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Armênio Guedes será Cidadão Paulistano

O vereador paulistano Eliseu Gabriel (PSB) vai homenagear Armênio Guedes no próximo dia 30/3 (6ª.feira) com a entrega do título de Cidadão Paulistano, na Câmara Municipal de São Paulo. Um dos personagens mais importantes nos embates políticos de boa parte do S, comunista histórico (no PCB foi secretário particular de Luis Carlos Prestes), o baiano Guedes dirigiu revistas e jornais de orientação comunista e teve passagens por IstoÉ e Gazeta Mercantil, além de veículos oficiais do PCB. Hoje, aos 93 anos, continua um assíduo funcionário da Imprensa Oficial de São Paulo.

Mestre Irigino Camargo

* Por Cláudio Amaral ([email protected])

Tive mais de um mestre nestes 44 anos de Jornalismo. Mas tem um que se destaca mais do que os outros todos: Irigino Camargo.

Por mais de 30 anos ele foi dono, diretor de Redação e diretor responsável no Jornal do Comércio de Marília (SP). Foi lá, no JC, que eu comecei. Primeiro como correspondente em Adamantina, minha cidade natal. Depois como repórter e secretário de Redação em Marília. E finalmente como correspondente em São Paulo. Conheci Irigino Camargo pessoalmente em 1968, numa viagem que fiz a Marília em companhia de meus colegas que jogavam tênis de mesa pela equipe de Adamantina.

Eu era do time B, mas tinha o maior orgulho disso. Na época eu já era correspondente em Adamantina e fui visitar o homem que me dera a primeira oportunidade no Jornalismo Profissional, a partir de 1º/5/1968. Foi uma visita inesquecível. Até porque ele disse, diplomaticamente, que meus títulos eram bons, mas poderiam melhorar ainda mais. E me deu um livro dedicado inteirinho à feitura de títulos para jornal.

Devorei o livro e me tornei fã de títulos, sem jamais ter deixado de cuidar dos textos, minha grande paixão. No final de 1968, numa nova visita ao JC, em Marília, falei com um amigo, por telefone, e disse a ele que estava aguardando um convite para me transferir para a sede do jornal. Irigino escutou e me convidou, assim que encerrei a ligação.

Cheguei a Marília no dia 5 de janeiro de 1969, um domingo. E na 2ª.feira, logo cedo, estava no jornal. Saí a semana inteira com o repórter Francisco Giaxa para conhecer locais e pessoas. Em seguida, o mestre me instalou numa pequena mesinha que tinha uma máquina de escrever em cima e ali eu meti as caras nos textos e títulos. Nos primeiros dias, ainda me adaptando à cidade grande ? ou pelo menos bem maior do que Adamantina ? escrevi algo assim: ?A Prefeitura e a Câmara funcionam no Passo Municipal…?. Irigino  me corrigiu no ato: ?Neste caso, é paço com ç. Com ss é passo de andar, caminhar?. Mal sabia ele (ou sabia?) que na minha cidade não tinha aquele tal de Paço Municipal.

Seis meses depois Irigino me chamou à porta do jornal e me apresentou a Stipp Júnior. Ele era da equipe de repórteres do Estadão, tinha base em Taubaté e constantemente viajava pelo Estado de São Paulo e pelo Brasil. Até para o exterior tinha ido. Stipp estava em Marília para uma série de reportagens e também para encontrar um correspondente fixo para o Estadão. Ao nos apresentar, Irigino disse a Stipp: ?Está aqui o correspondente que você procura?. E não deu chance para recusa.

Atravessamos a rua 9 de Julho e fomos tomar minha bebida preferida na época: Fanta Laranja. Conversamos por horas e ficamos combinados que Stipp falaria a meu respeito com Raul Martins Bastos, chefe dos correspondentes do Estadão, que tinha a última palavra para minha contratação. A resposta veio em menos de uma semana e eu comecei uma nova e sonhada fase da minha carreira como jornalista ? tal como havia previsto ao sair do Cine Santo Antônio, após a solenidade de formatura dos ginasianos do Instituto Educacional Hellen Keller, de Adamantina, em fins de 1967.

