Um quase ídolo do futebol O jogo avançava com o saldo de 3 X 0 para o time adversário até os dez minutos finais do segundo tempo. Tudo indicava que o placar estava definido, mas a equipe de Caco Barcellos arrancou um empate relâmpago e fulminante no campo do Clube Atlético São Paulo: 3 a 3. Não havia torcida na arquibancada, mas o clima era de final de Copa do Mundo. Eis que no limite do tempo regulamentar, Caco recebeu uma bola inacreditável na cara do gol. Era ele, o goleiro e a glória. Foi então que o cansaço e a noite mal dormida depois de mais uma longa viagem a trabalho falaram mais alto. “Foi a lesão mais grave da minha vida. Aquele chute estourou minha perna. E não foi gol”. Era o fim do dia de uma 4ª.feira na redação do programa Profissão: Repórter, na sede paulista da Globo, quando o criador da atração recebeu o Jornalistas&Cia em sua modesta mesa – sem paredes ou divisórias – localizada em um canto da sala. Enquanto conversávamos, um editor cuidava dos últimos detalhes do primeiro programa depois da entressafra, rumo à nova temporada. Pano rápido. Caco conta que fizera havia pouco mais uma sessão de fisioterapia. Aparenta estar exausto, mas não olha para o relógio em nenhum momento. Ele se mostra animado com a perspectiva de voltar aos gramados em breve, depois de meses longe do campo do clube SPAC. E com esse gancho conta meio sem querer que por pouco não foi jogador profissional de futebol. Poderia muito bem ter sido um ídolo e sonhava com isso. Entre os oito e os 15 anos, quando morava na Vila São José do Murialdo, na periferia de Porto Alegre, Cláudio Barcelos de Barcellos jogava em um time chamado Partenon, que era frequentado por olheiros dos grandes times do estado (leia-se Inter e Grêmio). O garoto, que jogava no ataque, era rápido e hábil, porém franzino demais para os padrões locais. “Os treinadores do Sul naquela época selecionavam mais pelo físico do que pelo talento”, conta. Ao lado do atacante Cláudio Barcelos no Partenon jogaram alguns nomes que fazem parte da história do futebol brasileiro. Entre outros, ele cita Flávio Minuano, que foi centroavante do Internacional de Porto Alegre, e Jorge Guaraci, que fez história na Portuguesa depois que deixou o Rio Grande do Sul. Já Caco acabou desistindo quando percebeu que só os grandalhões eram promovidos nas peneiras gaúchas. Bem mais tarde, percebeu que estava errado em sua avaliação ao acompanhar as carreiras de sucesso de Zico, Romário, Djalminha e Zinho, todos franzinos como ele. Anos depois de desistir da carreira nos gramados, Cláudio Barcelos de Barcellos virou apenas Caco Barcellos quando assinou sua primeira grande reportagem. Trabalhava então no jornal Folha da Manhã e se dividia entre a redação e um táxi que pilotava por Porto Alegre para pagar o curso de jornalismo na PUC-RS. “Era um fusca sem o banco da frente do passageiro e sem cinto de segurança, que não existia naquela época. Acabei pegando um cacoete que tenho até hoje: sempre que o carro freia, eu estico o braço”. Um belo dia foi “flagrado” dentro do veículo por um dos editores do jornal. Tinha a fantasia de que aquilo pegaria mal, já que redação era lugar de intelectual. Tanto que achou que perderia o emprego, mas estava enganado. Ao saber que um dos seus repórteres era taxista, o editor encomendou na hora uma reportagem especial sobre a rotina da profissão. O foca voltou à redação excitadíssimo, mas foi informado por colegas veteranos gaiatos de que não poderia usar uma máquina de escrever já que era estagiário. Não teve dúvida. Sacou as anotações do bolso, escreveu tudo a mão e levou o material para o secretário de Redação, que avisou sobre a pegadinha. Foi então apresentado à máquina de escrever, da qual só se separou quando surgiram os computadores. Ao saber que deveria assinar o texto, pegou a caneta e escreveu como se assinasse um cheque: “Cláudio Barcelos de Barcellos”. O editor então tratou de cortar o “Cláudio” e um dos “Barcelos”, reduzindo o nome para Caco Barcellos de modo que coubesse no pequeno espaço reservado ao crédito. “Essa matéria me abriu a cabeça para a importância de estar mergulhado em uma história antes de escrever”, conta. De Porto Alegre foi para São Paulo em 1976 e ajudou a criar o mitológico e alternativo jornal Versus, então dirigido por Marcos Faerman. “Versus foi a única redação da qual fui demitido em minha vida”, lembra Caco, ao contar que a publicação funcionava como uma assembleia permanente. “Um dia chegamos e tinha uma turma querendo que nossas reportagens obedecessem à cartilha de um grupo que não lembro qual era. Achei que aquilo não fazia sentido, mas disseram que