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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Joaquim Ferreira dos Santos lança biografia de Zózimo

Joaquim Ferreira dos Santos estará nesta quinta-feira (3/11) na livraria Travessa do Shopping Leblon, no Rio (av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º), às 19h30, para autografar seu livro mais recente, Enquanto houver champanhe, há esperança: uma biografia de Zózimo Barrozo do Amaral, editado pela Intrínseca. Com esse título, precisou oferecer um coquetel no lançamento. Zózimo teve, no extinto Jornal do Brasil, a mais respeitada grife do colunismo de sua época, e introduziu no gênero as notícias de bastidores da política, da economia, do esporte. No início da carreira, colaborou com a coluna Swann, de O Globo, espaço não assinado por onde passaram alguns dos principais colunistas do Rio. Convidado pelo JB, em seus tempos áureos, exigiu que a coluna tivesse seu nome, e ali esteve por 28 anos. Voltou ao Globo e levou junto seu prestígio. Joaquim é exímio biógrafo de tipos cariocas que marcaram época – como Antônio Maria e Leila Diniz – além de autor de vários livros de crônicas. Começou no jornalismo como repórter do Diário de Notícias, e ocupou diversos cargos em veículos como Veja, JB, O Dia e O Globo. Com a morte de Zózimo, O Globo descontinuou a coluna que levava o nome dele. Mais tarde, Joaquim ocupou aquele espaço no Segundo Caderno com a coluna Gente Boa, por dez anos. Confira a seguir a conversa dele sobre colunistas com Cristina Vaz de Carvalho: Portal dos Jornalistas – De quem foi a ideia dessa biografia? Joaquim Ferreira dos Santos – Foi do Jorge Oakim, dono da editora Intrínseca, e do Bruno Porto, que era editor naquele momento, em 2013. Foi uma ótima ideia: eu estava saindo do Globo e tinha sido colunista. Ocupei aquele espaço com outro tipo de coluna, mas que não teria acontecido se o Zózimo não tivesse ampliado o interesse da coluna de notas. Portal dos Jornalistas – Você destaca a qualidade do texto do Zózimo. Joaquim – Zózimo reduziu o tamanho das notas – é conhecido como o melhor texto em três linhas. Percebeu que quanto mais rápido, melhor. Por isso as colunas são tão lidas, como um jornal dentro do jornal. Além da concisão, o humor é fundamental. Coluna só de notícia é muito chato. Coluna tem que ter personalidade, senão é papel jogado fora. Zózimo fazia isso: tentava transformar a coluna num papo sem impostação. Gostava do humor, de reproduzir a cena. E teve a vantagem de viver num tempo em que o politicamente correto ainda não era cobrado, porque abusava de notas que tiravam sarro de mulheres, negros, índios. E o limite que ele tinha entre o texto da coluna de notas e o texto da crônica. Zózimo dava furo, se preocupava com hard news, mas para ele cabe o que Manuel Bandeira disse sobre Rubem Braga: um cronista genial, que quando não tinha assunto era mais genial ainda. O livro tem uma grande coleção de frases. Portal dos Jornalistas – Zózimo não tinha um bordão, mas Ancelmo Gois faz notas que ele chama de “à la Zózimo” e começam com: “E Fulano, hein?”. Como aparecem esses maneirismos? Joaquim – Zózimo tinha poucos, principalmente o “hein”. Outro era: “Não será surpresa para esta coluna”. Isso é um truque, todo colunista tem seus truques. Com isso, ele preenchia as três ou quatro linhas que faltavam para completar o espaço. Portal dos Jornalistas – Apesar de ser mais conhecido como cronista, você também foi colunista. Em quê sua trajetória se encontra com a do biografado? Joaquim – Zózimo pegou o espaço de uma coluna social no JB e entrou para fazer um jornal próprio, um texto com muito humor. Antes, as colunas sociais não tinham esse título, mas só falavam de gente fina. Com minha experiência de repórter – sou basicamente repórter de Geral, passei 30 anos fazendo reportagem –, com um acento carioca, chamei a coluna de Gente Boa, gente que fazia alguma coisa pela sociedade, pela comunidade, gente que fazia alguma coisa legal. Sem o Zózimo eu não teria feito essa coluna. Portal dos Jornalistas – Colunista falando de colunismo? Joaquim – Trabalhei dez anos em coluna. Pode ser a tarefa mais fácil ou a mais difícil. O que chegam de pseudonotícias na mesa de um colunista… Já viu o que tem de chef de cozinha nos jornais? Sem um espírito crítico mais aguçado, fazer uma coluna séria, com mix, vários tipos assuntos, fica muito difícil. Noticia boa é aquela que você procura; a que chega tem interesse por trás. Como há uma competição muito grande de bons colunistas, fica difícil conseguir as coisas boas para você. Os jornais criaram um monstro: a expectativa de que a coluna vai dar um furo. Você, com dois assistentes, quer dar furo no jornal inteiro. Portal dos Jornalistas – O que o livro deixou em você? Joaquim – Pena que Zózimo morreu muito jovem, com 56 anos. Era um grande personagem, principalmente no Rio. Sempre conseguia o que mais gostava: tirar um sorriso do leitor todo dia de manhã.

