O InfoMoney, ecossistema de informações sobre economia, investimentos e negócios, anunciou a chegada de profissionais em posições de liderança, para ampliar a relevância do portal e das suas redes sociais.
Carolina Freitas chega ao portal como coordenadora Editorial. Ela teve passagens por Valor Econômico, Veja, Agência Estado e SBT. Ainda na redação, a empresa promoveu Gabriel Garcia a coordenador de Hard News, depois de passagens por UOL, Editora Abril e Folha de S.Paulo. Ambos respondem à diretora de Redação Mariana Segala.
Já para a equipe Multiplataforma, liderada por Thales Calipo, contratou nesta semana Flávio Moreira, que era editor-chefe de Novos Projetos do UOL, com passagens por FIFA e Torcedores.com. No InfoMoney, Flávio será responsável pela frente de Parcerias e Estratégia.
Na mesma Multiplataforma, Bruna Baddini chegou para coordenar a equipe de Redes Sociais e Audiovisual do InfoMoney, função que exerceu anteriormente na CNN Brasil.
Por fim, Yael Peretz, responsável pela frente de Audiência do portal há seis anos, passou a liderar toda a equipe de Growth do InfoMoney, reportando-se diretamente ao CEO Matheus Lombardi.
O InfoMoney, que acumula uma audiência de 80 milhões de usuários únicos até outubro de 2024, vem apostando em novos conteúdos além da cobertura tradicional de Economia e Finanças. Recentemente, passou a cobrir temas como Lifestyle, Inovação, Energia, Negócios do Esportes e Imóveis, e nesta semana estreou sua cobertura sobre Saúde e Bem-Estar, aos cuidados do coordenador de projetos editoriais Rodrigo Petry.
Jornalistas da Editora Três, responsável pela publicação das revistas Dinheiro Rural, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro e Motor Show, retornaram nesta quarta-feira (30/10) ao trabalho após quase uma semana em greve por atrasos nos salários.
O retorno às atividades ocorreu após a quitação da quinzena que deveria ter sido depositada em 5 de outubro, porém o pagamento referente ao dia 20 segue aberto. Em grave crise econômica, e passando por mais um processo de recuperação judicial, esta foi a terceira paralisação na editora nos últimos dois meses.
Nesta quinta-feira (31/10), a partir das 10h, uma nova reunião será realizada com as presenças de representantes da Editora Três, do Sindicato dos Jornalistas de SP e de profissionais da redação. Nela, será exigido um cronograma para o pagamento das dívidas que inclui, além do salário de 20 de outubro, a quitação do parcelamento de salários não pagos no primeiro semestre deste ano e do FGTS, atrasado desde 2023.
Em julho passado, numa negociação com os profissionais da casa, a editora combinou pagar os salários atrasados naquela ocasião em cinco prestações, mas quitou apenas duas parcelas. Dependendo do resultado desta nova reunião, poderá haver outra paralisação.
“Os profissionais da editora já não sabem se a empresa está caminhando para a falência ou não”, alertou Thiago Tanji, presidente do Sindicato. “Eles precisam ser tratados com mais seriedade e dignidade”.
Procurado para comentar, Caco Alzugaray, presidente da editora, ainda não se pronunciou sobre a situação.
O fotógrafo brasileiro Gerson Turelly venceu em duas categorias do prêmio Standard Chartered Weather Photographer of the Year após registrar a enchente no Rio Grande do Sul. A premiação da Royal Meteorological Society reconhece fotografias climáticas e meteorológicas com o objetivo de promover a conscientização sobre problemas ambientais.
A foto Rowing, de Turelly, venceu na categoria Climate Award e foi escolhida como a Public Favourite após alcançar quase 30% em uma votação no site do prêmio. O fotógrafo será premiado com um total de £ 1.000 (cerca de R$ 7.490) pelo trabalho.
Em entrevista à CNN Brasil, ele revelou que havia tirado poucas fotos pelo, abalo com a tragédia, e se surpreendeu com a vitória, mas reconhece seu significado: “Muito importante para nós, brasileiros e gaúchos, que vivenciamos um momento muito crítico das enchentes, que reflete os problemas climáticos que o mundo está vivendo”.
A relação completa de vencedores pode ser conferida aqui.