Isso, entretanto, não foi tudo que Irigino Camargo fez por mim. Antes de ser contratado pelo Estadão, ou seja, no meu terceiro mês em Marília, ele me chamou e avisou que iria me registrar como ?repórter estagiário? do JC, porque eu estava a merecer. Dei pulos de alegria. Esse registro foi fundamental para minha efetivação como ?repórter? quando entrou em vigor a lei que em 1969 reconheceu a profissão de jornalista. Irigino Camargo foi importante para mim também porque em fins de 1970, pouco antes que eu completasse dois anos de atuação como jornalista, disse a ele, com a voz trêmula e as pernas bambas, que havia recebido um convite de Raul Martins Bastos para me transferir para a sucursal de Campinas do Estadão. E para minha surpresa, o mestre me disse: ?Se você não for eu te dou uma surra no meio da rua?.

Nos abraçamos pela primeira vez e liguei imediatamente para o Raul para anunciar que aceitava a transferência. De Campinas fui para São Paulo e da capital paulista, para o Brasil e o mundo.

Nos cinco anos de Estadão conheci gente grande como Eduardo Martins, Ludemberg Góis, Clóvis Rossi, Ricardo Kotscho, Oliveiros S. Ferreira, A. P. Quartim de Moraes, Luiz Carlos Ramos (que me ensinou que ?escrever é como costurar…?), Ney Craveiro (com quem aprendi a escrever a respeito de tênis, boxe e basquete), Luiz Roberto de Souza Queiroz, Reginaldo Leme, João Prado de Almeida Pacheco, Tuca Pereira de Queirós, Ariovaldo Bonas (Lins), Evandro Carlos de Andrade (Brasília), Frederico Branco, Ethevaldo Siqueira, Darci Higobassi, Raul Quadros (Rio), Mário Erbolato (Campinas), Luiz Salgado Ribeiro, Sircarlos Parra Cruz, Daniel Pereira, Silvio Sérgio Sanvito, José Rodrigues (Ourinhos e depois Santos), Augusto Nunes, Osvaldo Martins, Carlos Conde, Robert Appy, Gelulfo Gonçalves, Itaborahy Martins, Carlos Monforte, Carlos Alberto Manente, Roberto Dantas, Saul Galvão, Carlos Garcia (Recife), Reginaldo Manente, Miguel Urbano Rodrigues, Frederico Heller, Alberto Tamer, Décio Miranda (Porto Ferreira), Sérgio Coelho (Sorocaba), Carlinhos Whinter (Santos), César Savi (Bauru), Antônio Higa (São José do Rio Preto), Waldo Claro, Everton Capri Freire, Dinaura Landini, Adélia Borges, entre tantos outros.

Irigino Camargo faleceu em junho de 2004. Foi pai do também jornalista Ariadne Penteado Camargo, que trabalhou por décadas no Estadão e no Jornal da Tarde e morreu em 17/12/2010.

Malofiej de infografia premia iG e O Globo

Foram anunciados nesta 6ª.feira (23/3), em Pamplona, na Espanha, os vencedores da vigésima edição do Malofiej, premiação que reconhece os melhores trabalhos do jornalismo visual em todo mundo. O iG, com quatro medalhas (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze), e O Globo, com uma medalha de prata, foram os representantes brasileiros premiados nesta edição. Com o infográfico Esquadrilha da Fumaça, elaborado para marcar os 60 anos do famoso Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (FAB), o iG ganhou a única medalha de ouro para o Brasil, na categoria Reportagens Online. Esta mesma categoria concedeu outras sete medalhas de ouro, sendo seis para o jornal The New York Times e uma para a revista National Geographic, ambos dos Estados Unidos. Na mesma categoria, o portal recebeu medalha de prata com o infográfico Como funciona a bateria da Grande Rio, que possibilita ao internauta “tocar” os instrumentos que compõem uma bateria de escola de samba, além de uma de bronze com a peça Conheça o processo de produção do suco de laranja brasileiro. A outra medalha de prata do iG veio na categoria Critérios, com o trabalho Como ocorre o frio na barriga. Na categoria Reportagens Impressas, O Globo faturou medalha de prata com o infográfico Cristo Redentor, Rio de Janeiro. Conferido desde 1993 pela SND ? Society for News Design, o Malofiej é uma homenagem a Alejandro Malofiej, infografista argentino já falecido, e neste ano recebeu 1.178 inscrições de trabalhos impressos e 339 de veículos online.

