Após analisarem as principais premiações no Brasil no campo do Jornalismo, J&Cia e Instituto Corda decidiram adotar uma escala de 10 a 100, que permite uma ponderação mais adequada da importância que certos prêmios têm em relação a outros para a carreira dos profissionais. Nesse sentido, de comum acordo, definiram que a pontuação máxima ? 100 pontos ? deveriam ter o Esso de Jornalismo, o mais importante do País, e os internacionais Maria Moors Cabot (o mais antigo de que se tem notícia, criado em 1938) e Rey de España. Como segunda pontuação mais importante ? com 85 pontos ? vem o Esso de Telejornalismo (o segundo na hierarquia do Esso), equiparado ao Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho do Prêmio Imprensa Embratel, criado já há mais de uma década e uma das maiores premiações em dinheiro do País. A escala aponta como terceira premiação ? com 75 pontos ? o Esso de Reportagem, terceiro também na hierarquia do próprio Esso, inclusive em valor. Sempre referência, os demais Esso nacionais, como Informação Econômica, Criação Gráfica, Primeira Página etc., valem 65 pontos, mesma nota atribuída aos Grandes Prêmios (ou Prêmios Especiais do Júri) de outras premiações (casos de Ayrton Senna, J&Cia/HSBC e outros) e ao Vladimir Herzog (um dos poucos que não dão prêmio em dinheiro, mas são dos mais respeitados pelos jornalistas brasileiros). Os Esso regionais recebem a metade do Esso de Jornalismo, 50 pontos. Em seguida vêm os outros prêmios nacionais, incluindo os compartilhados, ou seja, os que tem uma categoria de jornalismo entre várias outras. Esses valem 45 pontos, pontuação também indicada para os prêmios personalizados, representados pelo Comunique-se e Troféu Mulher, da revista Imprensa. A escala reservou 25 pontos para os outros prêmios regionais (tanto os regionais puros, como o ARI de Jornalismo, da Associação Riograndense de Imprensa, quanto os regionais de premiações que tem categorias nacionais, como Embratel, J&Cia/HSBC e outros). E finalmente, para não deixar de fora premiações que dentro dos veículos são muito valorizadas, a escala destinou 10 pontos para todos os vencedores, casos dos que foram distinguidos com os prêmios Abril, Folha, Editora Globo e Jayme Sirotsky. Premiações para equipes Uma definição importante foi dar pontuação cheia (peso 1,0) para todos os prêmios da série histórica recebidos individualmente e metade dela (peso 0,50) para os prêmios em equipe, pontuação essa concedida a todos os participantes dos trabalhos vitoriosos.Ranking J&Cia 2011:Eliane Brum é a mais premiada de todos os temposOs vitoriosos de 2011Os vitoriosos regionais de 2011Os vitoriosos regionais de todos os tempos
Ranking J&Cia ? Eliane Brum é a mais premiada de todos os tempos
Entre os top ten, está acompanhada por Miriam Leitão, Caco Barcellos, Marcelo Canellas, José Hamilton Ribeiro, Mônica Bergamo, Carlos Wagner, Giovani Grizotti, Clovis Rossi e Fernando Rodrigues A gaúcha Eliane Brum é a mais premiada jornalista brasileira de todos os tempos e não se tome o substantivo feminino ?premiada? como sinônimo de feminismo. Ganhou entre todos os jornalistas brasileiros a primeira colocação no Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros com a expressiva marca de 840 pontos, advindos das dezenas de prêmios de jornalismo que ganhou Brasil afora ao longo de sua bem sucedida carreira. Blogueira de Época, desde que deixou a pedido o dia a dia da revista e o cargo de repórter especial, Eliane continua sendo líder de audiência, com seus textos instigantes e reportagens memoráveis. Tudo isso agora dividido com cinema e literatura. Para provar que as mulheres passaram a exercer uma influência estupendamente grande no cenário jornalístico, a segunda jornalista mais premiada de todos os tempos, no Brasil, pelo Ranking Jornalistas&Cia, é a carioca Miriam Leitão, que divide seu concorrido tempo entre O Globo, GloboNews, CBN e TV Globo. Ele obteve a expressiva marca de 685 pontos. O terceiro mais