Em comunicado divulgado na noite da última terça-feira (29/10), a Band anunciou o encerramento do contrato, em comum acordo, com a apresentadora Ana Paula Padrão. Ela comandava há dez anos o MasterChef Brasil, e sua despedida oficial acontecerá após o MasterChef Confeitaria, edição inédita que será exibida de 19 de novembro a 19 de dezembro.
“Vivi os melhores 10 anos da minha vida no MasterChef e tive o privilégio de ver um produto de entretenimento mudar a forma como o brasileiro se relaciona com a comida e fazer parte desse processo”, destacou a profissional, que vai se dedicar a um projeto de educação no setor privado.
Ela anunciou em maio que assumiria o cargo de diretora na escola de negócios Conquer, mas agora divulgou que será sócia da Conquer Unna, unidade voltada ao desenvolvimento da carreira de mulheres.
Antes da Band, Ana Paula passou por Record TV, SBT e TV Globo, onde atuou como âncora e editora executiva do Jornal da Globo.
Morreu em 28/10 Wílson Palhares, aos 86 anos, vítima de câncer na bexiga, agravado por uma pneumonia. Com mais de sessenta anos de experiência, integrou a turma de 1965 do curso de jornalismo da Cásper Líbero, em São Paulo. Deixa a companheira de mais de cinquenta anos, a também jornalista Eunice, os filhos Flávio e Marcos e netos.
Foi militante contra a ditadura militar. Atuou também como militante sindical, integrando o grupo Movimento de Fortalecimento do Sindicato (MFS), que em 1975 venceu a eleição para a presidência do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Como jornalista, atuou como editor em Exame, Veja e Playboy, e como repórter especial na sucursal paulista do Jornal do Brasil. Trabalhou também na Folha de S.Paulo.
Há trinta anos atuava como jornalista especializado na área de marketing e se aprofundou no estudo do mercado mundial de embalagens. Fundou em 1986 a editora Bloco de Comunicação, que publica a revista EmbalagemMarca. Lançada em junho de 1999, a revista consolidou-se como referência do setor de embalagens.
A proposta, do deputado Carlos Bordallo (PT), estabelece a prioridade no atendimento pré-natal de mulheres ribeirinhas no Sistema de Saúde do Estado. O projeto será avaliado pelas Comissões Permanentes da Alepa e, em seguida, deve ir para votação no Plenário.
Assinada pelo diretor do Amazônia Vox, Daniel Nardin, a reportagem tem imagens em fotos e vídeos de Marcelo Lelis. Teve imagens de apoio de Márcio Nagano, edição final Ney Trindade e trilha sonora do maestro Robenare Santos. A direção de arte e diagramação de Rapha Regis e desenvolvimento web de Samuel Burlamaqui. O conteúdo possui ainda ilustração de Thai Rodrigues e mentoria e edição de Paula Perim. A revisão textual foi feita pela professora Marcela Castro e pelos alunos da Escola Estadual Antônio Lemos, de Santa Izabel do Pará.
O trabalho é resultado de bolsa do programa Early Childhood Reporting Fellowship, do The Dart Center for Journalism and Trauma, da Universidade de Columbia. O conteúdo inclui seis capítulos em texto e fotos, ilustração e um minidocumentário que está disponível no YouTube e foi exibido em março de 2024 pelo Canal Futura, em rede nacional.
Estão abertas as inscrições para o Programa de Jornalistas Internacionais (IJP, na sigla em alemão), que oferecerá bolsas para jornalistas atuarem por dois meses na redação de algum veículo midiático da Alemanha. As bolsas de estudos serão para maio e junho de 2025 e têm como objetivo fomentar as relações entre jornalistas da Alemanha e da América Latina. As inscrições vão até 17 de novembro.
O programa inclui um seminário introdutório de vários dias, de 26 a 30 de abril de 2025. Em maio e junho, os bolsistas latino-americanos permanecerão em Berlim. Depois, outro seminário será realizado em 28 e 29 de junho. A participação em ambos os seminários é obrigatória. Além disso, está prevista para o final de maio uma viagem de uma semana a duas ou três cidades da Alemanha, exclusivamente para bolsistas latinos.
Ao fim do programa, os jornalistas participantes passarão a fazer parte da rede de ex-alunos do IJP, que permanece ativa e estende a relação para além da duração da bolsa. Podem se inscrever jornalistas entre 25 e 38 anos, que estejam atuando como estagiários, redatores ou freelancer em mídia impressa, rádio, televisão ou online. Um requisito importante é bom conhecimento da língua alemã, mas bom domínio do inglês também pode ser aceito sob certas condições.