UOL Carros chega a 450 avaliações de veículos

O UOL Carros publicou na última semana avaliação do BMW 118 (http://migre.me/8n52T) e com ela chegou a 450 reportagens na seção Testes e Avaliações. A primeira da série é de julho de 2007, produzida à época pelo noticiário Auto Press. Em novembro daquele ano, já com equipe própria, o site publicou avaliação do Ford Ranger, com texto do editor Claudio Luis de Souza, que conta: “De lá para cá aprimoramos a seção, incluindo, além de texto, uma galeria completa de fotos, vídeos e ficha técnica do veículo. Assim, por meio de links, o leitor pode visualizar todas as informações dos carros em um único ambiente”. Esse modelo de apresentação foi inaugurado em abril de 2008 e a primeira avaliação feita no formato foi a do Nissan Pathfinder, com material fotográfico de Murilo Góes. “Procuramos sempre trazer ao leitor imagens que valorizam o visual da apresentação e os detalhes do veículo”, diz Claudio. A expectativa da equipe é alcançar ainda neste semestre a marca de 500 avaliações. Até agora, em média, foram produzidos 90 textos por ano para a seção, uma das mais lidas do site. Até o fechamento desta edição, 106 mil usuários únicos tinham acessado a seção em 2012. A equipe conta também com os editores-assistentes Eugênio Brito e Rodrigo Lara.

Nordeste ganha portal de notícias esportivas

A região Nordeste ganhou um portal de notícias direcionado ao Esporte. Lançado nesta 4ª.feira (21/3), o Esporte Nordeste ? com sede em João Pessoa (PB) ? foi criado por Fábio Bandeira de Mello, que acumula a edição do site com a da Revista Administradores, além de produzir reportagens para o Portal Administradores. Carioca que vive há oito anos na região, ele se diz apaixonado por esportes e vem desenvolvendo o projeto desde 2010. Fazem parte da equipe as repórteres Simone Donata e Luiza Bandeira, na capital paraibana, e Flávia Vasconcelos, correspondente no Recife. Fábio diz que a ideia é oferecer um ponto de encontro para o debate ?sadio e apaixonado? dos torcedores do Nordeste: ?O objetivo é dar voz ao esporte local. A cobertura, mesmo em jornais de grande circulação da região, ainda tem um foco muito grande na região Sudeste?. Não só o futebol tem espaço no Esporte Nordeste. ?O handebol da Paraíba, por exemplo, é a base da seleção brasileira e pouca gente sabe disso?, comenta o editor, que destaca o grande número de seções focadas em clubes ou modalidades. Há ainda uma editoria específica para os Jogos Olímpicos de 2012, que traz informações sobre a preparação de atletas, especialmente os nordestinos que estarão no evento. O leitor tem diferentes formas participar do portal. No espaço Fóruns, dividido também em clubes e modalidades, ele pode debater diversas questões sem a necessidade de um cadastro prévio. Em Coluna do Leitor, envia textos que são publicados no portal após análise da equipe. Além desses, há o espaço Fotos da Galera. ?A ideia é que o leitor participe também como construtor da informação?, conclui Fábio.