precisávamos ter compromisso com a causa operária. Votaram e nos demitiram. Naquela redação ninguém trabalhava. Passavam o tempo todo fazendo assembleia”. De São Paulo, Caco caiu literalmente no mundo. Foi perambular pela América Latina quase sem dinheiro no bolso. Desembarcava onde estava a notícia e tratava de negociar suas histórias por telefone com as redações da grande imprensa e/ou dos veículos alternativos. “Cheguei à Nicarágua completamente duro. Tinha 200 dólares. Isso não dava para uma diária do hotel onde estavam os jornalistas. O que pagavam pelas matérias era ridículo, não cobria meu custo”. Caco começou sua carreira em televisão em 1981, na Rede Globo, depois de passar por IstoÉ e Veja. E já foi direto para o Jornal Nacional. Chegou com a cabeça de repórter de revista e teve dificuldade em se adaptar ao novo formato: “Não entendiam minha preocupação com o texto. Eu ficava dez horas numa frase. Diziam que texto é texto. Tinha vergonha de usar palavras inadequadas. Queria a palavra exata, mas fui me acostumando. Eu queria explicar as coisas e não contar o que todo mundo estava vendo”. Antes de entrar de vez no time do Jornal Nacional, porém, foi submetido a um “teste”: acompanhar a equipe do também jovem repórter Ernesto Paglia: “Era uma passeata do Lula. O pau quebrou, como sempre. Tinha pedra para todo o lado e eu lá no meio gravando”. Trinta e cinco anos depois de começar na Rede Globo, em 2006 Caco Barcellos tomou coragem e apresentou à cúpula da emissora o projeto de um programa, o Profissão: Repórter: “Todos os anos a Globo recebe no mínimo 50 projetos novos. A grade é muito disputada, mas a emissora é aberta. Aliás, é um dos lugares mais abertos do mundo. Entrei nessa barca”. Profissão: Repórter começou como um quadro do Fantástico, até ganhar vida própria, em 2008. O desafio é contar a história de uma reportagem em todos os ângulos e com a produção de jovens repórteres. Ao incluir na edição os momentos difíceis, os dilemas e os bastidores da notícia, o programa caiu nas graças do público. Numa reportagem sobre a reintegração de posse de uma ocupação do movimento Sem-Teto, uma repórter ficou abalada durante a madrugada. Caco estava com a tropa de choque da PM, outro repórter com a imprensa e ela com o grupo dentro do prédio. “No momento decisivo, ela entrou em crise ao ver as crianças no colo das mães. Achou que haveria um ato de extrema violência e começamos uma discussão maravilhosa. A convencemos de que precisava estar ali e que a única coisa que podíamos fazer era uma boa reportagem”. Pai de dois filhos e uma filha, Caco frustra o entrevistador ao dizer que não cultiva hábitos excêntricos fora da redação. Depois de afirmar que divide seu escasso tempo livre com os três filhos (dois ainda moram com ele no apartamento de Higienópolis), livros e o futebol (hoje joga como ala), define sua vida pessoal como “um tédio” e diz – modesto – que sua história particular jamais renderia um filme. Mas um livro, quem sabe…? Apesar da rotina alucinante do Profissão: Repórter – que exige manter a mala sempre pronta –, revela que está “muito lentamente” escrevendo um romance de não-ficção, onde pretende contar um pouco da carreira: “Será sobre um repórter alinhavando histórias, mas ainda falta muita apuração, especialmente no Rio Grande do Sul e em países europeus. Não sei dizer quando isso vai ficar pronto. Estou muito tomado pelo Profissão: Repórter”. O jeito, afirma, será usar as horas ociosas em aviões e hotéis para consolidar o material. Mas se confessa um consumidor voraz de livros de não-ficção. Está lendo atualmente John dos Passos – Brasil em movimento, obra do romancista que veio ao Brasil fazer matérias para a revista Life e que narra as incursões dele pelo País entre 1958 e 1962. Antes, leu 1961, o golpe derrotado – Luzes e sombras do Movimento da Legalidade, de Flávio Tavares. Ele não gosta de fazer balanços de carreira. Diz apenas que sempre foi ao limite, embora muitas vezes este fosse curto e imposto pelas circunstâncias: “Nunca planejei literalmente nada do que fiz. Não sei o que vou fazer amanhã. Aliás, nem agora, aqui, eu sei o que vou fazer. Estou na entressafra (do programa). Produzimos muito de janeiro até aqui e agora estamos editando”. Sua agenda, porém, conta há dois anos com um espaço cativo dedicado à fisioterapia, processo que começou depois da fatídica lesão relatada no começo deste texto. “E cuido da alimentação religiosamente. Estou treinando os músculos para continuar jogando.” Na hora da despedida, voltamos ao tema de sua não-carreira no futebol. “O futebol mundial perdeu um ídolo”, diz, antes de cair na risada.
