O trabalho do Comunicador com frequência fica tomado pelos “incêndios”. Pequenos ou grandes, ambos afetam a reputação e a credibilidade de seu trabalho e da sua organização. Por isso mesmo, ferramentas adequadas para lidar com situações de crise se tornam cada vez mais necessárias, pesquisadas e difundidas.

Que tal falar em gestão de reputação antes de falar em crise? Foi com esse mote que ferramentas para combater desinformação, modelos de prevenção de riscos e formas de atuação reativa em casos foram debatidos no Seminário Gestão de Riscos e Reputação, neste dia 25 de junho, em uma realização da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) com apoio do Capítulo Aberje Brasília.

O evento online contou com duas apresentações, com abordagens distintas, sobre gestão de riscos e crise em comunicação pública.  O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada, Antonio Lassance, apresentou uma ferramenta inédita de prospecção de cenários futuros que tem por objetivo identificar possíveis riscos e ameaças que comprometem a reputação da Administração Pública. E o diretor do capítulo Aberje Brasília, Giovanni Nobile, que também é gerente da gestão de risco de reputação no Banco do Brasil, argumentou sobre o valor da reputação como um ativo intangível para as empresas, além de contar sobre boas práticas e experiências no BB.

Armando Medeiros, vice-presidente de Coordenação Regional da ABCPública, afirma que há muito debate sobre crises, mas considera que o fundamento anterior da gestão de crises é a construção da reputação. “Construir reputação depende da mitigação de riscos e da capacidade ativa de detectar, hoje, os indícios das desagradáveis surpresas de amanhã. Os palestrantes trouxeram muitos insights para os comunicadores públicos com esta visão diária de identificar problemas, defender e aprimorar a reputação de empresas públicas e administração pública”, considera Medeiros, que coordena todas as diretorias regionais da ABC Pública no país.

“Desinformação e crises são produzidas em escala industrial atualmente. Se não houver legislação legitimada pela sociedade para impedir que a pessoa tenha sua reputação jogada no esgoto, não vamos poder proteger pessoas e organizações em relação à espiral de desinformação”, comentou Antônio Lassance, pesquisador do IPEA.

Giovanni Nobile, gerente de Risco de Reputação no BB e Diretor do Capítulo Aberje Brasília, comentou que a gestão do Risco de Reputação combina ações preventivas e reativas. “É importante ter uma estrutura preparada para agir nos dois momentos. Se no lado preventivo, o foco está em antecipar tendências de crises corporativas (realizando estudos estratégicos, mapear megatendências, simular cenários, revisar processos, monitorar percepções e indicadores, além de promover uma cultura de gestão de riscos); no campo reativo, a atuação entra em cena quando algo acontece, sendo o momento de consultar intervenientes especializados sobre o tema elacionado, consolidar informações e acionar estratégias de comunicação para mitigar impactos e proteger a imagem institucional”, disse. “O BB traduz esses princípios em verbos de gestão: identificar, avaliar, controlar, reportar, mensurar, mitigar, monitorar e aprimorar”, complementou. Além disso, contar com boas práticas de mercado para ter aprendizados é sempre saudável para a comunicação das empresas.

A vice-presidente de Comunicação da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), Lília Gomes de Menezes, lembrou que “gerenciar bem informações estratégicas é levar, no momento exato, o que de fato importa para auxiliar os gestores na tomada decisão”. “As exposições dos convidados Giovanni e Lassance estão recheadas de dicas úteis para os ABCPúbliquers”, afirmou, destacando que a apresentação estará disponível no canal da ABCPública no Youtube.

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