premiado jornalista brasileiro é o também gaúcho Caco Barcellos, atual condutor do programa Profissão Repórter, da Rede Globo, repórter talentoso desde o berço jornalístico, no Rio Grande do Sul. Deixou sua marca por onde passou, arrebatando múltiplos prêmios. Com as várias conquistas nesses quase 40 anos de carreira, somou 675 pontos, ficando a apenas 10 pontos de Miriam. Em seguida, na quarta colocação, outro gaúcho, Marcelo Canellas, também da Rede Globo, porém atuando sob a responsabilidade da sucursal de Brasília. Ele atingiu 605 pontos. Como o Brasil todo tem acompanhado, suas matérias estão entre as melhores da televisão brasileira, daí estar sempre presente como finalista nas mais importantes premiações do País. O caipira paulista de Santa Rosa do Viterbo José Hamilton Ribeiro arrebatou o quinto lugar, posição que não lhe tira o título de um dos maiores repórteres da história do jornalismo brasileiro. Há quase três décadas no Globo Rural, seus prêmios começaram na memorável Realidade dos anos 1960 e se prolongaram pelas cinco décadas seguintes, incluindo vários Esso, dos quais muito se orgulha. Inspirador de Jornalistas&Cia, nossa equipe rende a ele uma homenagem especial pela vitoriosa carreira e pelos 595 pontos conquistados. Em sexto lugar, outra paulista, a colunista Mônica Bergamo, que entra nesta primeira edição do Ranking Jornalistas&Cia com 552,5 pontos. Grande parte de suas conquistas surge a partir de sua entrada no colunismo, por iniciativa de Otávio Frias Filho, que a convidou para suceder a Joyce Pascowitch na Ilustrada da Folha de S.Paulo. Titular da mais prestigiada coluna do País, Mônica tem publicado em seu espaço alguns dos mais importantes furos do jornalismo brasileiro. Como sempre dando um banho de bom jornalismo, os gaúchos também ficaram com a sétima colocação do Ranking. Carlos Wagner, de Zero Hora, atingiu 537,5 pontos. Entra ano, sai ano, dificilmente os prêmios de maior prestígio do País chegam ao desfecho sem que ele tenha ao menos um trabalho entre os finalistas. O oitavo classificado, para variar um pouco, também é gaúcho. Giovani Grizotti, contratado da RBS, é um dos mais importantes repórter da atualidade. Afiliada da Globo no Sul, os mais importantes trabalhos jornalísticos da RBS acabam virando atrações para os telejornais de rede da Globo, como Jornal Nacional, Jornal da Globo e Hoje, além do Fantástico. E é neles que as principais matérias de Grizotti são exibidas cotidianamente. Ele atingiu a marca de 530 pontos. Em nono lugar vem o terceiro paulista da lista dos mais votados de todos os tempos: o repórter especial e articulista Clóvis Rossi, com 520 pontos. Clóvis é um dos mais respeitados profissionais do jornalismo brasileiro, já há quatro, cinco décadas. E não é sem razão que esse talento é há anos aproveitado de forma intensa pela empresa em que trabalha há décadas, a Folha de S.Paulo. Para fechar os top ten, um paulista que adotou Brasília e que ali, na sucursal da Folha de S.Paulo, tem feito história. Repórter especial e articulista, Fernando Rodrigues é um dos mais preparados jornalistas brasileiros no campo da análise política. Além de muito bem informado, vale-se do seu conhecimento e do manuseio de uma ampla base de dados públicos para mostrar as entranhas econômicas e os jogos de interesses dos políticos e da política brasileira aos leitores do jornal e de seu blog. Sua marca, no Ranking, foi de 405 pontos. Confira, a seguir a lista dos 200 mais premiados jornalistas brasileiros de todos os tempos pelo Ranking Jornalistas&Cia.Ranking J&Cia:Entenda o sistema de pontuaçãoOs vitoriosos de 2011
João Gabriel de Lima será redator-chefe de Época
João Gabriel de Lima despediu-se da Abril nesta 3ª.feira (20/12), onde nos últimos cinco anos foi diretor de Redação da Bravo, e começa no próximo dia 2/1 na Editora Globo, como redator-chefe de Época, na vaga que estava em aberto desde maio, com a ida de David Cohen para a Diretoria de Redação de Época Negócios.