De papo pro ar ? Malemolência baiana
Não é todo mundo que sabe, mas o baiano Dorival Caymmi exerceu, entre outras profissões, as de pintor e jornalista. Sua obra foi traduzida em muitas línguas, até hebraica. Ele nasceu em Salvador, morou em São Paulo, onde compôs Maracangalha, e morreu no Rio de Janeiro. Ficou famoso por suas canções praieiras e por não entrar na onda da correria, comum nas grandes cidades. Por isso o chamavam de preguiçoso. Uma vez lhe perguntei se isso era verdade e a razão de ele não mais compor ou gravar discos, como antes. Com a voz arrastada e depois de dizer que gostava de caminhar na praia, respondeu: – Pois é, ninguém me convida mais pra nada…
Michele Oliveira deixa a Folha de S.Paulo
Michele Oliveira deixou a Folha de S.Paulo nesta 3ª.feira (2/4), após quase dois anos como editora da revista sãopaulo, que circula aos domingos com o jornal, e já na próxima 2ª (8/4) assume o cargo de editora da revista Bamboo (Editora Turquesa), reportando-se à diretora de Redação Clarissa Schneider. A revista, que aborda arquitetura, arte e decoração, está completando dois anos neste mês. Essa foi a segunda passagem de Michele pela Folha, onde entrou pela primeira vez em 2002, tendo atuado em Brasil (atual Poder) e na Folha Corrida. Na revista sãopaulo, onde integrava desde 2011 a equipe de Cleusa Turra, Michele ajudou no processo de consolidação editorial e comercial da publicação, criada em 2010 para substituir a Revista da Folha.
Heloísa Sobral estreia programa de sustentabilidade
Heloísa Sobral (hsobral@mudapraticas.com.br e 11-5056-1111) apresenta a série Minuto Sustentável, levada ao ar desde a semana passada pela TV Osasco (canal 6 da NET Osasco) e nas emissoras vinculadas à Associação dos Canais Comunitários de São Paulo (Acesp), que alcança outros 30 municípios. São 15 programetes, com 16 veiculações de cada um ao longo do mês, perfazendo 240 inserções rotativas de um minuto. Todos ficam também armazenados no youtube. A série é uma idealização da Muda Práticas (www.mudapraticas.com.br), empresa que ela dirige e que tem o marido Marcos Mauro como parceiro. Em formato inclusivo (usa linguagem de sinais para o público com deficiência auditiva), a série aborda temas como consumo responsável, mobilidade urbana, permacultura urbana, preservação ambiental, redução e destinação de resíduos, cidadania e equidade social, e sustentabilidade como fonte de renda e de economia. Heloísa, que foi por 13 anos da Abril, conta como começou a se interessar pelo tema: “Nos anos 1980, na Abril, tive o privilégio de participar da equipe da primeira publicação que tratava de sustentabilidade (embora na época não existisse o termo). Foi a Vivavida, dirigida pelo Alberto Dines, com a Judith Patarra como redatora-chefe. Fui editora-executiva dessa belíssima publicação que questionava e propunha novas reflexões sobre hábitos de alimentação, locomoção, moradia etc. Infelizmente, durou apenas um ano e meio, por falta de anunciantes. Foi participando e discutindo essa revista que despertei para essa tal de sustentabilidade. O Dines, mestre visionário, há 30 anos já trazia essa reflexão para o público em geral. Imagine nos anos 80 a gente falando de reduzir o uso do carro, de preferir legumes e frutas de época e sem agrotóxicos, de ter horta em casa (que é hoje a permacultura urbana) etc. e tal…”. Dois exemplos do Minuto Sustentável podem ser conferidos em http://migre.me/dWgpP e http://migre.me/dWgw1.
Especial Dia do Jornalista: Um tempo para chamar de meu
Uma das jornalistas mais premiadas do País no ranking do Jornalistas&Cia e do Instituto Corda, Eliane Brum, conhecida entre os colegas como a nossa grande historiadora do cotidiano, tirou um tempo para chamar de seu. De duas a três vezes por semana, passa do meio da tarde até a noite lendo na banheira. Chega a ficar cinco horas com metade do corpo submerso na água morna – é o tempo de começar e terminar um livro inteiro. O ritual inclui vinho e chocolate. “É um luxo a que eu me dou. Saio murcha, faceira e cheirosa. E este é meu único problema com os e-books: não dá pra levar pra banheira. Assim que inventarem – se é que já não existe – um jeito de levar computador pra banheira, nunca mais saio de lá”, brinca. Só em março ela leu Bel-Ami (Guy de Maupassant), Tudo o que mãe diz é sagrado (Paula Corrêa), As virgens suicidas (Jeffrey Eugenider), O professor do desejo (Philip Roth), A longa viagem de prazer (Juan José Morosoli), e Groucho e eu, uma autobiografia (Groucho Marx). “Estou lendo Oblómov, de Ivan Goncharov. É uma edição primorosa da Cosac Naify. Mas como é emprestada, não posso levar pra banheira, o que faz com que demore muito mais pra ler”. Essa doce rotina tornou-se possível quando ela deixou de dar expediente na redação da revista Época, onde estava desde 2000 como repórter especial. Hoje, Eliane segue no time da publicação da Editora Globo, mas agora com uma coluna semanal. Feita com a alma, a argúcia e o aguerrimento da repórter, que nunca deixou ou deixará de ser. A decisão de tirar o pé do acelerador foi tomada, porém, por motivos muito mais nobres do que simplesmente o cansaço ou o estresse: “Quando deixei de ter emprego, uma das ideias era poder ter tempo para as coisas do afeto, como o envelhecimento dos pais. Meu pai teve vários problemas de saúde em 2012 e eu tive o privilégio de poder ajudar a cuidar dele – ou só ficar por perto”. Nessa nova fase, Eliane está retomando projetos de trabalho interrompidos no meio do caminho: uma grande reportagem apurada no ano passado, o lançamento de um livro de colunas (que sai ainda neste semestre) e a escrita de outro livro inédito. “Ando sempre cheia de ideias, meu drama é que vai faltar vida para o tanto de coisas que eu quero experimentar. Mas acho que esse é drama de todo mundo, né?”