Dirley dos Santos Fernandes morreu na noite de 15/2, em São Paulo, onde morava ultimamente. Foi vítima de um atropelamento, por ônibus, na noite de 11/2, quando sofreu trauma craniano. Prontamente socorrido no Hospital das Clínicas, referência nacional em trauma, mesmo assim não resistiu. No decorrer dos dias, foi confirmada a morte cerebral. Velório e cremação ocorreram no Rio de Janeiro, no último final de semana. Deixou viúva.

Formado na ECO-UFRJ, em seus mais de 20 anos de trajetória como jornalista com foco em cultura, história e economia, passou pelas redações das revistas Caras, Manchete, Conhecer, Seleções e História Viva e por jornais como O Dia, Extra, Jornal do Brasil e Jornal do Commercio.

Foi também documentarista, escritor e editor. Respondeu pela coleção de livros História Viva, da Ediouro, e autor do livro O que você sabe sobre a África?, publicado pela Nova Fronteira em 2016.

Criou o primeiro blog sobre cachaças hospedado num grande jornal, O Dia, e a primeira coluna exclusivamente sobre a bebida numa revista de gastronomia, a Gula. Em 2007, passou a dedicar-se mais ao tema. Pesquisou, roteirizou e dirigiu o documentário em média metragem Devotos da cachaça, que tem como base a obra do antropólogo e folclorista Câmara Cascudo.

Em 2012, fundou, com amigos entendidos, a Cúpula da cachaça, grupo que tem por função levar visibilidade a esse nicho do mercado de bebidas. Dirley editava anualmente a Cachaça em revista, com artigos de especialistas sobre o tema. O título do filme levou à fundação do site Devotos da cachaça.

Marco De la Roche, um dos editores do site Mixology News, define Dirley: “Seu rigor técnico na apuração de dados, na seriedade em tratar a comunicação como uma forma de se construir um Brasil mais justo sempre foi norte para mim”.

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