Época Negócios realizou na noite desta 3ª.feira (25/9) o evento de premiação do anuário Época Negócios 360°, celebrando as 200 melhores empresas do Brasil pela ótica da publicação. A pesquisa avaliou, entre mais de 700 variáveis, conceitos como Governança, RH, Inovação, Visão de Futuro e Responsabilidade Corporativa, além do desempenho financeiro, e foi realizada em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), de Minas Gerais. David Cohen, diretor Editorial da revista, conduziu a produção da publicação ao lado de Antonio Felix, editor de especiais, e Dárcio Oliveira, redator-chefe da revista. Também auxiliaram na verificação dos dados de empresas de 30 diferentes setores um conselho consultivo formado por Carlos Henrique de Brito Cruz (Fapesp), Gilberto Mifano (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), Keyler Carvalho Rocha (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), Luiz Carlos Cabrera (FGV), Mozart Pereira (FDC), Oscar Motomura (Amana-Key) e Ricardo Young (Instituto Ethos). Junto à pesquisa também foi divulgado um ranking das 500 maiores empresas do País segundo sua receita líquida. A produção do anuário contou com o apoio da Economática e da Aberje e a edição entra em circulação nesta 6ª.feira (28/9).
Saem os vencedores do Prêmio Comunique-se
Em cerimônia realizada na noite desta 3ª.feira (25/9), no HSBC Brasil, em São Paulo, foram anunciados os vencedores das 27 categorias do Prêmio Comunique-se 2012, que este ano teve como tema Edição de Colecionador. Assim como em 2011, foram seis os apresentadores, entre eles Cid Moreira, Marcelo Tas, Rafael Cortez e Tatá Werneck, que também estiveram na edição anterior e que este ano ganharam as companhias de Renata Vasconcellos e Lorena Calábria, além dos esquetes humorísticos de Maurício Menezes sobre casos curiosos e engraçados da imprensa brasileira.
Foram premiados nesta edição: Mídia eletrônica: Joelmir Beting (Rádio Bandeirantes/Band/Bandnews); Mídia impressa: Míriam Leitão (O Globo); Jornalista de Sustentabilidade: Ana Luiza Herzog (Exame/Planeta Sustentável); Jornalista de Tecnologia: Bruno Ferrari (Exame); Blog: Ancelmo.com; Colunista de Notícia: Ricardo Boechat (Isto É); Colunista de Opinião / Articulista: Elio Gaspari (Folha de S.Paulo/O Globo); Colunista Social: Flávio Ricco (UOL); Correspondente Brasileiro no Exterior ? Mídia Impressa: Cláudia Trevisan (Estadão); Correspondente Brasileiro no Exterior ? Mídia Eletrônica: Roberto Kovalick (TV Globo); Correspondente Estrangeiro no Brasil: Helen Joyce (The Economist); Repórter ? Mídia Eletrônica: Sônia Bridi (TV Globo); Repórter ? Mídia impressa: Daniela Pinheiro (Revista Piauí); Repórter ? Imagem: Claudinei Matosão (Band); Jornalista Nacional ? Mídia eletrônica: Ricardo Kotscho (Record News/R7); Jornalista Nacional ? Mídia impressa: Eliane Brum (Época); Jornalista de Esportes ? Mídia eletrônica: Paulo Vinicius Coelho (ESPN); Jornalista de Esportes ? Mídia impressa: Juca Kfouri (Folha de S.Paulo); Jornalista de Esportes ? Locutor Esportivo: Milton Leite (SporTV); Jornalista de Cultura ? Mídia eletrônica: Gilberto Dimenstein (CBN/Catraca Livre);Jornalista de Cultura ? Mídia impressa: Alberto Pereira Jr. (Folha de S.Paulo);Apresentador/Âncora ? TV: Ricardo Boechat (Band);Apresentador/Âncora ? Rádio: Tatiana Vasconcellos (BandNews FM);Executivo de Veículo de Comunicação: Fernando Mitre (Band);Agência de Comunicação: Grupo Máquina;Propaganda e Marketing: Claudia Penteado (iG/Jornal do Commercio);Profissional de Comunicação Corporativa: Felix Ximenez (Google Brasil). BandNews TV
A BandNews TV montou um esquema especial de cobertura para a solenidade de entrega do Comunique-se. Além de transmitir ao vivo os principais momentos da premiação, o canal montou um estúdio no local, de onde ancorou seu noticiário a partir das 20h, até o final da festa.