ANJ recorre ao STF para que sites sigam a mesma legislação de jornais e revistas

A Associação Nacional de Jornais ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 5.613) no STF para que este determine que portais de notícias sigam as mesmas leis que regem os jornais e revistas. A lei dispõe sobre a participação de capital estrangeiro nas empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Para a ANJ, a interpretação dos dispositivos questionados, que exclui os portais da regulação da atividade jornalística, contraria o sentido e o alcance do artigo 222 da Constituição, que, a seu ver, integra o núcleo do marco regulatório da Comunicação Social. A restrição à participação estrangeira no setor, segundo a entidade, teve por objetivo “garantir que a informação produzida para brasileiros passasse por seleção e filtro de brasileiros”. Segundo a entidade, o objetivo é esclarecer que a lei não abrange somente pessoas jurídicas que produzam publicações impressas e periódicas, mas toda e qualquer organização econômica que produza, veicule e divulgue notícias para o público, por qualquer meio de comunicação. A ANJ ressaltou ainda que a manifestação do Supremo é necessária para não haver interpretações no sentido de que os sites não poderiam ser conceituados como empresas jornalísticas, e que há necessidade de lei específica para o enquadramento dos sítios de notícias da internet nesse sentido. Alguns analistas consideram que o alvo prioritário da ação são sites estrangeiros que fazem jornalismo independente por aqui – como BBC Brasil, El País Brasil e The Intercept (de Glenn Greenwald) – e que têm conseguido escapar do jogo de poder local e oferecer uma cobertura mais balanceada da nossa vida política.

Infoglobo muda de endereço e o desenho da Redação

* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

 

A nova sede da Infoglobo no Rio está pronta para a mudança, que começa na próxima terça-feira (8/11) e deve se estender até dezembro.

O prédio foi construído num terreno entre as ruas de Santana e Marquês de Pombal, na Cidade Nova, mesma região do Centro do antigo endereço, a rua Irineu Marinho, e que deve se beneficiar da revitalização por que passou o Porto do Rio.

O projeto, do escritório de arquitetura RRA, de Ruy Rezende, pode ser visto em parte aqui. Para lá vão os jornais O Globo, Extra e Valor, e a revista Época. Num segundo momento, as rádios podem ser integradas ao grupo. Além da mudança física, deve haver uma reformulação do sistema de trabalho.

Para isso foi contratada a espanhola Innovation. A empresa é representada no Brasil por Eduardo Tessler, ex-RBS e que já trabalhou em O Globo, como jornalista, antes de se dedicar à consultoria na Innovation, e que mantém o blog Midia Mundo. A empresa foi chamada pela Infoglobo, no primeiro semestre deste ano, para reorganizar a antiga Redação, que fora montada antes do impacto da internet e vinha se adaptando. A Innovation fez isso em vários jornais no mundo.