. A rotina quando está em São Paulo é acordar cedo – por volta das 5h da manhã. Consegue a façanha de fazer isso sem usar despertador (ela também não tem telefone celular). Assim que sai da cama, começa a escrever. Como tem o hábito de “dormir com as galinhas”, sua vida social é praticamente nula. Por isso, fica a dica: nunca tente marcar nada com Eliane Brum no período da manhã. Três vezes por semana ela faz pilates e quando viaja dá um jeito de fazer alongamento. “Se não faço isso, minha coluna começa a me causar problemas. Quando vi as matérias sobre Ricardo III descobri – finalmente – que havia algo de nobre em mim: minha coluna é igual a dele”, diverte-se. E, por falar nisso (com o perdão do trocadilho infame), nunca faz nada às 2as.feiras, no período da tarde, porque está estropiada por causa da coluna que publica nesse dia no site de Época: “Quem lê não consegue imaginar o trabalho que ela dá. Em geral, passo todo o final de semana e cinco horas da 2ª.feira escrevendo e revisando. Aí, na 2ª de tarde, não volto a escrever meu livro ou outras coisas de que preciso”. Além disso, ainda cozinha, lava e limpa a casa, sempre em parceria com o marido João – ele também trabalha em casa. Quando percebe uma janela na agenda, corre para seu sofá azul para assistir a alguma série enlatada (de preferência Mad Men) ou vai para o cinema, que é, segundo ela, um vício. Sua lista de atores favoritos é extensa: Marlon Brando, Celia Johnson, Daniel Day-Lewis, Emmannuelle Riva, Joaquin Phoenix, Audrey Hepburn, Gregory Peck, Isabelle Huppert, Klaus Kinski, Fernanda Montenegro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Paulo Gracindo, Lima Duarte, Giulietta Masina, Meryl Streep, Melina Mercouri, Jacques Tati, Ricardo Darín. “Minha rotina não é de 2ª a 6ª, já que trabalho todo o final de semana. Nem é de horário comercial. Cada dia é diferente do outro. Quando viajo a trabalho, tento passar pelo menos mais um dia para conhecer o lugar”. Eliane diz que nunca pensou em trabalhar menos. Ela só queria ser dona do seu tempo e misturar as coisas. Sua relação com o tempo, diga-se, sempre foi especial. Sua primeira grande reportagem, publicada em 1989, quando era ainda foca, chamou a atenção da redação do jornal Zero Hora pelo enfoque completamente inusitado. A encomenda era fazer uma matéria nada promissora sobre a inauguração de uma loja do McDonald´s em Porto Alegre. Em vez de fazer o óbvio, ficou o tempo todo ao lado de um grupo de velhinhos que passavam os dias jogando xadrez no lugar. Acabou escrevendo um texto belíssimo sobre o tempo e a modernidade irreversível. Entrou no jornal gaúcho como estagiária em 1988, depois de cursar História e flertar com a Biologia e a Informática. Na redação, teve como “mestres” Marcelo Rech e Carlos Wagner. No Zero Hora, Eliane fez de tudo um muito e passou até pela editoria de Polícia. “Nessa época, Zero Hora tinha juntado as editorias de Polícia e Geral. Cobri alguns grandes crimes e ás vezes fazia o que se chama lá de ‘ronda’. Foi aí que descobri uma história daquelas tão absurdas que só existem na realidade. Na ficção soaria totalmente inverossímil”. Ela estava fazendo a ‘ronda’ quando ligou para uma delegacia de Sapucaia do Sul. Um policial do plantão atendeu dizendo que a coisa estava tão calma que tinha até uma galinha presa. “Como assim?”, retrucou a repórter. Ao chegar à delegacia com o fotógrafo, ela descobriu que a galinha presa tinha sido encontrada de madrugada ao lado de um galo morto e de um homem abraçado a uma garrafa de cachaça. A polícia havia liberado o homem e prendido a galinha. O boletim de ocorrência do animal dizia: “detida em atitude suspeita”. Pior: o homem liberado era suspeito de homicídio e estava foragido. “Mas por que a prisão da galinha vale uma reportagem? Porque a galinha fala sobre o ser humano. Vale porque fala da incompetência da polícia. É uma história engraçada, mas é uma denúncia. E a gente que é repórter tem tanta sorte que isso tudo aconteceu no Dia Internacional da Ave”. A tal galinha presa foi capa do jornal e rendeu uma polêmica. Esse pequeno “causo”, que foi contado pela repórter em uma palestra ilustra bem o tom das reportagens de Eliane Brum. Sua busca permanente é pelas preciosidades que estão presentes no dia a dia. Basta olhar direito para achá-las. “Tive sorte e nos 11 anos e meio que trabalhei no jornalismo diário, com duas, três pautas por dia, encontrei muitas”.
