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quarta-feira, agosto 13, 2025

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Otávio Previdi é confirmado na Diretoria de Esportes da RedeTV

Otávio Previdi, o Magrão, foi efetivado como diretor de Esportes da RedeTV, posto que ocupava interinamente desde o ano passado. Américo Martins, superintendente de Jornalismo e Esportes da emissora, diz estar agora em busca de um chefe de Redação para o setor, que será o segundo de Otávio: “Pode ser tanto alguém promovido internamente como, eventualmente, algum reforço de fora. Otávio passa a ser uma figura central aqui na superintendência. Ele e Asdrubal Figueiró, que dirige o Jornalismo, são os braços direitos na operação da tevê”.

Américo diz que Magrão vai ter muito trabalho no Esporte este ano, pois a prioridade é manter os atuais produtos da grade (automobilismo e campeonatos de futebol de Inglaterra e Itália e a Copa da Uefa, entre eles) e lançar outros: “Para este ano, pretendemos trazer também novas lutas, esportes olímpicos e esportes radicais para a grade”.

Leandro Beguoci será editor-chefe do online da Fox Sports

Leandro Beguoci (lbeguoci@gmail.com) está se despedindo do iG, onde em dezembro de 2010 criou e desde então coordenou a rede de correspondentes do portal pelo País, e segue para a Fox Sports, em que será editor-chefe de todo o conteúdo online do canal no Brasil, cuja estreia está prevista para 5 de fevereiro. Leandro se reportará ao diretor de online, Marcel Della Negra e afirma. “Fox Sports é a prioridade número um agora, mas depois teremos mais uma série de produtos, que por enquanto, são apenas projetos”, afirmou.Antes do iG, Leandro ficou um ano fazendo mestrado em Media and Communication Governance na The London School of Economics and Political Science. Na dissertação, ele analisou como os parlamentares brasileiros justificam regulamentações sobre a liberdade de expressão na internet e se esses argumentos são ou não democráticos. Ele era repórter de Geral da Veja quando viajou e antes foi estagiário de Economia na própria revista, repórter de política e religião na Folha de S.Paulo e editor do iG.

Cristiane Mano é a nova correspondente de Exame em Nova York.

Designada correspondente de Exame em Nova York, a editora Cristiane Mano mudou-se para a cidade e assumiu o posto no início do mês. Ela substitui Sérgio Teixeira, que deixou a revista. A movimentação nada tem a ver com as mudanças que estão sendo anunciadas na Abril. Segundo a diretora de Redação Claudia Vassallo, em dezembro, Sergio, que está em NY há pouco mais de um ano, comunicou a ela seu desejo de ficar nos EUA e se dedicar a projetos pessoais: ?Meses antes disso, já estava definido que a Cristiane Mano seria nossa correspondente na cidade, seguindo nossa política de rodízio para a vaga. Tanto Sérgio como seu antecessor em NY, Tiago Lethbridge, ficaram um ano e três meses lá. O mesmo deve acontecer com a Cris?. Com a saída de Sérgio, Eduardo Salgado, atual editor de Negócios Globais, passa a ser editor-executivo em SP, acumulando as áreas de Negócios Globais, Tecnologia e Sustentabilidade.

Mario Sabino começará na CDN em fevereiro

Já está tudo acertado: Mario Sabino, que recentemente deixou a função de redator-chefe de Veja, começa na CDN, como vice-presidente associado, no próximo dia 14 de fevereiro. Atuará na sede da empresa em São Paulo, com responsabilidades múltiplas e focadas na expansão de negócios da agência.

O presidente da CDN João Rodarte, que negociou a ida de Sabino para a empresa, destaca que a chegada de profissionais com essa experiência ao segmento da Comunicação Corporativa é uma importante contribuição para a valorização e crescimento da atividade.