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que agitaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia:   São Paulo A convite de Beth Cataldo, com quem havia trabalhado na Agência Estado, Aline Cury Zampieri deixou o iG, onde era editora de Finanças, e começou no Valor Econômico no posto de editora-assistente, para cobrir Bolsa e participar do novo tempo real do jornal. Ela foi por dois anos da Rádio Eldorado, até ser transferida para a Agência Estado, onde participou do começo do Cias Abertas, que se transformou no Empresas e Setores. Depois de dez anos, deixou a AE em 2009 a convite de Cristiane Barbieri e esteve por dois anos no iG. Os novos contatos de Aline são [email protected] e 11-3614-5299. Gisele Silva, vinda do R7, será a partir de 2/4 coordenadora da rede de correspondentes do Último Segundo (iG), na vaga de Leandro Beguoci, que foi para o Fox Sports. Ainda por lá, Marcel Frota está desde o início do mês na coluna Poder Online, no lugar de Thais Arbex,  agora em Veja.com. Registro também para a chegada do estagiário Alexandre Dall?Ara. Gabriela Albuquerque deixou depois de dois anos e meio a edição do UOL Crianças e começou como editora do blog Vista C&A, na Trip Editora. Seus novos contatos são [email protected] e 11-2244-8825, ramal 325. Antes do UOL ela atuou na coordenação de rede do Jornal da Band. A Editora Europa, especializada em publicações nas áreas de tecnologia, meio ambiente, entretenimento e games, promoveu ajustes nas últimas semanas no estafe das revistas Mundo dos Super-Heróis e Natureza. Manoel de Souza, que respondia pela edição das duas publicações, deixa o comando de Natureza e passa a se dedicar integralmente à Mundo dos Super-Heróis. No lugar dele foi efetivada a redatora Gabi Bastos. Com isso, a publicação, sobre cultura pop, que antes tinha periodicidade bimestral, passa a ser mensal. “A editora abraçou o projeto da Mundo assim que o apresentei, há cinco anos. Começamos com algumas edições especiais e depois passamos a bimestral. Já havia essa demanda para que a publicação passasse a ser mensal, mas só agora conseguimos equacionar a operação”, afirma Souza. Lela Gomes, repórter do Muito Mais ? vespertino apresentado por Adriane Galisteu, Rita Batista e Lysandro Kapila ?, deixou a Band. Filha do diretor de Núcleo da Rede Globo Rogério Gomes (o Papinha) e uma das líderes do Twitter, com mais de 62 mil seguidores, ela é a segunda a deixar o programa, que já perdeu o blogueiro Daniel Carvalho. A Rede TV+ demitiu na última semana 55 funcionários, entre jornalistas, produtores e equipe técnica. Com isso, todos os jornalísticos deixam de fazer parte da grade da emissora, que passa a exibir apenas programas de varejo. Entre os excluídos estão as duas edições de J+, ancoradas por Andrea Mello e Gustavo Baena; Revista Mais, com Izabelle Stein; e Culinária Mais, com Tallyta Cardoso. Segundo o Comunique-se, parte dos apresentadores foi ?convidada? a produzir de maneira independente para a emissora, que colaboraria apenas com o espaço.   Rio de Janeiro A sucursal do Valor Econômico acaba de fazer duas contratações, seguindo a política da sede em São Paulo de implantar o noticiário em tempo real: os repórteres Rodrigo Polito, vindo da revista Brasil Energia, e Alessandra Saraiva, que estava na sucursal do Estadão. Alexandre Rodrigues também deixa o Estadão, depois de oito anos, três dos quais na Economia. Ele começa em abril na sucursal da revista Exame, na vaga aberta desde a saída de Samantha Lima, em dezembro.   Distrito Federal Gustavo Gantois despediu-se do R7 na semana passada, onde era editor, para assumir nesta 4ª.feira (21/3) a editoria-executiva da sucursal do Terra. ?Foram quase dois anos de muito trabalho e fico feliz de poder, agora, encarar o desafio da concepção dessa nova estrutura que o portal está criando em Brasília, similar à já implantada no Rio, com o Marcus Vinícius Pinto à frente?, disse. O repórter Nivaldo Souza está desde a semana passada na sucursal do iG, na vaga de Danilo Fariello, cobrindo Economia. Na próxima 2ª.feira (26/3), começa por lá o repórter Wilson Lima, que atuava como correspondente do portal no Maranhão. Substitui a Severino Motta, que foi para Veja.com.   Bahia Laís Vita, repórter do Mais, deixou o Correio e o Brasil para morar no Chile. A fotógrafa Andréa Farias foi para o Ministério de Desenvolvimento Agrário. E chegam o repórter Fábio Araújo, para uma vaga em Cidade, e Vitor Longo, que deixou o portal Bahia 247 para assumir um posto em Economia.