Profissionais do Brasil Econômico aceitam calendário de negociações
Reunidos em assembleia na tarde da última 2ª.feira (1º/4) na própria redação, os profissionais do Brasil Econômico em São Paulo decidiram aceitar o calendário de negociações proposto pela empresa, com estabilidade para todos até 17/4, incluindo os PJs, mas mantiveram o estado de greve decretado na semana anterior. Ainda por esse calendário, a empresa assegura liberdade para os representantes do Sindicato realizarem assembleias na redação sem a presença do RH, desde que marcadas com 24h de antecedência, e ficou de apresentar nesta 4ª.feira (3/4) uma proposta de acerto para os que vão deixar o jornal ou seguir para o Rio, em função da decisão de mudar para lá a sua sede, mantendo em São Paulo apenas uma sucursal. Essa proposta deverá ser debatida em nova assembleia, marcada para 6ª.feira (5/4). A reunião teve coordenação de Paulo Zocchi e Márcia Quintanilha, respectivamente diretores Jurídico e de Sindicalização do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. No Rio, Sônia Soares começou esta semana como editora-executiva já dentro da nova estrutura do jornal, assumindo por lá funções antes alocadas em São Paulo. Sônia esteve por quase 20 anos em O Globo, onde foi editora de Economia.
Especial Dia do Jornalista: Enquanto a flor branca da paineira não vem
Com alma, talento e inspiração, eles fazem a diferença no jornalismo brasileiro A partir de hoje, e pelos próximos dias, o Portal dos Jornalistas apresenta histórias dos dez jornalistas mais premiados de todos os tempos pelo Ranking J&Cia 2012, na celebração deste 7 de abril, Dia do Jornalista. Poderiam ser cem, quinhentas, quem sabe mil, tamanha é a importância que o jornalismo e os jornalistas têm para a sociedade e para a democracia de nosso País e tantos são os talentos que despontam Brasil afora. Em textos de Paulo Vieira Lima e Pedro Venceslau, vamos descobrir um pouco das paixões, das inspirações e da trajetória desses homens e mulheres que enchem de orgulho essa nossa atividade profissional. O primeiro homenageado é José Hamilton Ribeiro, repórter especial do Globo Rural. José Hamilton Ribeiro Enquanto a flor branca da paineira não vem José Hamilton Ribeiro fez questão de marcar a entrevista pessoalmente e impôs como “condição” que ela acontecesse depois do almoço, em seu apartamento, que fica em um condomínio arborizado e repleto de pássaros no bairro da Aclimação, em São Paulo. De férias do programa Globo Rural, ele acabara de chegar de seu sítio na próspera Uberaba, em Minas Gerais, e recém tinha desistido de ir para a praia em Santa Catarina, por causa do tempo pouco confiável. Ficou em casa mesmo, caçando documentários de animais na tevê a cabo. Embalado pelo ócio e pelo clima vaticanista daqueles dias de Papa Francisco na telinha, decidiu também encarar o livro Jesus de Nazaré, do demissionário Joseph Ratzinger, que versa sobre a infância de Jesus: “É a última tentativa minha de acreditar em alguma coisa. Não acredito nem em milagre, nem nessa moleza de achar que rezando cinco minutos você resolve alguma coisa”. Viúvo desde que perdeu sua companheira Maria Cecília, em 2011 – eles foram casados por mais de quatro décadas –, Zé Hamilton tenta driblar a saudade dedicando cada vez mais tempo ao seu próprio mundo rural no município mineiro: “A morte dela me deu um desequilíbrio. Foi uma luta longa, de sete anos, contra o câncer. Esse período foi de muito sofrimento, mas de muita solidariedade também”. Pai de Teté Ribeiro, que é casada com Sérgio Dávila, da Folha de S.Paulo, e de Ana Lucia, ele confidencia que ainda espera a chegada de netos. Mas enquanto eles não chegam, Zé viaja com amigos para sua propriedade, que cada vez mais ganha ares de um bem-sucedido empreendimento do agronegócio. Ele investe em eucalipto e na engorda de suínos e frangos. Um gerente trata de tocar o dia a dia da produção e negociá-la: “Fazenda não é uma coisa só para ter renda. É mais do que tudo um lugar para ir. Você planta seu abacateiro, seu pé de flor…Minha curtição é chegar lá no sítio e ver as espécies que estão florindo”. Zé conta que está vivendo um suspense. Em meados dos anos 1990, ele estava na zona rural da Argentina fazendo uma reportagem para o Globo Rural sobre tropeiros quando se deparou com uma paineira que o deixou enfeitiçado: “A paineira dá flor rosa, mas aquela dava flor branca. Consegui três mudas e dei um jeito de cruzar a fronteira com elas, o que era