O lançamento do programa Encontro com Fátima Bernardes, nesta 3ª.feira (12/6), atraiu ao Projac, centro de produção da Rede Globo em Jacarepaguá, cerca de 40 jornalistas de vários estados. A própria apresentadora fez referência ao ?segredo de Fátima?, como ficou conhecido o mistério que cercou a montagem da atração durante os oito meses que a antecederam: ?Não era segredo, apenas uma forma de se trabalhar com mais tranquilidade?. A plateia da coletiva, já no novo cenário, dividia-se em três setores bem delimitados: os jornalistas credenciados, a equipe do programa e os chefes dessa equipe (que não são poucos). Em determinando momento, Fátima hesitou ao explicar como tantos estilos interagem em seu programa. O setor das chefias respondeu em uníssono: ?orgânico?, seja lá o que isso signifique na televisão. Portanto, não apenas a produção, mas o conceito também está bem definido: partem de um fato jornalístico, que é completado pela visão do humor e da dramaturgia. ?Eu vou me colocar de forma diferente no programa: trazer a rua para dentro do estúdio?, diz ela. Previsto para estrear em 25/6, irá ao ar ao vivo, de 2ª a 6ª.feira, das 10h40 ao meio-dia, com pequeno auditório para 60 pessoas. Na pauta, mais do que tudo, uma conversa sobre fatos importantes do dia e assuntos com repercussão. Para se diferenciar dos programas que o cercam na grade, o Encontro não terá culinária como no Mais você, nem a saúde do Bem-estar, nem o tema do Globo Esporte. O esforço é grande: 1h20 no ar, com 70 minutos de produção. Contrariamente ao procedimento tradicional, a Globo optou por uma programação adulta para as manhãs. E contrariando também a percepção geral, sua audiência não será apenas de donas de casa. São mulheres, sim, 56% do público; mas 44% dele são homens. ?Não tenho expectativa de audiência alta ou baixa. Em nenhum momento se conversou sobre isso. Acho mesmo que isso distrai o comunicador. Nunca, no Jornal Nacional, fui informada sobre os resultados?, diz Fátima. Sobre a integração de sua vida pessoal com o novo programa, comenta: ?Nunca confundi o glamour dos 30 minutos do Jornal Nacional com o resto da minha vida. Por isso tenho os pés no chão?. De início, Fátima disse que chamou pessoas amigas e ligadas: Geneton Moraes Neto, Carlos Jardim (agora na Chefia de Jornalismo) e Ana Paula Brasil, a chefe de Produção. Quando o programa tomou corpo, a eles se juntaram Guel Arraes, o diretor de Criação, e o humor de Claudio Manoel. O Encontro foi designado para o núcleo de Maurício Farias e o diretor geral é Fabrício Mamberti. ?Acho que não temos, na Globo, jornalismo e entretenimento tão misturados?, explica Fátima. A equipe conta com profissionais da CGJ, a central de Jornalismo, e da CGP, de Produção. Fátima buscou na GloboNews Aline Prado ? também ex-TV Brasil e porta-bandeira do bloco Imprensa que eu gamo ?, por ser um rosto menos conhecido e ter um jeito natural de transmitir as notícias. Da mesma GloboNews veio Lair Rennó, mineiro escolhido pelo estilo descontraído. Gabriela Lian, que entrará ao vivo de São Paulo, vem do Profissão repórter. E Lilia Teles, goiana que, depois de 23 anos de profissão, 15 deles na Globo Rio, passou quatro anos como correspondente em Nova York e ganhou o Emmy 2011 com matéria sobre a pacificação do Morro do Alemão ? ela responderá por sobre temas do dia e os bastidores do que viu. A estrutura de Jornalismo das afiliadas terá um plantão, para entradas com assuntos regionais discutidos no País inteiro. Os entrevistados estarão entre os convidados. A intervenção do público de casa aparecerá com o repórter Lair Rennó, que vai atuar fora do estúdio, nas matérias online, e trazer informações de última hora e curiosidades da internet. A correspondente internacional Patrícia Kapen, entre outros, vai trazer fatos e informações para serem discutidas. Sua contribuição será a de alguém que vive no exterior, e não tem o formato de reportagem: não entrará apenas para dar a notícia mas, se houver interesse, poderá ficar até 15 minutos participando da conversa. O programa busca a reportagem não convencional: em vez de uma ?cabeça?, haverá a provocação para uma conversa. As celebridades do elenco da Globo não estão previstas; virão somente se estiverem muito integradas ao tema em discussão. Marcos Veras e Victor Sarro darão o toque de humor aos assuntos abordados pelo programa. Fátima completa: ?O humor vai harmonizar bem com nossas notícias, porque é um olhar diferente daquele do jornalista?. O cenário tem muitas novidades: uma arena com foco de 