Para jornalistas da América Latina, a bolsa de estudos consiste em uma quantia de 4.000 euros. Do total, 3.500 euros serão pagos no início da bolsa de estudos, e os 500 euros restantes após a apresentação de um relatório da bolsa. Com este dinheiro, os bolsistas devem cobrir todas as despesas básicas da viagem, incluindo passagem aérea, transporte, hospedagem e alimentação. O IJP não será responsável por nenhum custo extra.
Inscrições devem ser feitas até 17 de novembro. É preciso enviar a inscrição via e-mail em formato PDF para a representação alemã de sua região. A inscrição deve conter uma carta de preferência em alemão (ou em inglês como segunda preferência), explicando motivos para participar do programa, interesse na Alemanha e meio de comunicação preferido para a estadia; currículo profissional; links para três trabalhos profissionais realizados; três tópicos a serem investigados no programa; e uma carta de recomendação do editor ou chefe do veículo onde o candidato trabalha.
Confira a lista de e-mails de acordo com a região:
Consulado Geral da Alemanha São Paulo – Estados: São Paulo, Parána e Mato Grosso do Sul. E-mail: pr-100@saop.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Rio de Janeiro – Estados: Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. E-mail: pr-10@rio.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Recife – Estados; Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. E-mail: info@reci.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Porto Alegre – Estados: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E-mail: info@porta.diplo.de
Embaixada em Brasília – Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; além do Distrito Federal. E-mail: pr-11@bras.diplo.de
Brasil teve e tem poetas e poetisas de grande talento.
O Brasil já deu um poeta com as características de Pietro Aretino (1492-1556): Gregório de Matos e Guerra (1636-1696), o “Boca do Inferno”.
Gregório de Matos e Guerra
É muito improvável que esse Guerra nunca tenha tido conhecimento da existência do italiano Aretino. Falavam o que falavam com palavrão e tudo o mais. Eram destabocados.
Aretino tinha intimidade com religiosos da Igreja Católica e o baiano Guerra também, que chegou a ser até padre na terra onde nasceu, embora não acreditasse em Deus.
Ele escrevia coisas assim:
O Muleiro, e o Criado
tiveram grande porfia
sobre qual deles teria
mor membro, e mais estirado:
pôs-se o negócio em julgado,
e botando ao soalheiro
um, e outro membro inteiro,
às polegadas medido,
se viu, que era mais comprido
O caralho do Muleiro.
Disto Criado apelou,
e foi a razão, que deu,
que o membro então mais cresceu,
porque então mais arreitou:
logo alegou, e provou
não ser bastante razão
a polegada da mão
para vencer-lhe o partido.
que suposto que é comprido,
É feito de papelão.
Item sendo necessário,
disse mais, que provaria,
que se era papel, se havia
abaixar como ordinário:
que o membro era mui falsário
feito de um pobre quaderno,
tão fora do uso moderno,
que se uma Moça arreitada
lhe dá no verão entrada,
É para foder no inverno.
E que depois de se erguer,
é tão tardo, e tão ronceiro,
que há de mister o Muleiro
seis meses para o meter:
porque depois de já ter
aceso como um tição,
engana a putinha então,
pois pedindo a fornicasse,
lhe dizia, que esperasse
Para foder no verão
Gregório de Matos e Guerra estudou em Coimbra, de onde saiu com diploma de advogado.
Em Recife, esquecido, e agora e naquela hora da sua morte fechou os olhos acreditando em Deus. Amém.
Caio Valério Catulo
Mas é bom dizer que antes de Aretino, bem antes de Aretino, houve outro poeta veneziano de pena ferina e completamente desbocado. Seu nome: Caio Valério Catulo (84 a.C − 54 a.C).
Caio escrevia coisas assim:
Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos,
Aurélio bicha e Fúrio chupador,
que por meus versos breves, delicados,
me julgastes não ter nenhum pudor.
A um poeta pio convém ser casto
ele mesmo, aos seus versos não há lei.
Estes só têm sabor e graça quando
são delicados, sem nenhum pudor,
e quando incitam o que excite não
digo os meninos, mas esses peludos
que jogo de cintura já não tem
E vós, que muitos beijos (aos milhares!)
já lestes, me julgais não ser viril?
Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos.
Entre nós, brasileiros, o poeta é praticamente desconhecido. Aqui e acolá, porém, um intelectual se diverte com suas coisas.