proibido”. Chegando ao Brasil, correu para Uberaba e tratou de plantar a novidade entre outras paineiras recém-chegadas. Mas como não é organizado, esqueceu-se de marcar o local de cada uma. Desde então, fica esperando para ver em qual delas surgirá a flor branca. Trazer mudas na bagagem, aliás, é um ritual que Zé cultiva desde que começou no Globo Rural, onde está desde 1982: “Dizem que se todas as mudas que eu trouxe tivessem vingado eu teria uma floresta. Se eu não fosse jornalista, seria jardineiro. Adoro pegar uma muda e plantar. Quando vejo que está abatida ou abalada, pego e vou ver a causa”. A relação com o mundo rural vem de muito antes do matutino da Globo sobre o campo. As lembranças da fazenda onde cresceu com oito irmãos em Santa Rosa do Viterbo, no interior de São Paulo, ainda frequentam as lembranças do repórter de guerra. As terras da família foram sendo vendidas aos poucos, sempre que a situação financeira apertava e que um dos filhos chegava à idade de ir estudar fora: 11 anos. “Fazenda é um sonho difuso da espécie humana. Faz parte do inconsciente coletivo do ser humano”. A conversa é interrompida quando o almoço é servido – carne de panela, suflê de milho, arroz e muita salada. Acompanhado de uma indefectível garrafinha de cachaça mineira de primeiríssima safra, Zé Hamilton muda de assunto. Entramos então na pauta Globo Rural. Ele afirma que, ao contrário do que muita gente pensa, o programa não limita cabeça dos jornalistas que o produzem. Muito ao contrário: “A gente não fala só de diarreia de bezerro. É um programa sobre a natureza e a alma do ser humano que vive no campo. Tem lá angústia, dúvida, sofrimento, conflito, dança e música. Afinal, quem dirá que a extensão da alma do homem do campo é menor do que a do da cidade?”. Zé revela, porém, que às vezes tem que travar uma luta “quixotesca” para evitar que a atração torne-se técnica demais: “Não, não entendo muito de tevê, mas de vez em quando aparece um burocrata dizendo: ‘Isso não é Globo Rural’, É uma frase típica de burocrata. A parte técnica é importante, mas não pode ser todo o programa. De quais reportagens o povo lembra? Certamente não são as sobre técnica de produção, e sim sobre o ser humano”. Para sua sorte, o diretor da atração matutina, Humberto Pereira, comunga da mesma tese. “Ele sempre aprova com entusiasmo quando sugiro matérias sobre músicos, por exemplo. Quando o Tinoco fez 91 anos, comecei a fazer um grande perfil dele. Eu já havia feito algumas entrevistas quando ele morreu”. Antes do cafezinho, a manchete do dia da Folha de S.Paulo, assinada por seu genro, Sérgio Dávila, que flagrara a explosão de uma bomba no Iraque, nos leva para um tema inevitável: o jornalismo de guerra, sua experiência no Vietnã e a vida com uma perna mecânica desde então. Estender essa trilha, entretanto, seria contar uma história já diversas vezes repetida, sendo uma das mais brilhantes delas na revista Trip, em 2003. Na ocasião, ele posou pela primeira vez, como bem definiu Eduardo Ribeiro em artigo no portal Comunique-se, de forma serena e reflexiva, sem a perna estilhaçada por uma mina do Vietnã: “Apaziguado consigo e com seu destino – tem ao lado, na foto da capa (assinada por Márcio Scavone), a prótese que o ajuda caminhar desde o fatídico episódio, que já vai longe, em 1968”. A pergunta que não quer calar: o que leva um jornalista a correr riscos na zona de guerra?. “Um pouco de vaidade, um pouco aventura, mas também a ambição profissional e a falta de juízo. O jornalista acha que vai mudar mundo com o seu trabalho. Parece romantismo, mas eu afirmo com convicção: a presença de um repórter impede que certos abusos sejam cometidos”. E por falar em vaidade, pergunto como se sente, famoso: “No começo eu estranhava muito, já que fui para a tevê depois de muito tempo de imprensa escrita. O jornalista de texto é conhecido, mas não é reconhecido. Se o Clóvis Rossi andar na Avenida Paulista é capaz de ninguém nem olhar para ele. Se for a Glória Maria o trânsito é capaz de ficar congestionado”. Zé tira da cartola dois episódios para ilustrar sua relação com a fama. No primeiro conta sobre uma faxineira da Globo que sempre o confundia com Rolando Boldrim, que então apresentava o Som Brasil, programa que vinha logo depois do Globo Rural. Ele ria sempre que ela perguntava: “O senhor vai cantar hoje?”. No outro, diverte-se ao recordar do dia em que um casal de velhinhos no aeroporto de Brasília o confundiu com Amaral Neto. Nesse ponto, o entrevistado dá uma pausa e diz, reflexivo. “A gente luta para ser reconhecido pelos colegas. Jornalista é vaidoso. No fundo, tem a ilusão de que fez alguma coisa”. Por fim, deixo o entrevistado em paz para seguir, em suas palavras, “morgando” até o fim das férias. Diante desse tempo nublado que não colabora, o plano consiste em se dividir entre o longo trajeto até Uberaba – com direito a paradas nas casas das irmãs, em Campinas e Ribeirão Preto – e insistir mais um pouco na leitura do livro do Papa, que ele guarda no criado-mudo ao lado das edições especiais da revista Time. Certos hábitos não mudam nunca…