Segundo afirma, não cuidará de nenhuma área específica: “Serei o segundo do diretor Helio Gurovitz, ajudando-o na pilotagem da redação e na implantação do novo projeto da revista”. Esta é a segunda passagem dele pela revista, onde foi editor-executivo focado em Geral. Também atuou em Folha de S.Paulo e Veja.
É ainda autor de dois romances: O Burlador de Sevilha (Companhia das Letras, 2000) e Carnaval (Objetiva, 2006) e professor da pós-graduação em Jornalismo da Faap, onde discute temas relativos a reportagem literária e jornalismo cultural.
Paula Mageste deixa Editora Globo e vai dirigir Claudia na Abril
Paula Mageste deixou nesta 3ª.feira (20/12 a Editora Globo, onde desde agosto de 2010 respondia pela Diretoria Editorial do Grupo Femininas, Interesses Especiais e Quem. Ela começa em janeiro na Editora Abril, como diretora de Claudia.
Paula, que iniciou a carreira no Estadão, em 1990, estava desde 2000 na Globo, onde trabalhou no projeto da revista Única, foi editora de Época, diretora de Criativa e de Quem. Em fevereiro do ano passado passou a adjunta de Cynthia de Almeida, a quem viria a substituir quando esta saiu, também para a Abril.
Troca de cadeiras no Jornalismo da Globo
A TV Globo anunciou em 15/12 mudanças na Central Globo de Jornalismo, que vigorarão a partir de janeiro. Foi criada uma nova diretoria executiva na área, responsável pelo desempenho da rede na internet, sob o comando de Luiz Claudio Latge. Ele vai supervisionar dois segmentos que têm o Jornalismo em tempo real como característica: o canal GloboNews, dirigido por Eugenia Moreyra, e o portal G1, sob o comando de Márcia Menezes. É de se notar que a Globo considera, assim, tevê a cabo e internet mídias similares veiculadoras de notícias e, talvez, aposte na tecnologia streaming como forma de distribuir informação multimídia, o que já ocorre, em outros países, principalmente com o entretenimento. Na nova função, Latge fará parte do comitê de internet da TV Globo, grupo composto por vários departamentos e que traça as estratégias da emissora para a nova plataforma e discute políticas e novos produtos em todas as áreas da empresa. Ele dirigiu a GloboNews em 2008, e ultimamente era diretor-executivo de Jornalismo da Globo. Será substituído por Silvia Faria, que terá base em Brasília, respondendo pela supervisão editorial dos quatro telejornais de rede ? Bom Dia Brasil e Jornal Nacional, gerados no Rio, e Jornal Hoje e Jornal da Globo, em São Paulo ?, além dos jornalísticos Globo Repórter, Profissão Repórter e Globo Mar. Renato Ribeiro, também diretor-executivo de Jornalismo, permanece no cargo como supervisor para assuntos de gestão, produção, planejamento e execução orçamentária; e mais a supervisão editorial do jornalismo local do Rio, dirigido por Erick Bretas, e de São Paulo, com Cristina Piasentini, e dos programas Globo Rural (diário e semanal) e Bem-Estar. O Fantástico terá supervisão editorial conjunta de Silvia e Renato. Regionais ? Até agora, havia dois diretores-executivos, Renato Ribeiro e Latge. Ambos supervisionavam os telejornais locais: Latge, São Paulo e Brasília, e Renato, Rio, Belo Horizonte e Recife. Agora os regionais foram redivididos: Renato ficou com Rio e São Paulo, Silvia com os demais. Mas é uma supervisão; os responsáveis são os diretores regionais de Jornalismo. Para o lugar de Silvia, diretora regional de Jornalismo de Brasília, vai Mariano Boni, atual chefe de Redação de São Paulo. Ricardo Villela, editor-chefe do Jornal da Globo, substitui Mariano, e Jorge Sacramento, editor-executivo do telejornal, passa a editor-chefe. Carlos Jardim, chefe de Redação da regional Rio, fará parte da equipe de Fátima Bernardes em seu novo programa, e será substituído por Miguel Athayde, editor-chefe do Bom Dia Brasil; Fatima Baptista, editora-executiva, assume seu posto. Correspondentes estrangeiros ? Haverá ainda mudanças entre os correspondentes no exterior. Em janeiro, Flávio Fachel volta de Nova York para a Editoria Rio, sendo substituído por Hélter Duarte. Em julho, volta também de Nova York para Brasília Giuliana Morrone, que será substituída por Júlio Mosquera. Em agosto, Pedro Bassan retorna de Lisboa para o Rio, sendo substituído por André Luiz Azevedo.
