Editor do site Carpress e colunista do informativo Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, Luís Perez está lançando o Mazarine (www.mazarine.com.br), página que tem como proposta abordar temas relativos a estilo e qualidade de vida, incluindo assuntos diversos, como artes, cinema, comportamento, consumo, curiosidades, etiqueta, gadgets, gastronomia, moda, personalidades, música, saúde, teatro, viagens, televisão, testes de produto e serviços. O nome é inspirado em uma rua parisiense situada em uma região que reúne galerias de arte, livrarias e restaurantes. Segundo o editor, a ideia é ter uma abordagem mais curiosa em relação aos temas analisados: “Uma das notas que têm a nossa cara, publicada na última semana, é ‘Pipoca tem mais fibras do que alface’. Mesmo quando abordarmos o assunto automóveis, o faremos de uma forma diferente. É o caso da nota de lançamento do Tracker Freeride, que dizia: ‘Chevrolet lança bike que vem com carro embaixo’”.
Mais premiado em 2013, Humberto Trezzi lança Em Terreno Minado
Jornalista mais premiado do Brasil em 2013, segundo o Ranking J&Cia, o repórter especial de Zero Hora Humberto Trezzi está lançando Em Terreno Minado – Aventuras de um repórter brasileiro em áreas de guerra e conflito (Geração Editorial). A obra traz relatos e fotos de bastidores de reportagens produzidas por ele sobre guerras, rebeliões e tragédias em várias partes do Brasil e do mundo. Dentre os locais visitados pelo jornalista estão Angola, Bolívia, Chile, Colômbia, Haiti, Líbia, México, Paraguai, Timor e também em Porto Alegre, Rio e Santa Catarina. “É apenas um balanço daquilo que mais me impactou nesses anos de estrada. Um ajuste de contas com a profissão”, explica Trezzi. “Através de um texto ágil, afiado e enxuto, onde as palavras estão sempre no lugar certo, Trezzi alinhavou suas histórias com a habilidade e paciência de quem costura um tapete”, afirma Domingos Meirelles, que assina o prefácio do livro. ”Terreno Minado é uma espécie de manual de sobrevivência, onde são mapeados os riscos e as condições adversas que os repórteres enfrentam em áreas conflagradas”. Aos 50 anos, Humberto é um dos autores da reportagem Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi, que faturou em 2013 o Esso de Jornalismo, principal categoria da premiação e a mais importante do jornalismo brasileiro. Em Terreno Minado chega ao mercado com 344 páginas e preço de capa de R$ 39,90.
Bruno Paes Manso deixará o Estadão
O Estadão e o repórter de Cidades Bruno Paes Manso ([email protected]) acertam os últimos detalhes da saída amigável deste para iniciar em fevereiro o pós-doutorado no Núcleo de Estudos da Violência-USP, onde fará pesquisas sobre São Paulo e violência. Foram dez anos de casa, que devem se estender até o final de janeiro. Como começaram a pipocar notas no facebook de que estava saindo do jornal em decorrência de um corte de pessoal, ele decidiu usar a própria rede social para esclarecer o assunto. E disse: “Foram dez anos de Estadão, período em que pude mergulhar na alma atormentada dessa cidade que eu amo, amo muito, apesar dos… seus imensos defeitos. No dia a dia da reportagem, aprendemos que aquela senhora que veste uniforme e limpa o banheiro da empresa quase sempre esconde uma história incrível. Para conseguirmos ouvi-la, precisamos conquistar seu respeito e confiança. É um excelente exercício diário. As histórias tristes sempre foram as que mais me marcaram. Porque me revelaram pessoas corajosas. Se eu tivesse que definir São Paulo em uma palavra seria CORAGEM. E a luta continua…”.