O trabalho foi apresentado aos comandos das Redações, mas houve algumas discordâncias, o que vem sendo negociado com a direção, e espera-se que um acordo interno seja obtido até meados deste mês. A intenção é unificar as Redações, com viés apontado para a área digital.

O grau de integração na Infoglobo já é grande – e, aos poucos, desta com a Editora Globo –, o que agora deve ser organizado. Vai reduzir os recursos, num ambiente em que a sinergia já é alta, mas isso tem um limite, para não prejudicar a qualidade do que é feito. Os críticos questionam se esse tipo de trabalho é importante. Os tempos são difíceis para a mídia impressa; jornais e revistas no mundo avaliam seus futuros e experimentam novos modelos de negócio. Reordenar os processos, à luz do que se tem hoje, parece olhar para trás. Não garante novas receitas nem incremento da circulação. Vale fazer esse esforço, mas é pouco.

É preciso saber primeiramente para onde ir, e só depois ver como chegar lá. O tipo de ajuda que se espera, no mundo inteiro, é como resolver a questão da mídia impressa, e não a forma de trabalhar, que é o que essa empresa propõe. Existe mérito em otimizar os processos, mas isso não aponta para uma visão básica do negócio, a partir de modelos novos.

Mas nenhuma empresa no mundo tem um case moderno, bem-sucedido, para apresentar. A Infoglobo vem se posicionando como empresa de projetos especiais, eventos setoriais, e a área cresce, é bem-sucedida e gera receitas.

Será este um dos caminhos para desafogar o impasse no setor?

Últimos dias para ajudar o Observatório da Imprensa

Restam apenas cinco dias para colaborar com o Observatório da Imprensa em sua campanha de crowdfunding O Observatório precisa de você. Até agora, foram arrecadados pouco mais de R$ 90 mil dos R$ 250 mil estabelecidos como meta da campanha. É possível fazer doações de 20, 50, 100 ou 200 reais. No site Kickante são oferecidas recompensas, como uma camiseta com a marca do Observatório, livros sobre jornalismo e a inclusão do nome do doador no site do Observatório da Imprensa. Os recursos são necessários para bancar a produção do site, hospedagem, administração e impostos. Texto do Observatório que convida leitores a se engajarem diz que “ao colaborar clicando no Kickante você não está apenas ajudando a continuidade do Observatório da Imprensa. Estará também, e principalmente, assumindo uma posição proativa na defesa do princípio de que cada um de nós tem o direito a receber dados, fatos e análises que nos permitam uma avaliação do noticiário da imprensa, conforme os nossos desejos e necessidades”. A campanha será encerrada nesta sexta-feira (6/11).

Na mineira Tiradentes, Fórum do Amanhã discute o futuro do Brasil

A histórica Tiradentes, em Minas Gerais, será palco do Fórum do Amanhã, evento que reunirá empreendedores sociais, empresários, jornalistas, artistas, jovens lideranças, indivíduos e organizações entre os dias 24 e 27 de novembro. Na pauta dos debates, iniciativas e ações para o desenvolvimento do Brasil em diversos setores. A programação fundamenta-se em valores de inovação e superação, e inclui mesas de debates e atividades culturais. A ideia é pensar nos caminhos que devem ser sonhados e traçados coletivamente para que o Brasil supere suas deficiências econômicas e sociais. O encontro abre espaço para a discussão de temas como o futuro da política, da educação, da economia, das cidades, do meio ambiente, do trabalho e da governança. Os assuntos estão alinhados às novas tendências mundiais, como sustentabilidade, compartilhamento, transparência, inteligência coletiva, equidade de gênero e diversidade. Entre os convidados está o sociólogo italiano Domenico De Masi, autor do livro O ócio criativo e fã declarado da cultura brasileira. Em suas obras, De Masi aborda temas como a sociedade pós-industrial, a criatividade e os paradoxos sociais e empresariais. Outro palestrante e idealizador do evento é Eduardo Giannetti, economista brasileiro, autor de Trópicos Utópicos e defensor das particularidades e dos valores nacionais. Também estarão no grupo os jornalistas Gilberto Dimenstein, Eliane Brum, Gabriela Augustini (Olabi), João Rodarte, Anna Parsons, Anna Penido e Felipe Vilicic. Para se inscrever no Fórum, os interessados devem fazer cadastro no site: http://www.forumdoamanha.com/. É possível escolher de quais mesas e eventos participar. Parte da programação é gratuita.