Retrospectiva 2011 ? ?Os lixos sobre rodas? de Josias Silveira
* Entrevista publicada na edição 105 de Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, de 13 a 19 de maio de 2011. Josias Silveira, editor das revistas Duas Rodas e Oficina Mecânica, é um apaixonado por motores. Prova disso é a sua formação acadêmica, engenheiro mecânico, e, por tabela, jornalista especializado. Ele conta que o início de tudo foi na época da faculdade, quando amigos e a esposa Evelyn Schulke, também jornalista, faziam frilas e ele, nesse meio, começou a escrever sobre motores (de carros, motos, barcos, aviões). “Era o início da década de 1970, já estagiava como engenheiro, e surgiu a revista Status, onde tomei gosto pela coisa”, conta. Mais tarde, em 1974, recebeu convite de Miguel Jorge para lançar a Duas Rodas, onde está até hoje. Divertido e de excelente humor, Josias revela nesta entrevista um pouco mais sobre sua paixão por ?lixo sobre rodas?, como ele carinhosamente apelida os carros e motos que possui. Passagens interessantes da carreira, do livro que acaba de lançar, Sorvete de Graxa (Editora Europa), e outros gostos pessoais completam o nosso bate-papo. Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva ? Um carro inesquecível? Josias Silveira ? São pelo menos dois, entre dezenas. Primeiro, um Nash Ambassador 1951 americano que meu pai comprou quando eu tinha uns oito anos. Nunca empurrei tanto carro na vida. Até hoje fujo dos Nash, até em encontros de carros antigos. A família preferia andar de ônibus. Logo depois, ele comprou um Fusca 1950, dos primeiros que chegaram ao Brasil, com o vidro traseiro dividido, um Split. Eu ficava impressionado, pois o carrinho não quebrava e não precisava empurrar. J&Cia Auto ? Um momento automotivo que marcou sua vida? Josias ? A chegada da indústria automobilística ao Brasil no final dos anos 1950. Achei a Romi Isetta um ovo sobre rodas, mas logo me apaixonei pelos Fusca e DKW. J&Cia Auto ? Onde iniciou suas atividades nessa área? Josias ? Nos anos 1970, fazia “motores” (de carros, motos, barcos e aviões) para a Status, a primeira revista masculina lançada no Brasil, além de muitos frilas. J&Cia Auto ? O que mais o impressiona na imprensa automotiva? Josias ? A diversidade. Existe desde jornalista que discute em pé de igualdade com engenheiro de fábrica até profissionais que não têm a menor idéia do que estão escrevendo. J&Cia Auto ? Um profissional da imprensa automotiva para homenagear o segmento? Josias ? Mario Pati e José Luiz Vieira. Também gosto do Seccão [Luiz Carlos Secco], o campeão de citações nesta coluna Álbum. Mas acho que ele não aguenta mais ser homenageado… J&Cia Auto ? Livro de cabeceira? Josias ? Estou numa fase de best seller americanos, principalmente policiais e de suspense. Acho a técnica de narração desses escritores algo excepcional. Eles prendem o leitor com qualquer bobagem. Tenho lido bastante Stephen King, que considero um mestre. J&Cia Auto ? Time de coração? Josias ? Meu coração não tem time. Sou um bom marido: não gosto de futebol. J&Cia Auto ? O que mais gosta de fazer nos momentos de descanso? Josias ? Ler, fazer meditação, viajar com meus cacos velhos (carros ou motos). J&Cia Auto ? Algum hobby especial? Josias ? Restaurar ou consertar meus ?lixos sobre rodas?, carros e motos principalmente dos anos 1970 e 1980. J&Cia Auto ? Quantos você têm e quais são? Josias ? Eu sempre digo nas brigas com a minha mulher que são sete motos e sete carros que possuo. Mas são bem mais… (risos). Estou numa fase de carros de fibra de vidro. Tenho uma picape de fibra, o Formigão, com motor AP 1.8 fuçado e um