Fernando Jorge lança obra sobre Drummond
Autor de obras de destaque, como Cale a boca, jornalista!, em Drummond e o Elefante Geraldão (Novo Século) Fernando Jorge convida o leitor a conhecer um pouco mais do universo íntimo do consagrado escritor, relatando diálogos e algumas confidências da personalidade mais famosa de Itabira (MG).Drummond era funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ? onde desenvolvia um trabalho sobre Aleijadinho ? quando conheceu Fernando, na década de 1950. Este também acabara de escrever sobre o artista e ? apresentado por Rodrigo Melo de Franco Andrade, então diretor do Sphan ? ofereceu um livro a Drummond. A empatia entre os dois foi imediata.?Drummond falava que eu era muito sincero na minha amizade e que não o procurava para me exibir ao lado dele: ?Fernando, você gosta de mim simplesmente?, dizia. Ao que eu respondia: ?Eu o compreendo não só com a cabeça, mas também com o coração´. Ele tinha uma inteligência penetrante e também era muito emotivo?, comenta Fernando.Munido sempre de uma caderneta de capa preta, Fernando anotava pensamentos do poeta imaginando que, em um futuro distante, escreveria um livro sobre ele. ?Ele dizia que eu parecia um investigador de polícia! Um detetive que vai atrás de provas para o marido traído?, diz Fernando aos risos.Ele conta também que o título vem de um questionamento que fez a Drummond: ?Certa vez perguntei a ele se tinha vontade de escrever um romance fantástico. Ele disse que sim e me contou a história de um elefante chamado Geraldão que tinha mil metros de altura, comia um boi ou uma baleia por dia, e não conseguia conquistar o coração da elefanta por conta de seu tamanho. E Drummond, tímido e discreto, caiu na gargalhada como uma criança!?.A obra, de 176 páginas, custa R$ 24,90 e pode ser adquirida aqui.Sobre o autorPortador da carteira 088 da Associação Brasileira de Imprensa, Fernando Jorge é formado em Biblioteconomia. Historiador, biógrafo, crítico literário, dicionarista, enciclopedista e jornalista, venceu o Prêmio Jabuti, o Prêmio Clio(Academia Paulistana de História) e recebeu a Medalha Koeler, em 1957, pelos grandes serviços prestados à cultura brasileira. Escreveu as biografias do Aleijadinho, de Santos Dumont, Paulo Setúbal, Olavo Bilac e Ernesto Geisel, além de livros sobre Lutero, Hitler e Barack Obama.
Mauri König é homenageado com prêmio internacional
Mauri König, repórter da Gazeta do Povo (PR), foi anunciado no último dia 13/9 como um dos quatro agraciados com o International Freedom Press Awards, oferecido pelo Comitê de Proteção aos Jornalistas. Além do brasileiro, conquistaram o prêmio ? que será entregue em novembro, em Nova York ? Mae Azango (Libéria), Dhondup Wangchen (China) e Azimjon Askarov (Quirguistão). Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, König fala sobre sua opção pelo jornalismo, a satisfação em ser homenageado pelo CPJ e os riscos que envolvem o trabalho de jornalista investigativo. Portal dos Jornalistas ? Como foi sua escolha pelo Jornalismo? Mauri König ? Comecei a trabalhar com Jornalismo em 1991, quando ainda cursava Letras na Universidade do Oeste do Paraná, em Foz do Iguaçu, e dava aulas na rede pública de ensino. Como na época não havia curso de Comunicação na cidade e o pequeno número de profissionais formados não atendia à demanda do mercado local, fui convidado a trabalhar num semanário devido à minha experiência na edição do jornal do Centro Acadêmico de Letras da Unioeste. Larguei as aulas na rede estadual, consegui o registro de jornalista provisionado com o Sindicato dos Jornalistas do Paraná e passei a atuar como repórter no extinto semanário Jornal de Foz. Mais tarde, entrei na primeira turma do curso de Jornalismo aberto na cidade, em 2000. Antes, já havia passado pela sucursal da Folha de Londrina, ao mesmo tempo que me tornei correspondente do Estadão. Ainda em Foz, trabalhei nos jornais O Estado do Paraná e Gazeta Mercantil. Foi ali que ingressei na Gazeta do Povo, em 2002. Oito meses depois fui transferido para Curitiba. Portal dos Jornalistas ? Por que enveredou pelo jornalismo investigativo? König ? Fui correspondente do Estadão durante seis anos na tríplice fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina e fiz algumas coberturas longas sobre violência e conflitos de terra entre