Diário de S.Paulo reestrutura operação e anuncia cortes na redação

O Grupo Traffic soltou no início da tarde desta 4ª.feira (18/1) comunicado em que anunciou a reestruturação simultânea das operações do Diário de S.Paulo e dos jornais da Rede Bom Dia. Mas a primeira etapa da mudança está sendo realizada no Diário de S.Paulo, onde já se sabe que o corte é de aproximadamente 40 pessoas. A maior redução, segundo divulgou Jornalistas&Cia em sua última edição, deu-se nas áreas comercial e de circulação, mas a redação também foi atingida, com a saída de 12 profissionais, entre eles os repórteres Luciano Cavenagui e Regiane Von Actzingen, os fotógrafos Nélson Coelho e Daniel Mobília, a subeditora Renata Gama, o editor Francisco Itacarambi e três diagramadores. Comunicado oficial ? O comunicado da empresa fala em ?consolidar as atividades do grupo bem como prepará-lo para o crescimento projetado até 2016?. ?Estamos mudando o modelo de gestão da empresa, otimizando o potencial criativo da equipe, diminuindo as diferenças hierárquicas e incentivando a cultura de resultados e de boas performances?, enfatizou o diretor-financeiro do Grupo, Flávio Grecco, que atua como fonte oficial da empresa nesse processo. Extraoficialmente, sabe-se que a reestruturação tem motivações econômicas, visto que, apesar dos esforços até aqui empreendidos, nenhuma das duas operações do grupo têm conseguido chegar sequer perto do ponto de equilíbrio. ?Como a conta não fecha, o Hawilla (J. Háwilla, presidente do Grupo Traffic) decidiu fechar as torneiras, enxugar a empresa e estancar o prejuízo. E avisou que em 2012 os jornais do grupo terão de fechar no azul?, comentou uma fonte que participou do processo. Redimensionamento ? O objetivo real da reestruturação seria redimensionar a empresa para o seu atual patamar de negócios e receita. ?De fato, não fazia sentido ? analisa a mesma fonte ? ter uma empresa estruturada para uma circulação de 100 mil exemplares quando há muito tempo circula com metade disso, entre bancas e assinantes. Demitir é ruim, mas a empresa não se sustentaria sem uma redução drástica de custos, inclusive com corte de pessoal?. E foi isso o que mostrou a consultoria Galeazzi & Associados, a mesma que atuou no Grupo Estado, contratada em meados do segundo semestre de 2011. No projeto que apresentou, a Galeazzi vinculou a melhoria de desempenho a um alinhamento da estrutura organizacional e à meta proposta para 2016 de vendas e circulação. Metas e corresponsabilidade ? A direção da empresa diz oficialmente que está fazendo esse alinhamento do número de colaboradores levando em consideração ?as reais necessidades das operações e das metas estabelecidas?. E que, a partir de agora, ?os funcionários serão corresponsáveis pelos atingimentos de metas e recompensados pelo sucesso?. Depois da calmaria… ? Conduzida em absoluto sigilo, a operação surpreendeu os funcionários ao ser anunciada nesta 3ª.feira. Após as turbulências do segundo semestre de 2011, com a reestruturação editorial tanto do Diário de S.Paulo quanto dos jornais da Rede Bom Dia, a empresa passava por um relativa calmaria. ?Estava de fato calmo demais?, ressalta um dos editores do jornal, relembrando o velho adágio de que a calmaria é prenúncio de tormentas. E foi o que se deu. Agora, as atenções se voltam para os jornais da Rede Bom Dia, que, apesar de viver uma situação menos desconfortável, também entrará com sua cota de sacrifício nesse processo de reestruturação. ?Após se equilibrar, a empresa voltará a crescer e contratar, mas fará isso de forma sustentável, sem comprometer a operação, a lucratividade e os investimentos?, ressalta, lembrando que o Diário de S.Paulo ficou no vermelho praticamente durante todo o período em que esteve sob administração das Organizações Globo.

