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sexta-feira, junho 20, 2025

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André Blumberg assume Direção Geral de A Tarde

André Blumberg assumiu na última 4ª.feira (15/8) a direção geral do grupo baiano A Tarde, em substituição a Edivaldo Boaventura, que ficou 16 anos no cargo e passa a integrar o Conselho Editorial do grupo, além de participar das comemorações do centenário do jornal como co-organizador de um livro. Psicólogo pós-graduado em Política e Estratégia, Blumberg foi gerente geral da filial Nordeste da Gazeta Mercantil, gerente geral Comercial na Folha de S.Paulo e diretor geral do Alô Negócios.  Atuou ainda como CEO do Grupo Planeta e diretor da Editora Escala. Recentemente foi sócio-diretor da Editora Casa Nova, onde permaneceu até 2011. Atualmente, como sócio-diretor da BD Editora, desenvolve um projeto de revistas customizadas, como as de Abimaq e Pais e Filhos.

De papo pro ar ? Respeito é bom

Certa vez eu estava em prosa num bar com o roqueiro Kid Vinil e Helena Meirelles, tocadora de viola das maiores e de saudosa memória. Tirador de sarro, Kid num cochicho me disse: ? Preste atenção, ela vai ficar brava. Passo seguinte, o roqueiro contou em voz alta que estava com a calça rasgada em determinado lugar. Não deu outra! Helena pegou a viola e partiu pra cima do Kid, gritando: ? Você tome jeito, pois não é por eu ter vivido em cabaré que você tem o direito de ser grosso comigo, viu? Foi pra valer. N. da R.: Já está no www.jornalistasecia.com.br a quarta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que reproduz entrevista de Luiz Gonzaga, o ?Rei do Baião?, a Assis Ângelo, publicada em março de 1984 no suplemento D.O. Leitura, do Diário Oficial do Estado de São Paulo

Novo portal de A Tarde já está na rede

O Grupo A Tarde reformulou seu portal. Entre as novidades estão um template mais fluido, que valoriza as imagens, possibilitado pelo agrupamento das seções, canais e recursos que permitem maior interatividade com o leitor. ?A versão anterior era estanque, tinha uma estrutura fixa. Agora, a redação tem liberdade para organizar as páginas como quiser, dando destaque a uma notícia ou a uma imagem com base na relevância da informação e o espaço que deve ocupar?, explica a gerente de Novos Negócios e Mídias Digitais Ana Carolina Casais. Nessa nova versão, o portal reforçou a integração com as mídias sociais, permitindo que o internauta compartilhe matérias, e criou o Passaporte A Tarde, sistema de login cuja proposta é fazer, no futuro, um acesso único para os produtos do grupo. O conteúdo segue distinto do da versão impressa, complementando as matérias publicadas com recursos multimídia e a revista Muito, que ganhou seu próprio canal em vez de um blog. Um sistema de busca mais eficiente, novos formatos de anúncios e a possibilidade de ouvir a rádio A Tarde FM durante a navegação também estão entre as novidades. Traz ainda os canais inéditos dos times do Bahia e Vitória, Ciência & Vida, Digital, Motor e Concursos, além de manter a parceria com o UOL, pela qual desde março dá visibilidade nacional para o conteúdo produzido localmente.

Eugênio Araújo acerta com a Negócios da Comunicação

Eugênio Araújo, ex-editor-chefe do Cruzeiro do Sul (Sorocaba/SP) e que foi por 14 anos do Estadão, onde, inclusive, conquistou um Prêmio Esso, acaba de acertar seu ingresso na revista Negócios da Comunicação, da Editora Segmento, em que atuará sob a batuta do diretor de Redação Audálio Dantas. Sucederá, no cargo de editor, a Inês Pereira, que deixa a publicação e a empresa após cinco anos, onde paralelamente chegou a editar outras customizadas, como as revistas Alumínio e Automação&Negócios. Em seus tempos de Estadão, Eugênio ocupou várias funções, inclusive fora da área editorial, como no período em que gerenciou a área de Marketing ao Leitor. Ele também foi editor de Economia no Guia Rural da Abril e, além do Cruzeiro do Sul, dirigiu no interior paulista o Jornal de Jundiaí. Inês, que teve toda a carreira construída em revistas, começou na Editora Abril e passou também pela Editora Globo. Depois de alguns anos frilando, ingressou na Master Editorial, ali ocupando o cargo de editora-chefe das revistas São Paulo City Life e Vitrine Mulher. Após quatro anos transferiu-se para a Segmento. Enquanto não define seus novos passos profissionais, atende pelos inespereira.press@gmail.com e 11-97255-6947. Também deixa a revista a repórter Andrea Cambuim (andreacambuim@hotmail.com e 11-96187-7798), que busca outras atividades profissionais na área de comunicação.

