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sexta-feira, julho 26, 2024

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Entre amigos, Roda Viva homenageia ?aniversários? de Dines

Merecidas, continuam as comemorações pelos 60 anos de Jornalismo e 80 de vida de Alberto Dines, completados em 19 de fevereiro. Além das festas em 5/3 e 10/3, reportagens e entrevistas também têm destacado a carreira do “pai” do Observatório da Imprensa. Foi o caso do programa Roda Viva (TV Cultura) desta 2ª.feira (19/3), acompanhado, em seus bastidores. Dines chegou por volta das 20h50 ao restaurante executivo da emissora, onde o aguardavam o âncora Mario Sergio Conti e a editora-chefe Paula Azzar. Bem disposto, falou de sua mudança para o Rio de Janeiro, após anos de residência em São Paulo. Minutos depois chegou Manuel Alceu Affonso Ferreira e Dines passou a destilar diversos elogios ao avô dele, Alceu Amoroso Lima, como fez questão de repetir no ar, posteriormente. Ainda antes do início do programa, concedeu entrevista à repórter Luiza Moraes para os bastidores do C+, portal de conteúdo da emissora, assim como fizeram os componentes da bancada, conforme chegavam: Laura Capriglione (Folha de S.Paulo), Maria Cristina Fernandes (Valor Econômico), Tereza Cruvinel (ex- EBC), Eugênio Bucci (USP, ESPM e Época, da qual é colunista), além do próprio Manuel Alceu. Enquanto isso, os tuiteiros do Roda Viva começavam a agitar os comentários nas redes sociais. Às 21h30 foi feito um link ao vivo com o Jornal da Cultura, de Maria Cristina Poli, que também parabenizou Dines.O clima descontraído prevaleceu; afinal, quase todos eram conhecidos ou amigos de Dines. Bucci e Tereza, por exemplo, já haviam prestigiado o aniversariante dias antes, respectivamente em São Paulo e Rio de Janeiro. Durante o programa, Dines lembrou-se de quando trabalhou para Assis Chateaubriand no Diário da Noite, criticou a falta de veículos verdadeiramente nacionais na imprensa brasileira e admitiu sua vontade de dirigir um novo jornal com essa característica. Lamentou o voto de Gilmar Mendes sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício profissional. Falou sobre suas idas e vindas na Folha de S.Paulo, contando que numa delas foi demitido por telefone por “Boris Casoy, porque eu acusei Paulo Maluf de ser o responsável pela repressão na grande greve do ABC”. Destacou que deveria haver sindicatos diferentes para assessores de imprensa e jornalistas, sem entrar no mérito de quem é melhor ou pior. Contou, orgulhoso, sobre a vez em que dispensou do Jornal do Brasil o correspondente em São Luís (MA) José Sarney porque “só escrevia sobre ele próprio”, ao que Bucci rapidamente replicou: “Nunca te passou pela cabeça que se você tivesse deixado ele lá talvez não fosse procurar outra coisa para fazer?”.  Extrovertido, Bucci provocou risos mais de uma vez, principalmente fora das câmeras. Durante um intervalo, comentou: “Este cenário está me desfavorecendo, pois fica parecendo na tela que eu sou careca!”. Dines, alheio à ironia do amigo, por causa de seu ângulo de visão (de baixo para cima), disse:  – Mas eu SOU careca! – Mas eu, não! Estou parecendo o José Serra! – respondeu Bucci. – Paulo, me trata bem aí, hein? – pediu Dines, na sequência, para o “cartunista oficial” Paulo Caruso. – Pode deixar que eu estou fazendo um implante – devolveu o cartunista. Um dos ápices da entrevista ocorreu quando Dines teceu comentários sobre uma série de veículos listada por Conti. Folha de S.Paulo: um jornal “muito criativo”, mas que não adianta ficar se redesenhando se não investir em profundidade. O Estado de S. Paulo: por causa das dificuldades que enfrenta, o diário procura se “autolimitar, mas ele tem uma postura provecta, sábia”. O Globo: é um ótimo vespertino, que dificilmente vai se tornar nacional, mas que reflete a alma do Rio de Janeiro. Veja: após um longo suspiro, Dines diz que a revista “é uma sombra do que foi”, sem atribuir isso, necessariamente, à ideologia política. Época: “ela não podia ser a segunda Veja, mas se acomodou”, embora o time de jornalistas seja “muito bom”. IstoÉ: “não leio”. Jornal Nacional: “não vejo há muito tempo”. Caros Amigos: abandonou o projeto original, uma revista de grandes cartas, e tornou-se muito partidarista. CartaCapital: “faz um jornalismo político-ideológico, mas tem matérias que se lê com prazer”. piauí: “excelente, é a prova de que inteligência vende”. Valor Econômico: “belíssimo jornal, muito bem feito”, mas “um pouquinho fleumático demais”. Assiste a algum telejornal?   “BBC e o Jornal das Dez, da Globo News”, que “está se tornando uma tevê com vida própria”. Ao final do Roda Viva, Caruso presenteou o entrevistado com uma das ilustrações feitas ao vivo. Sorrisos e abraços cordiais continuaram. Talvez essa atmosfera tenha inibido o questionamento sobre o programa TV Folha na grade da emissora, iniciativa que o próprio Dines criticou mais de uma vez em seu Observatório. Antes de alguns irem para a casa e outros para o bar, convidados e equipe comemoraram o terceiro lugar do assunto “Alberto Dines” no trending topics do Brasil, conquistado ainda no começo do programa e mantido até o fim (até o início da madrugada, o nome do mestre ainda figurava no top 10). Dines felicitou o âncora pelo feito. “É por causa da sua juventude”, respondeu Conti. E foi mesmo. A íntegra do programa você confere aqui.

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