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quinta-feira, maio 2, 2024

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Lucio de Castro recebe Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo

Pela reportagem de tevê Memórias do chumbo – O futebol nos tempos do Condor, na categoria Cobertura Noticiosa, Lucio de Castro recebeu no último dia 20/11, na cidade colombiana de Medellín, o I Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo, organizado pela Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI). O vencedor de cada uma das cinco categorias do prêmio, sucessor do Nuevo Periodismo FNPI-Cemex, ganhou U$ 15.000. Repórter e comentarista da 1ª edição do programa Bate-Bola, na ESPN Brasil, Lucio é carioca e iniciou sua carreira em 2000, no Jornal do Commercio. Antes de integrar a equipe dos canais ESPN, teve passagens como repórter por O Globo,  TV Globo, Globosat e SporTV. A reportagem, que também venceu o festival de cinema Cinefoot, no Rio de Janeiro, e recebeu indicações para concorrer em festivais em Milão e Havana, investiga a relação entre futebol e as ditaduras militares na América do Sul nos anos 1960, 70 e 80, mostrando como os governos militares usaram o futebol como ferramenta de propaganda, mantendo um controle firme sobre o esporte. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, Lucio contou como foi o processo de produção da reportagem, as dificuldades enfrentadas e a importância de receber um prêmio internacional. Portal dos Jornalistas – Como foi o processo de produção da reportagem Memórias do chumbo – O futebol nos tempos do Condor? Lucio de Castro – Durante um ano, consultei diversos arquivos públicos brasileiros, como o Nacional de Brasília, o Nacional do Rio, os dos Estados do Rio e de São Paulo buscando documentos, em trabalho de mineração. Paralelamente, ia fazendo entrevistas, ouvindo pessoas. Com isso, foi possível compor o quadro que permitiu retratar uma época e as relações do futebol com as ditaduras militares. Portal dos Jornalistas – Quais dificuldades encontrou no desenvolvimento dela? Lucio – Foi um trabalho que exigiu muita paciência. O trabalho nos arquivos é inglório, demora para dar resultado. Quebrar algumas resistências de entrevistados foi outra dificuldade. E tratar de alguns temas sempre é um pouco espinhoso, mas fomos superando. Isso sem falar nas dificuldades naturais de trabalhar em outros países, já que, além de Brasil, os demais capítulos são Chile, Argentina e Uruguai. Portal dos Jornalistas – Para você, quão importante foi receber o Prêmio Gabriel García Márquez? Lucio – O Prêmio Gabriel Garcia Marques é o que antes se chamava Fundación Nuevo Periodismo. Por isso, já nasceu grande, maior ainda pelo nome que leva. Gabo criou a fundação e o prêmio porque ama o jornalismo, sente-se mais jornalista do que escritor, e queria algo para que o jornalismo se desenvolvesse e fosse debatido. O prêmio é o auge e o ponto alto da fundação. Simplesmente é o maior prêmio de jornalismo do mundo ibero-americano. E o segundo no mundo em importância na área, atrás apenas do Pulitzer, que, entretanto, é só para americanos.  Mais de 30 países na disputa. Matérias de países gigantes e tradicionais no jornalismo, como Estados Unidos e Espanha. Reportagens de guerra, narcotráfico, investigações poderosas. Jurados que dão uma excelência a qualquer trabalho que passa ali, gente como John Lee Anderson, Martin Caparrós, Dorrit Harazim, Javier Restrepo e outros tantos. Ou seja, ser premiado num GGM é para um jornalista o mesmo que um jogador de futebol ser campeão do mundo.

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