paraguaios e imigrantes brasileiros, os brasiguaios. Mas foi na Folha de Londrina que fiz minhas primeiras reportagens de cunho mais investigativo, algumas em parceria com um jornalista paraguaio, o César Palácios. Percebi que davam mais repercussão e o processo de produção instigava em mim um antídoto contra o conformismo. Comecei a pesquisar assuntos relevantes e passei a estudá-los melhor, a fazer apurações nas horas de folga e nos fins de semana. Muitas vezes, só quando estava com a reportagem quase toda apurada é que sugeria ao jornal. Fiz isso muitas vezes, em vários jornais onde trabalhei. Dessa forma, fui driblando a falta de tempo e de recursos, e ia emplacando uma reportagem atrás da outra. Portal dos Jornalistas ? Você já venceu prêmios nacionais de destaque, como Esso, Embratel e Herzog. Qual é a importância do International Freedom Press Awards para sua carreira? König ? Salvo engano, o International Freedom Press Awards é o único prêmio do jornalismo mundial que não é concedido por meio de inscrição ou indicação. O próprio Comitê de Proteção aos Jornalistas monitora a imprensa mundial em busca de jornalistas que se destacam pela tenacidade e coragem. Ou seja, os jornalistas são reconhecidos não por um trabalho específico, mas pela carreira profissional, pelo ?conjunto da obra?. Imagino ser o melhor reconhecimento que um jornalista pode esperar. Portal dos Jornalistas ? O que um profissional precisa ter para ser um bom jornalista investigativo? König ? Primeiro é preciso conhecer bem sobre o que vai escrever, se ?especializar? no assunto. Como o tempo nas redações é escasso, costumo pesquisar sobre o tema de uma reportagem nas horas de folga e nos fins de semana. Essas pesquisas permitem ainda identificar fontes qualificadas, além daquelas de que já se dispõe. Também é preciso ter paciência e persistência. Nem sempre as coisas saem como e no tempo que imaginamos, mas isso também serve como aprendizado. Portal dos Jornalistas ? Quem você destaca, no Brasil e no exterior, como sinônimo de excelência no jornalismo investigativo? König ? É difícil destacar um nome, pois jornalismo se faz em equipe. Somos todos devedores daqueles que contribuem com o nosso trabalho. Há sempre o risco de incorrer em omissões, mas destaco nomes como Mário Magalhães, Lucas Figueiredo, Thiago Herdy, Andreza Mattais, Rubens Valente, Humberto Trezzi, Cláudio Júlio Tognolli, Fernando Rodrigues, Eduardo Faustini, Caco Barcellos. No exterior, a ProPublica tem sido uma incubadora de grandes reportagens investigativas, um modelo a seguir. Portal dos Jornalistas ? Por conta de seu trabalho, você já sofreu diversas ameaças e lidou com situações de perigo real. Em alguma delas achou que não fosse sair vivo? König ? A situação mais drástica por que passei ocorreu em 19 de dezembro de 2000, no Paraguai, quando fui espancado quase à morte por três homens, um deles vestido com a farda da Polícia Nacional do país. Estava investigando o recrutamento ilegal de adolescentes para o serviço militar no Paraguai. Fui interceptado na minha quinta ida ao país, quando estava sozinho com o carro do jornal O Estado do Paraná. Parei numa suposta blitz numa estrada vicinal, os três me arrancaram do carro e começaram a me chutar e a bater com uma corrente e pedaços de pau. Um deles forçou o joelho nas minhas costas e enlaçou a corrente no meu pescoço. Começou a forçar enquanto os demais continuavam chutando. Quando eu estava praticamente perdendo os sentidos, ele puxou a corrente, levantou e deu mais alguns golpes com a corrente nas minhas costas. Eles riam muito e falavam em guarani (a língua nativa do Paraguai). A única coisa que disseram numa mistura de espanhol e português foi logo no início, quando tentei argumentar: ?Você nunca mais vai voltar ao Paraguai?. De repente, foram embora. Destruíram minha máquina fotográfica e amassaram o carro. Com uma faca ou pedra, escreveram no capô: ?Abajo prensa de Brasil?. Mesmo dolorido, consegui dirigir por uns 80 km até a sucursal do Diário Notícias em Ciudad del Este. O jornalista Juan Carlos Salinas avisou à imprensa paraguaia, que cobriu a agressão, e depois me levou ao consulado brasileiro. No Instituto Médico-Legal de Ciudad del Este encontraram mais de 100 hematomas no meu corpo. O Ministério Público paraguaio abriu um inquérito, arquivado um ano