Sardenberg despede-se dos leitores do Estadão

O colunista Carlos Alberto Sardenberg despediu-se de forma simpática dos seus leitores do Estadão nesta 2ª.feira (13/8) depois de 14 anos na casa. Compartilhada entre Estadão e O Globo, a coluna continuará a ser publicada no diário carioca. Embora negociassem um reajuste havia algumas semanas, jornal e colunista não chegaram a um acordo. Obviamente as portas continuam abertas para ele, segundo apurou J&Cia, mas em função da política de remuneração adotada pela empresa para seus mais de 60 articulistas ? e que foi atualizada em dezembro passado ? seria inviável acertar o contrato em novas bases. A J&Cia Sardenberg acrescentou: ?Lá pelas tantas, conversando com colegas, verifiquei que minhas colunas estavam mal remuneradas. Fiz uma proposta de reajuste ao Estadão e ao Globo, a mesma proposta. O Globo topou na hora. O Estadão disse que não podia?.

Jornal do Commercio/PE comemora 100 anos de Nelson Rodrigues

Publicado em 5/8 no portal NE10 e na última 6ª.feira (10/8) no Jornal do Commercio, o especial A Vida É Nelson homenageia o centenário de nascimento do jornalista e escritor pernambucano Nelson Rodrigues, que será celebrado na próxima 5ª.feira, 23 de agosto. São cinco histórias que, embora reais, traduzem o ambiente devasso e desatinado das crônicas de A Vida como Ela É. ?Neste caderno, todas as matérias foram batizadas com títulos que remetem a trabalhos do autor?, diz, na apresentação, a repórter Fabiana Moraes. Ela explica que isso não foi premeditado, mas que os textos foram batizados conforme as histórias ?iam revelando elementos que de alguma maneira as ancoravam no universo ficcional rodriguiano ? infelizmente, em seus aspectos mais perversos?. Fabiana, cuja reportagem O nascimento de Joicy ganhou um Esso em 2011, conta, por exemplo, a história de Severina, que engravidara 12 vezes do próprio pai, com anuência da mãe, e que encomendou sua morte após vê-lo assediar a filha-neta mais nova (em Álbum de família). Há também a história de Rogério, que planejou uma vida de sonhos com Renata, mas a matou e suicidou-se durante a festa de casamento (em Vestido de noiva). Completam o especial Engraçadinha, A falecida, A mulher que amou demais e Anti-Nelson Rodrigues, texto em forma de peça teatral que conta a biografia do homenageado, além de Nelson, um necessário, introdução assinada pelo diretor de Redação do JC Ivanildo Sampaio. As fotos são de Hélia Scheppa e criação gráfica é de Karla Tenório.

Diário de Pernambuco promove treinamento em videojornalismo

Um total de 60 profissionais do Diário de Pernambuco, divididos em duas turmas, participa desde 2ª.feira (13/8) de dois treinamentos ministrados pela Cachaça Comunicações, representada por Anderson Hartmann (anderson@cachacabr.com e 11-98110-6275) e Felipe Harazim, responsável técnico pela implantação da TV iG. No primeiro deles, de Videorreportagem, em três dias de aulas estão sendo abordados temas como conceitos e componentes de câmaras, operação e cinematografia, entre outros aspectos. O segundo, intitulado Videojornalismo para fotógrafos, visa preparar os profissionais das lentes para migrar para o atual perfil do fotojornalista. Os dois treinamentos fazem parte de um pacote contratado pelo jornal, pertencente aos Diários Associados, que já levou à redação, em Recife, profissionais como Ramón Salaverría, diretor do Departamento de Projetos Jornalísticos da Universidade de Navarra; e Ana Brambilla, editora de Mídias Sociais da Editora Globo, entre outros.

Abinam cria Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo

A Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) anunciou a criação do Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo, em homenagem ao profissional que assessorava a entidade na época em que faleceu, em 31/8/2011. Fraterno Vieira atuou por muitos anos na Folha de S.Paulo, onde chegou a subsecretário de Redação, criou e dirigiu o jornal Cidade de Santos e o Guaru News, foi assessor do governador paulista Franco Montoro e em 1979 criou a IMK, uma das empresas pioneiras no segmento de comunicação corporativa. O prêmio tem por objetivo reconhecer matérias jornalísticas que tratem sobre a água mineral em veículos impressos ou eletrônicos, podendo participar tanto empresas envasadoras como jornalistas, com matérias produzidas no período de 31/8/2011 a 31/8/2012. As inscrições vão até 6/9 e os prêmios serão entregues durante o jantar de gala da Abinam, no 21º congresso da entidade, no Hotel Costão do Santinho, em Florianópolis, no dia 4 de outubro. Mais informações na IMK (11-3813-1300), com Márcia de Azevedo (marcia.azevedo@imk.com.br) ou Juliana Prado (juliana@imk.com.br).