Gurgel BR800 com motor Fusca 1600. Também há carros japoneses: um Daihatsu Charade e um Subari Vivio, aquele mini com motor 660 cc. Além disso, várias Vespas, algumas Honda dos anos 1970 e 1980 e outros scooters. Como podem ver, gosto de ?lixo sobre rodas?. Caso me vejam por aí de carro novo, tenham certeza, é de testes… J&Cia Auto ? Tipo de música que mais aprecia? Josias ? Rock dos anos 1950 e 1960. J&Cia Auto ? Na televisão, qual programa predileto? Josias ? Gosto de seriados policiais (como CSI e Castle) ou cômicos (pena que Two and Hafl Men está acabando). Discovery e History Channel também são muito interessantes. J&Cia Auto ? Quais os jornais e revistas de que mais gosta? E sites especializados? Josias ? Obrigatório ler os coleguinhas falando sobre carros e motos, seja em jornais, revistas ou sites. Quando quero passar raiva, entro no eBay americano para ver a facilidade de se conseguir qualquer coisa por ótimos preços nos EUA, de peças para carros raros até óculos de grife, passando por eletrônicos e laxantes… J&Cia Auto ? Um sonho por realizar? Josias ? Já completei o trio: árvores, filhos e livro. Agora sonho com bisnetos. J&Cia Auto ? Como surgiu a ideia de fazer o livro? Josias ? Nas minhas andanças pelo mundo cobrindo o setor automotivo fui colecionando na memória casos engraçados, inusitados e muita saia-justa dos colegas de atividade. Depois de muitas chicotadas de um amigo (Roberto Araújo, da Editora Europa) para que eu colocasse no papel todas essas histórias, resolvemos fazer o livro. Mas confesso: é um trabalho que ?enche o saco?, porque temos que adaptar os causos a uma linguagem agradável para qualquer tipo de leitor, não só aos especialistas, contextualizar e tudo mais. Por conta da profissão, ao escrever, vamos transformando tudo em uma grande reportagem. E o livro decolou também graças ao esforço do Marco Antônio Lage, que em uma conversa em meio a pingas mineiras ofereceu o apoio da Fiat para patrocinar a edição. J&Cia Auto ? Alguma passagem curiosa na elaboração da obra? Josias ? São muitos os contos, alguns deles escritos por pseudônimos para preservar o colega citado. Duas passagens foram interessantes na elaboração do livro: queria escrever sobre dois países, Portugal e Itália. Mas, as histórias eram muitas. No caso da Itália, coincidiu de eu ir para Turim e aí ficou bem mais fácil; visitando tudo por lá, as lembranças foram vindo e o capítulo saiu. Outra novidade é que o livro está em versão iPad, na loja Apple iTunes, ao custo de US$ 1,99. J&Cia Auto ? Qual tem sido a repercussão do livro? Josias ? Por incrível que pareça, tem muita gente gostando, lembrando das histórias, sugerindo outras e por aí vai. Mas para reunir tudo seriam necessários vários outros livros. Muitas mulheres e de todas as idades têm elogiado o trabalho. Acho que as chicotadas do Roberto deram resultado e o livro ficou com uma linguagem leve, divertida e com muita informação de bastidor. Digo isso porque minha sogra, de 90 anos, gostou e suas amigas também… (risos). A única reclamação delas, até agora, é que eu escrevo muitos palavrões!
Prêmio Fiepa de Jornalismo é entregue no Hangar

Foi realizada na noite de 14/12, em Belém, mais uma edição do Prêmio Fiepa de Jornalismo, que já está em seu quinto ano consecutivo. O salão B do Hangar -– Convenções e Feiras da Amazônia ficou lotado com a presença dos premiados da noite. A entrega dos prêmios foi iniciada aos quatro jornalistas homenageados pelo conjunto da obra: Euclides Farias, do Diário do Pará; Franssinete Florenzano, do blog homônimo; Adenirson Lage, colunista de O Liberal; e Celia Pinho, da RecordTV Pará.