Em 1996, a Edusp lançou à praça O Livro de Catulo. Nesse livro, do professor doutor João Ângelo Oliva Neto, lê-se com destaque:
Um poeta, quanto mais sofisticado e diverso for, mais sujeito a controvérsia: ou não se atinge a complexidade própria de sua sofisticação ou rejeitam-se, por escrúpulos de toda ordem, temas integrantes de sua diversidade. Catulo foi um desses. A julgar pela opinião de T. S. Eliot (1888-1965), era um rufião, e pela de Baudelaire, ele e seu bando eram poetas grosseiros e puramente epidérmicos, sem misticismo algum. Cícero, contemporâneo do grupo de Catulo, mais de uma vez referiu-se a eles com desdém: chamava-os pelo termo grego neóteroi, “juvenis”, com que implicava aversão não só à novidade dos poemas, mas também compreensível num louvador dos costumes dos ancestrais à juventude, supostamente temerária, daqueles poetas. Mais tarde, tachou-os de poetae noui, “poetas modernos”, e, acusando-os por não apreciar Enio, antigo poeta latino, diz serem cantores Euphorionis, expressão cujo sentido deletério é “repetidores de Euforião”, poeta grego do período helenístico.
Catulo, embora italiano de origem, gostava, como todos os intelectuais do seu tempo, de escrever em latim. Seus poemas são quase todos nessa língua, hoje morta.
Embora a inteligência artificial (IA) generativa tenha ganhado visibilidade nos últimos tempos, o uso cotidiano de chatbots ainda não é tão amplo. De acordo com o Pew Research Center, apenas um quarto dos americanos experimentou o ChatGPT da OpenAI. Diante dessa resistência, grandes empresas de tecnologia como Meta, OpenAI, ElevenLabs, Microsoft e Amazon estão investindo em uma inovação de peso: sistemas de IA com vozes personalizadas que simulam interações altamente convincentes, capazes de convencer os usuários de que estão falando com humanos reais.
A Meta, por exemplo, anunciou recentemente que licenciou vozes de celebridades como Awkwafina, Judi Dench, John Cena, Keegan-Michael Key e Kristen Bell para integrar seu Meta AI. Dessa forma, com a personalidade dessas vozes, o chatbot pode responder a perguntas, fazer piadas e interagir em conversas. Segundo Mark Zuckerberg, CEO da empresa, “a voz será uma forma muito mais natural de interagir com IA do que o texto”. Ao imitar a inflexão, ritmo e características próprias de cada celebridade, a Meta aposta em criar uma experiência em que o usuário não apenas interaja, mas sinta que está falando com uma pessoa de verdade.
Essa tendência também é adotada pela ElevenLabs, que incluiu em sua plataforma de áudio a voz de Deepak Chopra, autor renomado, e de ícones do cinema como Judy Garland e James Dean. Além de reproduzir vozes icônicas, o sistema permite aos usuários criarem clones de sua própria voz com uma amostra mínima. No aplicativo Reader, essas vozes podem ler livros, artigos ou PDFs em uma simulação que chega a enganar o ouvinte sobre a autenticidade da voz. São centenas de opções em mais de 30 idiomas, com variações tonais que reforçam a percepção de uma interação genuína.
A OpenAI também atualizou seu ChatGPT com vozes aperfeiçoadas, inclusive após uma pausa nas funcionalidades de áudio devido a uma disputa envolvendo a atriz Scarlett Johansson, que alegou uso de características vocais similares às suas. Agora, com um total de nove vozes com sotaques diversos e modulações naturais, o Modo de Voz Avançado permite conversas realistas e está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e Team. Esses aprimoramentos criam um nível de interação em que o usuário pode se sentir em uma conversa autêntica, como se o chatbot fosse capaz de raciocinar como uma pessoa.
A Microsoft, por sua vez, incluiu novos recursos vocais em seu Copilot. Além de responder por voz, a funcionalidade “Think Deeper” promove uma análise mais detalhada e permite que o usuário interrompa ou ajuste o rumo da conversa. Ao criar uma experiência mais interativa e menos linear, a IA da Microsoft estabelece um diálogo que parece ter nuances humanas, dificultando a percepção de que se trata de um sistema automatizado.
