O jornalista norte-americano Martin Baron, editor-chefe do Washington Post, e ex-editor do Boston Globe que, em 2002, juntamente com sua equipe, trouxe à luz o esquema de acobertamento de abuso sexual de menores por clérigos na Igreja Católica, será uma das estrelas do 12º Congresso Brasileiro de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo.
O caso ganhou visibilidade mundial no ano passado, quando o filme Spotlight – Segredos revelados, que retratou o trabalho de apuração da equipe de investigação do jornal, levou o Oscar de Melhor Filme. Baron compartilhará suas impressões sobre jornalismo com os participantes do Congresso da Abraji no painel de encerramento do evento, quando conversará com Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight da Universidade do Texas.
“É um filme importante e mostra por que o jornalismo investigativo é necessário, que é preciso para fazê-lo direito e quais impactos positivos ele pode ter”, destacou o profissional em entrevista à Abraji. “Se os jornalistas têm essa força de vontade e as organizações desejam fazer esse tipo de trabalho, investigações como a de Spotlight são possíveis”.
Há 41 anos na profissão, Baron estudou Jornalismo e obteve MBA pela Lehigh University, na Pensilvânia. Passou pelas redações de Miami Herald, LA Times e New York Times, além de Boston Globe e Washington Post, onde entrou em 2013. Embora também tenha trabalhado como repórter, sua carreira se construiu, em grande parte, nos cargos de editor e editor-chefe. Hoje, supervisiona uma equipe de cerca de 650 jornalistas e já viu o Washington Post ganhar dois prêmios Pulitzer nesse período.
O painel A democracia morre na escuridão: a relevância do jornalismo investigativo em tempos estranhos será em 1º/7, um sábado, no encerramento do evento. O Congresso da Abraji será no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi (rua Casa do Ator, 275), de 29/6 a 1º/7, e conta com o apoio de Jornalistas&Cia e deste Portal dos Jornalistas. Inscrições até 26/6.
Portuguese