Os vencedores do troféu Profissionais do Ano 2017 foram: Apresentador: João Jadson (TV Liberal); Assessor de Imprensa: Jecyone Pinheiro (Sebrae); Blogueiro: Lúcio Flávio Pinto (Blog do Lúcio Flávio Pinto); Colunista de Notícia: Mauro Bonna (Diário do Pará); Colunista Social: Esperança Bessa (Diário do Pará); Editor: Cary John (O Liberal); Influenciador Digital: Petterson Farias; Locutor: Lucivaldo “Manga” Neves – Luciano Manga (Diário FM); Produtor: George Miranda (RecordTV); Repórter Cinematográfico: Jacob Serruya (TV Cultura); Repórter de Mídia Impressa: Victor Furtado (O Liberal); Repórter de Rádio: Brenda Freitas (Cultura FM); Repórter de TV: Tainá Aires (TV Liberal); Repórter Fotográfico: Akira Onuma (O Liberal); e Repórter Web: Gabriela Azevedo (G1 Pará).
Wladimir Miranda e O artilheiro indomável
Acaba de chegar ao mercado o livro O artilheiro indomável – As incríveis histórias de Serginho Chulapa (Publisher Brasil), que traz a história do jogador que marcou passagens em clubes como São Paulo e Santos. De autoria de Wladimir Miranda, do Diário do Comércio, a obra traz, entre outros, os depoimentos de Pelé, Sócrates e Zico, além de desafetos do ex-jogador, como Edinho, ex-zagueiro e companheiro de Chulapa na seleção brasileira de 1982, e Emerson Leão.
“Quando fui falar com ele sobre o projeto do livro, topou na hora e me deu liberdade total para contar tudo. Nesse livro, ele expõe todas suas vísceras e foge um pouco da vala comum da maior parte das biografias de jogadores, que só buscam o que é interessante para o biografado”, conta o autor, que afirma ter tido liberdade total para contar as polêmicas do jogador dentro e fora de campo.
Portal dos Jornalistas – Mesmo com a liberdade dada pelo Serginho para que tudo fosse contado, houve durante a finalização ou pesquisa da obra algum ponto que causou divergência? Tudo foi realmente contado?
Wladimir Miranda – Entrevistei todas as pessoas que eu quis entrevistar, o Serginho não interferiu em nenhum momento. Evidente que eu poderia ter falado com mais pessoas, mas escolhi um caminho e segui por ele. O meu objetivo era traçar um perfil psicológico do Serginho. Penso que consegui. O Serginho, como jogador e pessoa, sempre me chamou atenção. Escrevi na introdução do livro e repito aqui: o comportamento do Serginho dentro e fora de campo sempre me chamou a atenção. Eu ainda nem era jornalista e já pensava sobre quais os motivos que levavam o Serginho a agir da maneira como ele sempre agiu. Pensava: como um jogador como o Serginho, assim tão temperamental e com tantos problemas pode jogar no São Paulo? Logo o São Paulo, um clube bem organizado, que sempre deu toda a retaguarda psicológica aos seus jogadores. Então, resolvi escrever a biografia dele. E para descobrir a origem da instabilidade emocional do artilheiro, decidi começar a biografia pela família dele. Foi aí que descobri que o pai do Serginho, “seu” Otávio, já falecido, era extremamente violento e batia muito nos filhos. Serginho sofreu muito com a violência do pai. No livro há um depoimento de um psicólogo, que diz que a violência do pai deixou marcas profundas no Serginho Chulapa.
PJ – Quanto tempo você trabalhou no livro?