Octavio Guedes é o novo âncora do CBN Rio
Octavio Guedes, diretor de Redação do Extra, assume cumulativamente o CBN Rio como âncora, na Rádio CBN. Ele participa do programa há quatro anos como comentarista, e ficou conhecido pelo tom informal, bem-humorado e crítico. Aliando isso à experiência jornalística premiada com dois Esso, Octavio pretende apenas, nas suas próprias palavras, “dar notícia relevante e útil”. O CBN Rio era comandado por Lúcia Hippólito, que há um ano se afastou por motivo de doença. Maurício Martins substituiu-a interinamente e agora deixa a casa. A companheira de bancada Lilian Ribeiro continua no posto, assim como a produtora Simone Magno. O programa vai ao ar de 2ª a sábado, das 9h às 12 horas. Guedes conta que sua ligação com o rádio vem desde o tempo em que era repórter. Quando trocou o Jornal do Brasil por O Dia, jornais que tinham leitores com perfis bastante diferentes, passou a ouvir rádio sistematicamente para entender aquela audiência. Em 1998, antes de o Extra entrar em circulação, ele foi chamado para treinar a equipe inaugural. O trabalho do dia começava com todos lendo os jornais e ouvindo o noticiário de rádio, e em seguida discutindo por que algumas notícias iam para o rádio e outras para o jornal, o que era informação e o que era serviço. Já como editor do Extra, participou do programa Debates populares da Rádio Globo, com Lúcia Hippólito e o juiz, hoje ministro do STJ, Luís Felipe Salomão. Havia quatro anos era comentarista do CBN Rio, no quadro Aconteceu e não virou manchete. Acredita que, em sua nova atribuição, o Extra tem a ganhar, pois vai passar as manhãs debatendo as principais notícias do dia.
Luiz Carlos Azenha deixa a direção do Viomundo
Luiz Carlos Azenha voltou atrás na decisão de descontinuar seu blog Viomundo, que havia informado aos seus leitores no último dia 29/3, mas vai se afastar “do compromisso diário de passar de cinco a 10 horas diante de um computador aprovando comentários, traduzindo e publicando textos. Torno-me um repórter voluntário e não remunerado, além de escrever os tradicionais comentários sobre mídia e política”.
Após ser condenado em primeira instância na semana passada (cabe recurso) a indenizar em R$ 30 mil Ali Kamel, diretor de Jornalismo e Esporte da Rede Globo, Azenha mudou de ideia para atender a pedidos dos leitores, principalmente de João Carlos Cassiano Ribeiro, que escreveu a ele via facebook: “Respeito sua decisão e compreendo sua necessidade, mas me sinto um pouco órfão com o fim do Viomundo e triste em ver o jornalista abandonando uma das frentes de trabalho por força da opressão. Choro ao escrever essas palavras pois sei que perdemos um espaço vital para nossa luta. Não sou colaborador e nem costumo interagir com o blog, sou um leitor anônimo e aprendi a observar o seu blog como um filho observa o pai e aprende e se orgulha de estar por perto. Nossa luta não é partidária ou governamental, é pelos mais fracos e pela dignidade humana. Sempre o terei como amigo sem nem o conhecer, pois me orgulho dos meus amigos e me orgulho muito de você!”.
Em post que publicou no Viamundo na 2ª.feira (1º/4), Azenha informa que Conceição Lemes (conceicaolemes@uol.com.br) passa a editora-chefe do site, encarregada também da relação com os 40 mil seguidores no twitter/facebook; e que Leandro Guedes (leandro@cafeazul.com.br), da agência digital Café Azul, “que há meses já vinha estudando o assunto, adotará um mix de todas as sugestões que nos foram feitas por vocês sobre crowdfunding, além de perseguir eventuais patrocinadores que vocês nos sugerirem; o dinheiro arrecadado com o crowdfunding será todo reinvestido no site e não será utilizado para bancar advogados, dos quais já contamos com os competentíssimos Cesar Kloury, Idibal Pivetta, Airton Soares e um importante escritório de Brasília que ofereceu ajuda solidária”.