Os detalhes das mudanças na Abril

Após semanas de rumores e clima tenso, a Abril finalmente anunciou a tão esperada reestruturação em seus núcleos editoriais e de negócios, com direito a fusões de núcleos, remanejamentos de títulos nas unidades de negócios, troca de lugares, promoções, demissões e pelo menos seis edições do Bolex, o Boletim Executivo que a empresa distribui quando precisa comunicar algo a seus colaboradores. Foi uma reestruturação bem mais ambiciosa e intensa do que as duas últimas realizadas, nos meses de janeiro de 2010 e 2011, mas seguindo os mesmos parâmetros de oxigenar os vários núcleos de negócios, instigar a ambição profissional, oferecer novos desafios à equipe e conseguir ampliar os negócios e as receitas. Do estafe, já deixaram a empresa Rogério Gabriel Comprido (23 anos de casa), da Publicidade; Felipe Zobaran (18 anos), do Núcleo Homem; e Alda Palma (20 anos), do Núcleo Jovem. Em comunicado que fechou a série de Bolex na última 2ª.feira (16/1), o presidente da Abril Mídia Jairo Mendes Leal enfatizou que ?as recentes movimentações na estrutura organizacional fazem parte de um processo constante na busca de objetivos tais como: maximizar sinergias entre segmentos de leitores e mercado; melhorar o aproveitamento de recursos internos e capturar ainda mais as fantásticas oportunidades do mundo digital?. O maior desafio de diretores e editores é, como nos relatou uma fonte da editora, virar a página e convencer seus respectivos times a olhar para a frente. Isso porque a normalidade fará voltar a produtividade e o clima de alto astral necessário para os desafios. Encerrado o ciclo de boatarias, a empresa busca novamente focar nas metas que estabeleceu para os vários núcleos de negócios. A seguir as mudanças de maior impacto anunciadas pela empresa: Unidade de Negócios I (dirigida por Brenda Fucuta) ·  Núcleo Comportamento (dirigido por Kaíke Nanne): Claudia ? Chegam Paula Mageste (ver J&Cia 826) como diretora de Redação, no lugar de Cynthia Greiner; e a editora Maria Laura Neves, vinda da Marie Claire, onde conquistou prêmios como o Lorenzo Natali da União Europeia (3° lugar na categoria artigos impressos), Jornalista do Ano (da Editora Globo, em 2010), Vladimir Herzog (melhor reportagem de revista, em 2010) e Profissional de Destaque (Editora Globo, em 2009) Gloss/Capricho/Portal MdeMulher ? Tatiana Schibuola deixa Capricho, após cinco anos, e assume Gloss. Giuliana Tatini, vinda do Portal MdeMulher, assume Capricho. Sandra Soares, de Gloss, passa a dirigir o Portal MdeMulher Estão de saída do Núcleo Comportamento: Claudia ? A editora Madalena Ioneda; o diretor de Arte Paulo André Sampaio Cabral; e a repórter web Camila Neves Nova ? A editora de Arte Luciana Gianesi Capricho ? A produtora Fernanda Milani Gloss ? A editora de Beleza Gabriela Vieira Araújo As vagas, pelo que apuramos, serão preenchidas oportunamente, via seleção interna ou mesmo contratação externa. ·        Núcleo Bem Estar (dirigido por Márcia Neder): Women?s Health ? será anunciado oportunamente o novo diretor de Redação da revista.