Morreu neste domingo (29/3), aos 63 anos, a repórter da TV Globo Beatriz Thielmann. Ela estava internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e lutava contra um câncer. Com mais de 30 anos de carreira, Beatriz cobriu importantes momentos do País, como a promulgação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, a eleição e morte de Tancredo Neves, a implantação do Plano Cruzado, a Eco-92, os Jogos Pan-Americanos e a visita do Papa Francisco ao Rio. Foi ainda a primeira repórter da emissora a entrevistar Fidel Castro. Beatriz deixa dois filhos, Diogo e Rafael. Leia mais + CPJ lança projeto para libertar jornalistas presos + Saga de Castelinho chega às livrarias em obra de Carlos Marchi + Paulo Zocchi é o novo presidente do SJSP
CPJ lança projeto para libertar jornalistas presos
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) lançou, em parceria com estudantes da University of Maryland, o projeto Press Uncuffed, que visa a arrecadar dinheiro para a libertação de profissionais detidos durante alguma cobertura ou em consequência de um comentário. A ideia nasceu quando o repórter do Washington Post Dana Priest designou a cada de seus alunos da classe de jornalismo na Universidade de Maryland o perfil de um profissional preso. Ao final da aula, os estudantes decidiram ajudá-los de alguma forma e criaram a campanha, que logo recebeu o apoio do CPJ. O dinheiro será arrecadado por meio da venda de pulseiras de acrílico que carregam os nomes de jornalistas detidos. Inicialmente, o projeto objetiva angariar US$ 30 mil para produzir um mínimo de dez mil pulseiras, que carregarão os nomes de nove jornalistas presos: Ammar Abdulrasool (Bahrein, 2014), Mahmoud Abou Zeid (Egito, 2013), Reeyot Alemu (Etiópia, 2011), Khadija Ismayilova (Azerbaijão, 2014), BhekiMakhubu (Swazilândia, 2014), Ta Phong Tan (Vietnam, 2009), Jason Rezaian (Irã, 2014), Yusuf Ruzimuradov (Uzbekistão, 1999) e Ilham Tohti (China, 2014). Segundo senso do CPJ, em 2014 pelo menos 221 jornalistas foram presos no mundo todo. No Brasil, um profissional da imprensa pode ir para a prisão por algo que escreveu no caso de ser condenado por um crime de honra: calúnia (atribuir ações falsas ao sujeito), difamação (atribuir ações desonrosas ao sujeito) e injúria (ofensa pessoal ao indivíduo).
Saga de Castelinho chega às livrarias em obra de Carlos Marchi
Todo aquele imenso mar de liberdade (Record) será lançado em São Paulo, no dia 6 de abril (Livraria Cultura, Conjunto Nacional, 19h), e em Brasília, no dia 14 de abril (Carpe Diem, 19h) Chega às livrarias neste início de abril Todo aquele imenso mar de liberdade – A dura vida do jornalista Carlos Castello Branco, livro que Carlos Marchi escreveu sobre a saga daquele que é apontado quase com unanimidade como o maior cronista político da história do jornalismo brasileiro. Editado pela Record, já tem lançamentos marcados para São Paulo e Brasília e nos próximos dias editora e autor definem a noite de autógrafos no Rio de Janeiro.
Com 560 páginas, o livro tem texto de orelha de Dora Kramer e apresentação de Merval Pereira. Sobre a oportunidade da obra, diz Marchi: “Ela mostra que a vida de um jornalista tem uma história que muitas vezes se confunde com a História do Brasil. Quando percebi isso, fiquei orgulhoso de ter sido jornalista. Nós construímos a História do nosso País. Alguns fazem isso mais modestamente; outros fazem com todo vigor, como fez Castelinho. Espero que o exemplo frutifique e outros autores se encorajem para contar a vida de outros jornalistas que fizeram a História do Brasil com H maiúsculo”.
Marchi conviveu longamente com Carlos Castello Branco, a ponto de ter sido um dos jovens jornalistas, nos anos 1960, a convencê-lo a assumir, num momento delicado, a Presidência do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal. Desse convívio e admiração ficou a certeza de que teria que prestar a ele algum tributo, em algum momento, materializado na obra que agora chega às livrarias. Nascido em Macaé (RJ), Marchi passou por alguns dos mais importantes veículos de comunicação do País. No Rio, atuou em Correio da Manhã, Última Hora e O Globo; em Brasíliam em O Globo, TV Globo, Estadão e Jornal do Brasil; e em São Paulo, no Estadão. É também autor de Fera de Macabu (1988), da mesma Editora Record.