Laura Capriglione e José Ernesto Credendio deixam a Folha de S.Paulo
A Folha de S.Paulo entrará 2014 sem dois dos seus mais experientes profissionais: os repórteres especiais Laura Capriglione e José Ernesto Credendio estão de saída do jornal. Prêmio Esso de Reportagem em 1994, pela Veja, com a matéria Mulher, a grande mudança no Brasil, produzida em equipe, Laura começou a carreira na própria Folha, como editora de Educação e Ciências, e depois passou por Notícias Populares e Veja. Ainda na Abril, dirigiu a área de Novos Projetos e, na Editora Globo, o Núcleo de Revistas Femininas, respondendo por Marie Claire, Criativa, Casa&Jardim e Crescer. José Ernesto também tem um Esso em sua galeria, o Regional Sudeste de 2011, em equipe, que venceu com a matéria O patrimônio e as consultorias que derrubaram Palocci, pela própria Folha de S.Paulo. Outras mudanças neste final de 2013 na redação do jornal são a transferência de Paulo Gama do caderno Poder para Brasília; e o retorno de Daniela Lima, vinda de Veja, para cobrir eleições e o PSDB, com Marina Dias escalada para cobrir o PT.
Ranking J&Cia: 116 prêmios e mais de 6 mil jornalistas vitoriosos
Edição de 2013 agregou 22 novos prêmios e complementou informações de dezenas de outros Projeto criado em 2011, o Ranking Jornalistas&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros nasceu literalmente do zero, tendo de recorrer às mais diversas fontes para constituir uma base de dados que pudesse garantir um mínimo de qualidade e confiabilidade para a montagem de um ranking profissional. Feito com o apoio técnico do Instituto Corda, especializado em pesquisa e análise de dados, o ranking nasceu e desde então virou referência para o jornalismo brasileiro, por organizar, sistematizar e jogar luzes sobre um universo disperso e fragmentado que passou a fazer parte da vida dos profissionais – o dos prêmios de jornalismo. Desde então, além da ininterrupta pesquisa, agora feita internamente, os próprios profissionais, atentos e interessados nas respectivas classificações, passaram a abastecer a coordenação do prêmio com suas conquistas, o que facilitou muito o trabalho de consolidação das informações. Graças a essas intervenções, foi possível identificar inúmeros prêmios que estavam fora do radar do ranking, beneficiando não só os próprios interessados, como também dezenas de outros jornalistas que haviam conquistado premiações sem que os pontos tivessem sido computados. Com essa ampliação da base de dados, o ranking ganhou mais consistência e seus resultados, maior representatividade. Continuaremos a vasculhar o passado, na busca de identificar premiações ausentes do ranking, mas elas agora serão cada vez mais raras. Em compensação, os novos prêmios e as novas edições de prêmios já existentes garantirão, ano a ano, uma imensa corrida por melhores posições, seja no Ranking de todos os tempos, seja no do ano em curso. Os resultados completos, abrangendo as posições dos mais de 6 mil jornalistas brasileiros que já conquistaram ao menos um prêmio na vida, serão divulgados em janeiro pelo Portal dos Jornalistas (www.portaldosjornalistas.com.br). Não faltam ideias para incrementar o ranking, como lembra Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia: “Temos