Wladimir – O Serginho é uma pessoa que não costuma obedecer a horários e compromissos e me deixou na mão muitas vezes. Por causa desta instabilidade e descumprimento de compromissos marcados eu parei de escrever o livro algumas vezes. Comecei em 2003, mas fiquei sem mexer no livro durante 4 anos. Mesmo depois eu deixei de tocar a obra várias vezes. Foi uma biografia complicada, principalmente, repito, por causa da personalidade difícil do Serginho. E isto que estou falando aqui o Serginho também sabe. E ele concorda que é um sujeito difícil. Tem virtudes e defeitos como todos nós. Mas é uma criatura de ótimo caráter, sempre disposto a ajudar os mais necessitados. E este aspecto dele está bem ressaltado no livro.
PJ – Quem você acredita ter sido mais retratado na obra, o atleta ou a pessoa polêmica de Serginho?
Wladimir – Não tenho nenhuma dúvida de que retratei mais a pessoa do que o profissional. E é por isto que este é um livro diferente de todos que tem jogadores de futebol ou ex-jogadores como personagens. O Serginho jogador muitos conhecem, o interessante era mostrar o Serginho pessoa. E isto penso que consegui.
PJ – Das histórias que o leitor vai encontrar, qual você considera a mais interessante? Por quê?
Wladimir – Olha, tem muitas histórias interessantes no livro. Histórias de relacionamentos desfeitos, brigas com ex-jogadores, o relacionamento do Serginho com árbitros de futebol. Tem até histórias de relacionamento do Serginho com prostitutas. Ele chegou a morar com duas delas e amou muito uma delas. Mas o relato do Gilvan Ribeiro, repórter agredido pelo Serginho é emocionante e tenso. Ao ler o livro o leitor vai encontrar histórias engraçadas, tristes, enfim, tem histórias para todos os gostos. A história da vida do Serginho é muito rica.
PJ – Qual dos depoimentos te chamou mais atenção?
Wladimir – Os depoimentos do Pelé, do Zico e do Sócrates. Todos eles traçaram um perfil interessante do biografado.
PJ – O Serginho participou da edição desse livro em algum momento?
Wladimir – Não. Ele não interferiu. Não faz parte da personalidade dele.
PJ – Qual foi à reação final dele ao ver o livro pronto?
Wladimir – A reação foi de muita alegria. Demonstrou o seu contentamento no dia do lançamento do livro. E o mais importante é que ele sempre confiou no meu trabalho e no início da obra ficou combinado que falaria com quem eu quisesse sobre a vida dele.
* O artilheiro indomável – As incríveis histórias de Serginho Chulapa chega ao mercado com preço de R$ 27 e pode ser adquirido também pelo site da Publisher Brasil.
Retrospectiva 2011 ? As joias raras de Miguel Jorge
A partir de hoje, até o dia 31/12, o Portal dos Jornalistas resgata as principais entrevistas publicadas nas edições de 2011 de Jornalistas&Cia e de Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva. Para iniciar essa retrospectiva, trazemos a entrevista com um dos mais respeitados profissionais de Comunicação do Brasil, Miguel Jorge, que conversou com Heloísa Valente, editora de J&Cia Auto e falou sobre sua paixão por carros. As joias raras de Miguel Jorge * Entrevista publicada na edição especial de número 100 de Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, de 8 a 14 de abril de 2011. Um dos mais respeitados profissionais de Comunicação do País, Miguel Jorge tem mais de 45 anos de carreira, boa parte deles dedicada ao setor automotivo. Começou em 1963, na sucursal de São Paulo do Jornal do Brasil, escrevendo para o caderno Automóveis. Depois passou por Jornal da Tarde e O Estado de S.Paulo. A partir de 1987 esteve à frente da Comunicação da Autolatina e da Volkswagen do Brasil. Em 2001, foi comandar a Comunicação Social do Banco Santander e, em 2007, assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Lula, pasta que deixou em 31 de dezembro passado. Ainda em período de quarentena (que termina em 30 de abril), ele aceitou o nosso convite para figurar neste Álbum especial. Na entrevista, conta que um de seus automóveis inesquecíveis é o Interlagos Berlinetta. Teve dois, um