Diário de S.Paulo tem mudanças nos cadernos Viva e VivaDez

Soraia Gama, que era editora da Diário Dez, revista dominical do Diário de S.Paulo, assumiu a editoria do Viva no lugar de Marcos Bezzi, que foi para o R7. Fátima Cardeal ([email protected] e 11-3235-7989), que vinha frilando nos últimos tempos, a convite de Soraia assumiu o lugar dela como editora do VivaDez ? a revista foi incorporada ao Viva e sai aos domingos em formato de suplemento. Também acabam de chegar ao Viva o editor-assistente Márcio Cruz, ex-Época São Paulo, como responsável pelos suplementos Viajar, Talento e Guia S; e Aline Nunes, ex-Jornal da Tarde, que assumiu a coluna Diário da Fama no lugar de Gabriela Pestana. O Viva cobre variedades, cultura, comportamento, saúde e tecnologia.

Ivan Padilla assume Chefia de Redação da GQ

Ivan Padilla deixou a Trip, onde estava como diretor do Núcleo de Revistas Customizadas, e começou na última 2ª.feira (19/3) como redator-chefe na GQ, título da Edições Globo Condé-Nast que está completando um ano.

Padilla ([email protected]) foi repórter especial de Época, editor da extinta Revista da Semana, editor-executivo de Época Negócios e na Trip respondia pelas revistas Mais (do Pão de Açúcar), Serasa Experian e de bordo da Gol.

Cortes na Rede TV atingem 15 no Jornalismo

A Rede TV realizou nos últimos dias o corte de pessoal que já havia anunciado para ajustar seus custos ao atual orçamento, que sofreu duras baixas com a saída da grade de programação de atrações como Pânico na TV e as transmissões de MMA, que respondiam por grande parte de seu faturamento.

De um total estimado de 450 demissões, conforme a mídia noticiou, 15 são do Jornalismo, aí incluídos esporte e portal, segundo noticiou Jornalistas&Cia em sua última edição. O processo também resultou na descontinuidade do programa Aconteceu. Entre os que deixaram a emissora estão Anelise de Oliveira ([email protected]), apresentadora do Good News; Nicolas Tamasauskas, coordenador de Redação do portal; e Lia Gomes, repórter de Entretenimento, também do portal; registro ainda para a chegada, na mesma editoria, de Marcia Ribeiro.

No remanejamento da grade, alguns dos jornalísticos ganharam mais espaço, casos de Good News, sobre sustentabilidade e meio ambiente, que passa a ter 30 minutos e a ser exibido duas vezes por semana (às 5as e sábados, às 22h30); Tema Quente, de debates, que será semanal; e Rede TV Esportes (todos os dias, às 18h), que ganha mais 15 minutos e passa a ter um total de 45 minutos. Revista Exame – Se a crise, em si, já é uma boa dor de cabeça para a Rede TV e seu presidente Amilcare Dallevo, ela ganhou contornos mais nítidos na edição da revista Exame que chegou às bancas no último final de semana. Nela, sob o título A mansão sobe, a casa cai, a repórter Naiana Oscar traz detalhes da mansão que o executivo da Rede TV está construindo em Alphaville, contrapondo-a à crise da emissora.

