A repórter Paula Araújo, da GloboNews, quase foi atropelada enquanto fazia uma entrada ao vivo na terça-feira (10/5), na Avenida Cupecê, na zona sul de São Paulo. O motorista, ainda não identificado, parou no semáforo ao lado de Paula e da repórter cinematográfica Patrícia Santos, e passou a xingá-las, ameaçá-las e fazer críticas à Globo. Em seguida, o homem colocou a marcha à ré e jogou o veículo contra Paula, que estava em cima da calçada.

“Ele só não me atingiu porque dei dois passos para a frente. Ainda bem que tinha um policial do lado. Daí ele logo saiu”, relatou a repórter à revista Veja. Um trabalhador de um comércio testemunhou a agressão e avisou que iria chamar a polícia. No momento do ocorrido, havia uma viatura por perto, mas os policiais não presenciaram o ataque. Segundo as jornalistas, as circunstâncias evitaram que o homem tentasse algo mais grave.

Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) repudiaram o ataque, pedindo que a Globo “tome todas as providências para que o caso seja investigado com rigor e que o agressor seja identificado. É imperativo que todas as partes tomem atitudes para conter essa escalada e garantir a integridade dos jornalistas no exercício de sua profissão”.

A nota destaca também que este é o terceiro episódio de grave agressão contra jornalistas da Globo de São Paulo nos últimos sete meses. Em outubro, o repórter cinematográfico Leandro Matozo levou uma cabeçada no nariz de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro na parte externa do Santuário de Aparecida. E mais recentemente, em março, o repórter cinematográfico Ronaldo de Souza foi atacado com uma corrente por um homem no Brás. O agressor foi localizado pela polícia.

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