Na nota, Azenha informa ainda que passa a aceitar, sempre que compatível com sua agenda profissional, “todos aqueles pedidos de entrevistas de estudantes, palestras em universidades e conferências” e “acima de tudo, passo a me dedicar à área de minha especialidade, que é a produção de vídeos, minidocs e docs”.
Manifestações sobre o episódio Foram diversas as manifestações na internet e nas redes sociais tanto sobre a sentença quanto pela decisão original de Luiz Carlos de suspender o blog, a maioria carregada de opiniões apaixonadas, contra ou a favor – como, aliás, é comum nesse tipo de episódio.
Marcelo Moreira, ex-editor de Economia do Jornal da Tarde, disse: “Até entendo a comoção que cause a condenação do jornalista Luiz Carlos Azenha, em ação movida pelo diretor da Globo Ali Kamel – em especial entre os blogueiros de esquerda independentes e sérios e entre os cooptados e chapas-brancas. O problema é que a questão, por enquanto, é uma contenda pessoal entre dois cidadãos, nada mais. A mesma coisa em relação ao jornalista Rodrigo Vianna, outra ‘vítima’ de Kamel. Os blogueiros escreveram o que quiseram, alguém se sentiu ofendido e foi à Justiça. O que tem demais isso? Ganhar ou perder na Justiça faz parte. Tratar isso como escândalo me parece demais. Ou alguém prova que a decisão judicial foi corrupta e manipulada ou então a questão não passa de uma contenda pessoal. A decisão judicial, em si, me desagradou, pois não havia nenhum indício de que Azenha tenha feito qualquer ‘campanha’ de perseguição. A sentença de primeira instância é simplesmente esdrúxula e Azenha merece a solidariedade, mas sem os exageros típicos de uma parte da esquerda que só sabe bater bumbo. É triste, mas não vejo a mesma energia dessa gente em protestar contra o gravíssimo caso de censura e decisões judiciais perigosas no caso do jornalista Fabio Pannunzio, que está sofrendo um assédio judicial impressionante de um ex-secretário de Segurança de São Paulo, fato que obrigou o jornalista a encerrar temporariamente seu blog interessante. Pannunzio não tem simpatia pelo governo do PSDB em SP, mas também não tem simpatia pelo governo Dilma. Será esse o motivo de ser ignorado por esse pessoal que se ‘escandalizou’ com o caso Azenha? E o que dizer do bombardeio que Juca Kfouri sofreu e sofre de Ricardo Teixeira? Acho um tema interessante para discussões entre os profissionais da área”.
Mais uma indenização – Outro condenado a pagar indenização, mas a José Serra, por danos morais pelo “oportunismo eleitoral do livro A privataria tucana”, é Amaury Ribeiro Jr., que finalizou a obra às vésperas da última eleição presidencial e a lançou pela Geração Editorial (também condenada). O que chama a atenção nesse caso é a sentença do juiz André Pasquale Scavone, da 10ª Vara Cível de São Paulo: ao mesmo tempo em que afirma que “não é este o juízo que vai dizer se os fatos narrados [no livro] são ou não verdadeiros” e reconhece que é “inequívoca a intenção dos réus de atingir a imagem de Serra”, considera “curioso” o fato de a ação ter caráter indenizatório e não de “impedir a venda do material ofensivo” – daí ter fixado a indenização pelo valor “simbólico” de R$ 1 mil. As duas partes vão recorrer.
GloboNews reestreia Conta Corrente com formato mais dinâmico
Marcado originalmente para estrear novo formato em 18/3, o programa Conta Corrente, da GloboNews, vai ao ar com as mudanças na próxima 2ª.feira (8/4), a partir das 21h, que, segundo comunicado da emissora, devem torná-lo mais dinâmico e com linguagem mais clara. Apresentado por Dony De Nuccio – atual editor de Economia do Jornal das Dez –, o programa focará temas relacionados à economia com uma abordagem que facilite a compreensão do telespectador. “Queremos falar de economia sem economês, tudo de uma forma simples, dinâmica e direta”, explica Dony. “Vamos tirar o nó da notícia, explicar o que ela significa e como afeta a vida do telespectador. Transformar em claros e interessantes os assuntos que poderiam parecer chatos ou difíceis. Além disso, vamos incluir no cardápio temáticas úteis para quem assiste: a economia que pode melhorar sua vida profissional e financeira, que pode ajudá-lo a avançar mais rápido na carreira, a juntar mais dinheiro e investir melhor”. O telejornal terá um assunto principal por dia: Mercado de trabalho (às 2as.feiras), Educação financeira (às 3as), Empreendedorismo (4as), Investimentos (5as) e Sucesso e inspiração (6as). O programa também terá entradas nos jornais da Globo News às 10h, 16h e 18 horas. Outra novidade é o lançamento do aplicativo Conta Corrente, disponível para iPhone e Android, que organizará os gastos pessoais do usuário por categorias estabelecidas de acordo com as necessidades de cada um, e ainda alertará quando as despesas forem superiores à programada. Tudo ficará anotado na agenda do aplicativo, que mostrará, mensalmente, gráficos das despesas, rendimentos e investimentos.