José Trajano

    José Trajano Reis Quinhões nasceu na Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), em 21 de outubro de 1946. Estudou no semi-interno do Colégio São Bento. Filho de Trajano, professor de História e Geografia, e de Nilza, dona de casa e professora de Artes Aplicadas.
     
    Em 1963, ainda adolescente, ingressou no Jornal do Brasil (RJ), no qual trabalhou durante seis anos. Em 1969, transferiu-se para o Correio da Manhã (RJ) e esteve presente na partida que registrou o milésimo gol de Pelé em 19 de novembro daquele ano. Em 1970, participou de sua primeira Copa do Mundo de Futebol, como correspondente do jornal no México.
     
    Já em 1972, conquistou o primeiro cargo de comando no Jornal dos Sports (RJ). Passou por diversos veículos de comunicação, seja na mídia impressa, seja na mídia eletrônica. De seu currículo, constam os jornais Última Hora (RJ), Ex (SP), Panorama (Londrina/PR), Folha de S.Paulo (SP), Jornal da Tarde (SP), Diário de Notícias (SP), Aqui São Paulo (SP) e O Globo (RJ), além das revistas IstoÉ (SP), Placar (SP), Veja (SP) e Repórter Três (SP) – que, como ele mesmo diz, seria como a Realidade, mas durou só dois números – e as emissoras de tevê Globo (RJ), Bandeirantes (SP), Record (SP) e Cultura (SP).
     
    Em 1994, assumiu como diretor de Jornalismo dos canais Espn (TVA Esportes na época). Em junho 2000, depois de participar durante sete anos do programa Cartão Verde, apresentado nas noites de domingo na TV Cultura, resolveu se dedicar apenas à tevê por assinatura. Em 1° de novembro de 2000, porém, estreou como comentarista do programa TV Esporte, apresentado ao meio-dia na RedeTV! (SP).
     
    Em janeiro de 2007, divulgou ao mercado a produção de programas nacionais da Espn, com a participação de grandes nomes do Jornalismo Esportivo brasileiro. Foi âncora dos programas Pontapé Inicial e Linha de Passe, além de acumular a função de diretor na emissora.
     
    Em 1986 chegou a trabalhar como assessor na campanha de Darcy Ribeiro (1922-1997) para o Governo do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2000 recebeu o Prêmio Ford Aceesp, da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo. Levou para casa, também, o Prêmio Comunique-se 2011, na categoria Executivo de Veículo de Comunicação.
     
    Deixou o comando da Espn em 2012 com o objetivo de ter tempo para se dedicar a outros projetos, entre eles, ter mais tempo para escrever. Depois de deixar o cargo passou a participar da mesa-redonda Linha de Passe e Bate-Bola.
     
    Mostrou-se escritor de talento com o livro Procurando Mônica (Companhia das Letras, 2014), retrato de uma paixão impossível, um relato repleto de esperanças, sonhos e frustrações. Conta com humor e uma dose de tragédia grega os inúmeros foras que recebeu de sua musa. Depois veio Tijucamérica (Companhia das Letras, 2015), onde faz renascer das cinzas uma seleção dos melhores jogadores que já teve o tradicional America Football Club (RJ), seu time de coração, onde foi jogador de basquete e de futebol de salão. Ainda em 2015, foi eleito no Top 100 dos +Admirados Jornalistas Brasileiros, segundo apuração feita pelo J&Cia em parceria com a Maxpress.
     
    Após mais de 20 anos de casa, foi demitido da Espn em setembro de 2016 – por contenção de custos, por seu engajamento político, ou por tudo isso – para surpresa do mercado. Até então, era considerado o sobrenome da Espn Brasil. Dois meses depois foi anunciado como novo contratado pelo Canal Brasil, ligado à Globosat, onde será apresentador do programa semanal José Carioca, de entrevistas com músicos, esportistas, atores e personalidades culturais em que se abordará de tudo, inclusive futebol.
     
    Paralelamente, lançou em dezembro de 2016 um canal de vídeos no YouTube, o programa Na Sala do Zé, dentro do canal Ultrajano.
     
    Uma curiosidade da sua carreira: o conhecimento de música, cinema e literatura, pois escreveu tanto para os cadernos de Esportes quanto para os de Cultura no Jornal do Brasil e na Folha de S.Paulo. Chegou a idealizar um jornal de música, o Canja, na década de 1980.
     
    É lembrado pelos colegas por sua personalidade forte e pela defesa da justiça e verdade em todos os lugares por onde passou.
     
    Foi casado com as jornalistas Renée Castelo Branco e Célia Chaim. Seu filho João Castelo Branco é correspondente da ESPN na Inglaterra. Sonha com um dia morar em Portugal.
     
     
    Atualizado em janeiro de 2017
     
    Fontes:
    Jornalistas&Cia – Edição 575
    Jornalistas&Cia – Sp 812
    Arquivo TPress/Engel Paschoal