depois por ?falta de provas?. Portal dos Jornalistas ? Qual é a reportagem ou série da qual você mais se orgulha? König ? Essa do recrutamento de adolescentes no Paraguai foi a que mais me marcou. Depois do atentado que sofri, a imprensa de lá passou a dar maior visibilidade à questão do recrutamento de menores de 18 anos para o serviço militar. Na ocasião, agências internacionais também noticiaram a agressão, o que ajudou a dar visibilidade às irregularidades nos quartéis do Paraguai, a ponto de a Organização das Nações Unidas (ONU) cobrar do governo paraguaio. Depois disso, não soube de novas mortes de adolescentes nos quartéis paraguaios. Senti-me incomodado pelo descaso dado às investigações oficiais contra os agressores, que nunca foram identificados, mas é maior o sentimento de satisfação ao ver que a reportagem ajudou a mudar a situação. Valeu a pena o esforço até para provar aos agressores que eles não conseguiram calar a imprensa. Portal dos Jornalistas ? O que o motiva a seguir como repórter investigativo? König ? Indignação é a palavra que melhor define minha motivação. Acho que, no meu caso, o jornalismo é o melhor instrumento para provocar mudanças, expor injustiças, intervir em governos corruptos, delatar uma polícia arbitrária.
54º Prêmio Jabuti anuncia finalistas
A Câmara Brasileira do Livro anunciou na última 6ª.feira (21/9) os finalistas do 54º Prêmio Jabuti, primeira etapa do processo que irá apontar os melhores livros de 2011. Na segunda fase do prêmio, marcada para 18/10, os escolhidos serão submetidos a uma nova avaliação, quando serão conhecidos os vencedores de cada uma das 29 categorias. Buscamos relacionar a seguir, dentre os finalistas, os profissionais de imprensa/comunicação, embora com o risco de uma ou outra omissão. Concorrem na categoria Livro-Reportagem: Fernando Morais, com Os últimos soldados da Guerra Fria (Companhia das Letras); Miriam Leitão, com Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda (Record); Tom Cardoso, com O cofre do dr. Rui (Civilização Brasileira); Ivan Sant’Anna, com Perda total (Objetiva); Mauro Ventura, com O espetáculo mais triste da Terra (Companhia das Letras); Leonencio Nossa, com O rio: Uma viagem pelo Amazonas (Record), Rodrigo Lopes, com Guerras e Tormentas ? Diário de um correspondente internacional (Besourobox); Juremir Machado da Silva, com Um escritor no fim do mundo: Viagem com Michel Houellebecq à Patagônia (Record); Amaury Ribeiro Jr., com A privataria tucana (Geração Editorial); e Christian Carvalho Cruz, com Entretanto, foi assim que aconteceu: quando a notícia é só o começo de uma boa história (Arquipélago). Na categoria Comunicação concorrem: O Império dos livros: instituições e práticas de leitura na São Paulo oitocentista (Edusp), de Marisa Midori Deaecto; Linha do tempo do design gráfico no Brasil (Cosaf&Naify), de Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra; Repressão e Resistência: censura a livros na ditadura militar (Edusp), de Sandra Reimão; 70 anos de radiojornalismo no Brasil, 1941-2011 (Eduerj), de Sonia Virgínia Moreira; Olho de vidro: a televisão e o estado de exceção da imagem (Record), de Marcia Tiburi; As capas desta história (Instituto Vladmir Herzog), de Ricardo Carvalho, Vladimir Sacchetta e Jose Luiz Del Roio; Revistas de invenção ? 100 revistas de cultura do modernismo ao século XXI (Azougue Editorial), de Sergio Cohn; Lanterna Mágica: infância e cinema infantil (Civilização Brasileira), de João Batista Melo; O negro nos espaços publicitários brasileiros: perspectivas contemporâneas em diálogo, de Leandro Leonardo Batista e Francisco Leite; e Música e Propaganda (A9), de Paulo Cezar Alves Goulart. Nas demais categorias, destaque para Luciana Hidalgo (ex-JB e O Globo), duas vezes ganhadora do Jabuti nas categorias Livro-Reportagem e Teoria Literária, que agora concorre com o romance O passeador (Rocco). Outro segmento que reúne obras de jornalistas é a categoria Infantil, com O capetinha do espaço ou o menino de Mercúrio (Melhoramentos), de Ziraldo; Votupira, o vento doido da esquina (Edições SM), de Fabrício Carpinejar; e O menino que perguntava (Objetiva), de Ignácio Loyola Brandão. A cerimônia de premiação acontece em São Paulo, em 28/11, e a lista completa de finalistas está disponível em http://www.premiojabuti.com.br/resultado.