Na Amazon, a Alexa está em processo de atualização para oferecer respostas mais naturais e expressivas. A nova versão da assistente de voz promete uma conversação que imita cada vez mais o tom humano, explorando modulações vocais e padrões de fala característicos das interações diárias. Essa tecnologia busca não apenas responder, mas adaptar o tom e o contexto para criar uma comunicação mais verossímil.
Essas inovações em IA de voz representam um passo significativo na criação de sistemas que imitam a fala humana de forma tão realista que, para muitos usuários, torna-se difícil distinguir entre uma interação com um chatbot e uma conversa com outra pessoa. O avanço desses assistentes coloca o setor de comunicação em um novo paradigma, onde a IA não apenas responde, mas participa ativamente das conversas, explorando o potencial de influência e convencimento através de uma presença vocal que cativa. Essas melhorias podem acelerar a aceitação dessas tecnologias, abrindo portas para interações mais fluidas, com impacto direto na rotina de trabalho e lazer dos usuários, que já estão sendo preparados para um mundo em que a linha entre humano e máquina está mais tênue do que nunca.
(Crédito: Aviiperu.com)
Para finalizar, vale explorar algumas considerações sobre os possíveis impactos e desafios que essas inovações em IA de voz trarão para o futuro da comunicação e da interação humana:
Implicações éticas e legais: Com a crescente capacidade dos sistemas de IA em imitar a voz humana, surgem preocupações éticas, especialmente no que se refere à privacidade e ao uso não autorizado de vozes de figuras públicas. O caso envolvendo Scarlett Johansson, que mencionou a replicação indevida de seu tom, é um exemplo relevante de como essas questões podem levantar debates legais sobre consentimento e uso de dados biométricos, incluindo voz.
Possibilidade de manipulação e fake news: Outra questão relevante é o potencial uso de IA de voz para criar deepfakes auditivos, em que vozes idênticas às de figuras públicas poderiam ser usadas para fazer afirmações falsas. Isso adiciona uma camada de complexidade no combate à desinformação e na necessidade de filtros e verificações de autenticidade. Empresas e desenvolvedores estão trabalhando em sistemas que possam identificar e combater esses usos indevidos, mas o avanço tecnológico pode tornar essa tarefa cada vez mais desafiadora.
Humanização das interfaces e efeitos psicológicos: Estudos mostram que vozes e personalidades associadas aos chatbots podem criar um vínculo emocional com o usuário, tornando as interações mais envolventes. Contudo, essa humanização também levanta questionamentos sobre o impacto psicológico de interações com uma máquina que simula empatia e resposta emocional. Profissionais de comunicação e especialistas em IA precisam avaliar o impacto dessas interações para que os sistemas sejam utilizados de forma ética e saudável para o público.
Aplicações no mercado e na experiência do usuário: Em termos comerciais, os assistentes de voz avançados já começam a transformar o atendimento ao cliente, o suporte técnico e até mesmo áreas como saúde mental, onde chatbots simulam conversas terapêuticas. Empresas de todos os setores devem observar as possibilidades que esses sistemas oferecem para melhorar a experiência do cliente, mas também devem considerar os limites e as necessidades de supervisão humana para que o atendimento mantenha a qualidade e a segurança.
Educação e capacitação profissional: O aumento do uso de IA de voz e a sua sofisticação trazem uma necessidade de capacitação para profissionais de comunicação e tecnologia, que precisam entender não só o funcionamento técnico desses sistemas, mas também suas implicações sociais. Profissionais da área devem estar preparados para lidar com o surgimento dessas novas tecnologias, compreendendo os riscos e as oportunidades que apresentam para o mercado e para a sociedade em geral.
Ou seja, temos muitas tecnologias inovadoras, mas também ainda um longo caminho até que tudo seja realmente seguro e ético.
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
Após 25 anos no SBT, José Roberto Maciel deixará a Presidência do Grupo Silvio Santos nesta quinta-feira (31/10) para assumir a posição de CEO da CNBC Brasil, segundo informações da coluna de Daniel Castro, no Notícias da TV.
Com a mudança, o diretor financeiro Marcelo Barp ocupará a função interinamente. De acordo com nota assinada por Renata Abravanel, filha de Silvio Santos, o desligamento foi em comum acordo.
Maciel ingressou como controller do SBT em 1998, passando por diversas funções até se tornar CEO da empresa em 2011. Ele assumiu a presidência do Grupo Silvio Santos em 2022. Em 2023, Daniela Beyruti, também filha de Silvio, passou a comandar a emissora, substituindo-o no cargo.