planos ambiciosos, mas dependemos obviamente de recursos que os viabilizem. Um deles é a criação de um hotsite exclusivo sobre prêmios de jornalismo, em que possamos ter, além dos 25 rankings, um calendário das premiações, entrevistas com organizadores dos prêmios e com jornalistas premiados, um acervo com matérias vencedoras, divulgação de todas as premiações realizadas etc.. Outro é a realização de uma festa anual com a presença dos jornalistas vitoriosos, tanto nos rankings nacionais, quanto regionais. E o terceiro é a própria consolidação do Centro de Memória Jornalistas&Cia de Prêmios de Jornalismo, que já tem seu embrião formado”. Confira a seguir, a lista dos 116 prêmios que integraram a Pesquisa Jornalistas&Cia: 3M ABAG/RP ABCR ABDIAS NASCIMENTO ABECIP ABIMILHO ABP ABRACICLO ABRACOPEL ABRAJI ABRAMGE ABRELPE ABRIL ACEESP ACIE ADPERGS AGÊNCIA ESTADO AIMEX/DANILO REMOR ALEXANDRE ADLER/SINDHRIO ALLIANZ SEGUROS AMB AMRIGS/TROFÉU MOACYR SCLIAR ANAMATRA DE DIREITOS HUMANOS ANDIFES ANTF ARI AUTOMAÇÃO IMPRENSA AYRTON SENNA BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA BM&FBOVESPA BNB BRACELPA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL BRASIL AMBIENTAL BRASKEM CAIXA CBIC CET CITIGROUP JOURNALISTIC EXCELENCE AWARDS CLÁUDIO ABRAMO CNA CNH CNI CNT COMUNIQUE-SE CORECON-MG CORECON-RJ CPJ – INTERNACIONAL PRESS FREEDOM CREA-MG CRISTINA TAVARES CRO-SC DE JORNALISMO DA CÂMARA ESPANHOLA DE JORNALISMO DO MINISTÉRIO PÚBLICO-RS DÉLIO ROCHA DIREITOS HUMANOS/MJDH ECONÔMICO IBERO AMERICANO ECOPET EDITORA GLOBO EMBRAPA EMBRATEL ENGENHO ESSO ESTÁCIO DE SÁ ESTADÃO ETHOS DE JORNALISMO EVERY HUMAN HAS RIGHTS MEDIA AWARDS FAPEAM DE JORNALISMO CIENTÍFICO FIRJAN FOLHA FRATERNO VIEIRA FUNDAÇÃO FEAC GABRIEL GARCIA MARQUEZ (ANTIGO FNPI) IBEROAMERICANO REI DA ESPANHA IBGC ITAÚ IMPRENSA IMPRENSA DE EDUCAÇÃO AO INVESTIDOR ITAÚ DE FINANÇAS SUSTENTÁVEIS JABUTI JOÃO VALIANTE JORNALISTAS&CIA / HSBC DE IMPRENSA E SUSTENTABILIDADE JOSÉ HAMILTON RIBEIRO JOSÉ REIS DE JORNALISMO CIENTÍFICO LATINOAMERICANO EM SAÚDE VASCULAR LATINOAMERICANO DE JORNALISMO INVESTIGATIVO LÍBERO BADARÓ LORENZO NATALI MARIA MOORS CABOT MASSEY FERGUSON MEDTRONIC MICROCAMP MONGERAL IMPRENSA MULHER IMPRENSA NEW HOLLAND DE FOTOJORNALISMO OAB-GO OCTÁVIO BRANDÃO DE JORNALISMO AMBIENTAL ONIP PECUÁRIA SUSTENTÁVEL PERSONALIDADE DA COMUNICAÇÃO PRESS RBS SAE BRASIL SANGUE BOM NO JORNALISMO PARANAENSE SANTOS DUMONT SBD/SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES SBIM SEBRAE SEFIN SENAI SETCERGS DE JORNALISMO SIP TELESP TIM LOPES TOP ETANOL TRANSPARÊNCIA UNISYS VLADIMIR HERZOG VOLVO ZERO HORA
Glauco Lucena deixa a Autoesporte e vai para a Chrysler
O redator-chefe da Autoesporte Glauco Lucena aceitou o convite e começa no início de janeiro na área de Comunicação e Assessoria de Imprensa da Chrysler. Ele despediu-se da publicação da Editora Globo na última 4ª.feira (18/12), após mais de dez anos na casa. Glauco começou a carreira em 1989, na editoria de Geral do Jornal da Tarde, e no ano seguinte passou a atuar como repórter do Jornal do Carro. Em 2000 foi um dos criadores e editores do Carsale, posto que ocupou por dois anos, até se transferir para a Autoesporte em 2002. Enquanto não define seus novos contatos, atende pelo [email protected].