Novo projeto de webtv aborda temas ambientais

Foi lançada no final de julho a EcovoxTV, projeto de Humberto Mesquita e do cineasta Jorge Bodanzky que terá como escopo principal a defesa do meio ambiente. Instalada no bairro do Morumbi, em São Paulo, a sede da nova emissora tem, além de estúdio digital, uma espécie de estúdio natural, já que fica ao lado de uma pequena reserva natural. ?Sempre fiz tevê aberta, tendo passado por quase todas emissoras, mas chegou um ponto em que me cansei da censura imposta por alguns patrões?, explica Mesquita. ?Como já estava a fim de mudar de rumo, montei uma academia de tênis. Mas a vontade de voltar a trabalhar com tevê foi maior e então surgiu a ideia de me juntar com o Jorge e mais um grupo de amigos para criar um projeto voltado para questões ambientais?. Com material em português e inglês, a EcovoxTV publica periodicamente as matérias em seu site e pelo facebook, principal contato com seu público atual, abrindo espaço para denúncias, sugestões e opiniões. ?A Ecovox, antes de qualquer coisa, é um ideal. Depois de trabalhar tanto tempo no jornalismo, queremos agora fazer uma coisa livre e positiva, com a ajuda de nosso público?, informa. Com passagens pelas tevês Excelsior, Bandeirantes, Tupi e SBT, e pelas revistas O Cruzeiro e Realidade, Humberto é autor de Tupi, a greve da Fome e Santa Brígida, e articulista nos sites Vote Brasil, El Theatro e Revista Neomondo. Bodanzky produziu e dirigiu inúmeros documentários, como Tristes Trópicos e A Igreja dos Oprimidos, e os filmes Iracema, uma Transa Amazônica, Os Mucker, Terceiro Milênio e No meio do rio, entre as árvores, entre outros. A equipe atual da EcovoxTV conta com 12 profissionais, entre contratados e colaboradores. Integram o projeto as editoras Cristina De Bonis, Fernanda Sgroglia e Paula Vitória, além do antropólogo Pedro Henrique, que também produz matérias para o canal. Serviço: EcovoxTV Rua João Scaciotti, 275 ? Morumbi ? São Paulo (SP) E-mail: ecovoxtv@gmail.com Site: www.ecovoxtv.com.br Facebook: www.facebook.com/ecovoxwebtv Tel: 11-2338-0627