Paulo Zocchi é o novo presidente do SJSP
A chapa única, de situação, Unidade e Luta elegeu-se para a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) pelo triênio 2015-2018.
Dos 699 jornalistas que participaram da votação – entre os mais de três mil sindicalizados –, 653 (93%) manifestaram seu apoio para que a atual gestão permaneça à frente da entidade, que passa a ser presidida por Paulo Zocchi. O estatuto do Sindicato não exige quórum mínimo para o primeiro turno das eleições.
Edinho Silva assumirá a Secom
Nem Américo Martins, nem Alessandro Molon. Edinho Silva – ex-deputado estadual pelo PT de São Paulo e coordenador financeiro da campanha do partido ao Planalto no ano passado – é o escolhido por Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O anúncio foi feito na tarde desta 6ª.feira (27/3), em nota oficial. A posse está marcada para a próxima 3ª.feira (31/3), às 11 horas. Nascido em Pontes Gestal, cidade da região de São José do Rio Preto (SP), Edinho é formado em Ciências Sociais pela Unesp de Araquara e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos, ambas no interior de São Paulo. Foi prefeito de Araraquara de 2001 a 2008. Nesse ano também assumiu a presidência do PT paulista, seguindo na função até 2013. Em 2010, elegeu-se deputado estadual, cargo que ocupou até o início deste ano. Leia mais + Thomas Traumann deixa a Secom + Com Luiz Egypto, do OI, Portal dos Jornalistas chega a 5.700 perfis + Chico Alves é o novo editor executivo de O Dia
Com Luiz Egypto, do OI, Portal dos Jornalistas chega a 5.700 perfis
Com o perfil de Luiz Egypto, redator-chefe do Observatório da Imprensa, o Portal dos Jornalistas atinge nesta 6ª.feira (27/3) a marca de 5.700 perfis biográficos. Além do OI, Egypto exerce a função de editor associado do Museu da Pessoa, espaço virtual e colaborativo fundado em São Paulo, em 1991, cujo objetivo é registrar, preservar e transformar em informação histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade. Natural de São Luiz do Paraitinga (SP), Luiz é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora e mestre em História pela PUC-SP. Ao longo da carreira, passou por Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, Estadão, além das revistas Ícaro e Imprensa. Também foi consultor de projetos para a Unesco e professor universitário. O Portal em números Dos 5.700 perfis que estão no Portal dos Jornalistas, 2.116 são mulheres e 3.584, homens. Há 3.108 profissionais atuando em mídias digitais — sendo 1.242 blogueiros –, 2.236 em jornais e 1.261 em revistas. Em televisão são 2.078 e 1.053, em rádio. Nessas contas, claro, há os que atuam em mais de uma mídia. São Paulo lidera a participação por Estados, com 2.437 profissionais. Seguem no topo da lista dos mais representados: Minas Gerais, com 624 jornalistas, Rio de Janeiro (531), Rio Grande do Sul (242), além do Distrito Federal, com 254. Entre os jornalistas especializados, 950 abordam Economia e Negócios, 880 cobrem Cidades, 832, Cultura e Entretenimento, 817, Esporte e 741 escrevem sobre Política e Opinião. Mais de 1.200 jornalistas são também escritores, e, juntos, publicaram mais 5.900 livros. Leia mais + Edinho Silva assumirá a Secom + Mauro Beting deixa a Rádio Bandeirantes + Chico Alves é o novo editor executivo de O Dia
Mauro Beting deixa a Rádio Bandeirantes
Um ano e meio após sua demissão-recontratação relâmpago – em agosto de 2013 –, Mauro Beting está novamente fora da Rádio Bandeirantes, onde atuava desde 2003, comentando no programa Esporte Notícia, além de participar esporadicamente de outras atrações. Mauro teve passagens pelas rádios Brasil 2000 FM (1990-91), Gazeta (1991-1996), USP (1992-1994), dos Bancários (1992), Repórter Online (2000-2001), Trianon (2001) e Brasil 2000 FM (2003). Ele segue como comentarista do Fox Sports, colunista e blogueiro do Lance, escritor, diretor de documentários, além de apresentar eventos e palestras. Sobre seus planos, disse a este Portal dos Jornalistas ter recebido um convite e algumas sondagens, além de já estar desenvolvendo diversos projetos para rádio. Aberto a propostas, seu contato é [email protected]. Leia mais + Chico Alves é o novo editor executivo de O Dia + Memórias da Redação – Monteiro Lobato na redação do Estadão + Eliane Brum e Fernando Rodrigues, entre outros, confirmados no Congresso da Abraji