·   Núcleo Femininas Populares (dirigido por Demetrius Paparounis): Sou + Eu/Viva Mais ? Numa troca de cadeiras, Lana Bitu, redatora-chefe de Viva Mais, assume a mesma função na Sou + Eu; e Flávia Martinelli, em caminho inverso, assume Viva Mais  Unidade de Negócios II (dirigida por Claudia Giudice) ·        Núcleo Homem (dirigido por Felipe Zobaran) Troca de comando ? A mudança está se dando no próprio comando do Núcleo, com a saída de Felipe e sua substituição por Dulce Pilkersgill, que vinha dirigindo o Núcleo Moda (da UN I). Os títulos que estarão sob sua liderança são Playboy, Vip, Men?s Health, Alfa e Club Alfa.   Nova configuração das Unidades de Negócios Segmentadas I e II Houve ainda uma compactação, com a fusão de alguns núcleos e sua redistribuição entre as Unidades Segmentadas. Com esses movimentos, o número total de núcleos das UNs I e II se reduz de doze para nove. Das fusões, surgem as configurações a seguir, conforme informou o comunicado interno da Abril: ·        Núcleo Infanto-juvenil ? Formado pela combinação dos atuais Núcleo Infantil  (UN II) e Núcleo Jovem (UN I). Integrará a estrutura da UN II, reportando-se a Claudia Giudice. Será dirigido por Dimas Mietto, atual diretor do Núcleo Infantil. Farão parte desse núcleo os títulos Mundo Estranho, Superinteressante, Mundo Estranho, Aventuras na História, Almanaque Abril, Guia do Estudante, Recreio, Quadrinhos e Especiais, além de Vida Simples, antes no atual Núcleo Bem Estar. ·        Núcleo Moda e Beleza* ? Formado pela união dos atuais Núcleos Moda e Bem Estar, da UN I. Esse Núcleo reunirá os títulos Elle, Estilo, Boa Forma, Women?s Health e Saúde e será acumulado interinamente por Márcia Neder, atual Diretora do Núcleo Bem Estar, que se reporta a Brenda Fucuta. * Manequim, título do atual Núcleo Moda, passará a integrar o Núcleo Populares (UN I); e Bons Fluidos, publicação do atual Núcleo Bem Estar, será direcionada para o Núcleo Casa e Construção (UN II). ·        Núcleo Motor, Esporte & Turismo ? Formado pelo agrupamento dos atuais títulos do Núcleo Motor Esporte e do Núcleo Turismo, exceto National Geographic. Esse núcleo fará parte da UN II, respondendo a Claudia Giudice. Sergio Xavier, até então diretor de Redação de Runner?s e Placar, está sendo promovido a diretor do novo Núcleo Motor, Esporte e Turismo. Integram esse novo núcleo os títulos Quatro Rodas, Placar, Runner?s, Guias Quatro Rodas e Viagem e Turismo, além do site Viaje Aqui. Caco de Paula, até agora diretor do extinto Núcleo Turismo, estará à frente dos Projetos de Sustentabilidade, ficando responsável pela revista National Geographic, liderada pelo redator-chefe Mathew Shirts, e pelas iniciativas multiplataforma do Planeta Sustentável. Nessa posição, Caco responderá a Claudia Giudice, na UN II. Os Núcleos não envolvidos nas fusões vão permanecer sob o comando de seus atuais diretores. Publicidade Com a saída de Rogério Gabriel Comprido, os núcleos que a ele se reportavam passam a responder diretamente à diretora geral de Publicidade da Abril Mídia Thais Chede Soares. Novo executivo A Abril também anunciou a criação da posição de CDO (Chief Digital Officer), que está sendo assumida por Manoel Lemos, atual diretor geral de Tecnologia Digital. A missão da nova área será liderar o conjunto de negócios digitais da Abril Mídia, trabalhando em sintonia com os superintendentes e suas equipes tanto na definição das estratégias quanto na execução dos planos, sempre de forma integrada e complementar às bem sucedidas atividades off line. Essa nova diretoria digital incorpora a área de E-commerce, liderada por Fernando Cirne.

