Entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa, nacionais e internacionais, produziram um dossiê sobre a crescente violência contra a imprensa no Brasil, acirrada pelos movimentos golpistas das últimas semanas. O documento será entregue ao Governo Federal nesta quarta-feira (8/2).

De 8 de janeiro, dia do atentado golpista em Brasília, até 11 de janeiro, as organizações registraram 45 casos de agressão física, ameaças, confisco de material de trabalho, roubos e ofensas contra a imprensa. Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) apontou mais de 100 casos de ataques a jornalistas desde o fim das eleições do ano passado.

O dossiê traz detalhes dos 45 mais recentes, pedindo providências por parte do Governo Federal, que incluem a garantia da segurança de jornalistas e de veículos de imprensa na cobertura de qualquer manifestação pública, espaços seguros para que profissionais vítimas de agressões possam prestar depoimento, investigações céleres e a responsabilização dos agressores, que autoridades públicas se abstenham de proferir discursos ofensivos ou estigmatizantes contra a imprensa, entre outros.

O documento será encaminhado à Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Assinam o dossiê Artigo 19, Abraji, Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), Fenaj, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Repórteres Sem Fronteiras e Tornavoz.

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