Diário Catarinense reformula caderno Sobre Rodas
O Diário Catarinense estreou na 5ª.feira (20/9) o novo projeto editorial do Sobre Rodas. O caderno tem agora oito páginas de reportagens, avaliações e classificados, além do serviço de preços de novos e usados com referência na Tabela Fipe. Há também dicas de manutenção de motor, pneus e equipamentos de segurança e a estreia da coluna da instrutora Gisele Flores, sobre novidades do mercado de motocicletas. A edição trouxe reportagem sobre o Hyundai HB20 e sobre o envelopamento, serviço cada vez mais comum nas ruas catarinenses. José Olavo de Moraes (olavo.moraes@diario.com.br) edita o caderno, com reportagens de Jean Balbinotti (jean.balbinotti@diario.com.br).
Vaivém das redações!
Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais: São Paulo: A Folha de S.Paulo deslocou da sucursal de Brasília para a sede a repórter especial Catia Seabra (catia.seabra@grupofolha.com.br e 61-3426-6605 / 8175-0170), que fica na capital paulista até o final do período eleitoral. Segundo ela, como cobre eleições desde 1992 e em Brasília não há disputa municipal, acaba sendo requisitada: ?Em 2000, por exemplo, passei dois meses no Rio pelo Globo. Nos outros anos de corrida municipal estava nas sedes das redações: no Rio, pelo Globo, de 92 a 97, e em São Paulo, pela Folha, de 2004 a 2010?.Ainda por lá, Daniela Loreto (dani_loreto@hotmail.com e 11-98405-6846), que estava no jornal havia sete anos, deixou o cargo de editora-adjunta de Mundo online na última 3ª.feira (18/9) e deve definir nas próximas semanas seu novo destino profissional, que poderá ser tanto em redação como em comunicação corporativa. Ela foi substituída por Gabriela Manzini, no jornal desde 2004, que já havia sido interina de Daniela em outras ocasiões.Marcelo Moreira foi confirmado recentemente como editor dos cadernos de Defesa do Consumidor e Economia do Jornal da Tarde. Com passagens por Agência Estado, Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e Diário do Grande ABC, ele também é responsável pelo blog Combate Rock JT.Lucas Bessel deixa o R7, onde desde março era editor de Carros, e deve trabalhar em área diversa da imprensa automotiva. Antes, Lucas foi repórter de Carros e de Internacional no próprio R7, onde chegou em 2009. Também teve passagens pelas editoras Abril e Três.E na última 2ª.feira (17/9), Marsílea Gombata começou no portal como redatora de Saúde. Ela havia deixado no começo do mês a redação do iG, onde atuava como repórter de Mundo. Também passou por Terra, Band e JB.Elia Junior estreia Pá e Bola na Bradesco Esportes FM. É a primeira vez que ele comanda um programa esportivo no rádio. Pá e Bola vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, das 11h ao meio-dia, e terá, além de atualidades, o quadro Arquivo Vivo, que resgata narrações antigas de grandes momentos do esporte. Distrito Federal: Ana Lisboa (ex-Agência UnB) e Amanda Almeida, vinda de O Globo/MG, são as novas contratadas do Correio Braziliense. Ana entra na vaga de Paula Filizola, na cobertura de Educação; e Amanda, na de Josie Jerônimo, em Política ? e não Jose e menos ainda Economia, como equivocadamente publicamos na nota sobre a saída delas, em J&Cia 863. Amanda esteve antes, por quatro anos, no Estado de Minas.Chris Samarco deixou a sucursal do Estado de S. Paulo na semana passada. Ela cobria a Câmara dos Deputados e sua vaga ainda não foi preenchida. Em carta encaminhada à redação escreveu: ?