Entre amigos, Roda Viva homenageia ?aniversários? de Dines

Merecidas, continuam as comemorações pelos 60 anos de Jornalismo e 80 de vida de Alberto Dines, completados em 19 de fevereiro. Além das festas em 5/3 e 10/3, reportagens e entrevistas também têm destacado a carreira do “pai” do Observatório da Imprensa. Foi o caso do programa Roda Viva (TV Cultura) desta 2ª.feira (19/3), acompanhado, em seus bastidores. Dines chegou por volta das 20h50 ao restaurante executivo da emissora, onde o aguardavam o âncora Mario Sergio Conti e a editora-chefe Paula Azzar. Bem disposto, falou de sua mudança para o Rio de Janeiro, após anos de residência em São Paulo. Minutos depois chegou Manuel Alceu Affonso Ferreira e Dines passou a destilar diversos elogios ao avô dele, Alceu Amoroso Lima, como fez questão de repetir no ar, posteriormente. Ainda antes do início do programa, concedeu entrevista à repórter Luiza Moraes para os bastidores do C+, portal de conteúdo da emissora, assim como fizeram os componentes da bancada, conforme chegavam: Laura Capriglione (Folha de S.Paulo), Maria Cristina Fernandes (Valor Econômico), Tereza Cruvinel (ex- EBC), Eugênio Bucci (USP, ESPM e Época, da qual é colunista), além do próprio Manuel Alceu. Enquanto isso, os tuiteiros do Roda Viva começavam a agitar os comentários nas redes sociais. Às 21h30 foi feito um link ao vivo com o Jornal da Cultura, de Maria Cristina Poli, que também parabenizou Dines.O clima descontraído prevaleceu; afinal, quase todos eram conhecidos ou amigos de Dines. Bucci e Tereza, por exemplo, já haviam prestigiado o aniversariante dias antes, respectivamente em São Paulo e Rio de Janeiro. Durante o programa, Dines lembrou-se de quando trabalhou para Assis Chateaubriand no Diário da Noite, criticou a falta de veículos verdadeiramente nacionais na imprensa brasileira e admitiu sua vontade de dirigir um novo jornal com essa característica. Lamentou o voto de Gilmar Mendes sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício profissional. Falou sobre suas idas e vindas na Folha de S.Paulo, contando que numa delas foi demitido por telefone por “Boris Casoy, porque eu acusei Paulo Maluf de ser o responsável pela repressão na grande greve do ABC”. Destacou que deveria haver sindicatos diferentes para assessores de imprensa e jornalistas, sem entrar no mérito de quem é melhor ou pior. Contou, orgulhoso, sobre a vez em que dispensou do Jornal do Brasil o correspondente em São Luís (MA) José Sarney porque “só escrevia sobre ele próprio”, ao que Bucci rapidamente replicou: “Nunca te passou pela cabeça que se você tivesse deixado ele lá talvez não fosse procurar outra coisa para fazer?”.  Extrovertido, Bucci provocou risos mais de uma vez, principalmente fora das câmeras. Durante um intervalo, comentou: “Este cenário está me desfavorecendo, pois fica parecendo na tela que eu sou careca!”. Dines, alheio à ironia do amigo, por causa de seu ângulo de visão (de baixo para cima), disse:  – Mas eu SOU careca! – Mas eu, não! Estou parecendo o José Serra! – respondeu Bucci. – Paulo, me trata bem aí, hein? – pediu Dines, na sequência, para o “cartunista oficial” Paulo Caruso. – Pode deixar que eu estou fazendo um implante – devolveu o cartunista. Um dos ápices da entrevista ocorreu quando Dines teceu comentários sobre uma série de veículos listada por Conti. Folha de S.Paulo: um jornal “muito criativo”, mas que não adianta ficar se redesenhando se não investir em profundidade. O Estado de S. Paulo: por causa das dificuldades que enfrenta, o diário procura se “autolimitar, mas ele tem uma postura provecta, sábia”. O Globo: é um ótimo vespertino, que dificilmente vai se tornar nacional, mas que reflete a alma do Rio de Janeiro. Veja: após um longo suspiro, Dines diz que a revista “é uma sombra do que foi”, sem atribuir isso, necessariamente, à ideologia política. Época: “ela não podia ser a segunda Veja, mas se acomodou”, embora o time de jornalistas seja “muito bom”. IstoÉ: “não leio”. Jornal Nacional: “não vejo há muito tempo”. Caros Amigos: abandonou o projeto original, uma revista de grandes cartas, e tornou-se muito partidarista. CartaCapital: “faz um jornalismo político-ideológico, mas tem matérias que se lê com prazer”. piauí: “excelente, é a prova de que inteligência vende”. Valor Econômico: “belíssimo jornal, muito bem feito”, mas “um pouquinho fleumático demais”. Assiste a algum telejornal?   “BBC e o Jornal das Dez, da Globo News”, que “está se tornando uma tevê com vida própria”. Ao final do Roda Viva, Caruso presenteou o entrevistado com uma das ilustrações feitas ao vivo. Sorrisos e abraços cordiais continuaram. Talvez essa atmosfera tenha inibido o questionamento sobre o programa TV Folha na grade da emissora, iniciativa que o próprio Dines criticou mais de uma vez em seu Observatório. Antes de alguns irem para a casa e outros para o bar, convidados e equipe comemoraram o terceiro lugar do assunto “Alberto Dines” no trending topics do Brasil, conquistado ainda no começo do programa e mantido até o fim (até o início da madrugada, o nome do mestre ainda figurava no top 10). Dines felicitou o âncora pelo feito. “É por causa da sua juventude”, respondeu Conti. E foi mesmo. A íntegra do programa você confere aqui.

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