Por Alzira Rodrigues
Generoso, de humor irreverente, bom amigo, gente boníssima, excelente jornalista. Esses são alguns dos adjetivos atribuídos por amigos ao jornalista Antônio Graça, que nos deixou nesta terça-feira, 16 de julho, às 11h30.
Nascido em Belém do Pará em 14 de agosto de 1950, Graça – como era conhecido por todos – fez jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo, atuando nos principais jornais do Estado, em diferentes editorias, de Cidades à Economia. Também teve passagens importantes em assessorias de imprensa, dentre as quais as da IBM e da Telefônica.
Teve uma carreira brilhante ao longo de quase cinco décadas, ocupando o cargo de editor de Economia no Jornal da tarde nos anos 1990, onde também atuou como revisor e sub-editor. Nos anos 1980, trabalhou na Folha de São Paulo, em várias editorias, incluindo as de Educação e Cidades.
Como disse Ulisses Capozzoli ao saber de sua morte, o Graça justificou seu nome com a gentileza/delicadeza com a qual tratava a todos que estavam em seu redor. Com um humor refinado e uma inteligência que chamava a atenção de todos, discorria sobre os mais variados temas, de medicina à política ou literatura, sempre com competência.
Adorava cinema e, como recorda a jornalista Rosane Pavam, que trabalhou com ele na Folha de São Paulo entre 1985 e 1988, adorava a Shiley McLaine. Para falar sobre ele, não faltaram bons adjetivos por parte de todos que lamentaram sua morte.
O jornalista Fábio Steinberg, com quem trabalhou na IBM, resumiu Graça em poucas mas expressivas palavras: um bom amigo, cara generoso, ótimo jornalista, íntegro e bom caráter.
Como diz a também jornalista Denise Lima, uma criatura culta, de humor irreverente, “que às vezes surpreendia ouvindo de Cole Porter a Ritchie, ou declamando Edgard Allan Poe”.
Deixa saudades em todos que com ele conviveram, seja profissionalmente ou pessoalmente. Vá em paz.