O Dia já circula em novo formato, abre sucursal e anuncia contratações
Agora é oficial: o jornal O Dia volta ao formato standard, como noticiamos em J&Cia 924. A estreia foi em 17/12, e a notícia veio juntamente com a abertura de uma sucursal em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e novas contratações. Chegam à sede, além da subeditora Rosayne Macedo ([email protected] e 21-2222-8091), os repórteres Herculano Barreto Filho (herculano.filho@ e 8603), vindo do Extra, ex-Zero Hora, Diário de S.Paulo e UOL; e Juliana Dal Piva (juliana.dalpiva@ e 8073), ex-IstoÉ, Folha de S.Paulo e O Globo. Mais três profissionais, anteriormente alocados no projeto Observatório de Mobilidade, passam para a Redação: o subeditor Claudio Souza (claudio.souza@ e 8516) e os repórteres Daniel Pereira (daniel.pereira@ e 8541) e Amanda Raiter (amanda.raiter@ e 8546). A nova sucursal terá um tratamento especial no Caderno Baixada, editado aos domingos, que passa a contar com mais páginas e uma coluna social, sob o comando de Vanessa Assenoff, editora do suplemento. Para compor a equipe, foi contratado o repórter Nonato Viegas (nonato.viegas@ e 21-2668-1577); Diego Valdevino (diego.valdevino@) foi transferido da editoria Rio; e mais o reforço da estagiária Larissa Dalmeida (larissa.dalmeida@). Vanessa, a editora do caderno, substitui a Nelson Moreira (nmoreira@ e 2222-8205), que passa a editar País. A coluna assinada às 6as.feiras por Nelson, O Dia no Grande Rio, ganha mais importância. O jornal criou ainda o Prêmio Alma da Baixada, que foi entregue a 17 personalidades de destaque.
Memórias da Redação ? A encomenda
Encerramos o ano com a história de um dos nossos mais assíduos colaboradores, Sandro Villar ([email protected]), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP). Agradecemos a ele e a todos os outros “causistas” que nos têm ajudado a manter vivo este espaço e esperamos seguir contando suas boas histórias em 2014. Até lá! A encomenda Moraes Sarmento trabalhou no rádio por mais de meio século e, durante todo esse tempo, foi um ferrenho defensor da Música Popular Brasileira, pela qual lutava com unhas e dentes. Pensando bem, essa metáfora não ficou lá essas coisas, pois não passa de um surrado clichê. Elevemos (nossa, que palavra bonita!) um pouco o nível dessa conversa, colocando a prosa num patamar mais alto que escada de bombeiro, onde, aliás, estão os preços atualmente. A arma do Sarmento era o microfone, que ele sabia usar muito bem. Aliás, os radialistas veteranos chamavam o microfone de canequinha. Uma vez alguém me perguntou: “Sabe usar a canequinha?”. Apesar de ter trabalhado em quase todas as rádios AM de São Paulo, confesso, com toda a humildade possível, que sei usar o microfone mais ou menos. Vixe! Esse papo de canequinha me desconcentrou sobremaneira (sobremaneira é bom). Do que é que eu falava mesmo? Admito que estou mais perdido do que a Polícia Militar nos confrontos com os black blocs. Nossa mãe do céu, retomei o fio da meada! O distinto aqui falava do Moraes Sarmento. Natural de Campinas, Rubens Moraes Sarmento – seu nome no RG, no CPF e em outros documentos – trabalhou em grandes rádios paulistanas, entre elas Tupi e Bandeirantes, sem contar que também brilhou na TV Cultura, apresentando o programa Viola, minha viola. Um dos programas de maior sucesso dele foi Almoço à brasileira, na Rádio Bandeirantes. O programa começava ao meio-dia em ponto e vírgula, entre o fim da década de 1960 e o começo dos anos 70 do século passado. Com esse nome, é desnecessário dizer que tipo de música ele apresentava. Os antigos carnavais, que tinham mais marchas do que essas bicicletas modernas, também eram lembrados. Simpaticíssimo, Sarmento dava o seu recado descontraidamente. Ele também soltava os cachorros (não sei de que raça) toda