Landell de Moura: missão cumprida

Neste próximo sábado, 21 de janeiro, celebra-se o 151° ano de nascimento de Roberto Landell de Moura, um dos mais importantes e injustiçados cientistas da História do Brasil, inventor do rádio e precursor das telecomunicações. Nesse mesmo dia encerra-se simbolicamente o ano do sesquicentenário de seu nascimento, efeméride que contribuiu de forma vigorosa para tirar a memória do padre-cientista do limbo, resgatando seus feitos para a sociedade brasileira, que dele quase nada conhecia. Há dois anos, mais precisamente no dia 20/1/2010, J&Cia produziu pela primeira e única vez em sua história um editorial em que anunciava sua adesão ao Movimento Landell de Moura e conclamava os jornalistas brasileiros e as centenas de veículos de comunicação do País a abrir espaço para o tema. Não foi em vão. Embora ridicularizados inicialmente, inclusive por pessoas próximas, que não acreditavam na história e muito menos na causa, fomos em frente, sabedores da força do pleito e também cientes dos nossos limites. Pouco a pouco as adesões foram chegando de todo o Brasil, ampliando de forma relevante a divulgação do Movimento, cujos objetivos eram e continuam sendo levar a saga de Landell de Moura para os bancos escolares, do mesmo modo que lá estão a vida e a obra de brasileiros como Santos Dumont, Oswaldo Cruz, Cândido Rondon e tantos outros heróis da pátria. Veio o selo dos Correios em janeiro de 2011, na celebração dos 150 anos de nascimento do cientista, uma conquista importantíssima, que abriria caminhos para outras, como o Projeto de Lei do senador Sérgio Zambiasi de incluir o nome de Landell no Livro dos Heróis da Pátria; o título póstumo de Cidadão Paulistano, concedido por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel; matérias especiais em revistas, jornais, internet e emissoras de rádio e televisão; eventos diversos Brasil afora; e um carinho mais do que especial dos gaúchos, por meio da Prefeitura de Porto Alegre, que criou o Ano Landell de Moura de Inovação Tecnológica, com atividades que se estenderam por todo o ano de 2011 e ainda continuam. Em novembro, o Movimento, com o apoio da senadora Ana Amélia, foi recebido pelo ministro da Educação Fernando Haddad e pelo secretário de Educação Superior Luiz Cláudio Costa, na Esplanada dos Ministérios, tendo na ocasião obtido reais garantias de que o pleito será analisado com seriedade e, caso supere os rigores acadêmicos, permita que o padre finalmente entre com sua obra e vida nas cartilhas escolares oficiais. Pouco antes do ano terminar nova boa notícia: a de que, após mais de um ano e meio de tramitação, o Projeto de Lei do senador Zambiasi finalmente foi aprovado pela Câmara dos Deputados, garantindo com isso a tão sonhada inclusão do nome de Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão Tancredo Neves, ao lado de tantos brasileiros ilustres que lá já repousam, reconhecidos ? como deve ser ? pela sociedade brasileira. Falta apenas a sanção presidencial, mas ninguém em sã consciência acredita que a presidente Dilma Rousseff, mineira de nascimento mas gaúcha de coração, vá vetar o projeto. Não podemos também deixar de reconhecer e agradecer os muitos brasileiros ? jornalistas ou não ? que se engajaram nessa causa, dando a ela a grandeza que merecia. A todos, em nome do Movimento Landell de Moura, os mais sinceros agradecimentos. Cada gesto foi uma pedra no alicerce desse projeto. Cremos, pois, após dois anos de divulgação e militância ininterruptas, ter contribuído para que não haja mais no Brasil um único jornalista em atividade que não saiba quem foi Landell de Moura e o que ele fez ao longo de sua existência no campo científico, inventando o rádio e realizando experiências pioneiras no campo das telecomunicações. Cremos que também demos uma modesta contribuição para que o tema repercutisse nos mais diversos ambientes sociais, como a imprensa, a academia, a política e até mesmo o entretenimento. Faltou muito pouco, por exemplo, para que Landell de Moura virasse tema de escola de samba em São Paulo, mas até essa possibilidade não está descartada num futuro próximo. Damos, agora, nossa missão por cumprida, e o fazemos transcrevendo aqui o parágrafo final de nosso editorial de dois anos atrás ? que continua, aliás, mais atual do que nunca: ?Uma nação que luta para elevar sua autoestima e que vive um momento especialmente virtuoso nos campos econômico, social e internacional não pode se negar a abraçar uma causa que há de trazer para a história e para os bancos escolares a grandeza e a genialidade de Roberto Landell de Moura?. Landell continuará a frequentar as páginas deste J&Cia, mas agora como um ?ilustre conhecido?. São Paulo, 18 de janeiro de 2012

ONU abre credenciamento para a Rio+20

Estão abertas as solicitações de credenciamento para a cobertura da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O encontro mundial ocorre em junho. Isabelle Broyer, chefe da Unidade de Liaison e Credenciamento de Mídia, do Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, responde pelo processo. Mais informações no www.onu.org.br/rio20.