…sinto que se fechou um ciclo, estou aberta à mudanças e acho isto muito bom. Ganhei de brinde a oportunidade de sair da zona de conforto e viver o novo. Sendo assim, dou vivas ao tempo presente. Vamos lá, é vida que segue…?. Os contatos dela são chris.samarco@gmail.com e 61- 9333-2590. Minas Gerais: Mariana Celle (mariana.celle@abril.com.br) assumiu a editoria de Gastronomia de Veja BH. Ela teve passagens pelo núcleo de publicações da agência Press e pela redação do Brasil Econômico, em São Paulo.Na mesma área, a repórter Aline Gonçalves retornou ao caderno Gastrô, de O Tempo, que havia deixado em maio para tocar projetos pessoais. Lorena Martins, ex-Pampulha, que a havia substituído naquela ocasião, foi para o portal do jornal.Luciana Smith (luciana@jornalpampulha.com.br) começou a escrever no jornal Pampulha uma coluna (http://bit.ly/Ufowdt) sobre as últimas tendências da moda e dicas preciosas para as mulheres estarem sempre belas e elegantes.Ana Clara Otoni é a mais nova colaboradora do blog de Variedades Surf de Sofá, do portal Hoje em Dia. Com MBA em Mídias Sociais e Gestão da Comunicação Digital, ela é também repórter do portal.Após férias, Bernardo Caram está de volta à produção do Brasil das Gerais, na Rede Minas.
Memórias da Redação – Não deu namoro
A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar (sandro.villar@hotmail.com), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP).
Não deu namoro
Atores, cantores, jogadores e locutores sempre fizeram sucesso com as mulheres. Alguns casaram com fãs e outros até mantinham haréns. “Eu tinha umas quatro ou cinco por semana, até dispensava mulher”, confessou um locutor paulistano em conversa com o cronista.
Evidente que não pega bem divulgar seu nome, pois os netos poderiam achar que o avô era um tarado. Tal divulgação também poderia resultar em divórcio. O cronista não é detetive particular, esse destruidor de lares, como deve dizer alguma letra de bolero.
Com suas vozes calientes, há locutores que enlouquecem as mulheres. Vai daí que elas não se cansam de telefonar para as rádios a fim de marcar encontros amorosos com seus ídolos, dos quais, na maioria das vezes, só conhecem a voz e têm a curiosidade de conhecê-los pessoalmente. Na sua polêmica entrevista à revista Playboy, o Tutinha, diretor da Jovem Pan FM, disse que tem sujeito que quer trabalhar no rádio para, digamos, comer mulher, expressão chula pela qual peço desculpas ao respeitável público.
Desculpas, aliás, extensivas ao sexo frágil, que de frágil não tem nada. Mas, entre o grupo citado na primeira linha, lembro que nos dias que correm – não sabemos bem para onde (estamos indo rumo ao desconhecido?) – os jogadores de futebol talvez sejam os preferidos da mulherada na relação amorosa ídolo-fã. Todo mundo sabe que eles são assediados por mulheres chamadas de Marias Chuteiras. Não faz muito tempo, o Flamengo, num ato de vingança contra Ronaldinho Gaúcho, mostrou uma mulher saindo do quarto do jogador em um hotel. E daí? Esquisito seria se do quarto tivesse saído um homem. E mesmo que fosse homem não seria, presumo, de espantar ninguém nestes tempos espantosos.
As Marias Chuteiras não entram em campo. Elas preferem jogar com duas bolas fora do campo e também, neste caso, acho que estou sendo meio chulo e tome de desculpa mais uma vez. Ufa! Confesso que nem sei mais como prosseguir com esta prosa. Prossigo falando do grande locutor-noticiarista Antônio Pimentel, um dos melhores de todos os tempos, lembrando o envolvimento dele com uma fã de voz de veludo, sensual à beça, parecendo a Dita Von Teese. Antes de seguir, lembro que Hélio Ribeiro teria se inspirado em Pimentel e transcrevo o que dois notáveis radialistas e jornalistas falaram do Pimentel.
“Ele tinha uma voz que enchia o rádio”, afirmou Paulo Edson, que trabalhou com ele na Rádio Tupi e com quem narrou, em 1969, a chegada do homem à Lua. “Ele era um locutor de cinema, extraordinário”, resumiu Salomão Esper, da Rádio Bandeirantes, referindo-se aos trailers de filmes e jornais falados do cinema narrados por locutores, como Ramos Calhelha e Gaspar Coelho.