Lulie Macedo deixa a Folha de S.Paulo

Lulie Macedo deixou em 1º/11, a pedido, a Folha de S.Paulo, após 16 anos de casa, e vai se dedicar a estudos de marketing e branding, tema que está cursando na FGV. Ela ocupava o posto de secretária assistente de Redação de Especiais, tendo naquele período exercido as mais variadas funções no jornal, de repórter a editora-geral. Lulie disse ao Portal dos Jornalistas que seu interesse pela fronteira entre o jornalismo e o marketing de conteúdo só cresceu desde que assumiu na Folha a interface Redação/Comercial: “Nos últimos dois anos, fui responsável por coordenar os projetos especiais da Redação em parceria com a área comercial – essa aproximação foi, portanto, algo natural e desejado. Acredito que há muito a ser explorado nesse território, ainda incipiente no Brasil. Pretendo continuar estudando e colaborando com veículos e marcas que tenham interesse na minha experiência como jornalista aplicada ao branded content e seus desdobramentos”. O e-mail pessoal dela é [email protected]. Em comunicado interno, a Folha informou que o cargo de Lulie foi extinto data e suas funções, redistribuídas. A interface com a área comercial da empresa passa a ser exercida por Suzana Singer, responsável pelo Núcleo de Treinamento/Seminários, com reporte ao editor executivo Sérgio Dávila.

Três jornalistas da RBS atuarão na cobertura das eleições presidenciais dos EUA

Daniel Scola e Rodrigo Lopes são os escalados do Grupo RBS para acompanhar as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Além deles, Andressa Xavier, chefe de Reportagem da rádio Gaúcha, também acompanhará a corrida presidencial, a convite da embaixada dos EUA. Rodrigo embarca nesta terça-feira (1º/11), quando começará uma cobertura on the road, de Ohio à Pensilvânia, estados fundamentais para a escolha do sucessor do presidente Obama. Ele também estará em Manhattan no dia 8, acompanhando o dia decisivo a partir dos centros de comando da campanha de Hillary Clinton e Donald Trump. Será uma cobertura multiplataforma, com textos para o site, reportagens especiais para a edição impressa, vídeos, participações via Facebook Live e breaking news no Twitter de ZH. Scola viaja em 2/11 para a Flórida, o Estado “pêndulo”, que oscila entre Democrata e Republicano e tem muita representatividade no Colégio Eleitoral, sendo muito relevante para o resultado final das votações. No dia 6, o repórter irá a Nova York, para contar os detalhes que antecedem o dia de eleição. Scola apresentará diretamente dos EUA os programas Gaúcha Atualidade, às 8h10, e Chamada Geral 2ª edição, às 16h30. Também terá participações especiais em outros programas da rádio e estará online nas redes sociais e no site da Gaúcha, com cobertura ao vivo no Facebook Live (transmissão do Atualidade). Andressa viajará como convidada do projeto Election Night Reporting Tour, em um roteiro que passará por Washington, Filadélfia, Nova York e Miami. Como parte do programa, participará de um encontro com porta-vozes dos dois partidos e acompanhará atividades de campanha de cada candidato.