verde água metálico e outro prata. Há dois anos, comprou outro exemplar, que restaurou inteiramente e que mantém todo original. O hobby de cuidar de carros antigos e restaurá-los inclui outras duas joias: um Mustang conversível 1967, com ele há 22 anos, e outro Mustang 1967, fast-back, importado dos Estados Unidos, em fase final de restauração. Miguel revela, ainda, o desejo de escrever um livro de “causos” curiosos e divertidos sobre várias passagens de sua atividade profissional. A partir de maio, vai se dedicar à MJ Consultores Associados, empresa que recém-criou e com a qual pretende fazer consultoria nas áreas institucional (assuntos corporativos e relações governamentais), planejamento estratégico e recursos humanos. Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva ? Um carro inesquecível? Miguel Jorge ? Um Interlagos Berlinetta que tive aos 20 anos. Imagine o sucesso, em 1965! Para comprar a primeira Berlinetta, arrumei um segundo emprego ? copydesk no Estadão ? e durante oito meses tudo o que ganhava ia diretamente para pagar as duplicatas da compra do carro. J&Cia Auto ? Um momento automotivo que marcou sua vida? Miguel ? Ter sido sorteado com o capacete do Ayrton Senna, quando ele ganhou o GP do Brasil. Tenho guardado até hoje, com o maior carinho. J&Cia Auto ? Onde iniciou suas atividades nessa área? Miguel ? Em 1963, aos 18 anos, ainda no primeiro ano da faculdade, quando era o responsável pelas matérias de São Paulo na sucursal do Jornal do Brasil (na semana) e do caderno Automóveis que saía aos sábados. J&Cia Auto ? O que mais o impressiona na imprensa automotiva? Miguel ? Hoje, o mais impressionante é o número de marcas e de modelos para se trabalhar. Nesses últimos anos, o crescimento do setor automobilístico foi impressionante. Um sucesso que faz inveja em praticamente todo o mundo. J&Cia Auto ? Um profissional da imprensa automotiva para homenagear o segmento? Miguel ? Sem dúvida, o Luiz Carlos Secco, o primeiro profissional completo na cobertura do automobilismo e da indústria automobilística, autor de furos incríveis, e que ainda hoje (imagino que na casa dos 70) continua trabalhando na área. J&Cia Auto ? Livro de cabeceira? Miguel ? Sou um leitor ávido e voraz. Estou lendo o primeiro volume de Entrevistas da Paris Review, Amor sem fim, de Ian McEwan, e O agente secreto, de Joseph Conrad. J&Cia Auto ? Time de coração? Miguel ? Flamengo, claro! J&Cia Auto ? O que mais gosta de fazer nos momentos de descanso? Miguel ? Ler. J&Cia Auto ? Algum hobby especial? Miguel ? Cuidar de alguns carros antigos e restaurar um ou outro. J&Cia Auto ? Tipo de música que mais aprecia? Miguel ? Jazz e bossa nova. J&Cia Auto ? Quais os jornais e revistas de que mais gosta? Miguel ? Não por gostar, mas leio Estadão, Folha e Valor, todo dia, mais Veja, Época e IstoÉ, nos finais de semana, além do The Economist. J&Cia Auto ? Um sonho por realizar? Miguel ? Sem cabotinagem, acredito que fiz tudo o que gostaria de ter feito. Mas sonho, ainda, em fazer mais.
Deu Branco na Imprensa comemora dez anos
Deu Branco na Imprensa, a mais conhecida confraternização dos profissionais e estudantes de Comunicação de Sorocaba e região, chega à sua décima edição nesta 3ª.feira (20/12), no Tribeca Café (rua Amélia Ribeiro, 33, bairro Campolim), a partir das 21h30. Jornalistas, publicitários, fotógrafos, cinegrafistas, locutores, apresentadores e estudantes da área estão convidados a se vestir de branco para comemorar o final do ano e celebrar a chegada de 2012. Ao completar dez anos, a festa mantém as suas tradições: uma é nunca ter sido realizada duas vezes no mesmo lugar; outra é que em todas as edições Deu Branco também convidou os profissionais, estudantes e amigos da comunicação a praticar a solidariedade com a doação de leite para entidades da cidade. Neste ano, a instituição beneficiada será escolhida por meio de uma enquete no Facebook e no Twitter. E pelo terceiro ano consecutivo haverá sorteio de brindes. A entrada custa R$ 5 + 1 litro de leite. Traje branco.