vez que comentava um assunto mais sério ou saía em defesa da nossa música, hoje em dia um arremedo do que foi outrora (tem muito homicida, quer dizer, emicida na música contemporânea). Nos períodos de propaganda eleitoral, Sarmento ironizava a baixa audiência do horário político: “Fiquem agora com o ouvidíssimo horário eleitoral”, dizia ao se despedir dos ouvintes. É comum o apresentador mandar abraço aos ouvintes. Só que ele fazia isso de um jeito inusitado e criativo. Certamente, Sarmento, no estúdio, batia com a mão no peito, barulho que imitava o abraço. Não sei se é correto afirmar que o som era a onomatopeia do abraço. Além do Almoço à brasileira, Moraes Sarmento também apresentava um programa noturno, se não me engano apenas nos fins de semana. Uma vez ele tocou um disco e não gostou nem um pouco do cantor e da música. Parece que era um rock, ritmo que ele não apreciava e até criou a Macacobrás, uma alusão aos imitadores dos cantores americanos. “Isso é uma porcaria de música”, detonou. Não satisfeito, foi mais longe que andarilho e até fez comparação: “Isso é pior que uísque Becosa”. No dia seguinte, ao chegar para trabalhar, o porteiro da Rádio Bandeirantes o abordou: “Seu Moraes, tem encomenda pro senhor”. Era uma caixa enorme de papelão repleta de garrafas com água que colibri não bebe. Sarmento pegou a encomenda e a levou para o estúdio. Antes de iniciar o programa, abriu a caixa. De cara, viu um bilhete vistoso. Como diz a letra do samba Oh, seu Oscar, que os compositores Ataulfo Alves e Wilson Batista fizeram para o Carnaval de 1940 (crônica também é cultura), o bilhete assim dizia: “Muito obrigado, senhor Moraes Sarmento. Agradecemos pela propaganda gratuita que fez do nosso produto”. No melhor estilo falem mal, mas falem de mim, o bilhete era assinado por um diretor da Becosa, que, se não produzia um bom uísque, fabricava um bom steinhaeger, com o qual cansei de torturar o fígado.
Zé Hamilton Ribeiro mantém liderança entre jornalistas mais premiados
Eliane Brum segue em segundo, Miriam Leitão assume a terceira posição e João Antônio Barros passa a figurar no Top 10 Diferentemente do que ocorreu em 2012, quando registrou grande movimentação entre os dez mais premiados em relação ao ano anterior, a edição deste ano do Ranking J&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros de Todos os Tempos trouxe poucas mudanças na parte de cima da tabela. O levantamento, que pelo segundo ano consecutivo apontou José Hamilton Ribeiro como o mais premiado jornalista do País, com 965 pontos, teve entre suas principais novidades Miriam Leitão assumindo a terceira posição. Após conquistar em 2013 um Prêmio Comunique-se, um Mulher Imprensa e um Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental, ela ultrapassou seu colega de TV Globo Caco Barcellos e assumiu o posto com 830 pontos, 30 a menos do que Eliane Brum, com 860 pontos, que se manteve na segunda posição. Essa pontuação, aliás, garantiu a Miriam a sétima colocação entre os mais premiados de 2013, ranking que no ano passado ela liderou. Apesar de ter caído para a quarta colocação, Caco registrou um importante crescimento em sua pontuação neste ano, chegando aos 805 pontos com a conquista do Libero Badaró de Reportagem Cinematográfica, com a matéria Gramacho. Ele também foi beneficiado por uma mudança na pontuação do Jabuti, que passou a conceder mais 20 pontos aos vencedores do Jabuti de Reportagem que também forem premiados com o Jabuti de Melhor Livro do Ano – Não Ficção. Vale lembrar que ele venceu essa premiação em duas oportunidades: 1993, com Rota 66, e 2004, com Abusado. O reconhecimento do Maria Moors Cabot, mais antiga premiação jornalística de que se tem conhecimento no mundo, garantiu ao repórter especial da Gazeta do Povo Mauri Konig não apenas a terceira