360o, auditório para 60 pessoas, mas, principalmente, a tecnologia 3D mapping, que muda o fundo continuamente, transformando-o quadro a quadro. Usada em museus e projeções de fachadas, ainda não foi testada na tevê brasileira. Além disso, a imagem vai usar filtros e lentes mais cinematográficos. Na emissora, o contrato da própria apresentadora foi adaptado. Ela saiu do Jornalismo para a Produção, área que admite merchandising, mas por enquanto isso não foi aventado. Fátima alega que não se inspirou na apresentadora americana Oprah Winfrey: ?Todos os programas que estão no ar sempre são referência. Mas não é um talk show nem programa de auditório?. E ela está aprendendo coisas novas: as muitas câmeras que a cercam no Encontro, diferentemente da apresentação no Jornalismo; e como abordar as pessoas no auditório, ela que sempre fez entrevistas individuais: ?Venho de um produto há 40 anos no ar, é muito diferente de começar tudo do início?. Fátima não quis descrever os quadros do programa, alegando que serão surpresa. Adiantou apenas uma cabine com espelhos, em que entrarão pessoas diferentes para responder a uma mesma pergunta. E testou jornalistas presentes gravando as respostas à indagação: ?Qual foi a melhor notícia que você já deu??. A plateia era tão jovem que alguns nunca tinham noticiado que o pentacampeão Brasil ganhou uma Copa do Mundo. Mas ela os defende: ?Jornalismo vive do imediatismo, a melhor notícia é a de hoje?. Legenda da foto (da esquerda para direita): Aline Prado, Lília Teles, Victor Sarro, Fátima Bernardes, Marcos Veras, Gabriela Lian e Lair Rennó ? Foto Nathalia Fernandes/TV Globo
IstoÉ Dinheiro reúne atual e ex-presidentes do BC
Para celebrar seus 15 anos de vida, a IstoÉ Dinheiro promove na próxima 3ª.feira (19/6) o evento Guardiões da Estabilidade, onde irá reunir, pela primeira vez, o atual e quatro ex-presidentes do Banco Central. Pérsio Arida, Gustavo Franco, Armínio Fraga e Henrique Meirelles farão palestras individuais, seguidas de um debate comandado por Milton Gamez, diretor de Núcleo da IstoÉ Dinheiro, e pelo colunista Guilherme Barros. Ao fim, o atual presidente do BC Alexandre Tombini discute o presente e o futuro do País. Credenciamento pelo 11-3277-8891 (ramal 22) ou [email protected], até o dia 18, às 12 horas. O evento acontece no Renaissance (al. Jaú, 1.620), a partir das 8h30.
Tereza Cruvinel escreverá para os cinco jornais dos Diários Associados
Tereza Cruvinel está em contagem regressiva para retornar à grande imprensa. Ela acaba de bater o martelo com os Diários Associados e terá uma coluna política três vezes por semana nos cinco jornais do grupo: Correio Braziliense, Estado de Minas, Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio (RJ) e O Imparcial. A estreia está marcada para 28 de junho. Tereza, vale recordar, encerrou o mandato de diretora-presidente da EBC no final de 2011 e observou as imposições da quarentena para os que retornam ao setor privado depois de ocupar cargos na alta administração federal. Ela foi por mais de duas décadas a principal colunista política de O Globo e uma das mais respeitadas do País, além de comentarista da GloboNews. Deixou as Organizações Globo depois de 24 anos, a convite do presidente Lula e do ex-ministro Franklin Martins para implantar a EBC e o sistema público de comunicação. Seu prestígio e credibilidade, à época, foram decisivos para a aprovação da lei sobre o assunto. Nos quatro anos seguintes, dedicou-se à gestão da empresa e à estruturação de seus canais públicos, TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil e oito emissoras de rádios. Sobre ela, diz Josemar Gimenez, condômino dos Diários Associados, diretor de Redação do Correio Braziliense e do Estado de Minas, e responsável pela contratação: “Tereza vai qualificar ainda mais o conteúdo do grupo. É uma jornalista brilhante. Tem credibilidade. Faz parte do nosso plano de fugir da commodity que virou o noticiário de Brasília”.
Tiago Leifert é confirmado no comando de novo reality show
Tiago Leifert apresentará o novo reality show da TV Globo, The Voice Brasil, que quer revelar novos talentos da música. Com Boninho na direção, o programa estreará no segundo semestre e premiará o vencedor com R$ 500 mil e um álbum gravado pela Universal Music. De férias do Globo Esporte, Tiago segue a trilha de Pedro Bial e Fátima Bernardes, que migraram do núcleo de Jornalismo para o de Produção da TV Globo, no comando de programas de entretenimento, respectivamente Big Brother Brasil e Encontro com Fátima Bernardes.
