, programas e políticas de Estado”.

“Uma marca importante do III Compública foi a diversidade de atores sociais, o que, sem dúvida, nos permitiu construir uma leitura riquíssima sobre o contexto da crise ambiental em perspectivas múltiplas e sob diversos ângulos diferentes”. Para além disso, nos permitiu pensar coletivamente caminhos que sejam trilhados tendo a comunicação pública como alicerce de atuação”, avalia a comissão organizadora do evento.

Pelo menos três cidades apresentaram candidatura para receber o IV Compública, que está previsto para acontecer já em 2026, e terão suas propostas avaliadas pela diretoria da ABCPública.

Confira a carta na íntegra.

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