posição entre os mais premiados do ano, mas também duas posições no Ranking de todos os tempos, saltando de 7º, em 2012, para 5º neste ano, com 780 pontos. Na sexta posição, com 702,5 pontos, aparece o repórter da Rádio Gaúcha Cid Martins. Ele, a propósito, é o mais vitorioso em número de prêmios no Brasil, com 42 no total, sem considerar menções honrosas ou conquistas de 2ª e 3ª colocações. Outra novidade entre os dez mais premiados foi a chegada de um novo integrante, o repórter especial de O Dia João Antônio Barros. Com 685 pontos, ele saltou da 12ª posição, em 2012, para a sétima neste ano. Vencedor do Prêmio SIP em quatro oportunidades (1996, 1998, 2000 e 2008), esses resultados não haviam sido localizados pela pesquisa nos anos anteriores e passaram a ser contabilizados nesta edição. Do Rio Grande do Sul, vêm o oitavo e o nono lugares do ranking, que nesta edição ficaram respectivamente com o repórter especial da RBS Giovani Grizzotti, com 647,5 pontos, e com o também repórter especial de Zero Hora Carlos Wagner, com 560 pontos. E na décima colocação, outro gaúcho, porém com carreira quase que integralmente construída nacionalmente, o repórter da TV Globo Marcelo Canellas, com seus 557,5 pontos. O ranking segue com Clóvis Rossi (11º – 550 pontos), Fernando Rodrigues (12º – 515 pontos), Gilberto Dimenstein (13º – 480 pontos), Humberto Trezzi (14º – 450 pontos), Nilson Mariano (15º – 435 pontos), Mônica Bergamo e Sérgio Ramalho (16º – 402,5 pontos) e Angelina Nunes, Juca Kfouri e Ricardo Boechat (18º – 372,5 pontos). Humberto Trezzi é o jornalista mais premiado no Brasil em 2013 Base de dados se consolida e resultado apresenta menos variações que em 2012 116 prêmios e mais de seis mil jornalistas vitoriosos
Humberto Trezzi é o jornalista mais premiado no Brasil em 2013
Rodrigo Carvalho, da GloboNews, e Mauri König, da Gazeta do Povo, ficam na segunda e terceira posições, respectivamente Após semanas de exaustivo trabalho de pesquisa, analisando 116 premiações nacionais e internacionais, Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas divulgam nesta 6ª.,feira (20/12) os resultados do Ranking dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros, nas versões Todos os Tempos e Ano de 2013. Embora externamente ninguém soubesse disso, a disputa pela primeira colocação do Ranking J&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros de 2013 seguiu acirrada até o último instante. Na liderança até o início de dezembro, com 130 pontos, o repórter da GloboNews Rodrigo Carvalho teve o posto ameaçado uma semana atrás, quando foram anunciados os vencedores do Prêmio Sangue Bom no Jornalismo Paranaense. Na oportunidade, Mauri König, da Gazeta do Povo, venceu uma das categorias e atingiu a marca de 125 pontos, a apenas cinco da liderança. Mas a grande reviravolta veio mesmo nesta 5ª.feira (19/12), último dia de pesquisa, quando foram divulgados os resultados do Prêmio ARI de Imprensa 2013. Até então na terceira posição, dez pontos atrás de Rodrigo, o repórter especial de Zero Hora Humberto Trezzi faturou o ARI em duas categorias por trabalhos em equipe, e assumiu a liderança, com 145 pontos, terminando o ano como o Jornalista mais premiado do Brasil em 2013. Duas reportagens foram responsáveis pelo excelente resultado de Trezzi neste ano. Em A agonia das estradas, feita em parceria com os repórteres Caio Cigana e Guilherme Mazui, a equipe de Zero Hora abordou os graves problemas nas rodovias do Rio Grande do Sul. O estado é o último colocado no Brasil na proporção de estradas asfaltadas em relação ao total de rodovias. “A ideia surgiu de uma provocação da Marta Gleich, diretora de Zero Hora, que um dia questionou por que nossas estradas são tão ruins”, explica Trezzi. “Ao fazer um levantamento prévio, Caio e eu descobrimos