Hélio Gomes é o novo diretor de Conteúdo do Terra Brasil
Hélio Gomes começou recentemente no Terra como diretor de Conteúdo Brasil ? era, desde setembro de 2009, editor de Ciência e Tecnologia na IstoÉ e editor-executivo de IstoÉ Online. Anteriormente, havia comandado o site Vírgula (2001) e teve passagens pelas revistas Galileu (2004-2009), Jovem Pan (1999-2000) e Trip (1996-1999), sempre como diretor de Redação. Hélio chegou a comandar a GTR Editora, empresa própria, que prestou vários serviços em impressos para a Jovem Pan, entre 2001 e 2004. Seus novos contatos no Terra são [email protected] e 11-5509-0720. Na IstoÉ, foi substituído por Edson Franco, que era seu braço-direito como editor de Online. Edson fez carreira na Folha de S.Paulo, onde esteve por dez anos em diferentes editorias, e ainda editou as revistas Guitar Player Brasil, Ele Ela e Galileu. Editava o site e a revista IstoÉ 2016 desde março de 2010. Em seu lugar ficou Dafne Sampaio, do próprio time de colaboradores da Editora Três. Os contatos de Edson são [email protected] e 11-3618-4400. Claudia Gurfinkel, que dirigia o Conteúdo do Terra Brasil desde março de 2010, está há dois meses como editora-chefe do MSN, reportando-se diretamente a Andrea Fornes, diretora executiva do portal. É a segunda vez que ela trabalha com a marca: foi anteriormente gerente de produto do MSN espanhol em Madri, entre 2006 e 2008, após temporada em Londres como repórter e produtora da BBC Brasil (2003-2006). Sua primeira experiência no Terra havia ocorrido na volta ao Brasil, em 2008, primeiro como gerente de Projetos Editoriais. Seu novo e-mail é [email protected].
Novo serviço em inglês do Valor é lançado em versão beta
O novo serviço em inglês do jornal Valor Econômico, anunciado há alguns meses pelo informativo Jornalistas&Cia, já está em versão beta no endereço http://www.valor.com.br/international. Hilton Hida, que esteve em O Globo e no Wall Street Journal em Washington, coordena a iniciativa com apoio editorial de Juliana Hoyl (ex-Dow Jones e a Agência Estado) e Patrick Brock (ex-Wall Street Journal) ? ela em São Paulo, ele em Nova York. O site segue sendo aprimorado e sofrendo ajustes pela equipe de TI, mas já pode ser navegado e aceita assinaturas que, temporariamente, são gratuitas.
La Nación deixa de circular pela primeira vez em sua história
Pela primeira vez em 142 anos de história não circulou a versão impressa do jornal argentino La Nación. O fato ocorreu nesta 3ª.feira (12/6), quando o site do diário publicou um aviso aos leitores informando da paralisação de trabalhadores no parque gráfico do jornal, que reivindicavam maiores salários. O texto convidava, ainda, à versão online do jornal e ao arquivo em pdf do que deveria ter sido impresso. Em comunicado oficial, a direção classificou a atitude do grupo como ?intempestiva e ilegal?. A distribuição do jornal estava comprometida desde o fim de semana, quando houve atrasos significativos por causa dos protestos na gráfica. No ano passado, o concorrente Clarín teve dificuldades para ser distribuído quando caminhoneiros (alinhados com o governo, segundo o próprio jornal) realizavam protestos que impediam a distribuição. A teoria de ação orquestrada com a Casa Rosada é mais uma vez ecoada. La Nación espera aferir a audiência digital nesta 4ª.feira (13/6) para verificar se, afinal de contas, o site compensou a falta de circulação do impresso nas ruas.
R7 lança página exclusiva em Minas Gerais
A exemplo do que faz no Rio desde 2010 e em Brasília desde abril passado, o R7 abriu nesta 2ª.feira (11/6) uma página exclusiva de notícias de Minas Gerais. Além de informações específicas do Estado, o R7 MG traz textos e vídeos produzidos pela Record Minas e blogs dos apresentadores da emissora.
A equipe regional é integrada pela editora Flávia Martins y Miguel, os repórteres Márcia Constanti, Paulo Komel, Ramon Guerra e Juliana Ferreira, o estagiário Leonardo Dias, o webdesigner Sérgio Senoux e os blogueiros Mauro Tramonte (Balanço Geral), Eduardo Costa (MG no Ar), Carlos Viana (MG Record), Flávia Scalzo (MG Direto da Redação) e Rodrigo Signoretti (Caju) e Alfredo Vianna (Totonho), do programa Caju e Totonho. A direção geral é de Antônio Guerreiro.