André Azenha lança Meu namoro com o cinema

André Azenha (13-3307-2838 e zencomunicacao@gmail.com) lança o terceiro livro de sua carreira, Meu namoro com o cinema, reunindo ?textos passionais sobre filmes igualmente intensos? que publicou no site CineZen, do qual é editor. Além do CineZen, André edita o site CulturalMente Santista ? que aborda a vida cultural da cidade de Santos e traz entrevistas com grandes nomes da cultura local ? e é repórter de Veja Litoral Paulista. É também assessor de imprensa do CineRoxy e da editora e livraria Realejo, além de atuar como freelancer. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, ele fala sobre o interesse pelo cinema e o trabalho de crítico de arte no Brasil: Portal dos Jornalistas ? Como começou a se interessar por cinema? André Azenha ? Desde pequeno adoro filmes. Minha primeira ida sozinho ao cinema, de que me lembro claramente ? antes havia visto filmes acompanhado por pais, avós, mas pouco me recordo ?, foi Karatê Kid. Sempre adorei ver filmes. Sessões da Tarde, Corujão, no cinema, depois com o advento das tevês a cabo (não tive videocassete, não tínhamos dinheiro na época para comprar um). Mas sempre foi um gosto pessoal. Portal ? E qual foi sua primeira experiência profissional escrevendo sobre o assunto? Azenha ? Em 2005, comecei a escrever sobre música para alguns sites. No entanto, apesar de amar a música, vi que acompanhava muito mais os lançamentos nas telonas do que os CDs e shows. Daí foi um pulo perceber que minha vocação era a sétima arte. Música ficou como paixão. Cinema, que sempre foi amor, virou trabalho. Assim, escrevi meus primeiros textos para blogs e sites, na base da colaboração. Depois, em 2008, após enviar vários e-mails no intuito de mostrar meus textos, fui chamado pelo Rubens Ewald Filho ? também santista ?, de quem fui assistente, revisor e editor por quase dois anos. Depois, vieram o CineZen, textos em revistas, outros sites e, então, oficinas de crítica, mediação de encontros cinematográficos etc.. Portal ? O que o motivou a criar o site CineZen? Azenha ? Colaborava com vários sites de forma gratuita. Até que, em 2006, chegou o ponto em que decidi criar um blog, o Zen Cultural, para reunir todos os textos espalhados por aí. O Zen pode ter a ver com o Azenha, meu sobrenome, e o fato da boa relação cultivada com colegas de profissão; mais o fato de considerar que a crítica não necessita ser meramente destrutiva, como pensam alguns. O blog ficou obsoleto. Em 2008, veio a ideia de criar um site para poder definir seções, categorias, temas, colocar destaques, organizar e distribuir melhor os textos. Em março, foi para a rede o CineZen Cultural ? embora Cultural já não seja mencionado sempre e tenha até saído da logomarca oficial. Vale ressaltar que o CineZen não tem verba ou anunciantes. Tem parceiros: sites, blogs, colaboradores. Importante no processo foi e é o webmaster recifense Wagner Beethoven, que entende de plataforma WordPress. Tornamo-nos grandes amigos e ele ajudou também na concepção do CulturalMente Santista (www.santoscultural.net), site que edito com foco no segmento cultural da Baixada Santista. O CineZen cresceu, pessoas o procuraram para escrever e atualmente contamos com colunistas de 2ª a 6ª.feira, que falam de cinema clássico, cult, estreias, literatura, cultura pop, mercado cultural, política, quadrinhos. E colaboradores que enviam textos eventualmente. São quase 20 colaboradores, que escrevem para o site por prazer, mas com um profissionalismo incrível e muita competência. Lógico que, podendo, gostaríamos de ter apoio comercial. Mas falta tempo para prospectar. Portal dos Jornalistas ? Quem admira como crítico de cinema? Azenha ? Independente de concordar ou não com as opiniões, admiro alguns nomes pela postura e conhecimento no ramo. O Rubens, que tem um conhecimento enciclopédico, sabe muito da parte técnica e acompanhou muitos clássicos na época de seus lançamentos. Com ele, aprendi que é preciso saber desde o figurinista, quem fez a trilha sonora (e por que aquela trilha se encaixa ou não na história), a parte de pesquisa, tudo. E, principalmente, [saber] que escrevemos para o público, e não ? somente ? para cineastas ou críticos. Gosto bastante do texto do Luiz Carlos Merten, do Estadão, a forma apaixonada de se colocar, especialmente em seu blog. Acompanho a Ana Maria Bahiana, no UOL, e o Rogert Ebert, crítico norte-americano, além de alguns sites e blogs estrangeiros. Admiro o texto do Edmar Pereira, crítico já falecido e que escreveu durante muitos anos para o Jornal da Tarde. Há um livro da Coleção Aplauso, Razão e Sensibilidade, organizado pelo Merten, sob coordenação do Rubens, que reúne vários textos dele. Fora do cinema, o Lester Bangs, considerado frequentemente o maior crítico musical norte-americano. A lição dele para todo crítico iniciante: ?Seja honesto e impiedoso?. Principalmente a primeira parte do conselho, deve ser seguida à risca. Portal dos Jornalistas ? No texto de apresentação de seu livro você cita Lester Bangs quando fala da necessidade de escrever sobre cinema com paixão. Acha que o contrário é possível? Que se pode fazer crítica de cinema sem ser passional? Isso distancia o crítico do jornalista? Azenha ? Não apenas