Chico Alves é o novo editor executivo de O Dia
Francisco Alves Filho foi efetivado esta 3ª.feira (24/3) como editor executivo de O Dia, na vaga deixada por Alexandre Medeiros. Como noticiamos na edição 989, Medeiros é gerente de Sustentabilidade e Relacionamento com a Imprensa da Neoenergia desde o início de março. Chico Alves era chefe de Reportagem e em seu lugar, interinamente, está a subeditora Vânia Cunha. Leia mais + Memórias da Redação – Monteiro Lobato na redação do Estadão + Eliane Brum e Fernando Rodrigues, entre outros, confirmados no Congresso da Abraji + João Domingos Araújo despede-se do Estadão-DF em grande estilo
Memórias da Redação ? Monteiro Lobato na redação do Estadão
Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto, assíduo colaborador deste espaço, resgatou num livro antigo o artigo em que Monteiro Lobato conta como, com a gripe espanhola derrubando todo mundo na redação do Estadão, ele, que nem funcionário era, mas apenas sapo(1) da redação, resolveu assumir o jornal acéfalo e o tocou e manteve por 15 dias, sem que o redator-chefe Nestor Pestana nem o diretor Júlio de Mesquita, o velho, soubessem que o jornal estava sendo editado por gente de fora. Monteiro Lobato na redação do Estadão Em 1918 ocorreu no jornal curioso incidente. Por esse tempo era eu um dos sapos mais assíduos; não dispensava o encontro diário com os dois Lopes, com Julinho e Nestor (Pestana). Irrompera a gripe, que breve se tornou calamidade pública. A preocupação de todos era uma só, a gripe. O tema de todas as conversas era um só, a gripe. O trabalho de todos, um só – socorrer gripados. E toda gente ia caindo de cama. O número de conhecidos mortos assustava. As notícias na redação passaram a ser de um só tipo. “Chegou telefonada de Louveira. Júlio Mesquita caiu”. E logo depois: “Sabem quem caiu? Julinho. E Chiquinho também”. Já ninguém dizia “cair com gripe” ou adoecer, e sim, e só, cair. Certa noite, ao entrar na redação, não encontrei Nestor na célebre mesa. Onze horas e nada. Telefonamos e tinha caído também. Logo aparece Plínio Barreto, que vinha substituí-lo no secretariado. Mas no dia seguinte cai Plínio e surge Pinheiro Júnior em substituição. Dois dias apenas esteve Pinheiro, porque também caiu. E como lá embaixo, na administração, houvessem caído Chiquinho, Ricardo Figueiredo, o gerente e seus substitutos, aconteceu que em certo momento todo o estado-maior do jornal ficou fora de combate. Lembro da noite em que só encontrei lá Filinto Lopes. Esperamos até onze horas pelo substituto de Pinheiro e ninguém apareceu. O jornal estava acéfalo e ameaçado de não sair no dia seguinte. Falta de quem o dirigisse. Lá na “Vala Comum”, isto é, na sala dos redatores, cozinheiros e repórteres, a brecha aberta pela gripe fora de 50% ou mais, e ali na sala do secretário o desfalque era integral. Uma idéia me ocorreu. – Amigo Filinto, a situação é grave, o jornal está sem cabeça e corre o risco de paralização. Não há a quem recorrer. Os donos caíram e caíram os gerentes e mais de metade do pessoal. Dos sapos só restamos nós dois. Até Maneco (Manequinho Lopes), apesar da sua grande barba, foi para a cama. Proponho que assumamos o comando, do contrário não teremos O Estado na rua a partir de amanhã. Filinto Lopes gravemente concordou. – Pois então, continuei, tome conta da sala de espera e receba lá quem vier com informes e comunicações, que eu me sento à mesa do Nestor (Pestana) e despacho o expediente. Assim fizemos. Enquanto Filinto recebia gente, eu na sala do Nestor abria o famoso bauzinho da “matéria” e passava os olhos, selecionando o que tinha de sair no dia seguinte, podando excessos, baixando os adjetivos, rabiscando instruções e zás, metia a papelada no tubo pneumático que por baixo da terra levava tudo às oficinas de composição e