Salete Lemos reforça time de jornalismo da RedeTV

Salete Lemos assinou em 28/10 com a RedeTV para reforçar a equipe de jornalismo da emissora. A informação é de Flávio Ricco, do UOL. Com passagens por Globo, Record, Cultura e CNT, Salete voltará a trabalhar ao lado de Boris Casoy, como comentarista de economia no RedeTV News – os dois trabalharam juntos na Record até 2005. “É uma satisfação participar dessa equipe montada pelo Franz [Vacek, superintendente de Jornalismo e Esportes da RedeTV], que traz para o jornalismo uma bagagem que poucos têm, com garra, com diferencial. Só estou voltando para a televisão porque constatei essa possibilidade de fazer e de praticar o velho jornalismo, que é o novo jornalismo, independente, criterioso e de responsabilidade social”, disse Salete. E completou: “É uma oportunidade de aprender e um privilégio estar novamente ao lado do Boris, maior profissional com quem já trabalhei. Ele foi uma escola para mim e tenho certeza que voltei para a escola, com muita humildade e sabendo o tamanho do desafio. Estou com frio na barriga e muito animada, estou começando de novo”. “Eu fico muito feliz, é um reforço importante nesse momento de crescimento da RedeTV, que vem atraindo grandes nomes da imprensa nacional e o que a gente quer é formar um time robusto, de credibilidade, isento, para que o nosso telespectador tenha a melhor qualidade de informação possível”, afirmou Franz Vacek, superintendente de Jornalismo e Esporte da RedeTV.