que, mais do que ruins, são as piores em taxa de asfalto. Levamos mais de um mês para produzir um caderno em que falamos de corrupção, burocracia, entraves ambientais e outras dificuldades que nos colocam na rabeira do desenvolvimento de estradas no Brasil”. A reportagem foi premiada com os grandes prêmios do Setcergs e CNI de Jornalismo, além de ter faturado o Especial Infraestrutura do CBIC de Jornalismo. O grande destaque, no entanto, foi a reportagem Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi, produzida em conjunto com José Luís Costa, Marcelo Perrone e Nilson Mariano, que faturou o Esso de Jornalismo. “O mérito maior dessa reportagem foi do José Luís, que soube da morte do homem na noite em que ela aconteceu e descobriu, naquela madrugada mesmo, que o morto no assalto era ex-DOI-Codi. A nós parecia que poderia ser execução. As investigações posteriores, feitas pela Polícia Civil com rastreamento de celulares e imagens de vídeo, mostraram que bandidos assaltaram o coronel Molinas na intenção de tomar o arsenal (fuzis, inclusive) que ele mantinha em casa. Os bandidos eram PMs que já haviam cometido outros assaltos naquela área. Quando a Polícia Civil abriu a casa, desconfiamos que o coronel poderia ter papéis relativos ao regime militar. Após expectativa, eu recebi de um delegado a informação de que ele guardava em casa diversos papéis relativos ao atentado do Riocentro e ao Rubens Paiva. Passei para o Zé Luís, que tinha iniciado o caso, e ele pressionou muito, até ter acesso aos papéis. Não pôde xerocar: teve de copiar tudo à mão. O coronel mantinha inclusive um diário da época do Riocentro, contanto passo a passo o que fez quando soube da notícia do atentado. Inclusive encobrindo os feitos dos seus subordinados (os verdadeiros autores da explosão). Tanto o Zé quanto eu mergulhamos nos papéis. O Nilson foi a São Paulo entrevistar a família do Rubens Paiva e o Marcelo entrevistou, por telefone, autores de documentários sobre o caso. O importante na matéria é que ela comprovou com documentos que o Rubens Paiva ingressou numa unidade do Exército e jamais voltou a ser visto. O coronel guardava livro com a assinatura do Paiva e a apreensão dos bens dele, o que desmonta a versão militar de que o deputado tinha sido sequestrado por guerrilheiros. Com relação ao Riocentro, o próprio coronel recomenda que simulem furto do Puma, botando a culpa na VPR”. Além do Esso, a reportagem também recebeu o título de Hours Concours do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, o ARI de Reportagem Impressa, e os internos do Grupo RBS e de Zero Hora. Ainda como desdobramento do tema, também gerou a reportagem Fichados no Dops no RS, que recebeu o primeiro lugar no ARI de Webjornalismo. Reportagem mais premiada de 2013, Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi rendeu ainda pontos importantes para José Luís Costa terminar o ano na quinta posição geral, com 95 pontos. Aos 26 anos e há quatro atuando como repórter da GloboNews, Rodrigo Carvalho é, curiosamente, um debutante no ranking. Com a série Juízes ameaçados, em que traz a realidade de juízes que sofrem constantes ameaças de morte em todo o Brasil, ele faturou em 2013 o Embratel de Televisão, o Libero Badaró de Telejornalismo e o AMB de Jornalismo. “Encontramos juízes de vários cantos do País que sofriam ameaças de morte”, explica Rodrigo. “Todos, depois de algumas conversas por telefone, se dispuseram a falar abertamente sobre o assunto. Esse trabalho de apuração e pré-produção durou um mês. Gravamos em Campo Grande, São José do Belmonte (PE), Embu das Artes (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O material rendeu quatro reportagens, cada uma com oito minutos em média, e no quinto dia fizemos um debate no estúdio e levamos ao ar trechos inéditos do