Escalado pelo jornalista Alexandre Kadunc, de saudosa memória, Pimentel, também de saudosa memória, apresentava os jornais falados da Rádio Bandeirantes, salvo engano ainda na sede da rua Paula Souza, centro de São Paulo. Época: entre o fim dos anos 1950 e começo da década de 1960 ? e, por falar nisso, Pimentel noticiou, em 1961 (outro ano perigoso), a renúncia de um certo ex-presidente que também foi, por dois mandatos, o prefeito londrino de São Paulo. Com aquele vozeirão bonito que Deus lhe deu, Antônio Pimentel, sempre humilde, fazia o maior sucesso.
Todo santo dia uma ouvinte telefonava para ele na redação da rádio. Com voz melíflua, como diz o Salomão Esper, a mulher se abria mais que paraquedas em Vacatuva ? quer dizer, Boituva ? e, assanhada, já na primeira conversa propôs um encontro com o locutor. As ligações continuaram por pelo menos um mês. Haja conversa erótica! Pimentel deu trela à fã misteriosa e como não era de ferro, ao contrário do nosso companheiro Clark Kent, concordou em se encontrar com ela, que certamente imaginou ser um avião. Marcaram a data, combinaram de se encontrar na praça da República. Dizem que ele vestiu a melhor roupa, calçou o sapato mais bonito, enfim, se produziu para o encontro marcado e, se a expressão lembra Fernando Sabino, a intenção é essa mesmo.
O locutor chegou à praça e esperou. Depois de algum tempo, apareceu um colega da rádio, redator dos noticiários. Surpreso, Pimentel perguntou: ?O que você está fazendo aqui?? Mudando a voz, o rapaz falou: ?Não reconhece a minha voz?? Era ele que fingia ser a fã misteriosa, que da própria redação, escondido e imitando voz feminina, ligava pro Pimentel. Mais irritado que a Fifa com o Brasil por causa do atraso nas obras da Copa do Mundo, o locutor avançou sobre o jornalista, que saiu em disparada pela praça. ?Era só uma brincadeira?, justificou o colega de trabalho. Eles ficaram um tempão sem conversar. Tudo por causa de um trote que Pimentel não perdoou, pois não deu namoro e nem uma rapidinha depois de gastar mais saliva do que candidato em campanha.
A história que não quer calar
O império de comunicação de Adolpho Bloch ? e a personalidade do carismático capitão de imprensa ? continuam rendendo livros, doze anos após a falência da Manchete. Saíram, em 2008, Rede Manchete: aconteceu, virou história, de Elmo Francforte (Coleção Aplauso, Imprensa Oficial de SP); Os irmãos Karamabloch, de Arnaldo Bloch (Companhia das Letras); e Aconteceu na Manchete/As histórias que ninguém contou, autoria coletiva de ex-jornalistas da Bloch (Desiderata). Em 2010, Felipe Pena lançou Seu Adolpho/Uma biografia em fractais de Adolpho Bloch, fundador da TV e da revista Manchete, pela Usina de Letras. Agora, é a vez de Arnaldo Niskier, que trabalhou 37 anos na Bloch. Nesta 5ª;feira (20/9), ele lançou na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, Memórias de um sobrevivente/A verdadeira história da ascensão e queda da Manchete (Nova Fronteira). Detalhe importante: todos os livros usaram com destaque na arte gráfica da capa as cores e o logotipo da revista que foi o carro-chefe da Bloch durante 48 anos.
Anelise de Oliveira será a nova ?garota do tempo? do SBT
Menos frequente nas telas desde sua saída do telejornal Good News, da Rede TV, em março, Anelise de Oliveira assinou contrato com a emissora de Silvio Santos e será responsável pela editoria e apresentação da previsão do tempo no SBT Brasil. Ela vinha fazendo frilas e trabalhando como mestre de cerimônias nesse ínterim ? um dos eventos que apresentou foi o Mídia.jor, da revista Imprensa. Mestre em Telejornalismo Internacional pela City University de Londres, Anelise ganhou destaque nacional quando fez parte do time de âncoras da BandNews TV, em 2003. Também no Grupo Bandeirantes, apresentou um programa de agronegócios semanal no canal Terra Viva, em inglês, para a RFD Televison, emissora americana. Sua estreia no SBT deve acontecer em dez dias.