Imprensa automotiva prestigia festa de 50 anos de carreira de Boris Feldman

Uma bonita e concorrida festa, realizada na noite de 26/10, no recém-inaugurado restaurante Iulia, do Jockey Clube de São Paulo, marcou a festa dos 50 anos de carreira de Boris Feldman. Dezenas de jornalistas e executivos, representando a quase totalidade das marcas presentes no Brasil, compareceram ao evento, que teve ainda os lançamentos do portal Auto Papo e do livro Noiva Mecânica – Crônicas ligeiras sobre rodas. “Selecionei rigorosamente 50 textos para quem quer entender de carro de forma leve e didática, retratando as situações do dia a dia”, destaca o homenageado Para celebrar o encontro, o jornalista mineiro promoveu ainda um descontraído bate-papo sobre o mercado automotivo com o presidente da Anfavea Antonio Megale e o comentarista de automobilismo Reginaldo Leme. Sobre o novo site, ele destacou que desde a montagem da equipe, três meses atrás, uma série de textos, reportagens especiais e vídeos vem sendo produzidos, e que a previsão é que o serviço estreie até este início de novembro. “Já são 14 vídeos de testes produzidos nos últimos meses, além de quadros que integrarão nosso portal, como o Boca do trombone, uma versão em vídeo de situações que eu critico em minha coluna semanal. Muitas novidades serão apresentadas, assim que o site for ao ar”, afirma Boris. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, ele fala sobre momentos marcantes de sua carreira, polêmicas, paixões, e claro, seu novo projeto. Portal dos Jornalistas – Nesses 50 anos de carreira, quais foram os momentos mais marcantes? Boris Feldman – Difícil dizer, até porque cada decisão e nova experiência foram muito importantes para mim. Acredito que talvez o grande marco na minha carreira tenha sido em 1988, quando decidi deixar de vez minha outra carreira, a de engenheiro, e focar meus esforços exclusivamente no Jornalismo. Aquilo era exatamente o que eu queria fazer, e isso talvez tenha facilitado minha decisão em deixar para trás uma carreira já consolidada na indústria de autopeças, tendo atuado por 20 anos na Metal Leve. J Portal dos Jornalistas – E dentro do Jornalismo, quais projetos foram mais importantes para você? Boris – Sem dúvida a criação dos boletins, que hoje estão em mais de 40 rádios pelo Brasil. Aliás, acho fazer rádio um grande barato. A interação e a resposta imediata do público são sempre muito legais, mesmo quando o pessoal não gosta do que eu falo e sai me xingando (risos). Outro projeto de que me orgulho, e que foi quase uma loucura, foi sugerir para o Estado de Minas (que aceitou) a publicação de três cadernos automotivos por semana. Isso foi lá nos tempos áureos, logo depois da abertura do mercado para os importados, e por um bom tempo circulamos com edições às quartas-feiras, sábados e domingos. Portal dos Jornalistas – O automóvel é sua grande paixão? Boris – Minhas duas paixões são automóveis e música clássica. Cheguei inclusive a ter um programa de música clássica no rádio, mas essa outra paixão hoje é apenas um hobby e não minha profissão. Portal dos Jornalistas – Jornalistas com sua rodagem costumam ser exemplos para muitos profissionais em começo de carreira. Quando você começou, lá em 1966, teve alguém em quem se espelhar? Boris – Sabe que não? Até porque eu sempre fui muito crítico, uma vez que também era engenheiro, e naquela época não havia muitos profissionais com esse estilo. Então, decidi seguir minha carreira por outro viés e acredito até que fiquei marcado por isso. Já quase apanhei de mecânico na rua por questionar a honestidade da classe. Ainda hoje tem muita gente do mercado que me odeia, mas o que eu posso fazer? Por ser engenheiro e ter corrido de carro, sou muito envolvido e conheço muito bem o assunto, e até por isso sei bem quando alguém está falando a verdade ou enrolando. Portal dos Jornalistas – Criar uma premiação como o Pinóquio de Ouro também não te ajuda muito a ser querido pelos seus críticos, não é mesmo? (risos) Boris – Pois é… Esse foi um troço que criei há uns dez anos para destacar a maior mentira do ano na indústria automotiva e que acabou pegando. Sempre me incomodou muito toda vez que vejo campanhas ou anúncios em que fabricantes prometem entregar algo que não existe. O troféu é até uma forma de mostrar que a gente está atento a essas mentiras. Portal dos Jornalistas – E agora, aos 50 anos de carreira, você decidiu investir em um novo projeto, onde a ideia é inclusive tentar competir com dois grandes players do mercado, ambos com instituições financeiras fortes por trás. O que o faz acreditar que seu projeto terá vida longa, frente a serviços já consolidados como esses? Boris – Qualidade de conteúdo. Eu tenho o maior respeito por Webmotors e iCarros, mas entendo que eles foram criados para serem ferramentas de compra e venda, com uma área de conteúdo. Nós estamos indo na contramão. Vamos investir e nos consolidar como produtor de conteúdo e reportagens, inclusive de serviços, que acreditamos serem fundamentais em nossa estratégia. Para isso já fizemos parcerias com o Marlos Ney Vidal, do Autos Segredos, que tem hoje mais um milhão de acessos por mês em sua página, e com o Portal R7, que ajudará a nos dar uma visibilidade legal. Lá na frente, quando o projeto editorial estiver consolidado, é que pensaremos se vamos e como vamos desenvolver nossa plataforma de compra e venda. Pode ser algo inteiramente nosso, porque temos a tecnologia para isso, ou até em parceria com outras empresas, mas isso fica para um segundo momento.   N. da R.: Ao final do evento, os convidados foram presenteados com a entrega do gibi Boris Feldman – 50 anos no rastro da notícia, que conta a história da carreira de Boris. Uma produção de sua própria equipe.

Autopolis renova com R7 por mais um ano

O site Autopolis e o Portal R7, da Rede Record, estenderam por mais um ano a parceria para produção e publicação de conteúdo iniciada em janeiro de 2015. “A renovação é resultado da boa sinergia existente entre o site e o portal”, destaca o publisher Marcelo Queiroz. “Nesses dois anos, provemos conteúdo de qualidade e o R7 nos deu suporte e nos trouxe o prestígio de estar em um grande portal. O R7 é nossa casa e, no que depender do Autopolis, lá permaneceremos por muito tempo”. Além de Marcelo, integram o time do Autopolis Renato Aspromonte, Ernani Soares, Pedro Casarin e o colaborador freelance João Brigato. 

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