material. Entramos num assunto que sem dúvida já foi pauta de todo grande veículo de comunicação deste País, mas acho que nosso mérito foi ter conseguido – ao tirar os juízes de seus gabinetes e levá-los para a rua – mostrar a fragilidade, o medo e o constrangimento desses profissionais diante das ameaças”. Segundo colocado entre os mais premiados de 2012, Mauri König repetiu o excelente desempenho e terminou 2013 na terceira posição. Desta vez, não foi um trabalho específico que lhe garantiu a alta pontuação, mas sim o conjunto de uma carreira marcada pelo sério trabalho investigativo que desenvolve e pelas denúncias que publica com frequência nas páginas da Gazeta do Povo. Em setembro o repórter foi homenageado com o prêmio Maria Moors Cabot, um dos mais cobiçados do mundo jornalístico. “O jornalismo é dessas profissões que nos tornam pessoas melhores, a depender do que se faz no jornalismo e do tipo de jornalismo que se faz. É de nossa escolha ser o profissional que queremos ser. Não bastasse isso, esse é daqueles ofícios que acabam fazendo mais pela gente do que a gente por ele. Qual outra profissão nos permitiria desnudar mundos, pessoas e realidades e ainda sermos reconhecidos quando damos uma cota extra de sacrifício para melhor contar uma história? Vibrei com cada trabalho premiado, e, claro, vibrei mais ainda com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa e o Maria Moors Cabot Prize, que, antes de reconhecer minha trajetória profissional, é um reconhecimento ao tipo de jornalista que escolhi ser”, celebra Mauri, que também faturou em 2013, com a reportagem Polícia fora da lei, um Embratel – Regional Sul e um Sangue Bom no Jornalismo Paranaense de Reportagem Impressa. Vencedora em 2013 de um Prêmio Comunique-se de Melhor Repórter de Mídia Impressa, um Mulher Imprensa de Melhor Repórter de Jornal, e do Grande Prêmio CNT de Jornalismo, com a reportagem Fora dos Trilhos – As revelações do cartel ferroviário no Brasil, a repórter da Folha de S.Paulo Cátia Seabra termina o ano na quarta posição, com 97,5 pontos, apenas 2,5 à frente de Lucio de Castro, da ESPN, e de José Luís Costa. Com a reportagem Memórias do chumbo – O futebol nos tempos do Condor, Lucio faturou a categoria Especial do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, e como Melhor Cobertura Noticiosa do Prêmio Gabriel Garcia Marquez de Periodismo (antigo FNPI). Na sétima posição, com 92,5 pontos, aparece Miriam Leitão, que neste ano conquistou um Comunique-se, um Mulher Imprensa e um Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental, em equipe, com o fotógrafo Sebastião Salgado. Ela é seguida de perto por outro colega de TV Globo e CBN, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg, com 90 pontos, que se destacou ao vencer o Prêmio Comunique-se 2013 em três categorias: Apresentador/Âncora de Rádio, Jornalista de Economia – Mídia Eletrônica e Jornalista de Economia – Mídia Impressa. Empatado com Sardenberg na oitava posição está o também comentarista Mauro Beting, vencedor em 2013 de dois Comunique-se (Jornalista de Esporte – Mídia Eletrônica e Mídia Impressa) e dois Troféus Aceesp (Comentarista – TV Aberta e Rádio). Fechando os Top 10, outro debutante em prêmios, o repórter da Folha de S.Paulo Fernando Mello, com 85 pontos. Em 2013, Fernando fez parte das equipes da Folha que faturaram o SIP de Reportagem em Profundidade, o Esso de Contribuição à Imprensa, além de um Prêmio Cbic de Mídia Impressa. A relação com os 100 jornalistas mais premiados de 2013 estará disponível na edição desta 6ª.feira de Jornalistas&Cia. José Hamilton Ribeiro mantém liderança entre jornalistas mais premiados de todos os tempos Base de dados se consolida e resultado apresenta menos variações que em 2012 116 prêmios e mais de seis mil jornalistas vitoriosos