Correções alteram posições entre jornalistas mais premiados

O Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros de Todos os Tempos sofreu três ajustes em função de imprecisões na pontuação original. Isso se deve a informações obtidas por Jornalistas&Cia e pelo Instituto Corda, após o fechamento dos respectivos rankings. Continuaremos a analisar o conjunto de premiações e na medida em que surgirem novas imprecisões elas serão corrigidas e informadas aos autores e ao mercado. Os ajustes promovidos no ranking atual foram os seguintes: ·        José Hamilton Ribeiro ? Um dos que ele conquistou, o GP de Jornalismo Social e Negócios em Turismo (individual), do Caixa de Jornalismo, edição 2005, recebeu 45 pontos, quando o correto seriam 65 pontos (como ocorre com todos os grandes prêmios, exceção ao Esso e ao Embratel, que valem mais). Com isso, sua pontuação geral subiu de 595 para 615 pontos e ele passou a ocupar o 4° lugar no ranking, no lugar de Marcelo Canellas que ocupa agora a 5ª posição. Zé Hamilton tem vários outros prêmios, como o Telesp (já extinto), o Troféu ONU de Direitos Humanos e o J. Reis de Jornalismo Científico, que não foram computados nesta edição e estão sob análise para a próxima. Vários outros prêmios também estão sendo pesquisados para entrar no ranking e fazer parte do Centro de Memória Jornalistas&Cia de Prêmios de Jornalismo. ·        Lucas Figueiredo ? Na relação de prêmios gerais que ele ganhou escaparam à pesquisa um Embratel em equipe, na categoria Jornalismo Cultural, de 2005, e um Vladimir Herzog, na categoria Livro Reportagem, de 2009. Com isso, somam-se aos 185 pontos originalmente computados para ele outros 97,5, sendo 32,5 do Embratel (50% da pontuação total, que é de 65 pontos, por ser conquista em equipe) e 65 do Vladimir Herzog. Lucas teve ainda outra menção honrosa no Vladimir Herzog, em 2009, que não computa pontos. Com 282,5 pontos, sua classificação no ranking geral sobe da 91ª para a 27ª posição, ao lado de Carlos Dornelles. ·        Vandeck Santiago ? Com 120 pontos, Vandeck não apareceu no ranking dos 200 mais premiados jornalistas brasileiros de todos os tempos, mas por falha na pesquisa não foram registradas duas conquistas nacionais que ele obteve, o bicampeonato na categoria Jornalismo Cultural do Embratel, em 2005 e 2006. Na edição de 2005 houve empate entre ele e Lucas Figueiredo e equipe (ver acima), situação que não altera os critérios de pontuação, pois as conquistas individuais contabilizam 100% dos pontos e as em equipe, 50% para os respectivos autores. Cada uma dessas conquistas vale 65 pontos na tabulação do Ranking J&Cia e com isso Vandeck sobe a 250 pontos, aparecendo na lista dos 200 mais na 41ª posição, ao lado de Cláudio Dienstmann e Solano Nascimento. Ele ainda ganhou um Destaque Especial no CNH, em 2008, e uma Menção Honrosa no Vladimir Herzog, em 2009, que não computaram pontos na premiação. Ranking dos veículos O Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Veículos Brasileiros de Todos os Tempos também teve uma correção envolvendo a IstoÉ. Na totalização de pontos da revista ? 2.120 pontos ? foram computados indevidamente 90 da revista IstoÉ Dinheiro e outros 45 da IstoÉ Gente. Desse modo, a revista passa a acumular 1.985 pontos (contra os 2.120 anteriores) indo da 15ª para a 17ª posição. No Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Grupos de Comunicação Brasileiros de Todos os Tempos não há alteração, permanecendo a Editora Três com 2.165 pontos, na 12ª posição (somam-se aos 2.120 pontos outros 45 da Dinheiro Rural, que haviam sido computados em separado).