Gay Talese: bom texto é mais importante que coletar informações
O 4° Congresso Internacional Cult de Jornalismo Cultural reuniu recentemente em São Paulo centenas de pessoas no Tuca, ansiosas por ouvirem as palestras de profissionais como Art Spiegelman, Robert Darnton e Marcos Flamínio. Uma das mais aguardadas era a de Gay Talese. Poucos minutos antes de iniciar sua palestra, o mestre do new journalism falou com o editor do Jornalistas&Cia Igor Ribeiro. Diante da crise do modelo de negócios da comunicação, com tantos jornais encolhendo e outros setores do mercado revendo suas finanças, perguntou-se o que ele pensa como solução para esse cenário. O que um profissional que fez carreira na reportagem e na redação faria para manter sua empresa no azul, caso fosse o dono de uma editora ou de um título específico? ?Em primeiro lugar, seria muito seletivo ao empregar jornalistas?, começou Talese. ?Gostaria de ter certeza de que sou apoiado por ótimos profissionais à minha volta. Eles deveriam ter habilidade de escrita desenvolvida. Pois não é o suficiente coletar informações. É muito simples coletar informações, qualquer um pode fazer isso. Mas como escrever essas informações é que muda tudo?, disse. Talese acredita que, no futuro, o bom texto jornalístico vai ser exclusivo, como uma assinatura. ?Hoje, muitos se declaram jornalistas porque carregam algum instrumento que parece ter utilidade, ou porque conseguem uma credencial de acesso, ou porque se sentam numa coletiva de imprensa… Então, eu não empregaria ninguém que eu não tivesse certeza sobre sua experiência e sua habilidade em ser escritor?, afirmou. Segundo o jornalista, ao contrário do que se pensa, qualquer situação noticiável, de economia a educação, de relações internacionais a luta de classes, é passível de ser descrita de forma criativa, por meio da humanização dos personagens envolvidos. ?Também tem de ser relevante, pertinente, e interessante. Como um bom livro, um bom filme, um bom rock?, concluiu. Em sua palestra, agradeceu à apresentação calorosa do mediador Ivan Finotti, repórter da Folha de S.Paulo, e elogiou Daysi Bregantini, editora e diretora responsável da Cult, que organiza o evento. Descendente de italianos, Talese explicou como a infância em Nova Jersey, durante a Segunda Guerra, ajudou a fomentar sua vontade de escrever. ?Havia uma foto em casa com primos alistados no exército fascista?, lembrou. ?Óbvio que não era motivo de orgulho, então meus pais guardavam o porta-retrato no segundo andar, afastado do movimento da loja que mantinham no primeiro?. Espiava as conversas de sua mãe com as clientes e, não raro, ouvia contarem sobre um filho ou parente que estava na Sicília. Uma das histórias falava sobre um soldado americano baleado, e imaginou como a vida daquele militar se cruzava, ali naquela sala, com a de seus primos do porta-retrato. ?Tem uma história aí. E eu não preciso inventar nada!?, exclamou na época. Em cerca de uma hora, Talese contou sobre sua adolescência como um estudante mediano, o primeiro emprego no jornal da escola e o início no New York Times como contínuo, encantando a plateia com suas histórias e serenidade. Respondeu a três perguntas entre as dezenas enviadas pela plateia e se despediu.
Blog reúne editoras de Beleza para especiais temáticos
O blog das Editoras de Beleza Abril (apelidado de EBA) estreou nesta 2ª.feira (11/6) uma série de especiais quinzenais temáticos onde 15 editoras das revistas femininas da Abril irão abordar diversos assuntos ligados ao segmento. O primeiro tema escolhido será Batom Vermelho. De acordo com Sandra Soares, diretora do site MdeMulher onde está hospedado o blog, “todos os dias as editoras de beleza postam novidades, cada uma com o olhar e o enfoque da revista que representam”.
Lançado no final de março e com mais de 300 mil acessos, o EBA conta com a colaboração das editoras Maria Cecilia Prado (Estilo), Debora Lublinski (Boa Forma), Fernanda Tsuji (Viva!Mais), Rafaela Siqueira (Capricho), Daniella de Caprio (Ana Maria), Manuela Aquino (Gloss), Caline Migliato (Manequim), Karina Hollo (Nova), Bruna Bittencourt (Claudia), Marcia Piovesan (Tititi), Andrea Soares (Máxima), Luara Calvi Anic (Lola), Carol Hungria (MdeMulher), Paula Brazão (Lola), Thais Manarini (Saúde), Gislene Pereira (Women’s Helth) e Daniela Carasco (MdeMulher).