escrever sobre cinema demanda paixão. Tudo na vida, se feito de maneira apaixonada, intensa, pode resultar em algo melhor. O ?escrever com paixão?, na verdade, é você defender suas ideias e opiniões da melhor maneira, honesta, eticamente. Se o filme tem coisas que funcionam, defender isso com unhas e dentes. A crítica boa é aquela que gera reflexão no leitor. Se o cara já viu o filme e, por determinado motivo, não gostou, mas ao ler sua crítica percebe algo que não tinha sacado e decide rever o filme ou muda o ponto de vista, bingo! A crítica valeu a pena. O mesmo vale para quando o filme tem coisas que não funcionam. Vai muito além de dizer somente se uma obra artística é boa ou ruim. E a crítica, além do conhecimento de causa, leva muito da experiência de vida de cada um, a contextualização da história no mundo de hoje ou, para um filme antigo, por exemplo, contextualizá-lo na época em que foi lançado. O texto, o desenvolvimento do raciocínio, os argumentos, devem ser objetivos, claros. Mas coloque paixão ao digitar cada letra, cada palavra e a chance de sair com um texto envolvente é maior. Claro que o talento nessas horas é primordial para o resultado final do texto. Por esse ponto de vista, por que não escrever uma reportagem com paixão? Jornalistas apaixonados pela profissão são aqueles que conseguem os furos, as melhores matérias. A paixão, aqui, não deve tirar o foco do fato, mas tornar o texto mais prazeroso, envolvente, gostoso e profundo. Portal ? Como analisa a crítica de arte no Brasil? Azenha ? Atualmente há muitas e muitas pessoas que escrevem sobre arte, ainda mais após o advento da internet: são incontáveis os números de sites e blogs com opiniões sobre filmes, discos, livros etc.. Essa democratização dos meios é positiva no que se refere à oportunidade de mais pessoas encontrarem/criarem espaço para expor seus textos. Mas também há uma certa banalização. Para escrever sobre algo, é preciso estudar a área em questão. No caso do cinema, é necessário, antes de tudo, ver o maior número de filmes, ter alguma experiência em filmagem, produção ou, pelo menos, acompanhar a realização de um filme. Conhecer a teoria, a história do cinema, dos cineastas, atores etc.. E são poucos os que fazem isso. Por isso, os mais lidos, exceto casos raros (a exemplo dos sites Omelete e Cinema em Cena), ainda são aqueles críticos mais experientes, que iniciaram décadas atrás. O surgimento constante de gente escrevendo sobre arte também faz com que os mais antigos se atualizem, não se acomodem. E cabe ao público separar o joio do trigo. Em relação à crítica em si, há um bom tempo existe a discussão do papel da crítica de arte na sociedade, e no Brasil não é diferente. A velocidade cada vez maior das informações intensifica esse questionamento. Afinal, muitas pessoas, quando leem uma crítica, ainda só querem saber se vale ou não a pena ver o filme. Aí vão direto na nota ou no número de estrelas dados ao longa analisado, sem sequer passar pela crítica. Como evitar isso? Difícil, mas é preciso apostar em bons textos, na fidelização do leitor. Portal ? Também tem vontade de produzir cinema? Azenha ? Estudei roteiro, em São Paulo, para conhecer um pouco mais da concepção, e acompanhei várias filmagens. Em experiência com audiovisual, apenas os videocasts do CineZen e trabalhos na televisão, apresentando um quadro com as novidades da semana no cinema. Acredito que se alguém deseja ser crítico não deveria produzir, dirigir, escrever filmes. No Brasil talvez não se leve isso muito a sério. O Rubens, por exemplo, faz teatro. Uma situação hipotética: até que ponto uma crítica escrita por um diretor, sobre o filme de um colega, será realmente isenta? No meu caso, gosto de escrever, ver os filmes. Ainda não tive vontade de tentar fazer um. Há ideias, só, que provavelmente deixaria nas mãos de quem trabalha diretamente na realização cinematográfica. Portal dos Jornalistas ? Seu primeiro livro foi Poesia a Quatro mãos, escrito em parceria com sua mãe, certo? Qual é a diferença entre escrever poesia e crítica de arte? Azenha ? Minha experiência com poesia não é muito extensa. Foi meu único livro [de poesia. Além deste e de Meu namoro com o cinema, André também organizou Coletânea CINEZEN | Vol. 1 (Costelas Felinas), que reúne parte do material publicado ao longo de 2011 no site CineZen] e, no meu caso, foi uma forma de externar sentimentos, situações, que dificilmente conseguiria em um texto jornalístico. É arte, uma obra. A crítica, mesmo escrita com paixão, é uma colocação sobre uma obra de arte, um produto de entretenimento. É análise e uma visão que o leitor pode utilizar ou não para se identificar ou não com aquele filme. Pode lê-la tanto antes, como depois, se quiser buscar referências ou visões diferentes daquela que teve ao ver o filme. Ambas são prazerosas. Poesia, porém, para mim, é um desabafo, algo feito apenas para realização. A crítica é trabalho, demanda mais tempo e obrigação. Porém, podemos dizer que a poesia pode ter crítica e ? por que não? ? a crítica pode ser poética.   A sessão de autógrafos será durante o 10º Curta Santos, em 20/9, a partir das 19h, no café do Cine Roxy 5 (av. Ana Costa, 465 ? Santos). 

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