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sábado, dezembro 14, 2024

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Agência Pública entrevista Greenwald

Glenn Greenwald – Foto Fernando Frazão-Agência Brasil

Glenn Greenwald falou a Thiago Domenici, da Agência Pública, sobre o que ainda está por ser publicado, as ameaças das milícias digitais contra ele e a equipe do site e sobre movimentos extremistas que querem vê-lo preso ou deportado do País. Também comentou as reações dos envolvidos e a cobertura da imprensa sobre a Lava-Jato antes e depois das reportagens do The Intercept Brasil. 

A entrevista foi publicada no final da tarde dessa terça-feira (11/6) e reproduzida por outros veículos jornalísticos. Thiago contou, nesse trabalho, com a colaboração de Caroline Ferrari e Bárbara D’Osualdo.

No trecho final, diante da indagação se ele e a família e também a equipe do The Intercept Brasil têm uma estratégia de defesa legal e digital, e se estãopensando a questão da segurança daqui para frente, respondeu:

“Eu e meu marido estivemos juntos no caso do Snowden e lutamos contra os governos mais poderosos do mundo e a CIA, NSA, Reino Unido… Estávamos sendo ameaçados o tempo todo. Então, nós já conhecemos essas questões muito bem. Eu moro aqui no Brasil há 14 anos, então conheço o Brasil muito bem. Eu sei como funciona.

Nós ficamos muitas semanas planejando como proteger a nós e a nossa fonte contra os riscos físicos, riscos legais, riscos políticos, riscos que vão tentar sujar a nossa reputação. Nós estamos prontos. Mas não existe nenhuma vida sem riscos. Não se podem eliminar riscos, podem-se tomar medidas para minimizar. Então, a equipe do The Intercept Brasil, que não tem a proteção como alguém com a minha visibilidade, que é casado com um deputado federal… Eles são jovens, 25, 30 anos, e são muito corajosos fazendo esse trabalho destemido. Sim, é muito perigoso, obviamente, e sou alvo dessa campanha para me expulsar do País, chamando-me de inimigo do Brasil, ameaça a segurança nacional e que devo ser preso.

Nós sabíamos que tudo isso iria acontecer, mas o que podíamos fazer? Têm jornalistas cobrindo guerras. Têm jornalistas sem visibilidade investigando corrupção contra pessoas muito perigosas. Se você não quer esses riscos, você não deve fazer jornalismo.”

Confira a íntegra da entrevista aqui.

A Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas do Municípío do Rio de Janeiro emitiram nota em apoio ao direito do The Intercept Brasil divulgar os diálogos e repudiando os ataques que o site e Glenn vêm sofrendo.

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