Regiani Ritter: Pioneirismo dentro e fora dos gramados

Primeira repórter esportiva do rádio brasileiro, Regiani Ritter foi também a primeira narradora, âncora e mulher a cobrir uma Copa do Mundo, em 1994. Desde 2010 dá nome a uma das categorias especiais do Prêmio da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), que desde então premia anualmente uma mulher que se destaque no jornalismo esportivo. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, ela fala sobre as dificuldades, preconceitos e os casos mais curiosos envolvendo seus tempos de coberturas dentro dos campos e vestiários de futebol. Portal dos Jornalistas ? Como foi ser pioneira numa área de atuação fortemente masculina? Regiani Ritter ? Tomava chuva, choque de microfone, sol de 35º graus, levava pedrada que não era pra mim, pedrada que era pra mim, cheguei a escutar a torcida me xingando em coro, bati de frente com segurança que não me deixou entrar no vestiário do Guarani em Campinas, levei cantada de jogador e treinador que era obrigada a recusar, mesmo tendo vontade de conversar mais demoradamente com um ou outro. Em resumo, não folguei sábado, domingo ou feriado durante 15 anos. Mas valeu a pena, como valeu! PJ ? Mas nesse período chegou a acontecer algum tipo de assédio mais sério por parte de atletas e dirigentes? Regiani ? Assédio não, porque eles me respeitavam muito, acabava até fazendo amizade com mulher de jogador por força do trabalho. Mas cantada houve sim e confesso que teve hora que balancei, mas não podia ceder. Esse meio não perdoa, e eu estava decidida a vencer. Era uma coisa ou outra. Escolhi a profissão. PJ ? E em relação a preconceito? Regiani ? Com atletas, comissão técnica e dirigentes nunca tive problemas. Era surpreendente a facilidade que tinha com eles. Episódios isolados ocorreram apenas com um conselheiro, alguns poucos torcedores e até alguns ?coleguinhas?.   PJ ? Algum clube chegava a dificultar mais o seu trabalho? Regiani ? Não, nos clubes o tratamento foi igual, todos me receberam bem. Acho que o fato de ter apresentado o Jornal do Esporte na TV Gazeta, com Cléber Machado e Roberto Avallone me deu suporte. Apresentei também o Record nos Esportes na TV Record, e fiz durante bons anos o Mesa Redonda, também na TV Gazeta onde era comentarista. PJ ? Nesses anos de reportagem em campo, qual foi o fato que mais lhe marcou? Regiani ? Eu era setorista do Palmeiras quando o contrato de cogestão Palmeiras-Parmalat, inédito no futebol brasileiro, caiu no meu colo através de uma pessoa que gosto muito. Era o furo do ano, ninguém sabia, e ela me deu todos os pormenores, com nome e tudo. Por pura intuição de que era real, comecei a dar a notícia numa jornada que ia transmitir exatamente um jogo do Palmeiras. Todos caíram em cima de mim, amigos de jornais principalmente, de TV?s e rádios queriam saber de onde, como e por que. Eu continuei dando detalhes de como seria a parceria por mais uns três dias, quando a diretoria do Palmeiras reuniu a imprensa e disse claramente que o anuncio seria em 15 dias, mas que uma jornalista xereta tinha descoberto e contado, então eles apresentaram os parceiros, e itens do contrato, que batiam com tudo o que eu dei. Dias depois, meu narrador disse em um programa que o furo de reportagem era do nosso comentarista, que não desmentiu e disse apenas: ?meu e da Regiani Ritter?. Quase caí de costas, afinal, dei minha cara pra bater, se fosse rebate falso era fim de carreira. E ai vem alguém e me tira o mérito, foi ai que eu senti a barra pesar, por que era o meu narrador e meu comentarista, da mesma emissora. PJ ? Como foi a primeira vez que você entrou em um vestiário? Regiani ? Na primeira vez que entrei num vestiário, ele não havia sido liberado nem para os repórteres masculinos. Era homem nu pra todos os lados. Quando me viram, começaram os passos apressados, corridos, mãos na frente, mãos atrás, e em segundos eu estaria sozinha no vestiário, não fosse o Casagrande, que ficou na dele, pelado, como se eu não estivesse ali. Me armei de coragem e pedi uma entrevista, ?você fala comigo?? ele: ?falo sim, você espera eu tomar uma injeção??. Foi quando veio o doutor Marco Aurélio Cunha. O Casão subiu no banco de madeira e o medico aplicou a injeção ali mesmo, na minha frente, ele desceu, e disse estar à disposição. Eu não sabia se ria ou