impressão. Para reforço da ‘Vala Comum’ mobilizei vários elementos de fora, como Léo Vaz e Alarico Caiuby, que por esse tempo trabalhavam comigo na Revista do Brasil – e como desfecho dessa mobilização, Léo entrou definitivamente para o corpo de redatores e fez carreira. Quando Nestor faleceu, foi quem o substituiu como secretário e mais tarde foi diretor, em substituição de Plínio Barreto. Hoje Léo Vaz tira o chapéu na rua sempre que ouve a palavra “gripe”. Nesse trágico momento da vida de O Estado, ocorreu um incidentezinho que tem comicidade. Este jornal e o Correio Paulistano sempre viveram ás turras, órgãos que eram de políticas adversas. Havendo ensejo, um dardejava contra o outro uns borrifos de veneno, mas sempre com muita linha e elevação. Pois bem, aproveitei o fato de estar sozinho e sem controle á frente do jornal para umas alfinetadas no governo, com toda gravidade, numa sábia imitação do estilo de Júlio Mesquita. Lancei umas notas sobre a “falta de coordenação dos serviços oficiais de combate à gripe”. Certo de que quem escrevia era o pobre do doutor Júlio, lá na cama em Louveira, o Correio vibrou de cólera: “Nem numa ocasião como esta, de calamidade nacional, o grande órgão esquece seus rancores políticos”. …E lá em Louveira, Júlio Mesquita folheava o jornal na cama e danava: “Quem é que me anda em São Paulo com estas absurdas impertinências?” E não podia informar-se por telefone, porque em São Paulo todo mundo estava morre-não-morre nas unhas da gripe… Mas tudo tem um fim. Uma noite, indo para a redação na praça Antonio Prado, esbarrei na rua Quinze com um vulto encapotado, de cachenê e gola erguida. Era o Nestor, que saia da temporada de cama… Estava com muito medo da nossa intromissão na seara alheia, mas Nestor apenas disse: “Bem que andei desconfiado do milagre – todos na cama e o jornal a sair. Foi ótimo”, e deu-me a absolvição… Este fato revela o clima do “velho órgão”. Tão grande a identificação de todos com a alma do jornal, tamanha a confiança recíproca, que sem ordem de ninguém dois meros filantes de café assumem o comando do maior jornal do Brasil e dirigem-no autocraticamente por mais de uma quinzena. E finda a “ocupação”, os gerentes de nada se queixam, antes agradecem e perdoam, sorrindo, aquela intrusão inédita nos anais da imprensa. (1) Sapos da redação não tinha, na época, nada a ver com o moderno apelido do Chico Ornellas. Era um grupo de intelectuais, amigos da casa – meu avô era um deles –, que toda noite se reuniam na redação para tomar um café, discutir política e fazer sugestões de reformas e mudanças que consideravam essenciais no jornal e que dr. Chiquinho e dr. Julinho ouviam com muito interesse….e ignoravam. Leia mais + Eliane Brum e Fernando Rodrigues, entre outros, confirmados no Congresso da Abraji + João Domingos Araújo despede-se do Estadão-DF em grande estilo + Direito à informação vs. direito ao esquecimento
Eliane Brum e Fernando Rodrigues, entre outros, confirmados no Congresso da Abraji
A Abraji divulgou alguns dos palestrantes já confirmados para o 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, de 2 a 4 de julho, na Universidade Anhembi Morumbi (rua Casa do Ator, 275), em São Paulo. Entre eles estão Eliane Brum, com o painel Histórias Amazônicas, em que falará sobre os bastidores das suas recentes incursões pela região; Fabio Chiorino e Juca Kfouri, com a palestra Como o Brasil cuida do esporte de alto rendimento; Fernando Rodrigues e Chico Otávio, com o painel sobre o caso Swissleaks; Roberto D’Avila, que receberá no painel Combate à corrupção e direito à informação o juiz Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Operação Lava Jato; Elio Gaspari, com o painel Kennedy está atrasado para o almoço: quando a não-notícia atrapalha a notícia; e o argentino Jorge Lanata, que fará um relato sobre o caso Nisman, promotor que morreu de maneira misteriosa em janeiro, após denunciar a presidente argentina Cristina Kirchner por suposto encobrimento de terroristas iranianos Inscrições e programação completa estarão disponíveis em breve.