chorava, não fiz nenhuma das duas coisas. Só fiz a entrevista que era ao vivo e agradeci. PJ ? Há alguns anos longe dos campos, você sente vontade de voltar? Regiani ? Sinto saudades mas vontade de voltar não. Até porque essas malditas coletivas acabaram com a liberdade do jornalista. Hoje ligo o rádio, a TV, leio o jornal, vejo a internet, é tudo igual. Sempre os mesmos caras falando as mesmas coisas, talvez por isso os repórteres não exerçam sua criatividade. PJ ? Como foi sua reação ao receber o convite para dar nome a um dos prêmios do Troféu Aceesp? Regiani ? Eu estava no ar quando o Erick Castelheiro e a Michelle Giannella (Aceesp) entraram, esperaram o intervalo e então perguntaram se podiam dar meu nome a um troféu para premiar a jornalista que se destacar durante o ano na área esportiva. Eu olhei pra cara deles para ver se estavam brincando, mas não estavam, então eu chorei. Quando voltei do intervalo tentei disfarçar, mas não dava, era tudo que eu não esperava, era o sonho que eu não sonhei. PJ – Hoje o espaço para as mulheres no futebol e no esporte é bem maior. Dentre as jornalistas da atualidade, quais você acha que se destacam? Regiani ? É difícil citar nomes, até porque não conheço todas. Há alguns anos conheci uma repórter que, na minha opinião, tinha tudo pra se tornar referência, a Luciana Mariano, de Campo Limpo Paulista. Ela veio para a radio a meu convite, mas no caminho acabou se casando com o Luciano do Valle, trocou seu sobrenome também para ?do Valle? e sumiu. Aqui da nossa faculdade (N.R.: Fundação Cásper Líbero) saiu a Natalie Gedra, que fez estágio comigo e me disse que queria ser igual a mim quando crescesse, respondi que ela chegaria mais longe do que eu tinha chegado, pelo talento natural. A Natalie já foi premiada a revelação de 2009, é muito inteligente, boa no que faz, e tem tudo pra ser um ícone. Vai depender só dela. Entre as que ficaram amigas, Kitty Balieiro, Abigail Costa, são pessoas e profissionais incríveis. Isabel Tanese, Lia Bentchen, Fernanda Factori, Débora Menezes, Mariana Godói, que depois se bandeou pra ancorar jornais na Globo, Renata Fan, que hoje estrela na Band. Fatalmente, vou esquecer alguém, têm muitas mulheres nos bastidores, produção e tudo mais, como a Elo Campanholo, que eu levei pra Gazeta, hoje está na TV Record, já viajou o mundo. É um universo grande, cuja tendência é crescer ainda mais. PJ ? Quais profissionais lhe serviram de inspiração? Regiani ? Eu ouvia rádio e via TV, lia tudo pra me inteirar de tudo, mas principalmente do esporte. E não gostava de todos, não. Mas ficava por perto de Luiz Carlos Quartarollo, Wanderlei Nogueira e outros bons pra aprender a mecânica da coisa toda, sou caipira, mas não sou modesta, sabia que tinha personalidade forte pra ter meu próprio estilo, então não buscava em quem me inspirar, buscava apenas por gostar. PJ ? Em 30 anos de carreira, quais foram suas maiores realizações? Regiani ? Cobrir a seleção brasileira durante as eliminatórias de 1993. Foram 84 dias respirando seleção, e durante a Copa do Mundo de 1994, mais 55 dias nos Estados Unidos, quando saímos do jejum de 24 anos sem títulos. Mas também algumas homenagens me marcaram muito, como ser eleita a melhor jornalista esportiva de 1991, pelo jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas. Naquela época um outro colega me disse: ?Você foi escolhida a melhor, mas não há nada a comemorar, você foi eleita a melhor repórter feminina e só tem você?. Achei que ele foi longe demais, e então respondi de imediato, ?não existe nada pior do que um jornalista mal informado, eu fui escolhida entre seiscentos homens, inclusive você?. Depois até achei que fui muito dura com ele, mas não aguentei a forma irônica que ele falou, então como era provocação, não aguentei. PJ ? Falta algo ainda para realizar? Regiani ? Sempre falta, quando a gente fala que fez tudo é porque o tempo está vencendo a vida. Eu tinha um programa na radio Gazeta, A Parada do Craque que entrevistava gente do esporte falando de tudo, menos do esporte. Era política, teatro, cinema, música, medicina, drogas, sexo, gostos pessoais, superstições, religião, literatura, enfim hoje eu gostaria de fazer o mesmo programa na TV, algo semanal ou coisa assim, mas ainda vou pensar nisso com carinho.

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